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Resumo:
1. INTRODUÇÃO
A sociedade dos últimos tempos passou por várias mudanças. Por muito
tempo a sociedade viveu com padrões pré-estabelecidos, onde quem não
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conhecimento da existência das leis acerca da inclusão de pessoas com
necessidades educacionais especiais no ambiHQWH HVFRODU´ (QWmR DSyV PXLWRV
anos e através de vários estudiosos, pesquisas e leis, a inclusão culminou em
um processo significativo para a sociedade, fazendo com que as escolas
regulares matriculassem alunos com deficiência, dentre eles os alunos com
Transtorno do Espectro do Autismo.
O tema Transtorno do Espectro Autista (TEA) é estudado por vários
autores como Ribeiro (2013) e Vasconcelos (2011), como sendo uma síndrome
comportamental, caracterizada por comportamentos estereotipados
(repetitivos) e dificuldades na comunicação e linguagem. A aprendizagem de
pessoas com TEA responsabiliza não só a família, mas também professores e
outros profissionais que tenham o comprometimento de estabelecer condições
para o desenvolvimento da linguagem e comunicação, possibilitando sua
efetiva inclusão social.
A temática da inclusão de alunos com TEA surgiu para a autora do
presente trabalho, após um estágio no Curso Normal em 2011, pois existia uma
aluna que apresentava o Transtorno. Ela não se comunicava com facilidade e
seu comportamento era atípico, diferenciando-a da turma no processo ensino-
aprendizagem, o que me fez deste aquela época, questionar de que forma os
alunos com TEA desenvolvem sua comunicação e aprendem. Assim para
responder a questão problemática (Como um aluno que apresenta o
Transtorno do Espectro Autista da escola regular utiliza a linguagem e sua
comunicação?), procurou-se conhecer a linguagem e outras demonstrações de
comunicações do aluno com o Transtorno (linguagem verbal ou não verbal),
investigar as características dos alunos com TEA e como os professores
trabalham em sala de aula, observando se existe efetivamente a inclusão e os
recursos utilizados para o tratamento desse aluno.
O objetivo desse trabalho é o de apresentar uma pesquisa, do tipo
estudo de caso, onde é investigado o caso de um aluno com TEA que está
matriculado regularmente em uma escola pública de Bagé/RS, analisando a
linguagem e a comunicação no processo ensino-aprendizagem. Portanto, será
importante conhecer as especificidades do Transtorno, os recursos e as
intervenções pedagógicas desenvolvidas. Portanto, a seguir apresenta-se a
metodologia adotada, os resultados obtidos, as discussões realizadas, as
considerações finais e referências adotadas neste trabalho.
2. METODOLOGIA
Este trabalho apresenta uma pesquisa de natureza qualitativa do tipo
estudo de caso (GIL, 2008), na qual é investigado o caso de um aluno que
apresenta o Transtorno do Espectro Autista, matriculado em uma escola
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3. Resultados e Discussão
Como o presente trabalho apresenta uma pesquisa em andamento, os
resultados obtidos e as discussões tecidas fundamenta-se nos dados coletados
por meio das entrevistas realizadas.
O caso investigado refere-se a um aluno com Síndrome de Asperger
(TEA) que está matriculado no 2º ano do Ensino Médio de uma escola regular
do município de Bagé.
No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-IV
(2002), a Síndrome de Asperger apresenta algumas insuficiências como a não
existência do atraso do desenvolvimento da linguagem, mas se acontece um
desenvolvimento dessa linguagem, no entanto é adquirida tardiamente, sendo
correta e formal demais. A linguagem das pessoas com essa Síndrome é
estranha, chamando a atenção com limitações pragmáticas e prosódicas na
fala.
Partindo desse conceito, o percebido é que o aluno de 16 anos
apresenta uma linguagem correta e formal (conforme os relatos realizados em
entrevista coordenada pela professora do AEE no início do ano de 2017, a
informação foi de que segundo a mãe, o aluno falou aos 5 anos, tardiamente),
porém sua comunicação é direcionada para apenas alguns professores como
para a professora Língua Portuguesa, que é a professora conselheira da turma
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e sempre solicita que o aluno saia da sala para buscar algo, pois sabe que ele
tem a necessidade de levantar e caminhar.
Nas aulas de Filosofia onde assuntos cotidianos da vida são discutidos
em aula e aluno-caso participa normalmente assim como nas aulas de História
onde ele discute a temática do conteúdo em aula sobre as guerras com a
professora. Nas aulas de Geografia e Sociologia (a professora é a mesma para
os dois componentes curriculares) o aluno-caso interessa-se pelos assuntos
tratados e comenta os fatos atuais acontecidos na sociedade. De todos os
professores investigados até o momento, observou-se que a Professora de
Geografia e Sociologia é a que mais chama a atenção do aluno para a aula,
fazendo com que ele interaja sempre que necessário, contribuindo para a sua
aprendizagem e dos demais colegas. Acredita-se que pelas observações feitas
em aula e pelos relatos dos professores o aluno prefere a área das ciências
humana, porque pode expressar o que pensa e seu desempenho é melhor.
Através das entrevistas com professores o que se pode perceber é que
o aluno gosta de ser tratado como os outros colegas sem diferença e não
aceita sua condição de ser diagnosticado com a Síndrome de Asperger.
Contudo sua mãe também não fala sobre o assunto (não foi possível realizar a
entrevista com a mãe do aluno, por solicitação da escola).
Dentre os recursos utilizados pelos professores no processo de ensino
aprendizagem, verificou-se que eles não utilizam recursos diferenciados dos
demais alunos, mas em geral os apresentados em aula são o quadro,
polígrafos e livros sempre com a linguagem verbal entre professor e aluno-caso
para que haja diálogo em debates ou na explicação dos conteúdos.
Para auxiliar os professores no processo de inclusão do aluno com
TEA, a escola orienta os professores por meio da entrega de polígrafos sobre o
Transtorno, o que na perspectiva dos professores investigados, dificulta o
trabalho na prática.
Embora o Transtorno do Espectro do Autismo seja trabalhado nas
escolas, ainda falta muito preparo para alguns professores desenvolverem as
atividades com eles, pois às vezes a inclusão torna-se um grande desafio.
Assim,
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos objetivos propostos e dos dados coletados no presente
trabalho, podemos perceber que a linguagem e comunicação do aluno-caso
investigado ocorre a linguagem verbal, pois ele expressa sua opinião e dialoga
com colegas.
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5. REFERÊNCIAS
CARVALHO, Rosita Elder. O Direito de Ter Direito. In: Salto para o futuro.
Educação Especial: Tendências atuais/ Secretaria de Educação a Distância.
Brasília: Ministério da Educação, SEEP, 1999, p. 52. Disponível em:
http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/168_1.pdf.
Acesso em: 29 maio 2017.
DSM-IV ± Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto
Alegre: Artmed, 2002.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo,
Atlas, 2008.