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Centro Universitário Ritter dos Reis

Escola de Ciências da Saúde

Programa Integração Saúde Comunidade

Emiliane Porto de Mello,

Fábio Costa Marques,

Jossane Salgado,

Rafaela Franco,

Rafaela Rodrigues,

Rita de Cássia Borba de Fraga

Tatiane Andara.

Porto Alegre, 2023


1-Etapa. Observação do problema
Observação das necessidades e dificuldades trazidas pelos alunos e funcionários da
Uniritter zona sul.

2-Etapa. Pontos chave


Nesta etapa discutimos e problematizamos os motivos pelos quais os alunos e funcionários
estavam convivendo com a falta de comida saudável e no que isso afetava a saúde mental.

3-Etapa. Teorização
Foi feita uma pesquisa no período pandêmico onde classificaram os alimentos de acordo
com o estado emocional das pessoas e são eles (Alimentos confortantes), AC. ,que aliviam
emoções negativas, como ansiedade (Rodrigues-Perez et. al. , 2020; Ruiz Roso et al.
,2020; Shen et. al. ) medo e insegurança. (Allabadi et. al. ,2020; Ammar et. al. , 2020;
Bhutani e cooper, 2020; deschasaux - Tanguy et. al. , 2020; malta et al. ,2020; Rodriguez
Perez et. al. , 2020; Shene et. al. ,2020.

Quem desenvolveu a abordagem situacional mais utilizada para consumo de alimentos


confortantes foi Julia Lochert e dividiu em quatro categorias:
1.Comida Nostálgica: Recriam uma sensação de felicidade experimentado normalmente na
infância; São preparadas de forma caseira, preparações tradicionais e ou receitas familiares
. Em situações difíceis como medo, solidão, saudade e até mesmo diante da morte de um
ente amado, alimentos tradicionais têm papel fundamental na melhora do estado físico e
emocional. Gregory e Wayne(2020)
2. Comidas indulgentes: Capazes de propiciar abstenção de sensação de culpa, ( ricos em
açúcares e/ou gorduras saturadas)normalmente são consumidas em situações relacionadas
a emoções negativas, como forma de recompensa.
Alimentos altamente calóricos.
Aliviam emoções negativas, como o estresse e o tédio.(Sadler et. al. ,(2022)
3. Comidas convenientes: São alimentos que suprem necessidades imediatas, de gratidão
sem esforço.
São eles: Salgadinhos, alimentos ultraprocessados, comida industrializada.Estes alimentos
podem propiciar consolo ou sensação de bem estar.
4. Comidas de conforto físico: Suas características físicas, aroma, textura, facilidade de
mastigação, melhoram o estado físico e emocional do indivíduo(Locher et. al. ,)

O alimento nos remete a momentos felizes e serve como consolo e não só para alimentar o
corpo. Nós tentamos compensar as nossas emoções negativas como tristeza, ansiedade,
medo com alimentos que geram sensações de conforto,mas esses alimentos não são
saudáveis.(Santos Quaresma et. al. , 2021; Madali et. al. 2021).

Estes estudos comprovam que quando nos alimentamos estamos satisfazendo as nossas
emoções, procurando felicidade e bem estar.

Recentemente pesquisadores perceberam que os alimentos confortantes podem conter


características funcionais e terapêuticas, inovadoras ou contemporâneas.
A influência da microbiota intestinal na modulação de doenças psiquiátricas

Quando se pensa em saúde mental, percebemos que o nosso sistema digestivo está ligado
ao nosso sistema nervoso. A microbiota do nosso trato gastrointestinal(TGI) é um
ecossistema complexo e que precisa ficar equilibrado.

As bactérias que vivem principalmente nas porções inferiores do trato digestivo mantêm
uma relação mutualística com o hospedeiro.

Sabemos que há uma comunicação entre sistema nervoso central (SNC) e TGI,essa
comunicação acontece através de estímulos hormonais, nervosos e ou imunológicos, além

de depender da reorganização das bactérias no intestino.

A partir desse estudo entendemos que um desequilíbrio dos microrganismos pode causar
distúrbios nessa interação causando doenças psiquiátricas como autismo, depressão,
ansiedade e perda de memória.

Os principais fatores pela alteração da microbiota: Uso recorrente de antibióticos,


alimentação inadequada, e desequilíbrios imunorregulatórios.
A mudança para uma alimentação adequada só traz benefício.

“Mente sã em corpo são. "(Décimo Júnio Juvenal)

Bibliografia:
A influência da microbiota intestinal na modulação de doenças psiquiátricas
Carolina Bragança e Silva; Esther Cardoso dos Santos Souza; Larissa Guerra Fernandes;
Layne Mendonça Schimit; Valéria Menezes de Souza; Jalci Tacon Arruda.
Revista educação em saúde, 2019, vol.7,pág.166-172

Na sociedade moderna, o consumo de alimentos não saudáveis tem se tornado cada vez
mais comum, como vemos no artigo ``Alimentação Adequada e Estudantes Universitários:
uma Proposta de Intervenção``, publicado em 2018 publicado por ``Margarida Simões
Bica``. Com falta de tempo e disponibilidade de opções rápidas e práticas, muitas pessoas
acabam optando por alimentos processados, ricos em vitaminas saturadas, açúcares
refinados e aditivos químicos. No entanto, é importante destacar os malefícios dessa
escolha, especialmente quando se trata de estudantes universitários. Neste texto,
discutiremos como a ingestão de alimentos não saudáveis pode afetar a aprendizagem e
interferir no bem-estar emocional.

Em ``Comportamento Alimentar de Universitário: Uma Revisão Narrativa`` de ``Leal, Edilene


Silva Barbosa, vemos o impacto na aprendizagem com alimentos não saudáveis, como fast
food e refrigerantes, geralmente são pobres em nutrientes essenciais, gerados em baixos
níveis de energia e falta de concentração. Isso pode dificultar o foco e a absorção de novas
informações durante os estudos, prejudicando o desempenho acadêmico. Queda na
memória e na cognição: Uma alimentação desequilibrada pode causar deficiências
nutricionais, como falta de vitaminas e minerais importantes para o funcionamento
adequado do cérebro. Isso pode levar a uma queda na memória, na capacidade de
raciocínio e no processamento de informações, comprometendo o aprendizado.

Como visto em `` Relacao entre estresse e comportamento alimentar`` de Santos, Sara da


Silva; Kulik, Aryane Camyle; Yoshizawa, Natália Urias; Ravazzani, Edilceia Domingues do
Amaral`` com o aumento do estresse e ansiedade: Alimentos não saudáveis como os ricos
em açúcares refinados e vitaminas saturadas, podem causar picos de glicose no sangue,
seguidos por quedas bruscas, levando a flutuações de humor e sentimentos de
irritabilidade, ansiedade e fadiga. Essas oscilações podem interferir no equilíbrio emocional
dos estudantes, tornando-os mais tolerantes ao estresse e à ansiedade. Esses sentimentos
negativos de estresse e ansiedade podem afetar de forma significativa a capacidade do
aluno de aprender e assimilar novas informações. Quando uma pessoa está estressada ou
ansiosa, é difícil para ela se concentrar e focar em uma tarefa, e isso pode levar a uma
queda no desempenho acadêmico.

Além disso, a ansiedade e o estresse prolongados podem afetar a saúde mental do


estudante, levando a problemas como depressão e distúrbios alimentares, que podem ter
um impacto duradouro em sua vida pessoal e profissional. É importante lembrar que uma
alimentação saudável é uma parte essencial do cuidado com a saúde mental e pode ajudar
a melhorar o bem-estar emocional e a qualidade de vida.

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