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• Conceito de evento

É um acontecimento onde se reúnem diversas pessoas com os mesmos


objetivos e propósitos sobre uma atividade, tema ou assunto. Também
podemos considerar como evento, uma reunião onde as pessoas
discutem sobre interesses comuns.
Dentro do tema eventos, nós temos dois seguimentos, classificados
como Eventos Dialogais e Eventos Coloquiais.

Dialogal: São reuniões onde o principal objetivo é informar, não para


formar ou proporcionar aquisição de conhecimento, como: palestras,
conferências, entrevistas coletivas ou entrevistas individuais.
Já na forma coloquial: Trata-se de um encontro com duas ou mais
pessoas para discutir, debater e solucionar questões sobre determinado
tema, podendo ser recreativo, como sessões de jogos, excursões... ou
sociais, como festas, bailes, visitas, brunch, café da manhã, almoço e/ou
jantar.
Todos estes eventos partem de técnicas de reuniões.
Facilita seu estudo classificá-los por categorias, área de interesse ou por
tipo, podendo ser agrupados em várias áreas de interesse.
Agora nós veremos alguns exemplos de categoria e por área de interesse:
• Categoria
Institucional – objetiva firmar, criar e/ou reforçar o conceito de imagem da
empresa, da identidade, do governo e da pessoa. Os eventos
institucionais vêm de empresas ou instituições.

Promocional – objetiva a promoção de um produto ou serviço de uma


empresa, governo, entidade ou pessoa, em apoio a marketing, visando
fins mercadológicos.

Por estas definições, se permitirá chegar à correta definição do público,


na medida em que os eventos institucionais contam com um público bem
amplo, mais do que os eventos promocionais.

• Áreas de interesse
Artístico – quando está relacionado a qualquer espécie de arte (música,
dança, pintura, poesia, literatura...).
Ex: Rock in rio, que é um evento que traz visibilidade para vários artistas
nacionais e internacionais
São Paulo fashion week que apresenta as novidades do mundo da moda

Cultural – tem por objetivo ressaltar os aspectos da cultura, para


conhecimento geral ou promocional.
Ex: Virada culturar, que apresenta várias áreas de cultura, como shows,
gastronomia....

Educativo – quando o objetivo final é a educação.


Ex: Feira do livro, que tem como objetivo promover a leitura e eduação.

Cívico – trata de assuntos ligados à Pátria.


Ex: Posse de uma autoridade do governo, jantar para tratar negócios
ligados à política

Lazer – objetiva proporcionar entretenimento ao seu participante.


Trilhas, caminhadas

Social – quando visa somente o encontro entre pessoas, para


confraternização.
EX: Casamentos, aniversários, bodas em geral...

Gastronômico – tem por objetivo apresentar suas tradições, culturas e


manifestações típicas através da culinária.

