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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS A. C. SIMÕES
INSTITUTO DE GEOGRAFIA, DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE
FORMAÇÃO ECONÔMICA E TERRITORIAL DO BRASIL
BACHARELADO EM GEOGRAFIA - NOTURNO

ANDERSON DA SILVA DOS SANTOS

RESENHA CRÍTICA

MACEIÓ-AL
MARÇO DE 2023
RESENHA CRÍTICA

ANDRADE, Manuel Correia de. A questão do território. In: ANDRADE, Manuel


Correia de. A questão do território no Brasil. São Paulo-Recife: Hucitec, 1995. p.
19 – 28

Manuel Correia de Andrade escritor, historiador, geógrafo, advogado e


professor brasileiro, escreveu a obra: A questão do território no Brasil, que tem como
primeiro capitulo: A questão do território. O capitulo se estende por nove laudas e
discute a definição de território, ao longo do texto o autor por meio de embasamento
histórico realça o desenvolvimento da ocupação do território brasileiro pelos
portugueses, explicando e realçando a questão do povo indígena.
Andrade começa o capitulo dando referência a expressão território, onde na
obra explica que é usada tanto nas ciências sociais e como nas ciências naturais.
Nas ciências naturais o território seria a área de influência e de predomínio de um
animal, com isso o autor destaca que a expressão deve ser ligada sempre como
uma ideia de poder, e não deve ser colocado como sinônimo de espaço ou lugar.
Para Manuel, a formação de um território cria um sentimento confraternal
entre as pessoas que o habitam, ele destaca também que o Brasil apesar de ter um
grande espaço de terras, só o territorializou por inteiro a partir do governo Vargas, e
logo em seguida com a transferência da Capital Federal para o Planalto Central feito
por JK acelerou o processo ao acontecer uma grande transferência de população,
havendo continuidade pelos governos militares que promovia a abertura de estradas
para áreas mais isoladas desrespeitando muitas vezes os primeiros habitantes do
espaço: o povo indígena.
A obra destaca também que já na colonização os índios do litoral foram
explorados, e após a primeira década os Portugueses já estavam o escravizando e
importando escravos africanos para formação de engenho da terra onde houve uma
grande devastação da floresta. Os índios que não se submeteram a escravidão,
fugiram para o interior, e os colonizadores foram a procura dos índios e com ajuda
dos jesuítas os transforam em sedentários ao formar aldeias. Essas aldeias eram
em pontos estratégicos, para a recrutamento dos indígenas quando houvesse a
necessidade de trabalhadores.
A partir da quarta página do capitulo o autor vai se passeando historicamente
no processo de territorialização brasileira, onde ele explica a ideia dos engenhos em
ser locados próximos as margens dos rios, o avanço dos bandeirantes em busca de
metais preciosos e dos índios refugiados nas florestas, onde na Bahia os
fazendeiros que tiveram destaque nesse processo ao procurar terras para pecuária.
Na bacia do São Francisco e no Sertão nordestino a penetração a aconteceu de
forma expressiva através do estabelecimento de grandes latifúndios.
O avanço nas regiões que hoje é denominado de sudeste e centro-oeste se
deu principalmente pelo descobrimento das minas de ouro e de pedras preciosas, o
povoamento não era continua no espaço, eram em torno de garimpos, onde originou
as vilas e que normalmente se situavam longes uma das outras.
No Sul, o autor fala que houve um pequeno povoamento litorâneo, e no
interior desenvolveu um Estado teocrático indígena, formado pelos jesuítas, mas
com a destruição das missões pelos exércitos reais, a área foi desenvolvida por uma
civilização pecuarista.
No final da quinta lauda do capitulo o autor foca na região norte, mencionando
principalmente a questão indígena que foi desrespeitada ao longo do período
colonial e seguindo também no Brasil como republica.
O autor demonstra durante o capitulo uma preocupação para enfatizar
historicamente como foi o processo de territorialização brasileira, e esse processo
histórico é importante para entender a caracterização de cada região brasileira
atualmente, conclui-se a extrema importância do capítulo para obra, pois introduziu
historicamente a partir da chegada dos portugueses e faz entender como foi o
processo de formação econômica e territorial do Brasil.

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