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DERMEVAL

SAVIANI
 Nascido em Santo Antônio de
Posse/SP – 1943;
 Professor, filósofo e pedagogo
brasileiro;
 Professor emérito da Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP);
 Professor emérito do CNPq e
coordenador geral do grupo de
estudos e pesquisas "História,
Sociedade e Educação no Brasil“;
 É o idealizador da teoria pedagógica
por ele denominada Pedagogia
Histórico-Crítica.
 Autor de diversas obras
AS TEORIAS DA EDUCAÇÃO E O PROBLEMA DA
MARGINALIDADE
 O PROBLEMA
 América Latina e a evolução do pensamento pedagógico:
▪ 1970 estimativa do abandono da escolas e a falta de qualidade da
educação foram problemas recorrentes da época na região;
 Marginalização social:
▪ Crianças com falta do acesso à educação ou que eram excluídas do
sistema educacional por diferentes fatores.
▪ Como interpretar esses dados?
▪ Como explica-lo?
▪ Como as teorias da educação se posicionam diante dessa situação?
▪ A educação de qualidade promove a inclusão social, reduz a
marginalidade e gera oportunidade;
 Denominação das teorias;
 DE ACORDO COM SAVIANI, AS TEORIAS
PEDAGÓGICAS PODEM SER DIVIDIDAS EM
DUAS GRANDES CORRENTES:
 TEORIAS NÃO-CRÍTICAS: é aquela teoria que não
busca compreender a realidade social de forma
aprofundada, limitando-se a encontar soluções
para problemas educacionais.
▪ PEDAGOGIA TRADICIONAL;
▪ PEDAGOGIA NOVA;
▪ PEDAGOGIA TECNICISTA
 DE ACORDO COM SAVIANI, AS TEORIAS PEDAGÓGICAS
PODEM SER DIVIDIDAS EM DUAS GRANDES
CORRENTES:
 TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS: busca
compreender a relação entre educação e sociedade
de forma crítica e dialética. Segundo essa teoria, a
escola tem um papel fundamental na reprodução
das desigualdades sociais, culturais e emocionais
existentes na sociedade.
▪ TEORIA DO SISTEMA DE ENSINO ENQUANTO VIOLÊNCIA
SIMBÓLICA;
▪ TEORIA DA ESCOLA ENQUANTO APARELHO IDEOLÓGICO DE
ESTADO (AIE);
▪ TEORIA DA ESCOLA DUALISTA
 TEORIAS NÃO-CRÍTICAS:
 PEDAGOGIA TRADICIONAL

Fonte: QUINO, Toda Mafalda, 2000, p.68.


 TEORIAS NÃO-CRÍTICAS:
 PEDAGOGIA NOVA
 TEORIAS NÃO-CRÍTICAS:
 PEDAGOGIA TECNICISTA

Fonte: Latuff - 2012


 TEORIAS NÃO-CRÍTICAS:
 PEDAGOGIA TECNICISTA
▪ Papel da escola:
▪ Preparo de mão de obra para a indústria;
▪ Modeladora do comportamento humano;
▪ Através de técnicas específicas;
▪ Métodos:
▪ Instrução programada.;
▪ Procedimentos e técnicas para a transmissão e recepção de
informações.
▪ Professor x Aluno:
▪ Relação objetiva onde o aluno deve fixar as informações passadas
pelo professor.
▪ Aprendizagem:
▪ Baseada no desempenho e na instrução.
 AS TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS
 Autores como Bowles e Gintis no livro “Schooling
in Capitalist America” consideram que nas origens
da escola tinha função equalizadora, porém com o
passar do tempo se tornou mais discriminadora e
repressiva. Todas as reformas escolares
fracassaram, trazendo á tona que o papel que a
escola desempenha, na verdade, é de reproduzir
as sociedades de classe reforçando o modo de
produção capitalista
 AS TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS

Fonte: Berna – 2023.


 TEORIA DO SISTEMA DE ENSINO
ENQUANTO VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
 TEORIA DO SISTEMA DE ENSINO
ENQUANTO VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
 A teoria em questão foi desenvolvida por P.
Bourdieu e J.C. Passeron (1975) e está
apresentada na obra “A Reprodução”.
"Todo poder de violência simbólica, isto é, todo poder que chega a
impor significações e a impô-las como legítimas, dissimulando as
relações de força que estão na base de sua força, acrescenta sua
própria força, isto é propriamente simbólica a essas relações de força“.
(Bourdie – Passeron, 1975. p.19)
 TEORIA DO SISTEMA DE ENSINO
ENQUANTO VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
 A violência simbólica se dá em toda e qualquer
sociedade que se estrutura como um sistema de
relações de força material entre grupos ou classes.
É essa a ideia principal no axioma da teoria. Como
representado no enunciado acima.
 TEORIA DA ESCOLA ENQUANTO
APARELHO IDEOLÓGICO DE ESTADO (AIE)
 O estado é dividido em:
▪ Agente ideológico do Estado: funciona ela ideologia e
secundariamente pela repressão; pode ser religioso,
escolar , familiar e dentre outros.
▪ Agente repressivo do Estado: funciona pela violência e
secundariamente pela ideologia; polícia, governo, forças
armadas e outros.
 Teoria elaborada por Althusser
 O Aparelho Ideológico Escolar (AIE) é colocado em
posição dominante nas formações capitalistas;
 O AIE quer garantir os interesses da burguesia;
 Formação Capitalistas tomam crianças de todas as
classes e impõem práticas da ideologia dominante na
escola;
 Apresenta o conceito de “marginalizado”;
 A classe trabalhadora é marginalizada; logo, os
capitalistas apropriam-se dos trabalhadores.
 Teoria da escola Dualista:
 A escola prega a experiência unitária dentro do
ambiente escolar, mas é dividida em duas grandes
redes:
▪ Rede Secundaria Superior (SS);
▪ Rede Primária Profissional (PP);
 Teoria fundamentada por C. Baudelot e R
Estabelet;
 Retoma os conceitos de Althusser, onde fala que o
aparelho Ideológico Escolar é contraditório;
 De acordo com a teoria, as funções básicas são:
▪ Formar força de trabalho e impor a ideologia burguesa;
 As duas redes (SS e PP) constituem o aparelho escolar
capitalista;
 A escola atende aos interesses da burguesia,
reprimindo a ideologia proletária;
 A missão da escola é impedir o desenvolvimento da
ideologia do proletariado e a luta revolucionária;
 O ambiente escolar exalta o trabalho intelectual e
negligencia o trabalho manual, sendo assim, pode ser
considerado um gerador da marginalização.
 Capitalismo como modelador da educação:
 Diferenciação:
 Educação “compensatória”?
 Contexto:
▪ Revolução industrial;
▪ Início da abordagem na pré-escola;

 Utilização:
▪ Reparador de deficiências;
▪ Padronização;
 Another Brick In The Wall – Pink Floyd
 Recorte do filme The Wall
 Direção de Alan Parker

https://youtu.be/YR5ApYxkU-U

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