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O CRAV, que tem por líder Jean Huillet, possuía exatamente essa
pauta. Esperava que o estado socializasse os prejuízos dos produtores.
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O governo francês até tentou, mas como qualquer outro Estado que
tentou interferir no mercado, fracassou. Não só fracassou, como piorou
a situação com a política de “desenraizamento”. Os preços não
aumentaram e os produtores ainda se sentiram ofendidos por serem
obrigados a arrancaram suas videiras do solo.
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esses produtos. E, nesse quesito, a China têm dificuldades. Em
primeiro lugar, a China não tem tradição como região produtora de
bons vinhos. Mas, não acredito que a tradição seja o fator mais
relevante. Outras regiões com pouca tradição estão conquistando boas
fatias do mercado internacional, como é o caso do Brasil, Nova Zelândia
e África do Sul. O ponto crítico dos chineses é a falta confiança do
consumidor no seu produto. A China tem histórico de insegurança
alimentar e a falsificação de vinhos conta com grandes linhas de
produção.
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seus vinhos, visto que, na venda de uma garrada de vinho por ₤ 5, o
produtor recebe 6% enquanto na venda de uma garrafa por ₤ 20, o
produtor recebe 35%. Esse é o caminho que eles devem rumar.
Julio Fontana
Filósofo, escritor e sócio da Associação Brasileira de Sommeliers do Rio de Janeiro.
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A região do Languedoc-Roussillon sempre priorizou a quantidade em detrimento da
qualidade. E uma cepa foi fundamental para se alcançar esse objetivo: a prolífica
Aramon, medíocre sob o ponto de vista de produção de vinho de qualidade.
Atualmente, os vinhedos da híbrida Aramon estão sendo convertidos em vinhedos de
cepas tradicionais de outras regiões da França que possibilitam a produção de vinhos
de melhor qualidade.