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INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO - CENTRO HISTÓRICO

DISCIPLINA: ALIMENTOS E BEBIDAS


CURSO: EVENTOS SUBSEQUENTE
PROFESSORA: ROSÁLIA MUNIZ

ANA BEATRIZ OLIVEIRA GUIMARÃES


ANA CAROLINA DA SILVA UTTA
CHIARA RACHEL FARIAS SOEIRO DE MORAIS
RAISSA ARAÚJO SOARES
TEREZINHA DE JESUS

SERVIÇOS DE CHAMPANGNE & WHISKY

A HISTÓRIA DO CHAMPANHE
São Luís – MA
2020
Champagne é uma das menores regiões vinícolas que fica a 150 km de Paris.
Nela, são produzidas cerca de 5 mil marcas da bebida champanhe. As vinhas
de Champagne atingiram o seu auge no século XVIII, com 50.000 hectares
cultivados. Hoje, abrange cerca de 33.000 hectares. O rótulo, CHAMPANHE, é
definido pela área geográfica em que o vinho deve ser cultivado e fabricado. Se
a produção é feita fora desta área, então não se pode chamar seu produto de
"champanhe".

Entre os séculos XVI e XVII, a bebida não era um espumante, e sim, um “vinho
de Champagne”. "Estou bebendo estrelas", teria dito Dom Pierre Pérignon,
monge beneditino, tesoureiro da abadia de Hautvillers, ao beber pela primeira
vez o espumante vinho de Champagne, que ele teria "descoberto". No entanto,
a história real por trás dessa lenda diz que Pérignon, durante boa parte da vida,
tentou criar uma maneira de acabar com a espuma que seus vinhos produziam.

Nos idos do século XVII, época em que viveu Pérignon, os vinhos mais
reconhecidos eram os borgonheses da região de Beune. Eram tintos de
extrema riqueza e os preferidos pela corte. Champagne, naquele momento,
não era páreo em termos de vinhos tintos, mas esforçava-se para produzir um
branco de alto nível.

Foi Pérignon, aliás, quem prescreveu usar somente uvas tintas, como a Pinot
Noir, para produzir os vinhos brancos (lembrando que todo vinho é
originalmente branco e só ficam tintos caso sejam macerados com a casca
tinta). Contudo, os vinhos da região costumavam apresentar um grave
"defeito". Eles tinham uma instabilidade e tendiam a parar de fermentar com a
chegada do frio no outono, e recomeçar a fermentação com o aumento da
temperatura na primavera.

Isso certamente não era um problema enquanto os vinhos estavam em barris,


porém, o consagrado monge de Hautvillers não gostava de deixar seus vinhos
muito tempo nas barricas, alegando que eles perdiam seus preciosos aromas
caso não fossem engarrafados cedo. Com isso, a segunda fermentação

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acontecia dentro da garrafa e, como o vidro não era muito resistente, as
garrafas explodiam devido à pressão gerada pelo gás carbônico.

Para se ter uma ideia, era natural andar dentro das caves com um capacete
protegendo a cabeça e roupas mais resistentes para evitar cortes devido aos
estilhaços de vidro de garrafas que explodiam. Tamanha fragilidade,
obviamente, dificultava o comércio da abadia de Hautvillers, que era
extremamente lucrativo. Por volta de 1700, seus vinhos valiam cerca de 50%
mais do que os outros da região. Então, diante disso, o que Pérignon sempre
quis, foi evitar essa segunda fermentação, pois ela causava prejuízo.

Nos anos iniciais da história do champanhe, o gosto do espumante certamente


não era o mesmo de hoje. Na época, a bebida possuía altos teores de açúcar
residual, mais de 150 gramas por garrafa, ou seja, ele costumava ser
extremamente doce.

Foi somente por volta de 1850 que os champanhes se tornaram "Brut" (secos),
com muito menos açúcar, para adaptar o vinho ao gosto inglês, que era o
principal mercado comprador.

