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SINGULARES

Prezados condôminos,

Eu, Wagner, síndico profissional do Condomínio Quinta dos Brisas, venho por meio
desta carta aberta informar a todos sobre uma situação delicada que envolve a empresa
responsável pela gestão administrativa do condomínio.

Na assembleia realizada para a fixação da taxa ordinária, foi definido que o custo da
despesa do gás seria de R$ 5.000,00 por mês, diante da quantidade de unidades
habitadas no período, cujo eram 130 e também levando em consideração o consumo
dos primeiros meses pagos pela construtora, atrelado a um gatilho de consumo que,
quando ultrapassado, seria dividido entre as 360 unidades habitacionais. No entanto,
a partir do primeiro mês, a despesa do gás ultrapassou o valor provisionado, a
administradora constatou isto recentemente e reconheceu que não se atentou a esse
fato, o que aconteceu pelos meses posteriores.

No processo de gestão condominial, temos a administradora que, mediante clausulas


contratuais, é responsável por dar suporte ao sindico nas atividades financeiras e
administrativas, assim sendo, eu sigo religiosamente este rito, ou seja, não faço
nenhuma movimentação financeira sem antes consultar a analista financeira da
Administradora, justamente para não comprometer a finanças do condomínio, já que
ela tem como função o acompanhamento, lançamentos e análise diária das contas a
receber e a pagar. Diante disso, e sendo este fato do “gatilho de consumo” ser do
conhecimento de todos os gestores, estava certo de que o “gatilho” aprovado em
assembleia já estava sendo praticado.

Em outras palavras, a administradora não cobrou o valor devido do gás de cada


unidade mensalmente, como aprovado em assembleia, porém, conseguimos efetuar os
pagamentos mensalmente ao fornecedor do gás, nos meses posteriores, com valores
destinados a outras despesas, tais como manutenções preventivas. Ou seja, assim como
todos vocês, eu também fui surpreendido com o lançamento do “gatilho” sem aviso
prévio como previsto em ata.
SINGULARES

Ao identificar o seu erro, e reconhecê-lo, a administradora Damasco sugeriu fazer um


aporte do dinheiro necessário para o condomínio sem correções monetárias, a fim de
minimizar os efeitos negativos e ajudar o condomínio de forma rápida e ágil, desde
que ela tenha a garantia de reembolso integral.

É importante ficar claro que NÃO houve qualquer tipo de desvio ou prejuízo ao
condomínio/condômino, já que caso tivesse sido aplicado o “gatilho” nos períodos
corretos, estes valores teriam sido os mesmos, porém sido cobrados anteriormente.

Muitas pessoas estão me culpando, achando que eu, como síndico, deveria ter cobrado
os valores do gás, mas quero deixar claro que cada integrante do corpo diretivo tem
suas atribuições, como o sub-síndico, que auxilia o síndico em seu bloco, os
conselheiros fiscais, que dão parecer sobre as contas, e a administradora, que cuida da
parte administrativa, financeira e burocrática. Portanto, não posso ser
responsabilizado pelo erro de outra empresa. Quando definido e aprovado o gatilho de
consumo, a cobrança deste tópico, que compõem a taxa ordinária, deveria estar sendo
cobrado perfeitamente pela administradora, tendo em vista que é devido.

Diante disso, quero deixar claro que fiquei surpreso assim como todos os condôminos.
Antes deste meu pronunciamento, precisei analisar todo o cenário para poder ter tudo
esclarecido para compartilhar com todos os condôminos. Por isso, tive diversas
reuniões com o jurídico e uma reunião geral, na última semana, com o grupo gestor,
cujo nessa reunião com o grupo gestor, fizemos uma análise sobre a permanência ou
não da prestadora de serviço administradora Damasco.

Aberto a votação, todos os 09 subsíndicos tiveram a oportunidade do voto no processo


dessa escolha. A votação se deu da seguinte forma:

Pergunta - Conforme definido ontem em reunião, segue a votação:


1. Voto por trocar a administradora Damasco;
2. Voto por trocar o consultor, permanecendo a administradora Damasco.
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Que resultou: 05 subsíndicos votaram para na opção 02 (trocar apenas o consultor da


empresa), 03 votaram na opção 01 (trocar a administradora) e 01 absteve do seu voto.

Quero deixar claro que já havia falado com o Diretor da administradora sobre possível
substituição da mesma, ação fundamentada diante do erro ocorrido e insatisfação por
esse erro.

Importante lembrar que o consultor, que é funcionário da administradora, é uma


pessoa física, assim sendo, não pode ser responsabilizado quando há contrato com uma
pessoa jurídica.

Espero que todos entendam como funciona a atribuição de cada integrante do corpo
gestor e perceba que o controle financeiro do condomínio é de responsabilidade da
administradora Damasco, conforme contrato, e que a situação está sendo resolvida pela
mesma.

Na 1.3. da Cláusula Terceira do contrato da prestação dos serviços que trata a respeito
dos deveres da contratada, diz o seguinte:

1.3. Organização da Contabilidade, controle de recebimento das taxas condominiais,


administração da conta bancária conjuntamente com o Síndico, realização de todos os
pagamentos de responsabilidade do Condomínio tais como: Fornecedores, GPS, FGTS,
PIS, Contribuição Sindical, seguro Obrigatório, Seguro de Vida, Compesa, Celpe,
Prestadores de Serviços etc.

Sem mais, agradeço a colaboração e compreensão de todos!

Atentamente,

Wagner Silva,
Síndico - Condomínio Quinta das Brisas.

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