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SOCIAL"
OU
"INCLUSÃO
PERVERSA"?
UMA ANÁLISE HISTÓRICA
A OPÇÃO PELA AFETIVIDADE E, EM
ESPECIAL, PELO SOFRIMENTO, PARA
ESTUDAR A EXCLUSÃO;
CONTEÚDO
em relação à inclusão como parte constitutiva dela. Não é uma coisa ou um estado, é
processo que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros. Não tem
uma forma unica e não é uma falha no sistema, devendo ser combatida como algo que
perturba a ordem social, ao contrario, ela é produto do funcionamento do sistema".
ATLAS DA
VIOLÊNCIA
Alma Ata : "Saúde para todos no ano 2000"
2000, ocorreu a "Cúpula do Milênio das Nações Unidas", que reuniu lideres mundiais de 189
Declaração de Brasília - uma chamada à ação e à execução do que está expresso nos Objetivos
da Declaração do Milênio. São oito objetivos, cada um deles com uma ou mais metas, que
juntas.
aumento.
2%.
anos
MAURA VÉRAS
MILTON SANTOS
(intra-urbano, sobretudo):
O capitalismo predatório, politicas urbanas para atender interesses privados. (Recife, Cidade Roubada)
Refletindo sobre a noção de exclusão
DIREITO A CIDADE
anos
MAURA VÉRAS
JOSE DE SOUZA MARTINS
O esvaziamento do termo exclusão (explicativo de "tudo") - fetichização conceitual: o
subalternidades.
Aponta que no Brasil as politicas econômicas neoliberais acabam por provocar, não
"A máxima das sociedades capitalistas é respeitar ao mercado, para depois incluir,
anos
Exclusão social: um problema de 500
anos
Exclusão social: um problema de 500
anos
Perfil de vitimas de
homicídios
Analise psicossocial e ética
da exclusão
PARTE II
O SOFRIMENTO ÉTICO-POLÍTICO COMO
EXCLUSÃO/INCLUSÃO
BADER SAWAIA
não tem gênese nele. Considerar este âmbito possibilita a analise da vivência
Estudar exclusão pelas emoções dos que a vivem é refletir sobre o "cuidado”
instrumentalização.
AFETIVIDADE
... Quando não é desconsiderada, é olhada negativamente como
obscurecedora, fonte de desordem, empecilho para a aprendizagem, fenômeno
incontrolável e depreciado do ponto de vista moral. Esses atributos, que se
cristalizaram em tomo da afetividade ao longo da história das Ciências
Humanas, recomendam-na como conceito desestabilizador da análise psicossocial
da exclusão. Uma vez olhada positivamente, a afetividade nega a neutralidade
da reflexões científicas sobre desigualdade social, permitindo que, sem que se
perca o rigor teórico-metodológico, mantenha-se viva a capacidade de se
indignar diante da pobreza.
entre o desejo de
reconhecimento (visibilidade)
e o reconhecimento do desejo.
Cabe ao campo da Saúde colaborar com o avanço desse conhecimento, pois
afinal de contas esta é sua área de competência, o que não significa
simplesmente introduzir a emoção como tema de pesquisa e de reflexão.
Dado o papel que tem sido atribuído a esse conceito, que é o de
personagem coadjuvante e má, é preciso mudar sua perspectiva analítica. Daí
a opção em refletir a exclusão a partir da afetividade, e de qualificá-la de “ético-
política” para marcar um enfoque epistemológico e ontológico.
"Por afetos, entendo as afecções do corpo pelas quais a potência de agir desse
Corpo é aumentada ou diminuída" (Espinosa,1957:144) Corpo é matéria biológica,
emocional e social, tanto que sua morte não é só biológica, falência dos órgãos,
mas social e ética. Morre-se de vergonha, o que significa morrer por decreto da
comunidade.
O corpo é imaginante e memorioso (Espinosa, 1957, livro II), de forma que sua
afecções atuais são originadas na interação de nosso corpo com outros corpos,
no passado e no presente e estão presentes na mente na forma de imagens,
emoções e idéias.
SOFRIMENTO ÉTICO-POLITICO
Na defesa dessas teses, Heller distingue dor de sofrimento (1979: 313-315). Dor
é próprio da vida humana, um aspecto inevitável. É algo que emana do
indivíduo, das afecções do seu corpo nos encontros com outros corpos e
diz respeito à sua capacidade de sentir, que para ela equivale a estar implicado
em algo ou, como analisa Espinosa, de ser afetado. O sofrimento é a dor mediada
pelas injustiças sociais. É o sofrimento de estar submetida à fome e à
opressão, e pode não ser sentido como dor por todos. É experimentado
como dor, na opinião de Heller, apenas por quem vive a situação de exclusão...
A cada dia que vivo, mais me
convenço de que o
desperdício da vida está no
amor que não damos, nas
forças que não usamos, na
prudência egoísta que nada
arrisca, e que, esquivando-se
do sofrimento, perdemos
também a felicidade.
A dor é inevitável. O
sofrimento é opcional.
SOFRIMENTO ÉTICO-POLITICO
Por serem sociais, as emoções são fenômenos históricos, cujo conteúdo e
dominantes.
ex.: o MEDO.
Além desses autores, inúmeros fatos históricos podem ser citados para
Ela é emblemática deste conceito, por indicar que um sofrimento psicossocial
pode redundar em morte biológica. O banzo é gerado pela tristeza advinda do
responsável pela elevação do número de suicídio entre jovens índios de
Os principais fatores de risco para o suicídio foram pobreza, fatores históricos e culturais
( o processo de confinamento compulsório ao qual o grupo vem sendo submetido, com
superpopulação das aldeias, imposição de crenças, valores e lideranças estranhos a sua
cultura), baixos indicadores de bem estar, desintegração das famílias, vulnerabilidade
social e falta de sentido de vida e futuro.
SOFRIMENTO ÉTICO-POLITICO
Dororidade
Termo criado por Vilma Piedade
para descrever a união e a
aliança entre mulheres negras,
baseada na empatia gerada pelo
reconhecimento das suas dores
comuns.
SOFRIMENTO ÉTICO-POLITICO
e da alma que mutilam a vida de diferentes formas. Qualifica-se pela maneira
como sou tratada e trato o outro na intersubjetividade, face a face ou anônima,
dominantes em cada época histórica, especialmente a dor que surge da situação
social de ser tratado como inferior, subalterno, sem valor, apêndice inútil da
biológicas, sociais e culturais, tais como gênero, raça, classe, capacidade, orientação
múltiplos e muitas vezes simultâneos. Este quadro pode ser usado para entender
multidimensional.