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PRÉ-NATAL DE QUALIDADE

NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Coordenação de Atenção Integral à Saúde da M ulher e Perinatal


GEICS / DIAS / SUASA / SM SA

Outubro/2022
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

Cuidado oportuno à
Adequada gestante
assistência ao
pré-natal e
puerpério Redução da
morbimortalidade
materna e infantil
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
VIGILÂNCIA EM SAÚDE E COORDENAÇÃO DO CUIDADO

Perguntar em todas as visitas e consultas se a mulher deseja


engravidar, está gestante ou com suspeita de gravidez

Diagnóstico de gravidez e captação precoce


(até 12 semanas)

Acolhimento / orientações

Busca ativa
ABORDAGEM PRÉ-CONCEPCIONAL

Anamnese Avaliação risco


Exame físico gestacional

GS/RH,
coombs Controle de
indireto se doenças
Rh negativo crônicas

Orientações

Vacinação

Sorologia para Glicemia de


toxoplasmose jejum

TR parceria
Ácido fólico

TR sífilis, HIV, Eletroforese


hepatite B e C de
hemoglobina
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ

MULHERES EM
IDADE FÉRTIL
COM Iniciar pré-natal e
POSSIBILIDADE POSITIVO
DE GRAVIDEZ
agendar o pré-
natal do parceiro
TESTE
RÁPIDO DE
GRAVIDEZ / Planejamento
BHCG
sexual e
NEGATIVO
reprodutivo /
investigação
amenorréia
ABORDAGEM INTEGRAL
AVALIAÇÃO
Avaliação da gestante
E SINGULAR
DA GESTANTE

Avaliação física, Plano


emocional e terapêutico
social singular
completa Pré-
natal
APS
Identificação de
Abordagem situações de
integral vulnerabilidade
PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL - CALENDÁRIO DE CONSULTAS

Consultas de pré-natal de risco habitual intercaladas entre médico e enfermeiro

Até 32ª semana Da 37ª até a


1 de gestação: 3 41ª* semana:
consultas consultas
Captação mensais semanais
Da 33ª até a 36ª
precoce da
semana:
gestante (até 12
semanas de 2 consultas 4
quinzenais
gestação)

Todas as consultas de pré-natal devem ser registradas na Caderneta da Gestante e em


prontuário eletrônico, no protocolo de pré-natal.
Não existe “alta” do pré-natal antes do parto.
*Se o parto não ocorrer até a 41ª semana, é necessário encaminhar a gestante para a
maternidade de referência para avaliação do bem estar fetal e assistência ao parto.
ROTEIRO PARA TODAS AS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Anamnese

Cálculo da idade gestacional e data provável do parto

Exame físico geral e obstétrico

Exames complementares
(1º, 2º e 3º trimestre)

Avaliação do risco gestacional


PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ NATAL

Exames Agendar
Anamnese laboratoriais Estado Imunização Identificar
retorno
nutricional situações de
vulnerabilidade

Exame Maternidade
referência Pré-natal
físico REGISTRO Ácido REGISTRO do
fólico parceiro
Testes CTO colo
rápidos uterino
Classificar Orientações
Caderneta o risco Consulta
da gestante odontológica
PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL

DUM DPP
REGRA NÄEGELE
1º dia de sangramento CÁLCULO DA
do último ciclo DATA PROVÁVEL 280 dias ou 40 semanas,
IDADE a partir da DUM
menstrual DO PARTO
GESTACIONAL

IDEALMENTE Somar 7 dias ao 1º dia da última


Somar o número de dias do menstruação e subtrair 3 meses ao
intervalo entre a DUM e a data MOMENTO DO mês em que ocorreu a última
da consulta, dividindo o total DIAGNÓSTICO / menstruação (ou adicionar 9
por sete (resultado em CAPTAÇÃO meses, se a última menstruação
semanas) corresponder aos meses de janeiro
a março).
A primeira consulta REGRA NÄEGELE

DUM: 13/09/15 → DPP = 20/06/16 (13 + 7 = 20 // 9 – 3 = 6)

DUM: 10/02/15 → DPP = 17/11/15 (10 + 7 = 17 // 2 + 9 = 11)

DUM: 27/01/15 → DPP = 03/11/15 (27 + 7 = 34 // 34 – 31 = 3


// 1 + 9 + 1 = 11)
A primeira consulta
DUM x US
NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO
Nutrição na gravidez