Para garantir uma temperatura estável para que as garrafas não explodissem
com tanta facilidade durante o período de repouso, usou-se colocá-las em
adegas subterrâneas no solo calcário de Champagne. Diz-se que Dom Ruinart,
colega de Pérignon, foi quem descobriu pedreiras de calcário, que haviam sido
escavadas pelos romanos em tempos remotos e estavam esquecidas sob a
cidade de Reims. Mesmo com esse truque, dependendo da safra, entre 20 e
90% do vinho engarrafado explodia. E, além disso, os vinhos ainda
costumavam ficar turvos devido à borra que se formava com a morte das
leveduras durante a segunda fermentação.

O processo para retirar a borra, contudo, só viria quase 100 anos depois, em
meados do século XVIII, com a viúva Nicole Ponsardin, esposa de Felipe
Clicquot. Foi nas adegas da famosa Veuve Clicquot que começou o processo

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de remuage (que faz com que a borra vá para o gargalo da garrafa) e
o dégorgement (momento da retirada do sedimento congelado).

Todo esse método de produzir vinhos em Champagne ficou conhecido como


método tradicional ou Champenoise e passou a ser copiado mundo afora, pois,
mesmo com a borra e as explosões, o vin mousseux (como os franceses
chamam o vinho espumante) continuou ganhando fama.

Durante os anos de 1800, Champagne se tornou sinônimo de


sofisticação, glamour e celebrações, sendo venerado pelos governos do mundo
todo, especialmente o francês, com Napoleão Bonaparte, que teria dito:
"Champagne, merecido nas vitórias, necessário nas derrotas".

Com sua reputação de produto de luxo, o champanhe está presente nas


grandes casas de champanhe e tornou-se de valores certos e confiáveis.

CLASSIFICAÇÕES

Podemos ter seis classificações conforme o teor de açúcar adicionado para a


segunda fermentação: Doux (Doce), Demi-Sec (Meio-seco), Sec (Seco), Extra-
Sec (Extra-seco), Brut (Bruto) e Extra-Brut (Extra-bruto) e o "Nature" (Pas
Dose). Devido às diferenças de paladar, os mais fabricados e vendidos são
o Demi-Sec e o Brut.

A maioria dos Champanhes não são safrados, apenas nas vindimas


excepcionais são produzidos os Millésimes, que declaram a safra. Quando as
Pinot também provêm de uma vindima de grande qualidade são produzidos
os Millésimes Rose, que são os mais caros. O último grande ano foi 2002, mas
a safra de 2009 tem sido apontada como a melhor em muitos anos.

Há uma terceira classificação dos champanhes, que são os chamados "Cuvée


de Prestige". Trata-se do melhor vinho que a casa pode oferecer, elaborado a
partir de uvas provenientes de Grand Crus e envelhecido por muitos anos.
Geralmente a produção dos Cuvée de Prestige é restrita e, embora o preço de
custo não seja tão maior do que o Millésime, o preço final ao consumidor
incorpora o fator luxo e pode chegar a dezenas de vezes o preço de produção.

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Os Cuvée de Prestige podem ou não ser safrados, sendo estes os mais
comuns. Em geral são "batizados" com o nome de uma personalidade ("Dom
Pérignon" é o Cuvée de Prestige da Moët-Chandon; "La Grande Dame" (a
viúva Clicquot) é o Cuvée de Prestige da Veuve Clicquot; "Sir Winston
Churchill" é o Cuvée de Prestige da Pol Roger) ou um nome fantasia de
reconhecimento mundial ("Cristal" é o Cuvée de Prestige da Louis Roederer). A
busca pela perfeição dos produtores de champanhe atinge seu ápice com os
Cuvée de Prestige de dégorgement tardio (estes vinhos são conhecidos
também por "champanhes monumentais"), como a linha "Dom Pérignon
Oenothèque" ou a linha "Krug Collection". No caso da Dom Pérignon
Oenothèque, por exemplo, o dégorgement tardio fez com que a safra de 1995
só fosse ao mercado em 2009.

Existe ainda mais uma classificação importante: a da qualidade do vinhedo de


onde provém a uva. Cada região é chamada de cru. Quando temos condições
muito boas de solo e microclima o vinhedo é classificado Premier Cru e quando
esta condições são impecáveis, chamamos Grand Cru.

SERVIÇOS DE CHAMPANHE

O serviço de champaghe é semelhante ao de vinho branco. Ele deve ser


servido à temperatura de 8°C. Para manter essa temperatura, a garrafa de
champanhe deve sair direto do refrigerador para um recipiente com gelo, um
pouco de sal grosso e água.

