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REPÚBLICA DE ANGOLA

UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

LINGUAGEM JORNALÍSTICA: CASO DO SEMANÁRIO FOLHA 8 NO


PERÍODO DE OUTUBRO A NOVEMBRO DE 2015 – POLÍTICA

ANTE - PROJECTO

Lundinho J. Muaía T. Agostinho

Luanda, Março de 2015

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LINGUAGEM JORNALÍSTICA: CASO DO SEMANÁRIO FOLHA 8 -
NO PERÍODO DE OUTUBRO E NOVEMBRO DE 2015 – POLÍTICA.

I – DESENHO TEÓRICO

INTRODUÇÃO

Uma das grandes preocupações de toda a sociedade é a educação, ou seja, o


desenvolvimento do leitor dentro do meio em que estiver inserido. Mas para que essa
aprendizagem seja satisfatória é necessário que os leitores tenham não somente uma
matéria de qualidade, mas também que tenham uma boa compreensão, pois um leitor
mal informado não consegue desenvolver-se dentro da sociedade. Partindo do
pressuposto de que a informação é essencial para o desenvolvimento integral do ser
humano, o presente trabalho aborda a Linguagem Jornalística: Caso do Semanário
Folha 8 no período de Outubro e Novembro de 2015 e entendemo-lo como sendo um
conjunto de ideias abstractas, que explicam a maneira como as pessoas abrem mão de
certos direitos, a fim de obter vantagens ordem social e o seu contributo no
desenvolvimento social. Por outra, para grande parte da população, a leitura de jornais
e revistas constitui o único contacto com a língua escrita. Para além da informação, os
jornais dispensam também formação, uma vez que, através deles, o leitor pode adquirir
e desenvolver competências no domínio do falar e do escrever. O tema a que nos
propormos trabalhar já foi preocupação de muitos teóricos, tal como:

Anabela Gradin (2004) a linguagem, representa conjunto de regras que permite ao


próprio jornalista exprimir ideias, conceitos – é uma legislação, com ajuda dos seus
códigos, faz com que se possa chegar à nomeação de objectos, signos, simbolos que
permitam transmitir vários acontecimentos. “A linguagem é um sistema de signos
utilizaddos para estabelecer uma comunicação” (REOLON, 2010). Afim de que, seja
deliberado qualquer facto que acorre no nosso quotidiano desde que seja passível de ser
notícia.

John Hartley (2004) defende que a linguagem resulta essencialmente da informação


esgrimida por meio da expressão do pensamento, ou seja, linguagem é resultado da
transformação da capacidade social ou geral, que nos estudos da comunicação vai ser
entendida como relações sistemáticas entre os diferentes elementos.

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Humboldt, cito pelo (GONÇALVES, 2007) a linguagem é energeia, e não produto
estático resultante do trabalho anterior. Formando a ideia de que a língua não é algo
dado, pronto, da qual os homens fazem uso para se comunicarem. Antes disso, a língua
é algo que esta em processo, ela é, pois “o trabalho do espírito”, que se repete
constantemente para tornar possível o som articulado expresse o pensamento.

Mauro Wolf, cito no aritgo de (Lopes, 2010) Jornalismo e Linguagem Jornalística, de


que, “o comportamento do destinador influência o conteúdo linguístico-narrativo e
estético do periódico”, isto porque, a forma de difusão e apresentação das peças
jornalísticas varia consoante o destinador-alvo.

Anabela gradim, 1999, p. 136, vamos chamar de linguagem jornalística, aos códigos
que regem a actividade jornalística, usados de modo a evitar a presença de linguagem
com características literárias - vícios de linguagem - notícias que denunciam as opiniões
– apresentar o facto de forma viva e que tenha interesse para um vasto auditório ou
geral.

A idéia do tema partiu da necessidade de se utilizar regras que contribuam para o


melhor aproveitamento da notícia por parte dos leitores, pois constatamos que os
leitores, na sua maioria são provenientes de uma camada com um nível de escolaridade
não muito elevado, abrindo parenteses aqui para dizer o seguinte (o meio em análise
tem uma forte tendência para o consumo de um determinado grupo/elite da nossa
sociedade). Por esta razão, o jornal é vista como “um produto testado e direccionado”
Lopes (2010), citando Wolf. A linguagem proporcionada pelos media, deve ter
responsabilidade activa e aumento dado ao receptor.