O estado nutricional materno no início da gestação e o ganho de peso adequado


nesse período têm importantes repercussões sobre a saúde da mãe e do bebê.
TESTAGEM RÁPIDA

Teste rápido Teste rápido Teste rápido Teste rápido


de triagem para para diagnóstico
para sífilis hepatite B hepatite C de HIV
PRIMEIRA CONSULTA – EXAME FÍSICO

Ausculta Palpação da tireóide,


Peso pulmonar e das mamas e do
cardíaca abdome

Altura Pressão
Exame ginecológico e
arterial obstétrico: genitália
externa, vagina, colo
uterino, além da
Mucosas realização do toque
MMII bimanual para avaliar
o útero (colo e corpo)
e os anexos
Frequência Frequência
respiratória cardíaca
1ªCONSULTA
PRIMEIRA – EXAMES
Consulta: exames complementares
COMPLEMENTARES

Hemograma Exame de
Sorologia para Exame sorológico
urina rotina de HTLV 1 e 2
Glicemia jejum toxoplasmose
e urocultura
(IgG e IgM)

Teste Teste rápido para


rápido para Teste rápido para hepatite C e Anti- Teste rápido para
sífilis e hepatite B e HCV HIV e Anti-HIV
VDRL HBsAg

GS / Rh (caso a Eletroforese de
Coombs indireto gestante não tenha hemoglobina (caso a
(se a gestante for resultado prévio gestante não tenha
Rh negativo) comprovado resultado prévio
comprovado
laboratorialmente)
laboratorialmente)
PRÉ-NATAL DO PARCEIRO
PRÉ-NATAL DO PARCEIRO

FORTALECIMENTO DE
VÍNCULOS ENTRE PAIS,
PARCEIRAS(OS) E FILHAS (OS)
PRÉ-NATAL DO PARCEIRO
PRÉ-NATAL DO PARCEIRO

Consulta inicial do pré- Sugere-se que seja realizada pelo enfermeiro da


natal do parceiro equipe que estiver acompanhando a gestante

GS/Rh (se mulher ser Rh negativo); testes rápidos para


Solicitação de exames sífilis, HIV, hepatite B e C; hemograma; dosagem de
laboratoriais colesterol total e frações; triglicerídeos; glicemia de
jejum; eletroforese da hemoglobina

PA, peso e cálculo do IMC; consulta com cirurgião


Outros cuidados
dentista e vacinação, quando necessário
CONSULTAS SUBSEQUENTES DE PRÉ NATAL

Sulfato Agendar
Orientações /
Anamnese ferroso Acompanhamento retorno plano de parto /
Imunização conjunto PNAR amamentação /
DIU pós-parto

Exame Planilhas de
físico monitoramento Identificar
REGISTRO Caderneta REGISTRO situações de
da gestante vulnerabilidade

Avaliação / Busca ativa de


solicitação gestantes Busca ativa de
Classificar faltosas Confirmar gestantes com
de exames Estado o risco avaliação resultado de
nutricional odontológica exame crítico
MEDIDA
Medida da altura uterina DO ÚTERO FITA
AUSCULTA
Medida DOS
da altura BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS
uterina

A ausculta fetal será possível após a 10ª-12ª semana, com o sonar doppler ou a partir de
20 semanas com estetoscópio de Pinard.

A frequência cardíaca fetal normal é de 110 a 160 batimentos por minuto.

.
Caso seja identificado bradicardia (batimentos abaixo de 110 bpm) ou taquicardia
(batimentos acima de 160 bpm) fetal persistente (durante 10 minutos), a gestante deve
ser referenciada à maternidade com emergência.
MANOBRAS
Medida da altura uterina DE LEOPOLD
TOQUE VAGINAL
Medida da altura uterina

• A realização de toque vaginal de rotina durante o


acompanhamento pré-natal não é recomendada.

• O toque vaginal deverá ser realizado preferencialmente quando


houver relato de contrações uterinas, para avaliar presença de
dilatação do colo uterino.

