A avaliação está sempre presente nas atividades humanas, uma vez que, se está
constantemente estabelecendo comparações entre coisas e valores diferentes (ou
semelhantes), obrigando as pessoas a fazerem escolhas, nem sempre fáceis. Dentro do ambiente educacional não é diferente, a avaliação ocupa lugar de destaque, sendo que além dos alunos, os professores as instituições também são avaliados.
Todavia, em decorrência de padrões históricos-sociais, que se tornaram crônicos
nas práticas pedagógicas, a avaliação no ensino assumiu a prática de “provas e exames”, gerando na opinião de estudiosos um desvio no uso da avaliação. Assim, ao invés de ser um instrumento favorável a construção de resultados satisfatórios, tornou-se um meio para classificar os educandos e decidir sobre a fase subsequente. Deixando, muitas vezes, de cumprir com seu papel, que é auxiliar o crescimento do aluno, e não decidir sobre ele.
O ideal é que a avaliação considere a relação mútua existente entre os aspectos
qualitativos e quantitativos da vida escolar do educando. Para isso, deve assumir várias formas, umas mais sistemáticas, outras menos, umas mais formais, ou mais informais. Sendo assim, o resultado das avaliações será apenas o reflexo do trabalho do professor. Isto porque, avaliar é um processo que exige comprometimento e perseverança do professor para vencer os obstáculos que surgem.
Na ação pedagógica a avaliação sempre se justifica em função dos objetivos
previstos, que vão nortear o processo ensino-aprendizagem, que se define o que e como julgar, ou seja, o que e como avaliar. A avaliação pode ser entendida como um processo de análise qualitativa referente ao ensino e aprendizagem entre os alunos. Sendo esta, consequência de uma abordagem que envolve, além do aluno, o ambiente escolar e principalmente o professor. A avaliação possibilita verificar se os objetivos foram atingidos e realizados em sala de aula. Através de formas diferentes é possível avaliar o desenvolvimento do aluno, e assim, obter o resultado para dar continuidade no processo de ensino.
Vasconcellos (1994:43) destaca a avaliação como sendo “um processo
abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”.
Conforme destaca Granlund apud Sousa (1994:30), a avaliação é um processo
contínuo, ligado a todo bom ensino e aprendizagem. Podendo ser definida como um processo sistemático, determinando a extensão na quais os objetivos educacionais foram alcançados pelos alunos. De acordo com o próprio autor, há dois aspectos fundamentais nesta definição, (1) a avaliação implica um processo sistemático, omitindo observações casuais, não-controladas a respeito dos alunos; (2) sempre pressupõe que objetivos educacionais sejam previamente identificados.