Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


FACULDADE DE FARMÁCIA
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA

Química Farmacêutica I

2ª AULA PRÁTICA:

SÍNTESE DE FÁRMACO TIPO ÉSTER - ÁCIDO


ACETILSALICÍLICO
INTRODUÇÃO
• A Aspirina ou Ácido Acetilsalicílico (AAS) é um fármaco do grupo dos antiinflamatórios
não-esteroidais (AINEs) utilizado como antiinflamatório, antipirético, analgésico e
antiplaquetário.

• Aspirina em alguns países é ainda nome comercial registrado, propriedade da farmacêutica


Bayer para o composto ácido acetilsalicílico. No entanto é igualmente reconhecido como
nome genérico do princípio ativo, e é por esse nome que é habitualmente referido na
literatura farmacológica. É o medicamento mais conhecido e consumido em todo o mundo.
Em 1999, a Aspirina completou 100 anos.

COOH COOH
OH O

Ácido Ácido Acetilsalicílico


Salicílico (AAS)

2
INTRODUÇÃO

• DESCOBERTA – Foi descoberto no século V antes de Cristo pelo grego Hipócrates, que
escreveu que o pó ácido da casca do Salgueiro ou Chorão aliviava dores e diminuia a febre.
O Salgueiro contem salicilatos, e é potencialmente muito tóxico.

• O reverendo Edmund Stone, de Chipping Norton no condado de Oxford, Reino Unido,


redescobriu em 1763 as propriedades antipiréticas da casca do Salgueiro e as descreveu de
forma científica. O princípio ativo da casca, o ácido salicílico (do nome latino do Salgueiro
Salix alba) foi isolado na sua forma cristalina em 1828 pelo FARMACÊUTICO francês
Henri Leroux e pelo químico italiano Raffaele Piria.

• Em 1897, o laboratório farmacêutico alemão Bayer conjugou quimicamente o ácido


salicílico com acetato, criando o ácido acetilsalicílico (Aspirina®), que descobriram ser
menos tóxico. A aspirina foi o primeiro fármaco a ser sintetizado na história da Farmácia e
não obtido na sua forma final da natureza. Foi a primeira criação da indústria farmacêutica.
Foi também o primeiro fármaco vendido em tabletes. A Bayer perdeu a marca registada
Aspirina em muitos países após a primeira guerra mundial, como reparação de guerra aos
países aliados.

3
INTRODUÇÃO
SÍNTESE DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (Reação de esterificação ou O-
acilação)

COOH O COOH
OH H2SO4 O O
+ O +
o O
50-60 C OH
O
Ácido Ácido Acetilsalicílico Ácido
Anidrido
Salicílico (AAS) Acético
Acético

4
INTRODUÇÃO
MECANISMO
1a Etapa: Protonação
H
O O O O
+ H OSO3H + OSO3H
O O

2a Etapa: Adição-Eliminação

H H O
O O O O -
O OH O OH
H H OH
O O O O O O
COOH
OHO OHO
OH

3a Etapa: Desprotonação

O OH O OH
O O + H2SO4
+ OSO3H
O O
H
AAS
5
INTRODUÇÃO
SÍNTESE DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (Reação de esterificação ou O-
acilação)

COOH O COOH
OH H2SO4 O O
1 + O 3 +
o O
50-60 C OH
O

6
OBJETIVO DA AULA
Sintetizar o fármaco ácido acetilsalicílico a partir da acetilação
do ácido salicílico.

7
MATERIAIS
MATERIAL
 REAGENTES: Ácido Salicílico, Anidrido Acético, Ácido Sulfúrico
Concentrado e Água destilada.

8
MATERIAIS
MATERIAL
 VIDRARIAS: Espátula (01); Erlenmeyer 125 mL (01); Pipeta
graduada 5 mL (01); Pipeta de Pasteur (01); Pera (01); Proveta 50 mL
(01); Pisseta (01); Kitassato 250 mL (01); Funil de Büchner (01); Papel de
filtro (01); Bastão de vidro (01); Vidro de relógio (01); Pinça de madeira
(01).

9
MATERIAIS
MATERIAL
 EQUIPAMENTOS: Balança Semi-analítica, Capela de Exaustão,
Banho Maria e Bomba de Vácuo.

10
MÉTODO
• Pesar 1,00 g de ácido salicílico seco.

• Transferir para um erlenmeyer de 125 mL

• Adicionar 2,0 mL de anidrido acético e 2 gotas de ácido sulfúrico


concentrado.

• Agitar o erlenmeyer, homogeneizando a mistura.

• Aquecer em banho-maria (50-60°C) durante 15 minutos.

• Deixar a mistura reacional esfriar, adicionar 15,0 mL de água, esperar o


produto precipitar e filtrar a vácuo.

• Pesar o sólido bruto. 11


RESULTADOS
Rendimento Teórico: 1,30 g de AAS
Rendimento Bruto: 0,90 g de AAS

12
 ANDREI, C. C. et al Da Química medicinal à Química Combinatória e
Modelagem Molecular. Barueri: Manole, 2003, p. 61.
 JOSELICE E SILVA, M.; BARBOSA, E. G. Apostila de Aulas Práticas de
Química Farmacêutica I. Natal: UFRN, p. 12-14.
 Brasil. Farmacopéia Brasileira. 5.ed. Brasília: ANVISA, 2010

Você também pode gostar