• O toque vaginal pode ser realizado por médico ou enfermeiro,


desde que habilitados para sua realização.
Medida da alturaCALENDÁRIO
uterina VACINAL

BRASIL, 2022
1ª Consulta: exames complementares
2º TRIMESTRE – EXAMES COMPLEMENTARES

Sorologia para US obstétrico


toxoplasmose VDRL e (entre 13 e 20
(IgG e IgM), nas
TR sífilis semanas)**
gestantes
susceptíveis*

* PBH: repetir mensalmente sorologia para toxoplasmose em gestantes susceptíveis


** US obstétrico entre 13 e 20 semanas pode ser solicitado por médico ou enfermeiro
1ª Consulta: exames complementares
24ª A 28ª SEMANAS DE GESTAÇÃO (PREFERENCIALMENTE)

Glicemia após 1
Glicemia hora e 2 horas
jejum após 75g de
dextrosol
1ª Consulta: exames complementares
3º TRIMESTRE – EXAMES COMPLEMENTARES

VDRL e TR HIV e
Hemograma
TR de sífilis* anti-HIV*

Sorologia para
toxoplasmose Exame de urina
(IgG e IgM),
nas gestantes rotina e
susceptíveis** urocultura

*Idealmente na 28ª semana de gestação


** PBH: repetir mensalmente sorologia para toxoplasmose em gestantes susceptíveis
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DORISCO
DO RISCOGESTACIONAL
GESTACIONAL

A avaliação do risco gestacional deve ser realizada pelo médico ou pelo enfermeiro
em todas as consultas de pré-natal.

RISCO RISCO ALTO


HABITUAL INTERMEDIÁRIO RISCO

Ambulatório PNAR
CENTRO DE SAÚDE As gestantes em acompanhamento
no PNAR devem permanecer
vinculadas à sua eSF para maior
vigilância.
RISCO DE
CRITÉRIOS INTERMEDIÁRIO
RISCO INTERMEDIÁRIO

Anemia leve ou moderada com resposta adequada ao tratamento de


prova com sulfato ferroso

Crescimento uterino inadequado, acima ou abaixo do esperado,


conforme gráfico de acompanhamento da medida útero-fita (desde
que excluídos CIUR ou macrossomia fetal pelo US obstétrico)
FATORES DE
RISCO
GESTAÇÃO Ganho ponderal inadequado
ATUAL

Egresso hospitalar por pielonefrite na gestação atual;


Infecção urinária
RISCO INTERMEDIÁRIO
Altura menor que 1,45m
Idade menor do que 15 anos ou maior do que 35 anos

IMC <18,5 ou ≥ 35,0


Baixa escolaridade (< que cinco anos de estudo)
Gravidez não programada, principalmente em adolescentes
Condições ambientais desfavoráveis
Ocupação: esforço físico e carga horária excessivos, exposição a agentes físicos, químicos e
Características biológicos
individuais e Uso prejudicial de drogas lícitas ou ilícitas (acompanhamento em conjunto com a Saúde
condições Mental através de suporte de matriciamento, interconsultas com profissionais da rede e/ou
do CERSAM; informar o caso ao grupo de trabalho de mulheres vulneráveis - GT distrital)
sociodemográficas
desfavoráveis Transtornos mentais (acompanhamento em conjunto com a Saúde Mental)
Epilepsia controlada, sem uso de medicamento ou uso em monoterapia com baixas doses
de medicamentos não teratogênicos
Hipertensão crônica controlada (pressão arterial menor ou igual a 140/85 mmHg) sem uso
de anti-hipertensivo
Asma brônquica intermitente
Passado de câncer (doença “curada”)
Passado de pielonefrite
Traço falciforme
RISCO INTERMEDIÁRIO

Cirurgia uterina anterior

Dificuldade para engravidar

Macrossomia fetal

Morte perinatal explicada


HISTÓRIA
REPRODUTIVA
ANTERIOR Nulipararidade ou multiparidade (pelo menos dois partos anteriores)

Pré-eclâmpsia prévia após 34 semanas

Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou


malformado
Último parto há menos de dois anos ou mais de cinco anos
ALTO RISCO

Hipertensão arterial crônica em uso de anti-hipertensivo

Hipertensão arterial gestacional / Pré-eclâmpsia que não demande internação

Diagnóstico de pré-eclâmpsia com menos de 34 semanas na gestação anterior ou em 2 gestações anteriores

Cardiopatias reumáticas, congênitas, hipertensivas, arritmias, valvulopatias

Pneumopatias: asma persistente, em uso crônico de medicamentos; doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

Doenças tireoidianas: hipertireoidismo (exceto o hipertireoidismo subclínico transitório da gestação, diagnosticado


através de TSH baixo e T4 livre normal, até 18 semanas de gestação) e hipotireoidismo (TSH > 4)