Por isso, é que, o mau uso das regras de elaboração de uma notícia e empregue da
linguagem, pode acarretar consigo muitos constragimentos, sendo um deles o
estrangulamento na compreensão da informação, visto que, os leitores em idade de
aprendizagem percam o gosto.

O nosso tema tem razão de ser pois justifica-se nas seguintes perspectivas:

Do ponto de vista social justifica-se no sentido de contribuir para o melhor


aproveitamento dos leitores com dificuldades compreensão, pois o jornal além da
aproximação com a comunidade tem de estar atenta as suas concepções, desejos,
interpretações, sonhos e esperanças de uma melhor qualidade de vida, e é a partir dessa

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esperança que devemos tentar construir uma notícia de qualidade, pois ainda
acreditamos que o jornal é um caminho para a libertação de uma realidade.

Através da aproximação da linguagem jornalística que se adequoa a comunidade será


possível estabelecer uma relação de construção do conhecimento recíproco onde os
leitores, foco principal dessa relação, sentirão-se valorizadas.

Do ponto de vista científico será relevante tanto à sociedade como um todo, assim
como também para nossa profissão. Como jornalistas tomaremos consciência de
factores que determinam a compreensão e com isso, cabe a nós, repensarmos a nossa
prática na redacção. Muitas vezes olhamos o leitor apenas em seus aspectos cognitivos
sem nos preocuparmos com os aspectos que lhe vão ajudar a caracterizar o meio como:
a simplicidade, objectividade, estrutura das frases, empatia com o leitor etc.

Do ponto de vista estatal, este trabalho, será um estímulo para que o governo e a
sociedade em geral possam exigir dos agentes destribuidores de conteúdo imprenso a
qualidade desejada, para que esta supra as necessidades dos leitores e dos profissionais
na redacção. Não que esta acção resolva o problema mais atenua por alguns instantes o
incômodo de mau uso das regras para elaboração de notícia e a falta de simplicidade
para que então o leitor possa concentrar-se na leitura da matéria jornalística.

Por outro lado, contribuirá para que o Estado consiga assegurar o cidadão da
comunidade, emplementando as estratégias propostas nele, minimizando desta maneira
os problemas que dizem respeito à formação, garantindo elevados níveis de protecção
social e solidariedade nacional.

Do ponto de vista filosófico, justifica-se pelo facto de a Filosofia considerar que só há


especulação filosófica depois de satisfeitas as necessidades básicas, como a linguagem
jornalística, regras de escrita jornalístca e compreensão. Daí o célebre ditado latino
“primum vivere, deinde philosophari”. O homem do ponto de vista filosófico apresenta
um conjunto de carências, porém há certa prioridade na satisfação dessas necessidades,
primeiro as fisiológicas e depois as do ego.

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1.1 – SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

DEFICIÊNCIAS

Linguagem jornalística Uso de regras de escrita


jornalística

Falta de
compreensão

Dificuldade em usar Problem de empatia com o leitor


vocabulário

O abandono do jornal por parte dos leitores por falta de


compreensão.

1.2 - Contradição Fundamental

Uso de regras de escrita jornalistica, linguagem jornalística e essencialmente a falta de


compreensão, contribuem para o abandono do jornal por parte do leitor.

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1.3 - PROBLEMA CIENTÍFICO

Como elaborar um sistema que permita adequar a linguagem aos textos escritos no
jornal, ao nível de conhecimentos sobre a simplicidade na linguagem, nos jornalistas
que se reevem nasta dificuldade?

1.4 - OBJECTO DA INVESTIGAÇÃO

 Mostrar um conjunto articulado de técnicas, vias, e argumentos utilizados na


escrita e expressão textual com intuito de ajudar o jornalista na sua elaboração;

 Mostrar onde residem as principais dificuldades no acto de escrever os textos,


interpretar e formar textos convicentes que possam ajudar no entendimento;

 Eliminar os principais clichés que possam surgir na mente do leitor, assim, nos
mais diversos públicos;

 Mostrar que a linguagem demasiada cuidada, usada por este meio pode cria ou
gerar elite;

 Elucidar como podemos usar a linguagem para melhor atingir o público;

1.5 - CAMPO DE ACÇÃO

O semanário folha 8 no periodo de Outubro e Novembro de 2015 – Política.

