são mais prevalentes em sociedades
industrializadas, onde a comida é abundante e
Resumo
Atividade física: a atividade física proporciona
para o indivíduo melhores condições de vida e o
desenvolvimento de uma boa saúde mental. A
ausência dessa prática pode acarretar em diversos
problemas de saúde como: obesidade, necessidades
de sono, transtornos da alimentação, abuso de
drogas, depressão e causas de morte na
adolescência.
Necessidades e distúrbios do sono: cada vez
mais tem surgido problemas relacionados ao sono
entre os adolescentes. Grande parte desses
indivíduos costumam ir dormir tarde e acordar bem
cedo no período escolar, o que corrobora para o
aumento de adolescentes com sintomas de
sonolência matinal, isso atrapalha,
significativamente, tanto no seu desempenho
escolar como no social. Além disso, esse hábito
contribui para o desenvolvimento da insônia.
Mudanças biológicas também são fatores
importantes por trás desses distúrbios do sono. A
melatonina, hormônio que indica a “hora de
dormir”, é liberado durante a noite um pouco mais
tarde nesses jovens, mas não anula o fato de que
eles precisam dormir tanto quanto antes. O relógio
biológico por muitas vezes não consegue
acompanhar a mudança nos horário da rotina,
como por exemplo, as aulas que costumam
começar mais cedo no ensino médio, diferente do
fundamental.
Transtorno de alimentação e Nutrição:
transtornos da alimentação
a atratividade está relacionada à magreza, mas
também mostra um aumento significativo em
países ocidentais. Adolescentes acima do peso
tendem a ter a saúde mais debilitada que seus
pares e estão mais propensos a ter dificuldade
para frequentar a escola, executar tarefas
domésticas, praticar atividades que exijam
esforço físico ou se dedicar aos cuidados
pessoais (Swallen et al., 2005). Fatores
genéticos e outros fatores como falhas na
regulação do metabolismo e, pelo menos em
meninas, sintomas depressivos e ter pais
obesos pode aumentar a probabilidade de
obesidade adolescente (Morrison et al., 2005;
Stice et al., 2005).
A obsessão pela imagem corporal pode se
tornar um transtorno compulsivo por controlar
o peso. Essa problemática costuma atingir, em
sua grande maioria, o público feminino, que
durante a puberdade costumam receber níveis
mais elevados de gorduras no corpo e são
afetas pelas gritantes pressões sociais para
atingirem um dito “padrão de beleza”, onde a
magreza é vista como um alvo a ser alcançado.
A anorexia também é outro transtorno bem
comum nessa fase, que costuma afetar mais os
países ocidentais. Os primeiros sinais de
advertência incluem uma dieta determinada e
secreta; insatisfação após perder peso; metas
de peso mais baixo após atingir um peso
inicial desejado; excesso de exercícios; e
interrupção da menstruação regular. A
anorexia, paradoxalmente, é ao mesmo tempo
deliberada e involuntária: a pessoa afetada
deliberadamente recusa a comida necessária
para o sustento, no entanto, não consegue
parar de fazer isso mesmo quando
recompensada ou punida.
Já a Bulimia Nervosa afeta 1 a 2% de
populações em todo o mundo. Quem sofre
com esse transtorno costuma ingerir grande
quantidade de alimento de uma vez e logo
após induzir o seu próprio vomito para
“retirar” todo o alimento então ingerido, ou
fazer o uso de laxantes, sendo movidos por
um sentimento de culpa. Pessoas com esse e
outros distúrbios alimentares acabam
desenvolvendo baixa autoestima, depressão,
ansiedade e outros problemas emocionais e
psíquicos. Além disso, eles também
costumam sofrer com episódios de bullying,
o que, por muitas vezes, pode ter sido a causa
inicial para o desenvolvimento do transtorno.