Diabetes mellitus pré-gestacional ou gestacional

Epilepsia de difícil manejo, não controlada

Anemia grave ou anemia leve / moderada sem resposta ao tratamento de prova com sulfato ferroso
ALTO RISCO
Doença falciforme (agendamento via SIGRAH, para ginecologia pré-natal de alto risco para anemia falciforme)

Nefropatias: doença renal crônica, hidronefrose moderada a grave, rins policísticos

Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e outras colagenoses)

Passado de tromboembolismo pulmonar ou trombose venosa profunda

Perda gestacional de repetição (três ou mais)

Morte fetal inexplicada

Malformações uterinas, miomatose com repercussão na gestação (miomas volumosos)

Câncer invasor de origem ginecológica ou aqueles que estejam em tratamento ou possam repercutir negativamente na
gestação
Portadoras de doenças infecciosas, incluindo toxoplasmose aguda, citomegalovírus, rubéola durante a gravidez, infecção
pelo HIV
Infecção por vírus Zika (agendamento, via SIGRAH, para qualquer serviço de PNAR; prioridade alta)

US evidenciando microcefalia ou alterações neurológicas no feto (agendamento, via SIGRAH, para qualquer serviço de
PNAR - prioridade alta)
ALTO RISCO

Malformações fetais (gastrosquise, onfalocele e cardiopatias) –


Quando necessário, o serviço de PNAR fará o referenciamento à Medicina Fetal

Fetos com defeitos de fechamento do tubo neural deverão ser agendados sob regulação, com
referenciamento à Medicina Fetal, preferencialmente antes da 26ª semana de gestação
Fetos com diagnóstico intraútero de cardiopatia devem ser encaminhados à especialidade PNAR malformação cardíaca
fetal (CEMES Santa Casa);

Portadoras de hepatite B ou C

Passado de cirurgia bariátrica

Placenta prévia

Insuficiência istmocervical (passado de insuficiência istmocervical ou suspeita diagnóstica na gestação atual)

Desvios do crescimento uterino confirmados ao ultrassom como: gestação gemelar; polidrâmnio; oligohidrâmnio,
crescimento intrauterino restrito, macrossomia fetal

O serviço de PNAR deverá reencaminhar ao Centro de Saúde as gestantes referenciadas inadequadamente (em
não conformidade com o protocolo), por meio de guia de contrarreferência.
MEDICINA
CRITÉRIOS FETALFETAL
PARA MEDICINA

Aloimunização materna

Válvula de uretra
posterior fetal (fetos Fetos com defeitos de
apresentando ao fechamento do tubo
ultrassom neural
megabexiga, (preferencialmente
hidronefrose bilateral, antes da 26ª semana
megaureter e de gestação)
anidrâmnio)

Os casos acima são de extrema gravidade e merecem o encaminhamento


imediato para a medicina fetal. O fator "tempo" é determinante para o bom
prognóstico fetal.
CRITÉRIOS PARA À MATERNIDADE
ENCAMINHAMENTO DEDE
À MATERNIDADE REFERÊNCIA (URGÊNCIA)
REFERÊNCIA (URGÊNCIA)

Trabalho de parto
Amniorrexe prematura
Gravidez a partir de 41 semanas
Hemorragia na gestação
Suspeita de pré-eclâmpsia
Suspeita de tromboembolismo pulmonar ou trombose venosa profunda
Febre a esclarecer
Instabilidade hemodinâmica
Hiperemese gravídica
Diminuição de movimentação fetal
Bradicardia ou taquicardia fetal
Alteração de bem-estar fetal em exame complementar (ultrassom obstétrico)
Diagnóstico de anencefalia fetal e com o desejo da gestante de interrupção da gravidez
IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO
IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS
DA AVALIAÇÃO FETAIS NO
DOS MOVIMENTOS PRÉ NATAL
FETAIS

Percepção de movimentação fetal a


partir da 16ª semana da gestação,
mais comumente na 20ª semana

“Contagem até 10“ A frequência dos movimentos


Dez movimentos fetais em uma fetais na gestação é
hora, podendo ser repetida em
Vigilância dos provavelmente constante,
mais uma hora, se persistir movimentos entretanto no terceiro trimestre a
anormalidade é desejável que a fetais qualidade dos movimentos
gestante procure um serviço de percebidos muda, podendo
saúde (MS, 2022). diminuir próximo do termo

