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A Psicologia no

Hospital
Sobre a vida e a morte que atravessam a nossa existência
Psicóloga egressa do CEULP/ULBRA (2019);
Quem sou eu? Gestalt-terapeuta pelo Instituto Gestalt Paraná (2022);
Especialista em Psicologia Hospitalar pela Universidade
Unyleya (2021).
Wiliane da Silva Pinto
(CRP-23/1764)
Atuação:
Estagiária no Hospital Infantil Público de Palmas em 2019, e
profissional voluntária em 2020.
Hospital Geral de Palmas: UTI e Internação COVID-19, UTI
Adulto, UCI - Unidade de Cuidados Intensivos, e Unidade de
Internação Rápida (UIR), de 2020 a 2021;
Hospital Palmas Medical: UTI COVID, em 2021.
Projeto de Acolhimento Institucional de Crianças e
Adolescentes do GGEM/TJ-TO em 2022.
Psicóloga clínica no Espaço Reintegrar (atualmente);
Psicóloga hospitalar na UTI Pediátrica do HGP (atualmente).
"Nem sempre terás o que desejas,
mas enquanto estiveres ajudando
aos outros, encontrarás os
recursos de que precise"

(Chico Xavier)
em um ambiente que tende a despersonalizar o "paciente",
reduzindo-o à doença, temos o papel de minimizar seu
O que faz o psicólogo sofrimento; acolher e ofertar possibilidades de olhar além do
corpo biológico/físico, priorizando o "COMO" ele se relaciona
no Hospital?
com o mundo e possibilitando qualidade nas relações entre
"paciente", equipe, família e sua condição de saúde.

Primordialmente, através da palavra.


Como ele faz isso? Essencialmente, através do sentir.

a doença
o enfrentamento "O homem existe
e as coisas são".
(Heidegger)

O "paciente" não precisa ser paciente. Ele pode ser ativo!


ATIVAmente estamos e trabalhamos juntos!
sentimentos comportamentos
fala sonhos
aspectos desejos crenças
psicológicos lembranças
conflitos
(Simonetti, 2018) pensamentos
fantasias estilo de adoecer
estilo de vida

Equipe Diante das emergências psicológicas, o psicólogo poderá surgir


com a intenção de favorecer os recursos internos de cada um para
lidar com as situações adversas que os pacientes possam estar
Paciente Família enfrentando, além de contribuir para a equipe ter um contato
generoso com o paciente, e ajudar a família a lidar com seu familiar
da melhor maneira possível (PEREZ, 2010).
Urgências e emergências psicológicas
Acidentes
Óbito do paciente/familiar
Suspeita de violência, seja maus-tratos, abuso
sexual, negligência
Surto psicótico
Crises severas de ansiedade
O acompanhamento em notícias difíceis
(intubação, amputação de membro,
prognósticos reservados)

O psicólogo na área hospitalar tem como objetivo a detecção


e a intervenção dos fatores emocionais que influenciam na
PREVINIR ou REDUZIR o impacto da saúde do paciente, contribuindo assim, para que o mesmo
situação traumática e evitar a consiga enfrentar a doença e o tratamento. Pode ainda
consolidação dos sintomas. amenizar o sofrimento do paciente e de sua família, auxiliar

na adesão ao tratamento e na recuperação do paciente
(ALMEIDA; MALAGRIS, 2013).
Acolher e Ambientaliz-AR!

Local, data, horário, diagnóstico, tratamento, normas e rotina, procedimentos...


PresentificAÇÃO (percepção de si e do ambiente)!

E por falar em normas e rotina...


Somos "O LUGAR DA EXCEÇÃO"!
A PSICOLOGIA NA UTI
Para o "paciente" acordado, estar numa UTI envolve:

externo/pausa do meio social,
- ausência de contato com o mundo
- perda do tempo cronológico e noção

de dia e noite,
- desorganização do ciclo circadiano,
- readaptação a uma rotina que ele não escolheu,
- ausência de contatos afetivos...

Em quê deve se basear o atendimento psicológico na UTI?

Em estimulações psíquicas, visuais, oferecendo orientação


temporal, reforçando atividades do interesse do paciente e
que possa, dentro de suas possibilidades (do psicólogo e da AMBIENTAÇÃO!
equipe também) realizá-las, mediando comunicação entre

ele e a família e trazendo informações relevantes sobre o


mundo lá fora (SIMONETTI, 2018, p.154).

"Contém o limite entre a vida e a morte" (Simonetti, 2018).


A Unidade de Tratamento Intensivo é um lugar de INTENSIDADES!

O TRATAMENTO AS EMOÇÕES
OS RISCOS Num contexto de:
"Médicos apressados,
O TRABALHO A ESPERANÇA
OS CUSTOS enfermeiras atarefadas
e familiares angustiados"!
(Simonetti, 2018, p.153)

E agora, psicólogx, o que fazer?


AJUSTAMENTO CRIATIVO!

Algumas condutas padrões:

Acompanhamento de Alta
Suporte ao Comunicado de notícias Difíceis
Avaliação Psicológica Inicial Visita Presencial
Atendimento Psicológico Presencial ao Paciente Visita Estendida
Atendimento Psicológico Presencial ao Familiar Visita Especial
Atendimento Psicológico ao Servidor Visita Virtual.
Acompanhamento de Informações Médicas (presencial)
Atendimento Psicológico Virtual ao Familiar
Autorização do Uso de Imagem
Autorização de Visita Virtual
Boletim Médico repassado pelo Médico
Discussão de Caso
Luto Antecipatório
Mediação de Conflito
Mediação de Comunicação
Monitoramento ao Paciente
Monitoramento Virtual ao familiar
Preparação para Procedimento Invasivo
Reconhecimento de Corpo
Resposta à Parecer
Solicitação em Parecer
(autorizado o uso de imagem)
Suporte à notícia de Óbito (autorizado o uso de imagem)
A UTI PEDIÁTRICA

A utilização da linguagem lúdica como meio de comunicação.


É preciso falar a língua da criança: ela se expressa pelo brincar,


e não através das palavras.


Diante de um universo de possibilidades...


CRIE!
Invente e
re-invente.
"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim:
esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega
e depois desinquieta. O que ela quer da gente é
coragem".

(José Guimarães Rosa)


Gratidão!
Referências
ALMEIDA , Raquel Ayres de ; MALAGRIS, Lucia Emmanoel Novaes. Psicólogo da Saúde no
Hospital Geral: um Estudo sobre a Atividade e a Formação do Psicólogo Hospitalar no
Brasil. Psicologia: Ciência e Profissão, Rio de Janeiro, v. 35, n. 3, p. 754-767, 15 maio 2013.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-
98932015000300754&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 28 abr. 2019.

PEREZ, Glória Heloise. O psicólogo na unidade de emergência. Em: ISMAEL, Silvia Maria
Cury. A prática psicológica e sua interface com as doenças. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2010.

SIMONETTI, Alfredo. Manual de Psicologia Hospitalar: o mapa da doença. 8ª ed. Belo


Horizonte: Artesã Editora, 2018.

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