UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO - OESTE – UNICENTRO
Campus Universitário de Campo Largo – Pr.
Graduação em Letras Português e Literatura de Língua Portuguesa
Acadêmica: Danielle Aparecida Correa da Rocha Data: 15/09/2021.
Professora: Prof. Suellen Fernanda de Quadros Soares
Tutora: Vanessa Ap. Kramer
Disciplina: Noções de Língua Brasileira de Sinais-libras
Aprendizagem Baseada em Pesquisa
A Inclusão dos Surdos na Educação Brasileira
No Brasil muitas vezes os surdos são tratados como deficientes mentais
pelos ouvintes, sendo que apenas tem uma debilidade auditiva parcial ou total o que faz desenvolver mais a parte visual, os surdos são capazes de desenvolve- se fisicamente e intelectualmente como todos os outros estudantes da sala. A inclusão dos estudantes surdos é recente nas escolas, causando ainda muita dificuldade no âmbito escolar e para o próprio professor que muitas vezes não tem habilidade na língua dos sinais “Libras” aprendendo dentro de sala de aulas com os colegas dos estudantes surdos que também se comunicam com dificuldade com os surdos em fim é um desafio, e todos os desafios exigem quebras de paradigmas dentro e fora da escola. No Brasil com a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, oficializou-se também a Língua Brasileira de Sinais (Libras), tornando possível, em âmbito nacional, realizar discussões relacionadas à necessidade do respeito às particularidades linguísticas da comunidade surda e do uso dessa língua nos ambientes escolares. (BNCC, p. 29, 22 de dezembro de 2017). A compreensão por parte de toda comunidade escolar e da sociedade em geral, da importância que os estudantes Surdos aprendam duas línguas, ou seja, bilíngue, a língua Brasileira de Sinais (Libras) e a língua portuguesa, isso tem se tornado um grande desafio. Podemos adotar o bimodalismo, que é a língua portuguesa acompanhada dos sinais (Libras). Ensinar Libras nas escolas para surdos é muito importante, mas o melhor seria se fosse ensinada em todas as escolas Brasileiras, apesar de se parecer utopia, seria algo, de suma importância, como se aprende, o inglês, o espanhol, porque não implantar definitivamente à Libra na grade do ensino fundamental, médio e superior. A escola é uma imagem da sociedade, assim como a sociedade deveria ser uma imagem da escola, mas observamos muitas atribuições impostas para escola principalmente os professores onde temos um alto grau de problemas médicos que ocorrem com os mesmos, observamos, que os professores são “heróis” muitas vezes tem que ser pais, médicos, psicólogos ou até interpretes para os surdos sem tem formação para isso, muitas vezes os governos impõem somente a instituição educacional a responsabilidade que não são de cunho educacional. Observamos os documentos que orientam as políticas da educação especial, com comum acordo com a educação inclusiva: – Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Lei Federal no 7.853, de 24 de outubro de 1989. – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. – Estabelece Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Lei no 3.298, de 20 de dezembro de 1999. – Plano Nacional de Educação. Lei no 10.172, de 09 de janeiro de 2001. – Constitui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Resolução CNE n 02, de 11 de setembro de 2001. – Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017 – Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Todas as bases, diretrizes e leis, citadas acimas deveriam garantir uma escola para todos, tanto estudantes com necessidades especiais e estudantes sem necessidades, O filme “O Milagre de Anne Sullivan” (1962), relata a história de uma menina cega. Não só cega, mas muda. Um filme que mostra como o ser humano não está seguro sobre as coisas que a vida pode aprontar. O Milagre de Anne Sullivan é um retrato psicológico, mostra-nos como não sabemos lidar com limites físicos e a realidade de um ser humano. A persistência da professora ao ensinar regras de convivência para a menina traz uma mensagem incrível daquilo que alguém pode fazer de bom para outro ser humano, um maravilhoso trabalho de educação em cima de uma pessoa, mostrando assim, que a força de vontade e atitude na educação pode e faz a diferença para toda a vida de um ser humano. O resultado desse esforço é que Helen Keller foi a primeira pessoa surda e cega a conquistar um bacharelado, indo além de qualquer expectativa. Sabemos que temos inúmeros desafios como professores, mas temos que participar ativamente para que estes estudantes sejam tratados com respeito e a inclusão ocorra realmente em sala de aula, contribuiremos desse modo para uma sociedade mais democrática e humanizada. No dia 04 de agosto de 2021, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.191, de 2021, que insere a Educação Bilíngue de Surdos na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394, de 1996) como uma modalidade de ensino independente — antes incluída como parte da educação especial. Entende-se como educação bilíngue aquela que tem a língua brasileira de sinais (Libras) como primeira língua e o português escrito como segunda. De acordo com o texto, a modalidade de ensino deverá ser iniciada na educação infantil e se estender ao longo da vida. As escolas deverão oferecer serviço de apoio educacional especializado para atender às especificidades linguísticas dos estudantes surdos, o que não impedirá que esse aluno faça matrícula em escolas e classes regulares de acordo com o que decidirem os pais ou responsáveis ou o próprio aluno. Entre as medidas previstas, o projeto também prevê a oferta, aos estudantes surdos, de materiais didáticos e professores bilíngues com formação e especialização adequadas, em nível superior. Além disso, os sistemas de ensino devem desenvolver programas integrados de ensino e pesquisa para oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos estudantes surdos. A União será responsável por conceder apoio técnico e financeiro para esses programas, que serão planejados com a participação das comunidades surdas, de instituições de ensino superior e de entidades representativas dos surdos. Referências:
BRASIL, Base Nacional Comum Curricular (BNCC), versão final. Brasília,
MEC/CONSED/UNDIME, em abril de 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp- content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 15 de setembro de 2021.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília: Imprensa
Oficial, 1998.
BRASIL, Lei nº. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua
Brasileira de Sinais- Libras e dá outras providências. Diário Oficial da República Federal do Brasil, Brasília, DF, 25 de abr. de 2002. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/2002/L10436.htm>. Acesso em: 15 de setembro de 2021.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.
FILME, O milagre de Anne Sullivan. Disponível em:
https://youtu.be/z3mCkggD6qg Acesso em: 14 de setembro de 2021.
SHIMOSAKAI, Ricardo. O milagre de Anne Sullivan. Filme baseado na
história real da surdo cega Helen Keller. Disponível em: https://www.ricardoshimosakai.com.br/o-milagre-de-anne-sullivan/. Acesso em: 14 de setembro de 2021.
SOARES, Suellen F. de Quadros. Discurso, Corpo e poder:
Objetivação/subjetivação do sujeito Helen Keller sob a perspectiva dos estados discursivos foucaultianos. UNICENTRO- Guarapuava- PR, 2019. Disponível em: http://tede.unicentro.br:8080/jspui/bitstream/jspui/1219/2/SUELLEN%20FERNA NDA%20DE%20QUADROS%20SOARES.pdf. Acesso em: 14 de setembro de 2021.