Aula 1 – Eventos Gastronômicos


 Importância dos Eventos Gastronômicos
A principal função dos eventos é promover causas, ideias e conceitos, por meio
da provocação dos afetos e da sensibilidade humana, e mesmo quando
possuem objetivos comerciais, eles precisam tocar as pessoas de forma
diferenciada, promovendo sensações marcantes para tornarem-se
inesquecíveis. Ninguém vai a um evento para ver o mesmo do mesmo, por isso
a importância de serem elaborados e planejados com antecedência e zelo.
O conceito amplo de eventos é definido por Meirelles (1999) como um:
Instrumento institucional e promocional, utilizado na comunicação dirigida, com
a finalidade de criar conceito e estabelecer a imagem de organizações,
produtos, serviços, ideias e pessoas, por meio de um acontecimento
previamente planejado, a ocorrer em um único espaço de tempo com a
aproximação entre os participantes, quer seja física, quer seja por meio de
recursos de tecnologia (MEIRELLES, 1999, p. 21).
 Tipos de eventos
Festival gastronômico
Consiste em um evento gastronômico de maior amplitude, por oferecer – além
de experiências gastronômicas – uma programação cultural e socioeducativa
bem consistente. Este tipo de evento pode ter foco:
Territorial: quando apresenta uma farta opção de algum tipo de culinária
regional, especialmente as mais exóticas, que geralmente despertam grande
interesse do público em geral. Ex.: Ver-o-Peso da Cozinha Paraense;
Direito da gula: quando a marca do evento é o consumo em excesso de
algum tipo de comida ou bebida muito apreciada. Ex.: Oktoberfest;
Bom e barato: com preços convidativos, o consumidor é atraído para um farto
consumo de um determinado produto ou de cardápios diferenciados e de
qualidade preparados por grandes e renomados chefs que geralmente custam
bem mais caros do que no período do festival. Ex.: Restaurant Week;
Nichos: desenvolvidos a partir de modalidades culinárias específicas muito
apreciadas pelos consumidores. Ex.: Comida diButeco®;
Customizados e itinerantes: desenvolvidos em cenários inusitados, usam
ingredientes locais e contam com a preparação de um chef renomado da
localidade. Ex.: Gastronômade Brasil.
Circuito gastronômico
Tem amplitude menor que o festival e sua principal marca é a territorialidade,
pois cria uma espécie de corredor gastronômico, em que o consumidor se
sente acolhido como em uma feira e pode, em uma única viagem, degustar
diferentes pratos. Ex.: Rota do Festival Gastronômico de Búzios.
Temporada gastronômica
Evento que acontece em um período mais estendido, evidenciando uma
estação do ano, com harmonização entre os produtos daquela estação.
Normalmente é realizado nos empreendimentos fixos. Como o evento é mais
estendido, é importante haver uma boa programação de abertura, para marcar
bem o acontecimento. Ex.: Temporada Gastronômica de Inverno em Campos
do Jordão (SP), que permanece vigente por um período de 50 a 60 dias.
Semana gastronômica
Evento que acontece no prazo de uma semana, muitas vezes com
programação técnica paralela. Pode ter como objetivo a valorização de uma
estação do ano, um destino ou um ingrediente específico. Ex.: Semana
Internacional de Gastronomia da Costa Esmeralda, em Santa Catarina.
Feira gastronômica
A feira pode ser fixa e acontecer em determinados dias da semana ou ainda
itinerante, que se desloca para diversos pontos da cidade. Oferece
normalmente comidas com características bem locais ou temáticas. Ex.:
Feirinha Gastronômica Jardim das Perdizes (SP).
Concurso gastronômico
Apresentação de um prato especial e com receita inovadora, para degustação
dos juízes que, ao final, elegem o melhor dentro dos critérios definidos e
divulgados. Os concursos preveem a premiação dos vencedores. É evento de
inovação em técnica culinária e deve ser planejado com este foco e embasado
por um bom regulamento. O concurso gastronômico poderá ser realizado como
um tipo de evento ou poderá estar inserido como parte das atividades de outro
evento gastronômico, com exceção da mostra gastronômica, que não é
competitiva. Ex.: Prêmio Polo Botafogo de Gastronomia.
Mostra gastronômica
Exposição da gastronomia motivada por algum tema específico e previamente
divulgado sem o objetivo de competição. O objetivo da mostra é dar visibilidade
a algum produto especial. É um evento em que um elemento fica em evidência
e poderá ser apresentado de diferentes formas, a exemplo do uso de uma
matéria-prima-base para o desenvolvimento de todos os pratos. Normalmente
esse elemento tem vínculo muito forte com a cultura e as características do
território. Mesmo não tendo cunho competitivo, demanda de regulamento para
orientar a sua execução.

Street food
Realização de eventos gastronômicos na rua em que normalmente participam
e são montadas estruturas rústicas com containers, pallets e móveis de
demolição para criar lounge. Buscam uma relação mais direta com a
urbanidade e oferecem menus para surpreender o paladar dos visitantes, mas
devem receber atenção especial em relação às questões de segurança
alimentar e permissão junto aos órgãos fiscalizadores. Ex.: Parada Truck –
Curitiba (PR) e Maricota Parque Gastronômico – São José (SC).

 Ações complementares aos eventos Gastronômicos


Explorar temas novos, inserir ações inovadoras e movimentar a gastronomia
em suas diversas possibilidades permitirá que o evento seja um diferencial e
tenha credibilidade junto ao segmento. Além das atrações musicais e artísticas,
os eventos gastronômicos têm inserido em suas programações ações
diferenciadas que possibilitam mais visibilidade e interesse do público e mídia
espontânea, tais como:
 Criação de livro de receitas;
 Curadoria dos pratos com locais;
 Atuação com produtos de Indicações Geográficas (IG);
 Edição de guias impressos;
 Inserção do Movimento Slow Food;
 Aplicativos e versões on-line de guias;
 Passaporte, cartão fidelidade, bônus;
 Aula-show com chefs com renomados;
 Arenas gastronômicas;
 Oficinas para integração do público consumidor;
 Workshops gastronômicos;
 Lançamento com apresentação e degustação simultâneas dos pratos
criados exclusivamente para o evento; 
 Campeonatos gastronômicos regionais;
 Degustação às cegas.