O reconhecimento precoce da diminuição dos movimentos


fetais pode prover uma oportunidade
para identificar fetos que podem estar comprometidos e
podem se beneficiar de uma intervenção.
ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL AO PRÉ-NATAL E AO PUERPÉRIO
IMPORTANTE

Se a gestante apresentar
queixas deverá ser garantido
atendimento no Centro de
Saúde antes do retorno
programado
ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL AO PRÉ-NATAL E AO PUERPÉRIO
SINAIS DE ALERTA

Movimento
fetal

Alteração
Bolsa Rota persistente
BCF
PREPAROPARA
PREPARO PARAOOPARTO
PARTO

Participar do planejamento, execução e avaliação das ações de assistência


de enfermagem

Que têm direito às boas práticas na assistência obstétrica

Terem acompanhante de livre escolha e apoio de doulas


TODAS AS
GESTANTES
DEVEM SER
ORIENTADAS Usarem técnicas não farmacológicas ou farmacológicas de alívio da dor

Não serem separadas de seus filhos

Serem informadas e consultadas sobre todas as intervenções no processo


fisiológico de parturição
BENEFÍCIOS DOuterina
Medida da altura PARTO NORMAL PARA A GESTANTE

• Menor exposição aos riscos de uma cirurgia: diminui o risco de


infecções e complicações relacionadas aos efeitos colaterais dos
anestésicos;

• Possibilidade de utilização de métodos não farmacológicos para


alívio da dor e analgesia farmacológica durante o trabalho de parto;

• Não existe a necessidade de suspender a dieta durante o trabalho


de parto;
BENEFÍCIOS DOuterina
Medida da altura PARTO NORMAL PARA A GESTANTE

• Liberdade para caminhar e assumir a posição mais confortável


durante o trabalho de parto e parto;

• Melhor adaptação ao pós parto: menos dor e maior facilidade para se


movimentar, amamentar e cuidar do bebê;

• Involução uterina (redução do volume uterino) mais rápida, com


menores chances de hemorragia;

• Menor tempo de internação


BENEFÍCIOS
Medida da altura DO PARTO NORMAL PARA O BEBÊ
uterina

• Menor risco de doenças respiratórias e de broncoaspiração;

• Menores chances de desenvolver doenças como diabetes,


hipertensão, obesidade e asma na vida adulta;

• Menor risco de prematuridade;

• Contato pele a pele e amamentação mais precoce


IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
FASE LATENTE DO TRABALHO DE PARTO

Não há Contrações irregulares e pouco dolorosas


necessidade
de se dirigir à
maternidade Podem durar horas ou até dias
IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
TRABALHO DE PARTO

FASE ATIVA DO TRABALHO DE PARTO

Contrações rítmicas e regulares, com


intervalo menor ou igual a 5 minutos
Momento de
se dirigir à
maternidade As contrações apresentam intervalo progressivamente
menor com intensidade dolorosa progressivamente maior.
IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
TRABALHO DE PARTO

RUPTURA DE MEMBRANAS AMNIÓTICAS

Não constitui uma emergência, mas que


Momento de
sempre que houver suspeita de perda de
se dirigir à líquido amniótico pelos genitais, a gestante
maternidade
necessita dirigir-se à maternidade para
avaliação obstétrica
ORIENTAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO
ORIENTAÇÕES MATERNO DURANTE O PRÉ-NATAL
SOBRE AMAMENTAÇÃO

1 Planos da gestante com relação à alimentação da criança.

Experiências prévias, mitos, crenças, medos e preocupações relacionadas com o aleitamento materno.
2

3 Importância do aleitamento materno e desvantagens do uso de leite não humano.

4 Orientar a técnica adequada na prevenção de complicações relacionadas à amamentação.

Orientar a amamentação em livre demanda, aleitamento exclusivo até os seis meses e complementar até os
5 dois anos.

Possíveis dificuldades na amamentação e meios de preveni-las. Muitas mulheres “idealizam” a


6 amamentação e se frustram ao se depararem com a realidade.

