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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA HUMANAS (DCH) – CAMPUS VI

COLEGIADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

ILANA MARAISA SILVA FERNANDES

MEMORIAL DE OBSERVAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

CAETITÉ

2023
ILANA MARAISA SILVA FERNANDES

Trabalho apresentado ao Departamento de Ciências Humanas (DCH), Campus


VI, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) como requisito de avaliação
de aprendizagem da disciplina de Estagio Supervisionado I, sob a orientação da
professora Doutora Marinalva Fernandes.

CAETITÉ

2023
RESUMO

Este trabalho tem como objetivo explicitar as atividades realizadas pelo estagiária Ilana Maraisa
Silva Fernandes, com a orientação do Professora Marinalva Fernandes, durante o Estágio
Supervisionado I, efetivado na Escola Municipalizada de Ensino Fundamental Arnaldo Cardoso
e no ensino Médio no Colégio do CETEP. O referido estágio supervisionado teve uma carga
horária de 16 horas, e a realização do mesmo nas escolas foi no mês de maio, na segunda-feira
e nas terças-feiras. O Estágio Supervisionado é um componente curricular obrigatório para
todos os alunos do Curso de Geografia, “A geografia, em seu processo de desenvolvimento
histórico como área do conhecimento, veio consolidando teoricamente sua posição como uma
ciência que busca conhecer e explicar as múltiplas interações entre a sociedade e a natureza.
Isso que dizer que possui um conjunto diverso de interfaces com outras áreas do conhecimento
científico. Com isso, coloca-se a necessidade de buscar compreender essa realidade espacial,
natural e social, não de uma forma fragmentada, sem vínculos, mas como uma totalidade
dinâmica.”. Esse estágio tem como escopo atender as exigências da grande curricular do curso
de Licenciatura em Geografia-UNEB, bem como dar continuidade a Pratica de ensino, que foi
realizado junto aos alunos do ensino fundamental. O Estágio tem como foco fundamental o
contato entre os estagiários (a) com a realidade educacional no nível do ensino fundamental e
Médio, o qual está em questão. O estágio não é apenas o momento de aplicação do que foi
assimilado, mas sim a explicitação da indissociabilidade entre a teoria e a prática.
1. Introdução

O Estágio teve início na própria universidade, com a apresentação da proposta do estágio,


e das atividades a serem realizadas, durante o mesmo. Na Universidade foi nos passados,
de forma didática e objetivo, os problemas, os desafios, que iríamos encontrar, e ver, sentir
e lidar com a realidade escolar, que desde então só havíamos lido nas obras literárias
trabalhada durante o dito componente curricular, que abordam o assunto em debate.
Tivemos em sala a socialização de grupos abordando textos de Jaime de Jesus, Lana
Cavalcanti e de Glauber Barros, através disso aprendemos na teoria sobre o ambiente
escolar, e sobre a relação teoria e pratica na formação do professor de Geografia, houve
na sala também uma Roda de conversa com lideranças de movimentos sociais e sindicais.
Com a presença de várias pessoas desses grupos na nossa turma, Associação da Tabua,
Movimento estudantil, MASB, Caritas Brasileiras, MAM, e Sindicato dos trabalhadores
esses grupos gerou um rico debate em sala , e uma troca de experiências e informações,
nos trouxe um enorme aprendizado, cada um contando as suas vivencias seus erros e
acertos, e assim construía-nos um embasamento para o no projeto de extensão, esse
movimento foi de grande importância para tirar as nossas duvidas e nos mostrar uma outra
realidade. Pois “o desenvolvimento do estágio precisa ser orientado por procedimentos
definidos que visem ao melhor aproveitamento dos momentos destinados a disciplina”
(KENSKI, 1991, p.39 apud BORSSOI ). Esse componente ele promove essa experiência
prática e é fundamental para o melhor aproveitamento da docência. Nessa atividade, é
possível colocar em ação os conhecimentos adquiridos na faculdade. O estudante
acompanha o dia a dia de profissionais experientes e conhece o mercado de trabalho antes
de se formar.
2. Fundamentação Teórica

