Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
CONTEXTUALIZANDO
2
melhores conteúdos que sustentam um certo tema, primando pela sua boa
qualidade pedagógica.
“Avaliar é a ação de apreciar em seu justo valor um ser” Ávila (1972, p. 77-
78).
Analisando essa frase, observa-se que se trata, aqui, do objetivo da
avaliação, que é o de apreciar, enquanto a sua adjetivação vem representada pela
expressão justo valor. O sujeito ou foco atingido, nesta ocasião, é o ser.
3
No caso em que a avaliação é preferencialmente centrada no ser humano,
pode-se entender a ação docente mediante dois expressivos verbos carregados
de valores pedagógicos: perceber e sentir.
Sim, perceber e sentir o aluno não constitui expressão unicamente altruísta
na relação docente e estudante, mas eivada de sentimentos de valorização do ser
humano em todas as suas potencialidades físicas e mentais.
O saber perceber o aluno não se reporta unicamente à sua presença física,
mas no sentido de concebê-lo como um ser material e espiritual. Assim, o
estudante não representa apenas mais um ente entre os demais, mas uma figura
humana a favor da qual o professor deve velar por inteiro, física e
psicologicamente.
Percebendo o estudante dessa forma, por certo o professor tende a saber
lidar com ele, perspectivando algumas vantagens como:
4
a. Competente, quando mantém domínio sobre variado número de
conhecimentos assimilados de maneira formal e informal. No entanto, não
basta ao estudante assimilar um sem número de conhecimentos se não
lhes der o devido destino e aplicação;
b. Capaz, quando sabe aplicar e relacionar os conhecimentos que domina.
No entanto, mesmo assim não basta ao estudante ser competente pelo fato
de dominar um elevado número de variados conhecimentos, bem como
saber aplicá-los, dando-lhes destino de fundo educativo, se não souber
fazê-lo com uma exemplar criatividade;
c. Criativo por conta da convicção que manifesta na prática ao mediar de
forma criativa protagonismo pedagógico entre competência e capacidade.
5
Na medida em que a avaliação for sendo concebida e trabalhada como
fonte privilegiada de aprendizagem, aos poucos, por certo, a nota também vai
perdendo a sua áurea de parâmetro de desempenho.
Fonte: Kjpargeter/Shutterstock.
6
Uma outra maneira de tentar explicar educação como processo é utilizando
a figura do fermento na massa que envolve de maneira cooperativa todos os seus
ingredientes, possibilitando-lhes a necessária integração física a ponto de
formalizarem um produto final de excelência.
Enfim, conceituar educação como processo também requer boa dose de
boa vontade pedagógica por parte das comunidades docente e estudantil.
Convenhamos que um artista plástico por certo sabe fazer a leitura e a
interpretação artística da tela da Figura 1, por exemplo, ao passo que a realidade
educacional indica que um grande contingente de docentes e estudantes passa
muitas vezes ao largo de uma situação de educação como processo sem saber
fazer na realidade nem a sua leitura nem a sua devida interpretação.
Entender efetivamente educação como processo reflete-se em vantagens
pedagógicas relevantes no contexto educativo, como:
7
Uma vez identificadas as características metodológicas na implementação
de atividades avaliativas, pode-se proclamar com alguma certeza pedagógica que
a avaliação igualmente constitui de certo modo uma metodologia.
E a avaliação como método possui como objetivo preferencial o de
proceder ao desenvolvimento da aprendizagem. Dessa forma, nota e conceito são
consequências lógicas do desempenho, sim, mas isso é secundário no contexto
educativo.
A ação avaliativa percebida como aporte metodológico na formação de
aprendizagem requer de professores e de estudantes uma guinada pedagógica
mental de elevado valor acadêmico por conta dos seguintes pressupostos:
a. Avaliação da aprendizagem;
b. Avaliação para a aprendizagem.
8
3.1 Função avaliativa e de pesquisa se esmera em favorecer a
aprendizagem e em perspectivar novos e renovados conhecimentos
9
a. São próprias da idade estudantil variações comportamentais e de humor
que provocam amiúde desvios no foco aos estudos;
b. Problemas de relacionamento familiar e social igualmente influenciam na
diminuição da concentração nos estudos.
10
É bom que iniciativas de tempos não muito distantes estejam perdendo
força, pois havia algumas iniciativas nada pedagógicas de fixação de estudante
padrão em termos de desempenho, com base no qual a avaliação dos demais em
ambiente escolar era realizada.
Da mesma forma, não faz sentido, num programa de avaliação institucional,
comparar o desempeno de uma instituição educativa com outra congênere. Essa
ação comparativa somente tem sentido pedagógico quando ela acontece na
relação consigo mesma.
