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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

ENGENHARIA MECÂNICA

EM12 – CIÊNCIA DOS MATERIAIS

AULA 21
CORROSÃO
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE
MATERIAIS
Profa.: Dra. Alexandra de Oliveira França Hayama

2013/1
 Corrosão
 Potenciais de eletrodo
 A série galvânica
 Passivação
 Formas de corrosão
 Prevenção da corrosão

 Critérios de seleção de materiais


DEFINIÇÃO

 Corrosão: Perda deteriorativa de um metal como resultado de


reações de dissolução no ambiente.
 Portanto, a corrosão pode ser definida como sendo o ataque
destrutivo e não intencional de um metal, esse ataque é
eletroquímico e geralmente tem seu início na superfície do
metal. Envolve tanto reações de redução como reações de
oxidação.

→ Processo eletroquímico: reação química em que existe uma


transferência de elétrons de um componente químico para
outro.

 Um processo corrosivo consiste na ocorrência simultânea de


pelo menos uma reação anódica (oxidação) e de pelo menos
uma reação catódica (redução).

 Oxidação: A remoção de um ou mais elétrons de um átomo.


DEFINIÇÃO

 Reação anódica ou de oxidação:


→ Anodo: O local onde ocorre a reação de oxidação. Perde elétrons.
→ Oxidação: perda dos elétrons de valência dos átomos de um
metal.

 Exemplo: o metal hipotético M, que possui n elétrons de valência,


pode experimentar um processo de oxidação de acordo com a
reação:
M → Mn+ + ne−

M se torna um íon positivamente carregado (n+), que nesse processo


perde os seus n elétrons de valência; e- é usado para simbolizar um
elétron.
 Exemplos de reações de oxidação
Fe → Fe 2 + + 2e −  Na reação de oxidação exemplificada:
→O Fe perde 2 elétrons de valência;
Al → Al 3 + + 3e − →O Al perde 3 elétrons de valência.
DEFINIÇÃO

 Reação catódica ou de redução:


→ Catodo: O local onde ocorre a reação de redução. Ganha elétrons
→ Redução: Os elétrons gerados na reação anódica são totalmente
absorvidos pela reação catódica, sendo transferidos para o componente
químico, tornando-se parte integrante dele.

→ Um metal pode ser totalmente reduzido a partir de um estado metálico


iônico para um estado neutro, de acordo com a reação:
n+ −
M + ne → M
 Exemplo de reação de redução:
+ −
2H + 2e → H 2
→ Alguns metais sofrem corrosão em soluções ácidas, que têm
concentrações elevadas de íons de hidrogênio (H+), esses íons são
reduzidos e o gás hidrogênio (H2) é liberado.
PROBLEMAS RELACIONADOS À CORROSÃO

 Acidentes (perda de vidas ou invalidez): queda de pontes


e aviões.

 Insalubridade: causada por vazamentos de produtos


tóxicos (por exemplo, gás).

 Economia popular: produtos de consumo de durabilidade


comprometida pela deterioração.

 Econômico: elevados custos pela substituição de materiais


e equipamentos.

 Degradação de monumentos históricos: consequência


do meio ambiente (poluição atmosférica).
CUSTOS RELACIONADOS À CORROSÃO

 Custos diretos
→ Custos corretivos
 Reparos
 Reposição de material

→ Custos preventivos
 Revestimentos (pintura)
 Material resistente à corrosão
 Proteção catódica
 Desumidificação de depósito/armazém

 Custos indiretos
 Interrupção de produção
 Perda de materiais
 Perda de eficiência do equipamento/produto
 Contaminação de produtos
EXEMPLO
 Exemplo de automóveis fabricados com materiais resistentes à
corrosão.
→ DeLorean: revestimento de aço → Audi A8: Estrutura de liga de
inoxidável. alumínio

Filme: De Volta Para o Futuro

 Um dos motivos do custo desses automóveis ser elevado é o


material utilizado em sua fabricação.
POTENCIAIS DE ELETRODO
 Par galvânico: dois metais em um eletrólito líquido, onde um metal se
torna um anodo e sofre corrosão, enquanto o outro atua como um catodo e
sofre redução.
→ Eletrólito: solução capaz de conduzir corrente elétrica pelo
movimento de íons positivos (cátions) ou negativos (ânions).