1.6 - OBJECTIVO GERAL DA INVESTIGAÇÃO

Utilizar regras de escrita jornalística como meio para correcta e apresentação de texto
com simplicidade de linguagem jornalística.

O processo seguido para dar resposta ao problema exposto desenvolvveu-se segundo as


perguntas científicas seguintes:

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1 - No processo de comunicação, será a falta de simplicidade na linguagem um
problema que pode dificultar a compreensão da mensagem numa notícia?

1 - Será que a falta de clareza na elaboração de informação pode gerar mensagens


somente destinada a um determinado grupo (Elite)?

2 – Ao apresentar os acontecimentos, quando este não for bem interpretado pelo


leitor, pode este não voltar a comprar este jornal?

II- METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO

2.1- HIPOTESES

Se se aplicar regras de escrita jornalística, baseadas na compreensão da notícia pela


comunidade, então se propiciará o acesso, retenção e aprendizagem nos leitores que
consomem os conteúdos divulgado pelo semanário folha 8.

As regras da escrita jornalística


Variável independente nos problemas da comunidade

Variável dependente Notícia

Semanário folha 8 de Outubro e


Unidade de observação
Novembro de 2015

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2.2- QUADRO METODOLÓGICO

Etmoligicamente a palavra método vem do Grego methodos, met' hodos que significa,


literalmente, "caminho para chegar a um fim". Desta feita para atingirmos os nossos
objectivo nos serviremos dos métodos de nível Teóricos, Empírico e Estatístico.

 Métodos de Nível teórico

Os métodos de nível teóricos serão usados na busca dos fundamentos teóricos da nossa
investigação. E os principais métodos de nível teórico que nos propomos trabalhar são:

 O método comparativo – utilizaremos este método, na comparação de dois ou


mais casos, buscando ressaltar as diferenças e as semelhanças entre eles.
 O método lógico-histórico – será utilizado na recolha das fontes de informação
necessárias, assim como na validade das versões contraditória.
 O método indutivo-dedutivo – será usado no estudo de casos particulares do
semanário folha 8, bem como no memento de generalizar outros casos referentes
ao problema a ser estudado.
 O método análise do conteúdo – será utilizado de modo a garantir a
objectividade no tratamento da matéria, poderá contribuir para obtenção de
respostas possíveis. (CUNHA, 2012).

 Métodos de Nível Empíricos

O método de nível empírico será usado na fase de recolha de dados é:

 Método Extruturalista – este método vai nos ajudar a explicar a realidade das
regras de escrita no semanário folha 8 e seus níveis.

 Métodos de Nível Estatístico

Os métodos de nível estatístico serão usados na fase final da pesquisa, isto é, na


simulação, fiabilidade e quantificação do resultados e destacam-se os seguintes:

 Método Comparativo - utilizaremos este método, na comparação de dois ou mais


casos, buscando ressaltar as diferenças e as semelhanças entre eles.

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 Método Qualitativo e Quantitativo – como estes não se excluem mutuamente,
serão usados no controle das variáveis e na compreensão dos agentes envolvidos
no fenómeno em estudo.

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POSSÍVEL ESTRUTURA DO TRABALHO DE FIM DE CURSO

 INTRODUÇÃO

 CAPÍTULO I – FUNDAMENTOS LINGUAGEM JORNALÍSTICA: CASO


DO SEMANÁRIO FOLHA 8 NO PERÍODO DE OUTUBRO E NOVEMBRO
DE 2015.
1.1- Fidalgo, a., 1998. Semiótica. In: a. Fidalgo, ed. A lógica da comunicação.
Lisboa: cavilhã, pp. 65-66.
1.2- Gonçalves, r. T., 2007. Chomsky e aspecto criativo da linguagem. Chomsky, 8
março, p. 8.
1.3- Gontijo, s., 2004. O livro de ouro da comunicação. 1ª ed. Brazil: ediouro-
passatempos.
1.4- Hartley, j., 2004. Comunicação, estudos culturais e media. 1ª edição ed.
Coimbra: quimera.
1.5- Lima, m. D. F. F. D., 2009. Civilização e contemporaneidade. Civilização e os
modos à mesa: relações entre espaços de consumo alimentar e processo
civilizador., 10,11,12 e 13 novembro, p. P.2..
1.6- Sousa, j. P. (2006). Elementos de teoria e pesquisa da comunicação e dos media.
Porto: universidade Fernando pessoa.