Orientar que o uso de chupetas, protetores de silicone, mamadeiras e hábito de sucção digital podem levar
7 ao desmame precoce.
ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL AO PRÉ-NATAL E AO PUERPÉRIO
PUERPÉRIO

Realizar a 1ª consulta de
puerpério e as ações do 5º dia

Agendamento da 2ª consulta entre


30º a 42º dia após o parto
PUERPÉRIO
PUERPÉRIO

Consulta do
5º dia da
puérpera

Planejamento Identificar
sexual e situações de
reprodutivo vulnerabilidade

Ações
do 5º
dia
Avaliação do
Avaliação do
recém-nascido
aleitamento
materno

Avaliação do
vínculo mãe-
bebê
INDICADORES ASSISTENCIAIS

Indicadores da Rede Cegonha/


RAMI

Indicadores de monitoramento da
Secretaria Municipal de Saúde de
Belo Horizonte

Indicadores do Previne Brasil


TOTAL DE GESTANTES

jj

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Setembro/22.

Nº nascidos vivos por Munic. Residência e Ano do Nascimento


Munic. Residência 2019 2020 2021 Total
BELO HORIZONTE 28608 26286 24976 79870
Total 28608 26286 24976 79870
Fonte: SINASC / SMSA, 2022
NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES RESIDENTES
EM BH, NAS MATERNIDADES SUS, NO PERÍODO DE
2018 A 2022*

16,705 16,485

13,911
13,427

6,492

2018 2019 2020 2021 2022 (ATÉ JUNHO)

Fonte: (SIH/SUS, 2022). Dados parciais extraídos até Jun/2022


TOTAL DE GESTANTES POR REGIONAL

2500 18.1% 20.0%


18.0%
Local Nº gestantes
2000 14.0% 16.0% 1841
DRES BARREIRO
11.2% 14.0% 639
DRES CENTRO SUL
1500 10.6% 11.5% 10.7% 12.0%
10.8% DRES LESTE 1385
8.0% 10.0% 2369
DRES NORDESTE
1000 4.9% 8.0% 1468
DRES NOROESTE
6.0% 1416
DRES NORTE
500 4.0% 1050
DRES OESTE
2.0% 1501
DRES PAMPULHA
0 0.0% 1404
DRES VENDA NOVA
BH 13104

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Dados extraídos em Outubro/22 .

Nº gestantes %

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Dados extraídos em Outubro/22 .


GESTANTES COM PELO MENOS 01 CONSULTA ATÉ A 12ª SEMANA E COM 06 OU MAIS CONSULTAS*

DRS Com consulta


BARREIRO 31,7%
CENTRO SUL 29,2%
LESTE 46,5%
NORDESTE 30,9%
NOROESTE 28,2%
NORTE 27,1%
OESTE 34,2%
PAMPULHA 33,7%
VENDA NOVA 30,4%
BH 30,6%

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Outubro/22. Meta: 45%


*Gestantes 3º Trimestre
Gestantes com atendimento com cirurgião dentista

Barreiro Centro Sul Leste Nordeste Noroeste Norte Oeste Pampulha Venda Nova
% 48.8% 59% 35.0% 26% 30% 49% 56% 23% 47%
Gestantes com consulta 899 380 485 613 445 697 591 348 666
Gestantes sem consulta 942 259 900 1,756 1,023 719 459 1,153 738

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Setembro/22.

Meta: 60% Peso: 2


Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV

Critérios para o indicador:

✓ Número de gestantes com sorologia avaliada ou teste rápido


realizado para HIV e Sífilis na APS

Meta: 60%
EXECUÇÃO TR SÍFILIS EM GESTANTE*

Local % TR Sífilis realizado


DRES BARREIRO 71,8%
DRES CENTRO SUL 57,3%
DRES LESTE 31,1%
DRES NORDESTE 38,3%
DRES NOROESTE 35,4%
DRES NORTE 55,2%
DRES OESTE 71,3%
DRES PAMPULHA 40,2%
DRES VENDA NOVA 63,8%
Total BH 50,2%

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Outubro/22.

*Percentual calculado a partir do número total de gestantes


(soma TR Gestantes + Gestantes, Pai/Parceiro)
Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Outubro/22.
Meta: 60%
Solicitação e Avaliação VDRL em Gestante

Venda
Barreiro Centro Sul Leste Nordeste Noroeste Norte Oeste Pampulha
Nova
% 70.54% 82.61% 53.85% 53.03% 47.40% 72.90% 85.66% 46.88% 81.13%
Solic VDRL Gestante 1,331 532 776 1,277 719 1,033 896 720 1,148
% 27.61% 41.15% 18.74% 7.35% 8.64% 20.68% 35.56% 16.15% 7.00%
Aval VDRL Gestante 521 265 270 177 131 293 372 248 99

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Setembro/22.