→ No par galvânico ferro e zinco, o zinco é


o anodo e sofre corrosão (perde elétrons), o
ferro é o catodo e sofre redução (ganha
elétrons).
→ Os íons de ferro (Fe2+) irão se depositar
na forma de ferro metálico sobre o eletrodo
de ferro.
 A concentração de soluções líquidas é expressa
com frequência em termos de molaridade, M, que
é o número de moles de soluto por milhão de
milímetros cúbicos (106 mm3, ou 1000 cm3) de
solução. Mol: a quantidade de uma substância que
corresponde a 6,023x1023 átomos.
A SÉRIE GALVÂNICA

Platina
Ouro
Grafita
Titânio
Prata
Aço inoxidável 306 (passivo)
Aço inoxidável 304 (passivo)
Progressivamente Inconel (80Ni-13Cr-7Fe) (passivo)
A série galvânica mais inerte Níquel (passivo)
(Catódico) Monel (70Ni-30Cu)
consiste nas reatividades Ligas cobre-níquel
relativas dos metais e Bronzes (ligas Cu-Sn)
Cobre
das suas ligas em meio à Latões (ligas Cu-Zn)
Inconel (ativo)
água do mar. Progressivamente Estanho
mais ativo Chumbo
(Anódico) Aço inoxidável 306 (ativo)
Aço inoxidável 304 (ativo)
Ferro fundido
Ferro e aço
Ligas de alumínio
Cádmio
Alumínio comercialmente puro
Zinco
Magnésio e suas ligas
PASSIVAÇÃO
 Passivação: A perda de reatividade química, sob condições
ambientais específicas, apresentada por alguns metais e ligas.
→ A reação de passivação conduz à formação de uma fina película
passiva de um composto (geralmente óxido e com espessura da
ordem de 4 nm) na superfície do metal.
 Película passiva: película contínua e aderente, que protege o
metal contra a corrosão.
 A película passiva pode ser destruída, mas se regenera
rapidamente.
→ Exemplos:
 O alumínio tem uma elevada resistência à corrosão devido à
presença na sua superfície de uma película passiva de Al2O3.
 Para o aço ser considerado inoxidável, ele deve possuir teor de Cr
maior de 12% em peso. O aço inoxidável deve sua resistência à
corrosão à película passiva de Cr2O3 que se forma na sua superfície.
FORMAS DE CORROSÃO

 As formas mais comuns de corrosão são:


→ Ataque uniforme
→ Corrosão galvânica
→ Corrosão em frestas
→ Corrosão por pites
→ Corrosão intergranular
→ Lixívia seletiva
→ Erosão-corrosão
→ Corrosão sob tensão
ATAQUE UNIFORME

 Ataque uniforme: As reações de oxidação e de redução


ocorrem aleatoriamente na superfície exposta da peça, o que
resulta em superfícies com o mesmo grau de corrosão.

Ataque uniforme em um tubo enterrado


CORROSÃO GALVÂNICA

Platina
Ouro
Grafita
 Corrosão galvânica: Titânio
Prata
Ocorre quando dois Aço inoxidável 306 (passivo)
metais de composições Aço inoxidável 304 (passivo)
Progressivamente Inconel (80Ni-13Cr-7Fe) (passivo)
químicas diferentes e em mais inerte Níquel (passivo)
contato mútuo são (Catódico) Monel (70Ni-30Cu)
Ligas cobre-níquel
expostos a um eletrólito. Bronzes (ligas Cu-Sn)
Cobre
Latões (ligas Cu-Zn)
Inconel (ativo)
 Nesse meio específico, Progressivamente Estanho
Chumbo
mais ativo
o metal menos nobre (o (Anódico) Aço inoxidável 306 (ativo)
mais reativo) sofrerá Aço inoxidável 304 (ativo)
Ferro fundido
corrosão, e o metal mais Ferro e aço
nobre (menos reativo) Ligas de alumínio
Cádmio
será protegido contra ela. Alumínio comercialmente puro
Zinco
Magnésio e suas ligas
CORROSÃO GALVÂNICA