 CAPÍTULO II – QUADRO METODOLÓGICO

1.1- Sousa, j. P. (2006). Elementos de Teoria e Pesquisa da comunicação e dos


Media. Porto: Universidade Fernando Pessoa.
1.2- Morais, l. (2013). Comunicação em Saude e Processo de Mudança. Lisboa:
Escola Editora.

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 CAPÍTULO III – ESTUDOS DE CASOS PRÁTICOS
3.1 – Resultados
3.2 – Descrição dos resultados
3.2.1 – Análise dos resultados relativos à Linguagem Jornalística: caso
do semanário folha 8 no periodo de Julho a Agosto de 2015.
3.2.2 – Análise dos resultados relativos ao objectivo geral
3.2.3 – Análise dos resultados relativos às interrogantes científicas.
3.2.4 – Análise dos resultados em função dos métodos aplicados.

 CAPÍTULO IV – DIAGNÓSTICO DA FALTA DE SIMPLICIDADE


NA LINGUAGEM E ELABORAÇÃO DE NOTÍCIA

1.7- Crato, n. (1992). Comunicação social - a imprensa. Lisboa: editorial presença.

1.8- Gradim, a. (1996). Manual de jornaalismo. In a. Gradim, manuel de jornalismo


(p. 17). Lisboa:

1.9- béon, p. (1992). Como desenvolver a comunicação na empresa. Portugal:


Europa-américa e economia.

1.10- Hartley, j. (2004). Comunicção estudos culturais e media. In j. Hartley,


comunicação, estudos culturais e media - conceitos-chaves (f. Oliveira, trad., 1
ed., vol. 1, p. 163 à 164). Coimbra, coimbra: quimera.

2.2 – idalgo, a., 1998. Semiótica. In: a. Fidalgo, ed. A lógica da comunicação.
Lisboa: cavilhã, pp. 65-66.

CONCLUSÕES E SUGESTÕES

1 – Conclusões

2 – Sugestões

3 – Anexos

Algumas definições a utilizar no trabalho.

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PÁGINAS PARA O TRABALHO

 40 páginas.

CONCLUSÃO

O conteúdo deste trabalho segmenta-se em quatro partes. Na primeira esta fundamento


do conceito de linguagem, jornalismo e notícia.

Na segunda o enquadramento dos métodos utilizados para elaboração deste trabalho.

No terceiro retrata estudo de casos práticos, exemplos com textos e aplicação de


soluções para resolução destas dificuldades.

E no quarto faz um enquadramento entre as perspectivas de autores e estudo prático.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Crato, n. (1992). Comunicação social - a imprensa. Lisboa: editorial presença.

Fidalgo, a., 1998. Semiótica. In: a. Fidalgo, ed. A lógica da comunicação.


Lisboa: cavilhã, pp. 65-66.

Gonçalves, r. T., 2007. Chomsky e aspecto criativo da linguagem. Chomsky, 8


março, p. 8.

Gontijo, s., 2004. O livro de ouro da comunicação. 1ª ed. Brazil: ediouro-


passatempos.

Hartley, j., 2004. Comunicação, estudos culturais e media. 1ª edição ed.


Coimbra: quimera.

Lima, m. D. F. F. D., 2009. Civilização e contemporaneidade. Civilização e os


modos à mesa: relações entre espaços de consumo alimentar e processo civilizador.,
10,11,12 e 13 novembro, p. P.2..

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Sousa, j. P. (2006). Elementos de teoria e pesquisa da comunicação e dos media.
Porto: universidade Fernando pessoa.

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