EXECUÇÃO TR HIV EM GESTANTE*

100%
LOCAL % TR realizados

398
90%

818

517

571
DRES BARREIRO 69,4%

6267
747
367

852
1277

720
80% DRES CENTRO SUL 57,4%
70% DRES LESTE 28,7%
60% DRES NORDESTE 34,5%

50% DRES NOROESTE 35,2%


DRES NORTE 52,8%
1385

2369

40% 1468

1501

13104
1416
DRES OESTE 68,6%

1404
639

1050
1841

30%
DRES PAMPULHA 38,0%
20% DRES VENDA NOVA 60,7%
10%
0% TOTAL BH 41,3%

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Setembro/22.

Meta: 60% Nº gestantes TR HIV *Percentual calculado a partir do número total de gestantes
(soma TR Gestantes + Gestantes, Pai/Parceiro)
Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Setembro/22.
Solicitação e Avaliação de Sorologia HIV na gestante

Barreiro Centro Sul Leste Nordeste Noroeste Norte Oeste Pampulha Venda Nova
% 69.6% 83.1% 54.0% 52.9% 47.5% 72.2% 85.7% 46.7% 80.6%
Solicitação Sorologia HIV Gestante 1,314 535 778 1,273 720 1,023 896 718 1,141
% 27.0% 39.6% 18.5% 7.0% 8.8% 18.2% 33.9% 16.2% 6.5%
Avaliação Sorologia HIV Gestante 510 255 267 168 133 258 355 249 92

Fonte: Painel Previne Brasil/ SMSA, Setembro/22.


Total de casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita de
residentes em Belo Horizonte, notificados segundo ano, no
período de 2010- 2022*

742 764 752


716
617
512 505
468
401
339 318
287 298 287
252 260 236
200 188
153 171
138 124
71
70 71

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Sífilis em Gestante 70 138 252 260 339 468 512 617 742 764 716 752 505
Sífilis Congênita 71 71 153 171 236 287 298 318 401 287 200 188 124

Fonte: SINANNET/MS- DPVS/GVIGE-SMSA-BH


Dados atualizados em 09/09/2022
*Dados sujeitos a revisão 2021/2022
Fonte: SINANNET/MS- DPVS/GVIGE-SMSA-BH
Dados atualizados em 05/07/2022
*Dados sujeitos a revisão Pupulação IBGE 2010
Nascidos vivos SINASC
OMS: Taxa de incidência < 0,5/ 1.000 NV
Total de casos de sífilis em gestantes, residentes em Belo
Horizonte, notificados segundo distrito de residência, 2018-
2022*
160

140

120

100

80

60

40

20

0
Venda
Barreiro Centro Sul Leste Nordeste Noroeste Norte Oeste Pampulha
Nova
2018 80 60 78 136 78 110 63 44 91
2019 81 70 77 144 68 127 64 35 96
2020 103 81 70 116 60 80 79 45 80
2021 88 74 75 113 66 82 94 57 94
2022* 95 39 39 72 41 59 73 36 44

Fonte: SINANNET/MS- DPVS/GVIGE-SMSA-BH


Dados atualizados em 09/09/2022
*Dados sujeitos a revisão 2021/2022
Total de casos de sífilis congênita, em números
absolutos, de mães residentes em Belo Horizonte,
notificados segundo distrito de residencia e ano do
diagnóstico, 2018 a 2022*

Barreiro Centro Sul Leste Nordeste Noroeste Norte Oeste Pampulha Venda Nova Ignor
2018 14 27 54 75 49 67 32 21 62 0
2019 21 19 16 47 39 60 21 16 47 1
2020 22 14 16 46 16 28 12 5 40 1
2021* 23 14 16 25 17 27 22 12 29 3
2022* 12 9 8 14 22 25 13 7 7 7