Platina
Ouro
Grafita
Titânio
Prata
Aço inoxidável 306 (passivo)
Aço inoxidável 304 (passivo)
Progressivamente Inconel (80Ni-13Cr-7Fe) (passivo)
mais inerte Níquel (passivo)
(Catódico) Monel (70Ni-30Cu)
Ligas cobre-níquel
Bronzes (ligas Cu-Sn)
Cobre
Latões (ligas Cu-Zn)
Inconel (ativo)
Progressivamente Estanho
mais ativo Chumbo
(Anódico) Aço inoxidável 306 (ativo)
Aço inoxidável 304 (ativo)
Corrosão por par galvânico em Ferro fundido
Ferro e aço
trocador de calor (cobre e aço). Ligas de alumínio
Cádmio
Alumínio comercialmente puro
Zinco
Magnésio e suas ligas
CORROSÃO EM FRESTAS
 Corrosão em frestas: Pode ocorrer como consequência de diferenças na
concentração dos íons ou dos gases que estão dissolvidos na solução
eletrolítica, e entre duas regiões da mesma peça metálica. Ocorre em frestas
nas quais a solução consegue penetrar.

 Os elétrons dessa reação eletroquímica são


conduzidos através do metal para regiões
externas adjacentes, onde eles são consumidos
em reações de redução.
Corrosão por
fresta em rosca.

Sobre essa lâmina, que foi imersa em água


do mar, houve a formação de corrosão em
Ilustração esquemática do mecanismo
frestas em regiões que foram cobertas por
de corrosão em fendas entre duas
arruelas.
lâminas que foram rebitadas.
CORROSÃO POR PITES

 Corrosão por pites: O mecanismo para a ocorrência da corrosão


por pites é o mesmo da corrosão por frestas.

→ Um pite pode ser iniciado por um defeito de superfície


localizado, como um risco ou uma pequena variação de
composição.

Corrosão por pite em aço


inoxidável.
CORROSÃO INTERGRANULAR
 Corrosão intergranular: ocorre nos contornos de grão. Por causa deste
tipo de corrosão, um material pode se desintegrar pelo desprendimento dos
grãos.
 Nos aços inoxidáveis a corrosão intergranular é causada pela precipitação
de carbonetos de cromo nos contornos de grão, o que provoca
empobrecimento em cromo nas regiões vizinhas, o que é conhecido como
sensitização. Com o teor de cromo atingindo teores inferiores a 12%, a
passividade dessas regiões fica comprometida, e o aço sofre dissolução
seletiva.
→ Pode ocorrer quando o material é aquecido em temperaturas entre
500 e 800°C por períodos de tempo suficientemente longos.
LIXÍVIA SELETIVA

 Lixívia seletiva: ocorre quando um elemento ou constituinte


é removido preferencialmente como consequência de
processos de corrosão.

 O exemplo mais comum de lixívia seletiva é a remoção do


zinco no latão (liga Cu-Zn).

→ Característica: devido à remoção do zinco, o latão


muda de uma coloração amarelada, para uma coloração
avermelhada.
EROSÃO-CORROSÃO
 Erosão-corrosão: surge da ação combinada de um ataque químico e da
abrasão mecânica, ou desgaste, como consequência do movimento de um
fluido.

 A erosão-corrosão é encontrada com frequência em tubulações,


principalmente em dobras, curvas e mudanças bruscas no diâmetro da
tubulação, que são posições onde o fluido muda de direção e onde o
escoamento se torna repentinamente turbulento.

→ Falha por colisão


de uma curva de
conexão que era parte
de uma linha de
condensado de vapor.
CORROSÃO SOB TENSÃO
 Corrosão sob tensão: provoca formação de trincas que
podem levar à ruptura do material.

 Causada pela ação simultânea de:


→ Tensões de tração;
→ Meio corrosivo.

Trincas devido à corrosão sob


tensão no latão.
FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO
 Fragilização por hidrogênio: O hidrogênio atômico (H) penetra
no material metálico e, como tem pequeno volume atômico, difunde-
se rapidamente e em regiões com descontinuidades como vazios, ele
se transforma em hidrogênio molecular, H2, exercendo pressão na
estrutura e originando trincas.

→ É um tipo de falha e não forma de


corrosão, mas ela é produzida com
frequência pelo hidrogênio gerado a
partir de reações de corrosão, por
exemplo, durante a decapagem de
metais.

 Decapagem: limpeza da
superfície, geralmente realizada
utilizando soluções ácidas.
MÉTODOS DE PREVENÇÃO DA CORROSÃO
 Modificações de Projeto
→ Evitar pilhas galvânicas;
→ Evitar frestas (substituir juntas rebitadas por juntas soldadas);
→ Prever acesso fácil a áreas que devem ser inspecionadas
periodicamente;
→ Evitar mudança brusca de seção em tubulações a fim de evitar a
ocorrência de corrosão-erosão.