Um aspecto educativo que merece apoio incondicional relaciona-se à
revelação e à valorização de potencialidades que ainda se encontram na
obscuridade em cada estudante. Não são raros os exemplos de potencialidades
que se tornam até perceptíveis a muitos dos estudantes, mas que eles,
individualmente, não conseguem externar e desenvolver a contento. Será aí que
a colaboração dos pais e dos educadores deverá se fazer oportuna, a fim de evitar
que bons talentos se percam pelo caminho.
Outro fato a merecer sempre maior atenção relaciona-se ao percentual de
10% da população que integra o contingente de superdotados. Se, por um lado,
muitos dos indivíduos superdotados não recebem o devido encaminhamento
profissional e social, de outro lado, boa parte desse segmento populacional nem
mesmo faz parte da estatística das pessoas caracterizadas por superdotadas.
Faz-se necessário auferir maior valorização às potencialidades dos
estudantes do que às suas eventuais limitações. À medida que a valorização das
potencialidades for acontecendo, as limitações vão perdendo espaço.
Assim sendo, a avaliação com objetivos de valorização do desempenho do
ser humano visa, em especial:
11
b. Que a acomodação ante as providências que poderão ser tomadas para
dirimi-las não sofra solução de continuidade.
12
a. Autodeterminação impulsiva: em que toda decisão com pouco ou nenhum
planejamento prévio tem como consequência de suas ações a
improvisação efêmera. De outra parte, a autodeterminação de origem
impulsiva não se estabelece, uma vez que os eventuais propósitos que daí
decorrem não estão fincados em bases racionais. A impulsividade tem um
modus operandi que beira ao fictício, sem consequência lógica, nem
meritória.
b. Autodeterminação calculada: a sua razão de ser vincula-se em bases
racionais sólidas que se estabelecem a partir de um planejamento vivencial
calculado em todos os seus detalhes. Os seus resultados dão a perceber a
exata dimensão de que o ser humano é o grande beneficiado em termos
de realização pessoal e social. A avaliação cumpre neste contexto ação
mediadora de resgate de autoestima. O estudante, no caso, é colocado no
centro das atenções com vistas a aprender a conhecer-se como ser social
que se realiza em plenitude como profissional competente, capaz e hábil.
13
TEMA 5 – A AVALIAÇÃO PRECONIZA SERMOS HUMANOS EM TUDO O QUE
FAZEMOS
14
O acesso ao conhecimento torna-se tanto mais recomendável ao ambiente
escolar quanto maior for o número de pessoas que dele puder usufruir. Assim,
não é difícil perceber que a educação não prospera em ilhas isoladas de saber,
mas no conjunto delas banhadas por um oceano de conhecimentos.
15
Mesmo que diferenças metodológicas entre pesquisa e avaliação se
diferenciam, em especial quanto ao encaminhamento dos respectivos resultados,
a sua postura em relação à coleta das melhores informações na relação com o
estudante faz delas parceiras educativas de alta relevância pedagógica.
A expressão “transformação de problemas em possibilidades” não se
encerra em si mesma quanto aos resultados pedagógicos, pois deixa transparecer
a ideia de que outras possibilidades poderão redundar dessa parceria.
Pode-se convir que tanto na pesquisa em particular quanto na educação
genericamente nenhum dos seus resultados poderá ser contemplado como
eternamente definitivo.
Esse fato tem razão de ser quando fundamentado em bases criativas do
pesquisador que percebe possibilidades de mudança de tempos em tempos.
Problemas sempre existirão, com possibilidades de aparente definição, até que o
pesquisador novamente prove o contrário a seu respeito.
Com a prerrogativa da avaliação preconizar sermos humanos em tudo o
que fazemos, vislumbra-se a convicção de que problemas sempre se farão
presentes em qualquer circunstância da vida, mas que, tratados com sentimentos
humanitários, os seus resultados positivos poderão voltar-se favoravelmente à
sociedade do homo sapiens.
FINALIZANDO
16
Com a mudança de foco, o processo avaliativo demonstra muito maior teor
pedagógico e qualitativo do que quantitativo. A avaliação para a aprendizagem
ocorre em substituição à avaliação da aprendizagem. Dessa forma, o ganho
pedagógico cresce em importância representativa acadêmica, quando o conceito
de aprendizagem como processo se sobrepõe à nota como parâmetro do nível de
desempenho.
17
LEITURA OBRIGATÓRIA
Saiba mais
18
preocupações de forma ampla, visando à propriedade e à objetividade dos
currículos dos cursos.
19
REFERÊNCIAS
20