O documento discute o conceito de utamaroho da cultura africana, que indica a personalidade coletiva e resposta instintiva de um povo à vida e ao mundo. O utamaroho deve ser continuamente regenerado pelas instituições, criações e padrões de comportamento de uma cultura, que refletem sua essência fundamental. O documento também analisa como Platão ajudou a estabelecer um novo modo de pensamento ocidental baseado na separação entre razão e emoção.
O documento discute o conceito de utamaroho da cultura africana, que indica a personalidade coletiva e resposta instintiva de um povo à vida e ao mundo. O utamaroho deve ser continuamente regenerado pelas instituições, criações e padrões de comportamento de uma cultura, que refletem sua essência fundamental. O documento também analisa como Platão ajudou a estabelecer um novo modo de pensamento ocidental baseado na separação entre razão e emoção.
O documento discute o conceito de utamaroho da cultura africana, que indica a personalidade coletiva e resposta instintiva de um povo à vida e ao mundo. O utamaroho deve ser continuamente regenerado pelas instituições, criações e padrões de comportamento de uma cultura, que refletem sua essência fundamental. O documento também analisa como Platão ajudou a estabelecer um novo modo de pensamento ocidental baseado na separação entre razão e emoção.
Utamaroho é muitas coisas ao mesmo tempo. É um conceito que
indica o caminho no qual a asili atua para forjar uma resposta coletiva entre os membros de uma cultura para a vida e para o mundo como eles o enfrentam. Mas esta resposta, no sentido do utamaroho, não é pensada ou planejada. Ela é mais uma reação instintiva causada por seu “espírito”. Usado desta forma, “espírito” referese à natureza essencial de um ser. É a idéia que uma pessoa (ou como é neste caso), uma cultura, ou grupo de pessoas possuem uma substância imaterial (não física) que determina o seu caráter único ou “natureza”. Mas a essência física e não-física estão ligadas aqui, assim como no conceito de um “gene” que carrega “memória” [p 33]
Mas o utamaroho deve ser continuamente regenerado por suas
instituições, criações, e padrões de comportamento nos quais é refletido. O utamaroho (personalidade coletiva) do povo irá ser guerreiro, se a asili demanda guerra para o seu cumprimento, a sua auto-realização. O utamaroho irá ser espiritualista ou materialista, criativo ou controlado, dependendo da natureza da asili da cultura. O utamaroho será uma indicação dos tipos de atividades que são agradáveis e desejáveis para os membros da cultura. Ele vai determinar o que eles consideram ser belo e, em certa medida, como eles se movem e falam. Os aspectos axiológicos da cultura serão relacionados ao seu utamaroho, que responde de forma significativa para a motivação em um sentido coletivo. A asili é a semente que produz uma força. A força é o utamaroho de um povo. É a personalização coletiva da asili e representa a possibilidade de sua existência. O utamawazo é a modalidade de pensamento em que a vida mental do povo deve funcionar para que eles possam criar e aceitar uma cultura que seja consistente com a asili originária. [p 34] Mas é muito importante compreender que isso não significa que nacionalismo seja um fenômeno negativo universalmente. É, na verdade, “natural”, ser centrado na própria cultura e buscar preservá- la. Isso faz parte da essência da cultura. Mas o conteúdo do nacionalismo Europeu torna-se problemático: (1) porque implica agressão imperialista; e (2) porque este geralmente não é reconhecido como a manifestação de interesse de grupo, tornando assim difícil para outros grupos se defenderem contra os seus efeitos. Um objetivo importante deste trabalho, portanto, é tornar o nacionalismo Europeu reconhecível como tal [p 39]
Em sua opinião Platão foi o visionário, o principal responsável pela
transição do modo oral, Homérico, para o modo crítico, literato. A “velha” poética representava o “hábito de auto-identificação com as tradições orais.” Ela representa inter-relacionamento emocional. Em outras palavras, o sucesso da modalidade poética repousa com a capacidade para forjar o mundo em um universo fenomenal, uma realidade vivida [experienced reality]. Dentro deste contexto, o ‘si- mesmo’ [self] é dependente de suas experiências. O cerne da questão para Havelock e Platão é que esta dependência alojanos irremediavelmente no concreto, incapazes de libertar-se de cada instância indo além para uma afirmação abstrata. Havelock diz que Platão estava defendendo “a invenção de uma linguagem abstrata de ciência descritiva para substituir uma linguagem concreta de memória oral Esta idéia de controle é facilitada por primeiro separar o ser humano em compartimentos distintos (“princípios”). Platão distingue os compartimentos de “razão” e “apetite” ou “emoção”. A Razão é um princípio ou função superior do homem/mulher, ao passo que o Apetite é “mais de base” [“more base”]. Eles estão em oposição um ao outro e ajudam a constituir, o que se tornou uma das dicotomias mais problemáticos no pensamento e comportamento Europeus. Esta oposição resulta na divisão do ser humano. Não mais inteiros [whole], nós, mais tarde nos tornamos a “mente vs. corpo” de Descartes. A superioridade do intelecto sobre o ser-emocional [emotional self] é estabelecida como espírito é separado da matéria. Até mesmo o termo “espírito” tem uma interpretação intelectualista cerebral na tradição ocidental (Hegel). [P 44]
A citação acima é a descrição de Eric Havelock do processo de
objetivação. Na sua opinião esta separação do ser [self] da palavra relembrada introduziu um novo modo cognitivo e permitiu aos Gregos “ganhar controle” sobre o objeto e, assim, assim nos dizem, eventualmente, “escapar da caverna.” Ou, pelo menos, seus líderes (os filósofos) escaparam, e os descendentes dos reis filósofos (Europeus). É muito importante que nós coloquemos esse processo no contexto histórico adequado. O “Europeu” ainda não tinha se “desenvolvido”, mas Platão tinha ajudado a construir um critério pelo qual o “verdadeiro Europeu” seria medido. A viciosa e violenta guerra mortífera contra as tendências “bárbaras” na Europa arcaica iriam continuar pelo século XI (e, claro, além deste, em menor escala, mas nada menos vigilante). Esta foi uma guerra para assegurar uma visão- de-mundo particular, que, como veremos, foi complementada pela manifestação da religião institucionalizada identificada com a cultura Européia [p 50]
Em certo sentido, a história do pensamento Europeu foi baseada no
uso da metáfora como descrição literal. É como se pensava com Platão, as limitações da “palavra” escrita foram esquecidas; a complexidade do modo simbólico foi abandonada para a simplicidade da unidimensionalidade. O símbolo tornou-se o objeto. E essa manipulação recompensou. Ela tinha reforçado a capacidade de ter poder sobre os outros [p 51]
Por que é que o discurso nas sociedades derivadas Européias é a
marca de status na cultura? E por que é que as pessoas Africanas na América Latina e no Caribe têm mantido tais distintos estilos de linguagem? Aqui temos a resistência intuitiva a uma mudança na consciência. A criação de idiomas Africano-influenciados em circunstâncias de opressão pode ser entendida como uma força que insiste na manutenção de uma visão-de-mundo ancestral. [p 55]
Lembre-se que de acordo com a epistemologia Platônica, temos de
alcançar a objetividade a fim de conhecer, e que, em seus termos, isto é conseguido fazendo com que a nossa razão domine nossas emoções, que por sua vez nos dá o controle. Nós ganhamos o controle sobre o que queremos saber, portanto, criando um “objeto” de conhecimento [p 63]
Como Definir Objetivos com Kaizen & Ikigai: Foque, Cure a Procrastinação & Aumente sua Produtividade Pessoal (Alcance o Sucesso com Disciplina e Bons Hábitos)