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AVALIAÇÃO MEDIADORA

CAMINHOS PARA SE PENSAR O ATO


AVALIATIVO
• O que é avaliar?

• Por que avaliar?

• Como tenho avaliado?

• O que é preciso no
processo de avaliação?
*A avaliação na escola tem se revestido de:
- caráter formal
- tamanha complexidade (burocrática)
- artificialidade (desvencilhada da realidade – separação do momento
de educar, do momento de avaliar)
A Avaliação Mediadora propõe um modelo baseado no
diálogo e na aproximação do professor ao seu aluno, de forma
que, as práticas de ensino sejam repensadas e modificadas de
acordo com a realidade sociocultural de seus alunos. Nessa
perspectiva de avaliação o erro é considerado como parte do
processo na construção do conhecimento e não como algo
passível de punição. Na visão mediadora o professor é capaz
de criar situações desafiadoras, de reflexão e ação, tornando a
aprendizagem mais significativa.
Entendendo a Avaliação
- Para Heráclito de Éfeso, nascido por volta de 540 a.C., tudo o que
existe está em permanente mudança ou transformação. A essa
incessante alteração deu o nome de DEVIR.
- O Logos (razão, discurso sobre o ser) é mudança e contradição.
- “É impossível entrar no mesmo rio duas vezes”. As águas já são
outras e nós já não somos os mesmos.
- Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo.
- Defensor do diálogo como método de educação.
- Livre é o homem que não se deixa escravizar pelos próprios
apetites e segue os princípios que, por intermédio da educação,
afloram de seu interior.
- O papel do educador é o de despertar espíritos.
- “Conhece-te a ti mesmo” – nos remete a duas teorias: ironia e
maiêutica.
- Conhecimento e ignorância.
- dificuldade de assimilar novas descobertas e a
necessidade de estar aberto ao conhecimento.
- O planejamento da volta é a obrigação que o
homem sente de levar o esclarecimento obtido
para os semelhantes que ainda vivem na
ignorância, aspirando um mundo melhor com
mais sabedoria.
- É preciso ensinar a pensar – enxergar
possibilidades!
- Ensinar é despertar o aluno para ler o mundo.

- Protagonismo da própria história – mudança


de vida pela educação.

- Despertar a criticidade do aluno, fazendo com


que o mesmo busque a ampliação de sua
consciência social e consiga atingir à
autonomia.
- Art. 9, § 6º - ... melhoria da qualidade do ensino.

- Art. 24, § 5º - avaliação contínua e cumulativa do


desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais.
A LDB acabou com a reprovação?

A LDB acabou, a rigor, com o sistema tirânico de notas e médias


finais no processo de avaliação escolar. Claro, a nota pode existir
como referência de verificação de estudos. Vejam bem: a nota
verifica, não avalia. A verificação é parte do processo de
aprendizagem e, portanto, não deve ser confundida com o
julgamento do ensino. Ninguém aprende para ser avaliado. Nós
aprendemos para termos novas atitudes e valores no palco da
vida. A avaliação, meio e nunca fim do processo de ensino, não
deve se comprometer em ajuizar, mas reconhecer, no processo
de ensino, a formação de atitudes e valores.
AVALIAÇÃO
MEDIADORA
Década de 1950

Para desestabilizar a ideia de mensuração na avaliação, por volta


dos anos 1950,  surgiram os primeiros escritos de Ralph Tyler. Sua
concepção contrapunha a ideia de que avaliação é sinônimo de
aplicação de testes com lápis e papel. Vale ressaltar que Tyler não
descartava a importância da aplicação dos testes, apenas acreditava
que existiam outras maneiras de se constatar as mudanças
comportamentais, denominadas aprendizagem.
- OBJETIVO – julgamento de resultados
Década de
1970 Michael Scriven define avaliação como “processo de
determinar mérito, valor, ou significado; uma avaliação é
produto desse processo” (SCRIVEN, 2007, p. 1). E
considera que a lógica geral da avaliação integra quatro
passos fundamentais:
- Estabelecer critérios de mérito;
- Construir padrões de comparação;
- Medir o desempenho e compará-lo com os padrões;
- Integrar os dados num juízo sobre o mérito ou valor.
* Avaliação Formativa e Avaliação Somativa
 

Benjamin
Bloom

A Taxonomia de Bloom do Domínio Cognitivo é estruturada em níveis de


complexidade crescente – do mais simples ao mais complexo – e isso
significa que, para adquirir uma nova habilidade pertencente ao próximo
nível, o aluno deve ter dominado e adquirido a habilidade do nível
anterior.
Os processos categorizados pela Taxonomia dos Objetivos Cognitivos de
Bloom, além de representarem resultados de aprendizagem esperados,
são cumulativos, o que caracteriza uma relação de dependência entre os
níveis e são organizados em termos de complexidades dos processos
mentais.
* Conhecimento – Refere-se à habilidade do Aluno / Formando em recordar,
definir, reconhecer ou identificar informação específica, a partir de situações de
aprendizagem anteriores; 
* Compreensão – Refere-se à habilidade do Aluno / Formando em demonstrar
compreensão pela informação, sendo capaz de reproduzir informações por
ideias e palavras próprias; 
* Aplicação – Refere-se à habilidade do Aluno / Formando em recolher e aplicar
informação em situações ou problemas concretos;
* Análise – Refere-se à habilidade do Aluno / Formando em estruturar
informação, separando as partes das matérias de aprendizagem e estabelecer
relações, explicando-as, entre as partes constituintes; 
* Síntese – Refere-se à habilidade do Aluno / Formando em recolher e relacionar
informação de várias fontes, formando um produto novo; 
* Avaliação – Refere-se à habilidade do Aluno / Formando em fazer julgamentos
sobre o valor de algo (produtos, ideias, etc.) tendo em consideração critérios
conhecidos.
AVALIAÇÃO
MEDIADORA
- Paulo Freire – mediação é diálogo
- Piaget – mediação é desafio, problematização...
- Vygotsky – mediação é apoio adequado para o
aluno desenvolver suas potencialidades
Nós a
conhecemos
como Práticas
Jussara Hoffmann
pedagógicas com
Avaliação INTERVENÇÃO
Diagnóstica (moral e
intelectual)
É o professor que deve acompanhar o aluno – não é a
proposição “o aluno não acompanha a aula” que vale
nesse modelo avaliativo

Reflexão epistemológica sobre as atividades


avaliativas aplicadas aos nossos alunos (diferentes
tipos de atividades e metodologias)

Ressignificar a prática docente – aprendizagem


multidimensional, complexa e diferente (atendimento
individualizado)
Escola inclusiva –
Qualidade do ensino/ o bom respeitar –
conhecer –
ensino: aproximar do
aluno para poder
ensinar
Observar, Atendimento individualizado ao
refletir e aluno
agir
Redução do número de alunos em sala –
para cuidar melhor de quem precisa mais

Relatórios de acompanhamento – “não temos que saber a nota que o


aluno tirou, mas o que não foi aprendido no processo” – intervir no
que não se sabe...

A Avaliação Mediadora tem como papel compreender, conhecer, intervir


pedagogicamente, mediar a melhoria da aprendizagem.
Dialogando...

Texto:
Avaliação Mediadora: Uma Relação Dialógica na Construção do
Conhecimento

http://www.dn.senai.br/competencia/src/contextualizacao/celia-avaliacaomedi
adoraJussaraHoffmam.pdf
Avaliação na Aprendizagem

https://www.youtube.com/watch?
v=NyV47Ty3JzA

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