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Aíssa Box Pira
Nampula, 2023
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Introdução
Objectivos
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Conceituar a supervisão
Identificar aspectos práticos na supervisão e inspecção da educação e instalações
educativas em Moçambique.
Metodologia
A metodologia usado no presente trabalho, foi com base na leitura profunda de alguns
manuais, que posteriormente serão apresentando nas referências bibliográficas.
Estrutura
Introdução;
Desenvolvimento;
Conclusão e;
Bibliografia.
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Aspectos práticos na supervisão e inspecção da educação e instalações educativas em
Moçambique
Segundo Viera (2010 cit. em Cohen, 2014), a supervisão é entendida como sendo a teoria e
prática de regulação de processo e aprendizagem. De acordo com Alarcão & Tavares (2003
cit. em Cohen, 2014), a supervisão pedagógica é entendida como o processo em que um
professor, em princípio mais experiente e mais informado, orienta outro professor ou
candidato a professor no seu desenvolvimento humano (p.322).
De acordo com Nérici (1974, cit. em Rolla. 2006), supervisão escolar é a visão sobre todo o
processo educativo, para que a escola possa alcançar os objectivos da educação e os
objectivos específicos da própria escola (p.15).
Segundo Barbosa & Mauride (2017 cit. em A. G. Barbosa, M. N. Ibraimo, M. S. V. Laita & I.
Mussagy, 2017), na prática é difícil falar de inspecção sem que se fale de supervisão e vice-
versa, visto serem processos indissociáveis. O que diferencia a inspecção da supervisão é o
facto de a supervisão ser mais constante e regular que a inspecção. Segundo estes autores, a
supervisão centra-se na orientação e aconselhamento dos professores, enquanto a inspecção
preocupa-se com a avaliação do cumprimento da norma e a observância dos padrões no
funcionamento das instituições educacionais, propondo medidas para os infractores (p.91).
A supervisão em Moçambique tem que ser enquadrada antes de mais na evolução do sistema
da educação (Mazula, 1995, Cipriano, 2011, cit. em A. G. Barbosa, M. N. Ibraimo, M. S. V.
Laita & I. Mussagy, 2017).
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No período colonial (1845-1974), foi fortemente marcado por uma educação virada aos
interesses coloniais, sobretudo para a produção de matérias-primas para as indústrias
portuguesas. Neste período houve forte aliança entre o regime colonial português e a igreja
católica. Na inspecção escolar colonial, o inspector tinha a autonomia de tomar medidas
punitivas contra os infractores da lei referente à educação. Tais medidas consistiam na
suspensão imediata e expulsão, muitas vezes por causa das irregularidades tais como: falta ao
serviço, postura não adequada e a não planificação das aulas (Barbosa & Mauride, 2017 cit.
em A. G. Barbosa, M. N. Ibraimo, M. S. V. Laita & I. Mussagy, 2017).
No período da luta de libertação nacional, sobretudo nas zonas libertadas, a Frelimo havia
implantado um projecto de educação para os seus guerrilheiros. Nestes locais a educação era
marcada por falta de quadros, professores sem preparação psicopedagógicas e sem
supervisores (Mazula, 1995 cit. em A. G. Barbosa, M. N. Ibraimo, M. S. V. Laita & I.
Mussagy, 2017). Neste âmbito, nas zonas libertadas passou a vigorar uma espécie de
interajuda, ou seja, os professores faziam de supervisores uns aos outros de modo a
melhorarem a qualidade das aulas que ministravam.
Portanto, em 1978 foram criadas as Comissões de Apoio Pedagógico (CAP’s) que passaram a
actuar tanto ao nível central do Ministério de Educação, quanto no provincial, nas Direcções
Provinciais de Educação e Cultura (DPEC). Nesta perspectiva, cabia a CAPs supervisionar o
processo da divulgação e implementação dos desígnios e ideais da educação no novo
panorama político e ideológico criado pela independência nacional. As CAPs funcionaram
até 1987 e congregavam professores de diversas áreas curriculares e níveis educacionais.
(Selimane, 2015, p.96).
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Contudo, antes da implantação do SNE, isto é no período entre (1975-1982) a inspecção e a
supervisão eram realizadas pelos técnicos das Direcções de Educação e Cultura, considerando
ainda um momento de transição da inspecção escolar colonial (Barbosa & Mauride, 2017 cit.
em A. G. Barbosa, M. N. Ibraimo, M. S. V. Laita & I. Mussagy, 2017).
Assim, na segunda metade da década de 1990, o ensino secundário dava claros sinais de se
estar expandindo e poder vir de expandir ainda mais, o que vinha originando desfalques na
formação, afectação, acompanhamento e apoio do trabalho dos professores. Foi neste âmbito,
que a partir de 1997, a Direcção Nacional do Ensino Secundário Geral (DNESG) e as DPEC,
ambas do Ministério de Educação (MINED), iniciaram o processo de implementação do
Sistema de Supervisão Pedagógica Provincial, cujo primeiro passo se iniciou com a disciplina
de Inglês, no âmbito da implementação do projecto do ensino do inglês. (Selimane, 2015,
p.76).
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Selimane (2015), refere que a colocação da Supervisão Educacional (SE) em quase apenas
tarefas viradas para o apoio pedagógico, criou por assim dizer, uma espécie de monopólio do
saber sobre essa área por parte dos técnicos pedagógicos. Mas no ciclo governativo 2000-
2005, acentua-se o discurso da descentralização, o que motivou aimplementação duma
supervisão integrada ou multissectorial (p.95). Este autor afirma ainda, que a partir dai,
paulatinamente se passou a assistir a diluição do foco da supervisão educacional, expandindo
a sua área de actuação e abrindo espaço à participação de profissionais não providos de
docência (p.95).
Destaca-se ainda, as funções da Direcção de Gestão e Garantia da Qualidade, que tem como
tarefa principal, fazer a supervisão às instituições do sector de educação no âmbito da
melhoria da qualidade de ensino. (Barbosa & Mauride, 2017 cit. em A. G. Barbosa, M. N.
Ibraimo, M. S. V. Laita & I. Mussagy, 2017).
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Conclusão
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Referências bibliográficas