Fonte: SINANNET/MS- DPVS/GVIGE-SMSA-BH


Dados atualizados em 09/09/2022
*Dados sujeitos a revisão 2021/2022
NÚMERO ABSOLUTO DE CONSULTAS DE PRE NATAL DE ALTO RISCO NAS
MATERNIDADES SUS BH, CONFORME ANO, NO PERÍODO DE 2018 A
2022
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
2018 2019 2020 2021 2022*
ANO
MOV 339 550 595 603 443
HSF 861 1063 645 1453
HSF (Carlos Prates) 635 812
HOB 662 704 683 803 482
HJK 542 649 3
HC 739 610 815 888 491
CEMES SC 1155 1257 1086 1013 579
CEM VENDA NOVA 160 102 72
Fonte: SISREG-SMSA-BH
Dados atualizados em 29/09/2022
*Dados parciais até setembro de 2022.
NÚMERO ABSOLUTO DE CONSULTAS DE PRE NATAL
DE ALTO RISCO NAS MATERNIDADES SUS BH,
CONFORME ANO, NO PERÍODO DE 2018 A 2022

4993 4832
4561
4298

2810

2018 2019 2020 2021 2022*

Fonte: SISREG-SMSA-BH
Dados atualizados em 29/09/2022
*Dados parciais até setembro de 2022.
Percentual de complicações graves maternas até 42 semanas, SUS-BH, 2019 a
2022*
1.40%
1.20%
1.00%
0.80%
0.60%
0.40%
0.20%
0.00%
HSF MOV SC HJK HC-UFMG HRTN HOB
2019 0.25% 0.48% 0.26% 0.25% 0.38% 0.41% 0.30%
2020 0.46% 0.33% 0.33% 0.36% 0.49% 0.34% 0.31%
2021 0.27% 0.56% 0.61% 0.51% 0.00% 0.62% 0.45%
2022 0.39% 0.76% 0.49% 0.37% 0.61% 1.17% 0.43%

2019 2020 2021 2022


Maternidades
Complicações Nº de partos Complicações Nº de partos Complicações Nº de partos Complicações Nº de partos

HSF 26 10458 47 10140 9 3329 8 2028


MOV 15 3141 11 3298 8 1429 7 923
SC 10 3843 11 3366 9 1474 5 1017
HJK 6 2360 8 2249 6 1170 3 815
HC-UFMG 7 1864 8 1620 0 711 3 495
HRTN 13 3200 9 2651 5 807 6 511
HOB 9 2976 8 2551 4 895 3 703
Fonte: DMAC/SMSA, 2022. *Dado parcial, sujeito a alterações.
Série Histórica do Total de Óbitos
Maternos
Total de Óbitos Maternos

20
17
15 Total de Óbitos
14
Maternos
12 12
11
10 Linear (Total de Óbitos
8 Maternos)
5

2012201320142015201620172018201920202021
Ano

Fonte: Coordenação Perinatal/Dias; SIM. Dados de 2018, 2019 e 2020 extraídos em 30/06/2020.
Dados do Comitê de óbito materno atualizados em 09/05/22

Metas de Mortalidade Materna até 2030:


- ODS: < 70 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos;
- Brasil: < 30 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos;

Fonte: PMS/ SMSA, 2022/2025


Percentual de partos normais e cesáreas nas maternidades SUS-
BH
80.00%
70.22% 69.13% 67.75% 67.44%
70.00% 63.16%

60.00%

50.00%

36.68%
40.00% Vaginal
32.25% 32.56%
29.78% 30.87%
Cesárea
30.00%

20.00%

10.00%

0.00%
2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: SINASC/ SAMSA, 2022


PERCENTUAL DE PARTO NORMAL E CESARIANO, CONFORME PROCEDIMENTOS
REALIZADOS NAS MATERNIDADES SUS-BH, NO PERÍODO DE 2018 A 2022*
60.00
51.13

46.55

43.36

43.23
50.00

41.38
40.00

22.38
30.00

21.58
19.57
17.64

17.49
17.31
15.14
14.98

14.17

13.75

13.55
13.41
12.18

12.14
20.00

11.82
6.03

5.72
5.13

4.52
10.00

3.16
2.66
2.62

2.59
2.43

2.40
0.00
2018 2019 2020 2021 2022

PARTO NORMAL PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO


PARTO NORMAL EM CENTRO DE PARTO NORMAL (CPN) PARTO CESARIANO EM GESTACAO DE ALTO RISCO
PARTO CESARIANO PARTO CESARIANO C/ LAQUEADURA TUBARIA

Fonte: (SIH/SUS, 2022). Dados parciais extraídos até Jun/2022


CHECKLIST
Muito Obrigada!

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