 Métodos baseados no metal


→ Seleção de materiais, na medida do possível, de acordo com o meio
corrosivo
 Importante: Nem sempre é economicamente viável empregar o
material que proporciona a condição ótima de resistência à corrosão,
algumas vezes, uma outra liga e/ou alguma outra medida precisa ser
empregada, como por exemplo, a utilização de recobrimento
superficial.
 Exemplo: O titânio é muito resistente à oxidação quando em
contato com a água salgada, mas devido ao alto custo é inviável
construir uma ponte com este material.
MÉTODOS DE PREVENÇÃO DA CORROSÃO

 Revestimentos protetores
→ São barreiras físicas à corrosão, são aplicados sobre a
superfície do material na forma de películas e de revestimentos.
→ É essencial que o revestimento mantenha um alto grau de
adesão à superfície.

 Exemplo: revestimentos metálicos, revestimentos orgânicos.

→ Revestimentos metálicos
 Galvanização: a peça de aço é mergulhada em banho de
zinco (exemplo: aço galvanizado).

 Aspersão térmica (metalização): o material metálico que


será usado como revestimento é fundido e projetado sob a
forma de finíssimas partículas sobre o material a ser
protegido.
MÉTODOS DE PREVENÇÃO DA CORROSÃO

→ Revestimentos orgânicos (Tintas)

→ Vantagens:
 Facilidade de aplicação
 Facilidade de manutenção
 Relação custo/benefício atraente
 Boa estética

→ Processos de aplicação:
 Imersão
 Aspersão por meio de pistola
 Trincha Corrosão sob revestimento
 Rolo
MÉTODOS DE PREVENÇÃO DA CORROSÃO
→ Proteção catódica
Platina
 Se for inevitável, um par galvânico Ouro
poderá ser utilizado como prevenção da Grafita
corrosão. Titânio
Prata
Aço inoxidável 306 (passivo)
 Emprego de um par galvânico: o metal Aço inoxidável 304 (passivo)
a ser protegido é conectado eletricamente Progressivamente Inconel (80Ni-13Cr-7Fe) (passivo)
mais inerte Níquel (passivo)
a um outro metal que é mais reativo (Catódico) Monel (70Ni-30Cu)
naquele ambiente específico. Este último Ligas cobre-níquel
metal se oxidará, mediante cessão de Bronzes (ligas Cu-Sn)
Cobre
elétrons, protegendo o primeiro metal Latões (ligas Cu-Zn)
contra a corrosão. Inconel (ativo)
Progressivamente Estanho
Nível do solo mais ativo Chumbo
(Anódico) Aço inoxidável 306 (ativo)
Fio de cobre revestido Aço inoxidável 304 (ativo)
Ambiente de terra Ferro fundido
Ferro e aço
Elétrons
Ligas de alumínio
Tubo de Anodo de Cádmio
aço Magnésio Alumínio comercialmente puro
Aterro
Zinco
Magnésio e suas ligas
 Corrosão
 Potenciais de eletrodo
 A série galvânica
 Passivação
 Formas de corrosão
 Prevenção da corrosão

 Critérios de seleção de materiais


SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Resistência à
corrosão
Estética Custo

Propriedades Propriedades
Material
de fabricação físicas

Microestrutura Disponibilidade
Resistência
mecânica
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Custo

 A seleção dos materiais e dos processos de fabricação deve atender ao


requisito fundamental de “menor” custo de fabricação para uma dada
qualidade industrial especificada.

 As quantidades de peças a serem fabricadas também afetam a escolha do


processo de fabricação, pois determinados processos somente se aplicam,
economicamente, para quantidades mínimas de fabricação.

 Ao custo do material deve-se agregar o custo de tratamento térmico para


atingir determinado nível de resistência que o equipamento ou produto deve
apresentar.

 Avaliação do projeto:
→ Custo de investimento (avaliação econômica; facilidade de produção);
→ Tempo de vida previsto (amortização): ponte: 100 anos; automóvel: 8
anos;
→ Custos de manutenção.
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Disponibilidade

 Fornecedores alternativos: Deve-se fazer uma pesquisa


com relação aos fornecedores da matéria-prima ou do produto
semi-acabado que será utilizado no projeto de determinada
peça ou componente, verificando a disponibilidade de
fornecimento, e a possibilidade de fornecedores alternativos
suprirem a demanda do produto em caso de emergência, ou
seja, problemas de fornecimento com o fornecedor principal.