Material complementar: https://www.youtube.com/watch?v=HKthwKn2L-E


Vídeo sobre o Taste of São Paulo – Maior festival de Gastronomia do Mundo

Aula 2 – Eventos Gastronômicos


 Onde se aplica?
Chá
Evento descontraído proporcionando descontração, requinte e relax ao mesmo
tempo. Embora descontraído, o requinte é necessário.
O horário tradicional inglês para o chá é às 17 horas. Como essa bebida é uma
infusão leve e delicada, considera-se de mau gosto aproveitar a ocasião para
resolver negócios ou abordar assuntos emocionais. É sempre servido em
xícaras relativamente rasas e acompanhado de torradas, manteiga e geleias. E
mais: Pão-de-ló; bolo seco; tortas e doces... entre outros.
Recomendação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=3dBdFW0adkI
Chá da tarde (Afternoon Tea)

Drinques
São reuniões marcadas para antes do jantar, das 18h às 20h, ou para depois
do jantar, após às 21horas. Não há formalidades e permitem maior iniciativa
dos convidados ou mesmo o serviço de self-service.
Nos EUA é chamada open-house, casa aberta, recepção informal em casa,
quando se serve variedades de bebidas alcoólicas, salgadinhos ou
churrasquinhos. Este estilo de reunião também é usado no Brasil. São
utilizados para: novas relações; renovar contatos; despedir-se de amigos por
ocasião de viagens; comemorar algum evento após o horário de trabalho.

Coffee-break
É o tradicional lanche, “parada para o café”, que tanto pode ser no período da
manhã como à tarde (10h30 ou 16horas), simbolizando um descanso e
confraternização entre duas fases de um evento. Devem ser servidos: café,
leite, chá, sucos, pães, brioches, bolos, manteiga, geleias e frios.

Coquetel
Caracteriza-se pela reunião de pessoas com o objetivo de confraternização,
motivada pela comemoração de acontecimentos. Trata-se de um evento
coloquial no qual as pessoas se confraternizam com bebidas diversas e
canapés. O sucesso do coquetel depende de sua organização não tão
cerimoniosa como os jantares, da adequação do público/evento e do equilíbrio
entre bebidas, canapés e o tempo de duração do mesmo.
O número de participantes é indeterminado.

Cadeiras: dispensável, entretanto é interessante ter algumas de reserva, para


os mais idosos, ou aqueles com dificuldade de permanecer em pé
Mesa de apoio: é essencial, para colocar os copos, pratos, guardanapos etc.
Duração: evento de curta duração, 1 hora e meia, aproximadamente.
Horário ideal: após às 19 horas.

É habitual oferecer o coquetel antes do almoço, quando a ocasião é mais


formal, entretanto, neste caso, o evento é somente um apoio para o almoço,
com duração de no máximo 20 minutos.
Observação: evento leve, atraente. É um acontecimento rápido, por isso,
prolongá-lo é afastar-se do seu objetivo.

Brunch
Evento social comum nos Estados Unidos (hoje já adotado no Brasil). Uma
composição de café da manhã e almoço, servido em estilo buffet.
Objetivo: apresentar uma ideia ou um produto, com finalidade comercial.
Duração: livre, com horário ideal ente às 10h e 15horas.
Público-alvo: clientes potenciais
Dicas: evento inadequado para confraternização e entretenimento; utilizado
para lançamento de tecnologias; também utilizado para uma coletiva de
imprensa ou apresentação de uma novidade de mercado; o sucesso do evento
está no equilíbrio entre doces e salgados e entre os sucos e bebidas alcoólicas
(de baixo teor); é uma opção muito usada por hotéis.
Dica de leitura:
https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Comida/noticia/2019/03/manual-
do-brunch-o-que-e-como-decorar-e-o-que-servir.html

Almoço/jantar
Evento mais utilizado para comemorações, confraternizações e consolidação
de negócios entre parceiros empresariais. O jantar é mais formal do que o
almoço, exigindo uma forma mais elaborada, como planejamento e cerimonial
adequado.
O tipo de serviço – forma de servir – deve ser determinado de acordo com o
protocolo da ocasião, sendo quatro os mais habituais no Brasil:
 Serviço à francesa;
 Serviço à inglesa;
 Serviço americano ou buffet;

Material complementar: https://www.youtube.com/watch?v=orumunGdn8A

Festas temáticas
São eventos especificados pelo encontro de afinidades do público-alvo como:
 Festa da Uva, em Gramado – RS;
 Carnaval fora de época, evento que ocorre em diversos estados do país;
 Bauer Fest, em Petrópolis – RJ;
 Festas juninas;
 Oktoberfest, em Blumenau – SC;
 Festa do Peão de Boiadeiro;
 Festa do Tomate, em Paty dos Alferes – RJ; entre outras.
Estes eventos são planejados para um grande público, com patrocinadores,
apoios e promotores de megaeventos.
Planejamento de um evento
O planejamento faz parte do processo de desenvolvimento para alcançar uma
situação desejada, de modo mais eficiente e efetivo, com a menor
concentração de esforços e de recursos.
O processo de planejar envolve um modo de pensar, como indagações e
questionamentos do tipo:
 O que será feito?
 Como?
 Quando?
 Por quem?
 Para quem será feito?

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