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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

Negócios Imobiliários EAD

Aluna: Paulo Vitor De Souza Couto


Matrícula: 20223301685
Disciplina: Direito Imobiliário

DIREITO DE PREFERÊNCIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO


BRASILEIRO

Petrópolis/RJ

2023
Direito de preferência no ordenamento jurídico brasileiro

O direito de preferência está presente no artigo 27 da lei 8.245.911, que deve constar em todos os
contratos de locação. A comunicação deve ocorrer por meio de notificação judicial, extrajudicial ou
outro meio que dê conhecimento inequívoco sobre a reclamação. A notificação ou comunicação deve
conter, obrigatoriamente, todas as condições do negócio e, em particular, o preço.
O contrato de locação deverá ser averbado juntamente com a matrícula do imóvel no Cartório de
Registro de Imóveis competente. Se o contrato não estiver registrado no registro, o locador pode
alienar o imóvel sem respeitar a preferência do locatário na aquisição. A chamada publicidade dos atos
de registro sempre existiu, entretanto, houve uma alteração em sua forma devido à complexidade dos
negócios jurídicos que envolvem a transferência de propriedade.
Todos os direitos imobiliários somente darão origem a direitos contra terceiros, após sua averbação no
Cartório de Registro de Imóveis. Na ausência do referido registo, prevalecerão apenas os direitos
obrigatórios. a publicidade garante a segurança das relações jurídicas, o que permite a qualquer
interessado estar ciente de possíveis implicações jurídicas negativas em relação ao imóvel.
No caso do direito de preferência, vale ressaltar que é necessário registrar o contrato de locação fora
do registro e não registrá-lo, como inadvertidamente se pode imaginar. É importante esclarecer que a
anotação difere do registro, de acordo com o disposto na Lei 6.01573 (Lei de Registros Públicos)5.
Os cadastros prestam-se a serem disponibilizados ao público, com o objetivo de apoiar o crédito em
geral e prevenir fraudes, além da garantia natural que conferem às empresas. No entanto, os direitos
invocados não podem ser utilizados em desacordo com o espírito que motivou o seu surgimento, sob
pena de desnaturar tais institutos jurídicos.
Assim, diante do que fora invocado no presente artigo, resta claro que a publicização dos atos
registrais se revela de máxima importância para assegurar os direitos envolvidos no contrato de
locação, em especial dos locatários, haja vista a possibilidade de opor tais direitos à terceiros.
Todavia, não restam dúvidas de que não se pode utilizar dos direitos invocados em descompasso com
o ânimo que motivou o seu advento, sob pena de se desnaturar tais institutos jurídicos, e até mesmo,
de se incorrer em eventual abuso de direito, principalmente quando se pretender utilizar, por exemplo,
a cláusula de vigência em contrato de locação que já se tornou por prazo indeterminado, ou quando
não foi exercitado o direito de preferência, conforme preceitua o artigo 28 da lei 8.245/91, dentre
tantas outras hipóteses nas quais o pretenso exercício de direitos não se sustentaria.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DIREITO de preferência e a cláusula de vigência nos contratos de locação, MIGALHAS,


2020, Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/332089/direito-de-preferencia-e-
a-clausula-de-vigencia-nos-contratos-de-locacao, Acesso em 19/06/2023.

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