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Reação Xantoproteica

A reação Xantoproteica usa uma reação com nitratos que determina a presença de
certas proteínas. Quando a amostra é tratada com uma solução de ácido nítrico e é exposta ao
calor, o ácido reage com aminoácidos aromáticos, tais como, tirosina, triptofano e fenilalanina.
As proteínas que apresentam estes aminoácidos aromáticos reagem, sofrendo primeiramente
precipitação. Com o aumento da temperatura, promove-se a nitração dos aminoácidos de
cadeia lateral aromática Phe, Tyr e Trp, assim como a hidrólise parcial das ligações peptídicas,
formando um produto amarelo, conhecido como proteína Xantho. De seguida, procede-se à
adição de uma base forte tal como NH3 ou NaOH o que faz com que a se forme um sal de
coloração alaranjada. Em suma, ao realizar este teste obtém-se um resultado positivo quando
as proteínas contiverem aminoácidos que possuam anéis aromáticos nas suas cadeias laterais.

Reação de biureto:

A reação de biureto é uma reação que permite detetar a presença de aminoácidos com
elevada precisão e sensibilidade (entre 0 e 1 mg). Esta reação ocorre quando a solução de
biureto reage com qualquer grupo de aminoácido, apresentando uma vantagem face a outras
reações de deteção de aminoácidos em solução. A teste de biureto é baseado na reação de
Cu2+ com as ligações peptídicas dos grupos funcionais da proteína como se pode ver no
esquema que se segue. O complexo formado entre o Cu2+ por duas ligações peptídicas é o que
dará origem à cor violeta que é indicadora da presença de proteínas em solução. Desta forma,
ao acrescentar 10 gotas de biureto, o biureto reage com as ligações peptídicas que se
encontram na clara de ovo. Estas ligações estão mais expostas quando se realiza trabalho
mecânico, de modo a quebrar algumas ligações. Desta forma, quando o biureto, que tem cor
azulada, é adicionado à água esta adquirirá esse tom, ao contrário de quando se adiciona ao
tubo de ensaio com proteína que ficará com um tom mais violeta. Ao aquecer os tubos, ocorre
uma aceleração da reação dos aminoácidos com o Cu2+, fazendo com que o resultado seja
obtido em poucos minutos. Observa-se então uma variação na cor da solução no tubo com
proteína enquanto o controlo mantém-se com a cor inicial. Após a introdução de 10 gotas nos
dois tubos verifica-se que a cor se alterou para azul, em ambos, verificando-se o mesmo apos
levar os tubos ao vortex para homogeneizar a solução.

Reação de Folin-Lowry
O reagente de Folin-Ciocalteau contém tungstato, molibdato e ácido fosfórico, sofre
uma redução ao reagir com proteínas, na presença de cobre (II), e produz um composto com
absorção máxima em 750 nm. Esta redução ocorre diretamente através das cadeias laterais de
alguns aminoácidos (tirosina, triptofano, cisteína, asparagina e histidina), que contribuem com
quatro eletrões, ou através da remoção de dois eletrões de cada unidade tetra peptídica dos
peptídeos e proteínas, que é facilitada pela formação do quelato entre o cobre (II) e
peptídeos/proteínas. Este reagente tem uma alta sensibilidade e daí a sua grande utilidade na
deteção de proteínas.

O método utilizado envolveu duas etapas, a inserção da reação de Lowry nas claras de
ovo, que promove a redução do ião cobre (II) em condições alcalinas, formando assim um
complexo com as ligações peptídicas, que não muda em nada a cor da solução. A segunda
etapa consiste na introdução do reagente Folin-Ciocalteau que reage com o complexo cobre-
ligação peptídica, causando a mudança de cor da solução para azul.

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