A terapia familiar e a utilização da
abordagem da Terapia Cognitivo
Comportamental (TCC) é o mais indicado
para o tratamento desses transtornos
alimentares. Através dessas ferramentas os
pais passaram a ter mais controle sobre os
hábitos alimentares de seus filhos e ajudaram
a regular a alimentação de forma saudável.
Ademais a TCC entra como forma de ajudar
o adolescente a desconstruir a imagem
distorcida que tem de si mesmo e de seu
corpo.
Uso e abuso de drogas: apesar de uma
boa parte de adolescentes usar ou já ter feito
o uso de drogas (seja lícita ou ilícita) apenas
uma minoria desenvolveram a prática do
abuso dessas drogas. Esse consumo
exacerbado é muito perigoso, pois pode
levar à dependência química. As drogas que
causam dependência são especialmente
perigosas porque estimulam partes do
cérebro que ainda estão se desenvolvendo na
adolescência (Chambers et al., 2003). Cerca
de 6% de jovens com idades de 12 a 17 anos
necessitam de tratamento para uso de álcool e
mais de 5% para uso de drogas ilícitas
(Substance Abuse and Mental Health
Services Administration [SAMHSA],
2006b).
Depressão: as chances de desenvolver
algum episódio de depressão maior na
adolescência são muito altas. Isso ocorre
porque essa é uma fase de múltiplas
mudanças e adaptações onde conflitos
internos por mudanças físicas, psíquicas e
neurais acabam interferindo e gerando uma
espécie de tempestade elétrica na qual muitas
vezes o jovem ainda imaturo e inexperiente
não consegue lidar. As meninas, nesse caso,
estão mais propensas a desenvolver esses
episódios de depressão do que os meninos.
Essa diferença de gênero pode estar
relacionada a alterações biológicas na
puberdade; estudos mostram uma correlação
entre avanço da puberdade e sintomas
depressivos (Susman e Rogol, 2004). Outros
possíveis fatores são o modo como as
meninas são socializadas (Birmaher et al.,
1996) e sua maior vulnerabilidade a estresse
nas relações sociais (Ge et al., 2001; Hankin,
Mermelstein e Roesch, 2007).
O principal meio de intervenção para essa
problemática é a psicoterapia. Por meio
dessa intervenção psicológica esses
indivíduos aprenderão a lidar melhor com
todas essas alterações proporcionadas pela
fase, a regular seu emocional, e a melhor
lidar com as relações sociais e as pressões
externas.
Morte na adolescência: as mortes na
adolescência em sua grande maioria ocorrem
por acidentes e tragédias, mas há outros
fatores também que ocupam espaço nessa
taxa de mortalidade. A frequência de mortes
violentas nessa faixa etária reflete uma
cultura violenta bem como a inexperiência e
a imaturidade dos adolescentes, que
frequentemente os levam a correr riscos e
assumir comportamentos descuidados.
Além do envolvimento no mundo da
criminalidade, e o porte indevido de armas de
fogo e outros instrumentos de alto perigo, a
alta taxa de suicídio também tem sido
alarmante no meio desses adolescentes, o que
emite uma alerta para um maior cuidado,
atenção e acompanhamento desses
adolescentes durante essa fase de grande
vulnerabilidade e influência.
Desenvolvimento Cognitivo: a rápida
absorção de informações, o desenvolvimento
do pensamento abstrato, formação de
opiniões próprias e planejamentos para o
futuro, configuram também o processo de
maturação da adolescência. Os adolescentes
entram no que Piaget chamou de o nível mais
alto de desenvolvimento cognitivo – o
operatório-formal – quando desenvolvem a
capacidade de pensar em termos abstratos. A
capacidade de pensar no que poderia ser, e
não no que é, ou de formular hipóteses,
intervenções, e interpretar metáforas e
alegorias, configuram o aparato do conjunto
operatório- formal.

Discente: Jossueli de Souza

Doscente: Igor Leandro
Turma: Psicologia 2022.1
Matéria: Estágio I