 Materiais com propriedades equivalentes: Deve-se


também pesquisar materiais com propriedades equivalentes
àquelas especificadas pelo projeto, mas que apresentem
menor custo.
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Resistência
mecânica

 As propriedades mecânicas dos materiais metálicos devem ser


consideradas como uma das questões básicas apresentadas na
seleção e especificação desses materiais.

 As propriedades mecânicas devem ser analisadas de acordo com


o tipo de solicitação e, dessa forma, elas podem ser agrupadas em
duas categorias:
→ Propriedades mecânicas estáticas: essas propriedades são
obtidas comumente utilizando o ensaio de tração. O ensaio de
dureza também é de uso comum devido a sua facilidade de
execução.
→ Propriedades mecânicas dinâmicas: essas propriedades
são determinadas a partir de ensaios de fadiga, de impacto e de
fluência.
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS
 Limite de escoamento: Entre as propriedades mecânicas estáticas o
limite de escoamento é uma das mais importantes, pois se constitui
numa propriedade fundamental tanto para o projeto do produto como do
processo.
→ Para o projeto indica qual é a tensão máxima acima da qual se
inicia a deformação plástica numa solicitação em condição de tração.
→ Para o processo, de forma semelhante, fornece o valor limite
inferior para se iniciar um processo de conformação plástica, tais
como os processos de laminação, estampagem, etc.

 Limite de resistência à tração: Essa propriedade é utilizada como


índice de resistência mecânica do material, pois reflete a sua capacidade
de suportar cargas. A sua utilização é limitada, pois:
→ Se refere a um valor limite acima do qual já se iniciou a
instabilidade plástica que conduz à fratura.
→ Quando utilizado como tensão de projeto deve-se utilizar um fator
de segurança cujo valor é dado em face da confiabilidade desejada.
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Resistência à
corrosão

 As considerações de resistência à corrosão são importantes para


determinado meio ambiente, particularmente quando ocorre
interação com os esforços mecânicos atuantes.

 O meio ambiente, na forma de gases, líquidos e sólidos, pode


atuar no material provocando a sua corrosão e podendo conduzir à
falha prematura da peça.

 Deve-se selecionar o material e, se necessário, o tipo de


revestimento adequado para a aplicação desejada.
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Propriedades
de fabricação

 A capacidade dos materiais selecionados poderem se adaptar aos


processos de fabricação é um fator básico de influência, no processo de
seleção de materiais e processos de fabricação.

 Essa capacidade corresponde às propriedades de fabricação dos


materiais que decorrem da interação entre as características do processo de
fabricação e as propriedades mecânicas dos materiais que são exigidas na
fabricação.

 Um determinado processo de fabricação é escolhido com base também


na quantidade de peças produzidas.

 Entre os principais processos de fabricação estão: fundição, usinagem,


soldagem, laminação, forjamento, estampagem, etc.
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Estética

 Deve-se levar em consideração características como:


→ Aparência (design, cor, entre outros);
→ Tato (rugosidade da superfície);
→ Moda.
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Microestrutura

 A microestrutura está associada ao comportamento


mecânico e decorre dos tratamentos mecânicos e térmicos
utilizados nos processos de fabricação.

 Entre os ensaios de verificação das propriedades dos


materiais tem-se:
→ Análise da composição química;
→ Ensaios mecânicos (destrutivos);
→ Ensaios não-destrutivos;
→ Exame metalográfico para a verificação da
microestrutura.
SELEÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS

Propriedades
físicas

 Os materiais metálicos são selecionados de modo que


suas propriedades físicas atendam as características do
projeto juntamente com a resistência mecânica.

 Pode ser muito importante em alguns casos, por exemplo:


→ Nos casos de alta massa específica (densidade) para
componentes pesados e de relativo pequeno volume;
→ Alta condutibilidade elétrica para condutores elétricos;
→ Alta relação resistência/peso para estruturas móveis,
como automóveis e aviões.
EXERCÍCIOS
1 – Defina:
a) Corrosão
b) Oxidação
c) Par galvânico
d) Passivação

2 – Explique os seguintes critérios de prevenção da corrosão:


a) Modificação de projeto
b) Métodos baseados no metal
c) Revestimentos protetores
d) Proteção catódica

3 – Explique os seguintes critérios de seleção de materiais metálicos:


a) Custo
b) Resistência mecânica
c) Disponibilidade
d) Resistência à corrosão

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