A taça ideal para espumantes já foi a “coupe”, a “flûte” e agora especialistas


dizem que a “tulipa”, que tem esse nome porque lembra a flor de origem
oriental, com base ovalada e abertura estreita. ou então uma simples taça de
vinho branco seriam as melhores opções, pois é a que melhor ajuda o líquido a
expressar seus aromas e sabores. 
Além da taça correta, são necessários alguns “rituais” para que a bebida seja
servida corretamente, tais como:
● Transportar a recipiente com a garrafa em um prato forrado com
guardanapo;

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● Colocar outro guardanapo sobre o recipiente, para ser utilizado no
serviço;
● Colocar o recipiente sobre o guéridon ou sobre a mesa do cliente;
● Apresentar o rótulo da bebida ao cliente, segurando a garrafa com o
guardanapo, pelo lado direito do cliente;
● Abrir a garrafa, segurar a garrafa com a mão esquerda, apoiada por um
guardanapo; envolver o gargalo com outro guardanapo, com a mão
direita; inclinar a garrafa para um lado que não tenha pessoas ou
objetos próximos, que possam ser atingidos pela rolha; retirar o arame
que envolve a rolha; girar levemente a rolha, empurrando com o polegar
ao mesmo tempo, até retirar a rolha, que deve estar envolvida por um
guardanapo, para abafar o ruído. Colocar a rolha sobre a mesa;
● Servir os clientes utilizando a mesma técnica usada para vinhos,
envolvendo a garrafa com o guardanapo de serviço. Deve ser feita a
degustação, porque o champanhe também é um vinho. Para servir,
segure a taça inclinada na mão esquerda;
● Ao servir, deve-se colocar inicialmente, uma pequena quantidade da
bebida na taça, para resfriar o fundo. Em seguida, deve-se terminar de
completar até 2/3 do volume da taça. Dessa forma, o serviço de
champanhe é feito em dois movimentos, o que evita o excesso de
espuma e proporciona melhor borbulhar do champanhe;
● Retornar com a garrafa para o recipiente e colocar o guardanapo
apoiado em cima. Pedir licença ao se retirar e levar junto o papel e o
arame.

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O SURGIMENTO DO WHISKY

O whisky é uma bebida destilada de grãos (como o malte e outros derivados) e


que passa por um processo de envelhecimento em barril. Sua graduação
alcoólica é alta e no Brasil, podem variar entre 38 a 54%.

Apesar de tudo indicar que a bebida surgiu na Irlanda, ainda existe muita
controvérsia ao que se refere a quem propriamente inventou o whisky. Algumas
fontes históricas apontam claramente para os monges irlandeses, que
desenvolviam a bebida nos seus mosteiros, como os primeiros produtores de
whisky no mundo. Outras fontes, porém, atribuem a criação do whisky aos
fazendeiros escoceses que moravam nas highlands e, lá, desenvolveram as
primeiras garrafas da bebida. Embora não se saiba ao certo sobre sua origem,
a respeito do seu nome há uma teoria. Os poetas árabes que falavam do
destilado em seus textos se referiam à bebida em um termo arábico que
significa “água da vida”, que em gaélico, língua falada antigamente na Escócia,
se traduz para “uisge beatha”, o que resultou no nome da bebida. A primeira
menção da bebida está nos trabalhos de um registro escocês. Nele, é
mencionado um pedido de 48 galões de malte para a produção de ”uisge
beatha” para o Rei James IV da Escócia.

Surgindo na Europa com uma ajudinha dos árabes, o whisky fora levado às
Américas pelos imigrantes escoceses e irlandeses em meados do século XVIII.
Foram os imigrantes nos Estados Unidos que passaram a utilizar milho na
produção de whisky e deram origem ao agora tradicional Bourbon. O whisky
escocês também chegou ao Japão no século XX, para onde fora levado por um
químico japonês conhecido como Masataka Taketsuru, que aprendeu o
processo de destilação com os escoceses e, voltando ao Japão, ajudou a
fundar a primeira destilaria de whisky do país.

TIPOS DE WHISKY

Há quatro tipos: o escocês, o irlandês, o japonês e o americano.


