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TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS
BREVES
2021
BEATRIZ VIEIRA MEIRELES
ELTON NEVES DA CUNHA
FELIPE VANZALER DO NASCIMENTO
KARINA DA SILVA LOPES
TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS
BREVES/PA
2021
REFERÊNCIA: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Teorias Crítico-Reprodutivistas. In.:
Filosofia da Educação.2ª Ed. Rev. e ampliada. São Paulo: Moderna, 1996. pág. 188-194.
SOBRE O(A) AUTOR(A): Maria Lúcia de Arruda Aranha é natural de Três Lagoas, Mato
Grosso do Sul, formada em filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-
SP). É autora da obra Filosofia da Educação, História da Educação e da Pedagogia - Geral e
Brasil.
COMENTÁRIOS CRÍTICOS
Evidentemente que essas relações interferem na escola, o texto traz várias analises ao leitor,
sendo uma delas é de que a escola que não oferece muitas oportunidades para os que fazem parte
da classe trabalhadora, basta observarmos que isto é realmente verdade se levarmos em conta,
onde está localizada a maioria da população que faz parte dessa classe, em sua maioria residente
na periferia e que também estão localizadas as piores escolas (falando apenas de aspectos
estruturais). Concordasse com o autor, na idéia do professor como peça fundamental na
descontrução de ideologia burguesa, sendo a escola um ambiente para a formação de cidadãos
A autora deste capitulo apresenta nas falas de Baudelot e Establet o verdadeiro papel da escola,
com o objetivo de reconhecer as maneiras como tal é empregado e porquê são utilizados. É
intrigante como a burguesia de forma disfarçada consegue inculcar sua ideologia e muita das
vezes as pessoas não conseguem observar esse acontecimento, no âmbito escolar por exemplo
esta está empregnada, nas cartilhas que estudamos por exemplo, onde os conteúdos que ali são
expostos passaram antes por uma análise para depois serem distribuidos para as escolas. No
entanto é importante frizar que quando a teoria de baudelot e establet afirma que "todas as
práticas escolares são práticas de inculcação ideológica", os autores de alguma forma estão
generalizando que tudo o que se prática, que se ensina dentro do âmbito escolar tem o objetivo
de disceminar as ideologias burguesas, não levando em conta as pedagogias contemporaneas e
escola como meio transformador do indíduo e da sociedade.
Se faz muito interessante a maneira como a autora aborda a teoria de Bourdieu e Passeron a
respeito da temática de violência simbólica, pois se faz de suma importância o seu
compreendimento, para que assim, se possa de uma maneira mais clara e objetiva reconhecer
maneiras como tal violência ocorre nos dias atuais. A violência simbólica não é algo que ocorre
de maneira física, mas sim pela imposição de ideias por meio de uma comunicação cultural ,
doutrinação política e principalmente da educação escolar. A autora também busca retratar como
a educação imposta pela escola não é completamente neutra e democrática, uma vez que, implica
somente na reprodução da cultura da classe dominante. Outro excelente ponto que a autora
também apresenta, é a maneira como ocorre o mascaramento dessa relação da escola e a
estrutura de relações de classes, fazendo com que todo esse sistema passe desapercebido
principalmente pelas classes desfavorecidas.
De fato os teóricos não apresentaram uma proposta capaz de mudar essa realidade, ademais, a
autora finaliza pontuando a importância de tais teorias, já que elas contribuíram com o estudo
para descortinar essa realidade. É relevante também, como a autora mostra a maneira dos
teóricos levantarem a questão da problemática da educação diante a existência de uma estrutura
socioeconômica dominante que usava o espaço escolar como perpetuação de sua dominação,
portanto, conclui-se que as teorias não são pessimistas e geradoras de impotência, já que as
mesmas foram de suma importância para desvelar a ilusão da mudança da sociedade a partir da
educação escolar.