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1. SCOTCH

São os produzidos apenas na Escócia, assim como o champanhe, só recebe


esse nome os whiskies produzidos nesse país. Eles são produzidos com malte
ou cevada e seu processo de envelhecimento dura cerca de 3 anos.

2. WHISKY IRLANDÊS

Também conhecido como “whiskey”, a bebida é preparada a partir de qualquer


grão maltado e envelhecida especificamente no barril de carvalho.

3. WHISKY AMERICANO
Há variações da bebida, como:

Bourbon: preparado com pelo menos 51% de milho e completado com


outros grãos maltados. Assim como o Scotch, só pode ser chamado de
Bourbon a receita preparada nos Estados Unidos;

Straight Bourbon: receita de Bourbon envelhecida em barris por, no


mínimo, 2 anos. Outra característica importante é que esse tipo de
Bourbon é considerado puro, já que não pode conter nenhum tipo de
aditivo ou corante;

Blended Bourbon: como o próprio nome já indica, é um blend,


desenvolvido com 51% de Straight Bourbon e outra bebida alcoólica de
preferência do produtor;

Rye: fabricado nos Estados Unidos e Canadá. O americano é produzido


com pelo menos 51% de centeio e completado com outros grãos
maltados. O canadense, por sua vez, não tem regras rígidas com
relação a essa proporção;

Tennessee: mesma receita do Bourbon, mas que passa por uma


filtragem de carvão após destilar, ganhando sabor específico.

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WHISKY JAPONÊS

Apesar de manter os mesmos padrões de produção dos outros, a bebida não é


tão famosa e carrega características específicas de sua região.

FORMAS CLÁSSICAS DE CONSUMO

Ter um bom copo de whisky é ideal para apreciar a bebida corretamente. Cada
estilo de copo favorece um determinado tipo de degustação (puro, com gelo ou
em drinks). O copo mais usado para a degustação de whisky, é largo e
arredondado, conhecido como copo tumbler. Ele possui as suas vantagens,
principalmente se você pretende apreciar a bebida com gelo. O espaço interno
é bem confortável para as pedras, que podem se distribuir de forma uniforme
pela bebida. Também não há riscos de vazamento do líquido, uma vez que o
copo costuma ser preenchido até menos da metade de sua altura.

Entretanto o design perfeito foi encontrado pelos escoceses. Com a boca bem
mais estreita do que o fundo, esse copo canaliza o aroma em direção ao nariz,
tornando a experiência mais completa. Outra vantagem é a base para segurar
o copo. O calor da mão não tem contato direto com a bebida e permite que ela
mantenha a sua temperatura ideal por mais tempo.

Há diferentes formas de consumir um bom whisky:

● Cowboy (ou neat): três dedos de whisky em um copo baixo, sem gelo;


● Scotch (ou on the rocks): no mesmo copo baixo com três dedos de whisky,
adicione duas pedrinhas de gelo, para deixá-lo mais suave;
● Com água: adicione um pouquinho de água no seu whisky cowboy. Ela pode
ajudar a liberar alguns aromas e sabores que estavam “presos” na bebida
que ficou na garrafa;
● Como ingrediente de drinks: ao contrário do que os conservadores afirmam,
o whisky pode ser um ingrediente muito interessante para vários tipos de
drink. 

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ANEXOS

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TAÇA DE CHAMPANHE “TULIPA”

COPO DE WHISKY

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REFERÊNCIAS

https://www.pariscityvision.com/pt/franca/champagne/historia-champanhe

https://revistaadega.uol.com.br/artigo/o-problema-que-deu-origem-aos-
espumantes_2818.html

https://blog.grandcru.com.br/servico-completo-espumantes-champagne-servir-
taca-flute-temperatura-abrir-guardar/

https://revistaadega.uol.com.br/artigo/tulipa-e-taca-ideal-para-
espumantes_10179.html#:~:text=A%20ta%C3%A7a%20ideal%20para
%20espumantes%20j%C3%A1%20foi%20a%20%E2%80%9Ccoupe
%E2%80%9D%2C,branco%20seriam%20as%20melhores%20op
%C3%A7%C3%B5es.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Champanhe_(vinho)

https://allbebidas.com.br/conheca-os-diferentes-tipos-de-whisky/

https://blog.br.thebar.com/dicas/como-beber-whisky

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