A formação do docente vem sem amplamente debatido nas instituições escolares, vendo
que a formação inicial e continuada do educador é um fator extremamente essencial para o
processo ensino-aprendizagem dos alunos. É óbvio que com a existência de profissionais,
mais qualificados, competentes, compromissados e valorizados, quem no final das contas
irá ganhar é a sociedade em geral, possuindo cidadãos criativos, críticos e atuantes, nesse
mundo cada vez mais exigente, competitivo, concorrido e excludente. Para isso os cursos
de Licenciaturas, precisam cada vez mais oferecer, além de conhecimentos científicos,
atividades práticas de qualidade, sob forma de estágio, como também, o estágio
supervisionado, que tem por obrigação colocar em exercício a articulação entre a teoria e a
prática. Diante do exposto, este trabalho tem como foco refletir/discutir, sobre a questão do
estágio e a correlação teoria e prática, na construção do professor. Objetivou-se descrever a
grande importância do estágio para a formação docente, como possibilidade de conhecer a
finco a realidade da escola, a partir de uma ótica dialética como uma maneira de vencer a
fragmentação entre os "mistérios" que rodeiam a sala de aula, e entre a teoria e a prática.
Com o foco a formação de seu perfil de profissional da educação, através das reflexões, do
diálogo e da ação, propriamente dita. Objetivos a serem alcançados em quanto estagiário,
objetivo geral: Vivenciar diferentes dimensões a atuação profissional no contexto escolar,
promovendo a articulação entre teoria e prática e buscando soluções para os desafios
inerentes a atividade do professor, de forma contextualizada, crítica e atualizada. O Estágio
Supervisionado na formação de professores tem sido alvo de grandes estudos que revelam
suas dificuldades e seu potencial, gerando transformações na vida desses profissionais. “O
estágio é o eixo central na formação de professores, pois é através dele que o profissional
conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos
saberes do dia-a-dia” (PIMENTA E LIMA, 2004). O Estágio Supervisionado é a
exteriorização do aprendizado acadêmico fora da universidade. É o espaço onde o
licenciando irá desenvolver seus conhecimentos adquiridos durante o componente, junto às
instituições públicas, integrando a teoria e a prática, contribuindo para uma análise de
pontos fortes e fracos das organizações e propondo melhorias para as instituições. A
formação de professores é influenciada por inúmeros fatores, que devem ser estudados
adequadamente para que, assim, se possa intervir de maneira construtiva na formação dos
licenciandos que futuramente estarão regendo atividades didáticas em sala de aula. Essa
formação, “deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos professores
os meios de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de autoformação
participada”. (NÓVOA, 1997, p.25 apud CABRAL & ANGELO).

3. Estágio no Espaço Escolar

3.1. Conhecendo a escola

A escola escolhida para o Estágio Supervisionado I no fundamental em Geografia foi o


Colégio Arnaldo Cardoso está localizada na Avenida Duque de Caxias, 120, Centro , na
cidade de Riacho de Santana, situada no estado da Bahia. A escola é da rede municipal, que
oferta o Ensino Fundamental II, e o EJA a noite, tendo sua grade curricular organizada por
anos, com funcionamento pela manhã, tarde e noite. Além de contar com alguns projetos
voltados às práticas sociais, como aulas de capoeira, de música e do projeto de leitura e
escrita de poesias que funcionam no turno do noturno, quando o fluxo de alunos na escola
é menor favorecendo a logística e manutenção desses. A diretora geral do colégio é Sra.
Maria Rosa e conta com o apoio do Sr. José Carlos como vice diretor, e Danilo Oliveira é
o secretário presente nos três turnos em que a Escola funciona.

Escola: Arnaldo Cardoso Fonte: Arquivo pessoal

A instituição conta com 57 funcionários entre professores, secretários, terceirizados e ajudantes.


A escola possui 768 alunos distribuídos entre o Ensino Fundamental II, Ensino Médio e EJA.
Sendo 650 no Ensino Fundamental II, e, por fim, 118 alunos na Educação de Jovens e Adultos
(EJA). A escola conta com 16 salas de aulas (porém apenas 14 são utilizadas), sala de diretoria,
sala de professores, quadra de esportes descoberta, laboratórios de informática e
ciências, cozinha (onde é distribuída a merenda escolar para todos os alunos), uma biblioteca
(que não funciona e é usada como depósito de livros), sala de leitura, banheiro fora do prédio,
banheiro dentro do prédio, sala de secretaria, almoxarifado e um largo terreno usado como um
estacionamento. As salas de aulas são espaçosas e arejadas, porém apresentam precariedade na
conservação das paredes, móveis, pisos e forros, trazendo ao local um aspecto de austeridade.
Dessa forma, a instituição apresenta uma estrutura que necessita de reformas e melhores
disposições das salas, para assim proporcionar aos alunos um ambiente mais prazeroso. Quanto
os equipamentos e recursos que a escola detém, são: computadores administrativos,
computadores para alunos, quadros brancos, pilotos, livros didáticos, TV, DVD, antena
parabólica, copiadora, retroprojetor, impressora, aparelho de som. A escola tem por rotina
horários de ingresso e saída dos alunos, sendo que o turno da manhã inicia a partir das 7:30h às
11:45h, o turno da tarde das 13:30h às 17:45h e o noturno das 19:30h às 21:45h, como também
intervalos de recreação de quinze minutos nos turnos da manhã e tarde, e dez no turno da noite.

Colégio CETEP. Fonte: Arquivo pessoal

Outro Colégio observado foi o CETEP Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão
Produtivo, localizado na Avenida Anísio Teixeira, no centro na Cidade de Caetité - BA. Um
Colégio de ensino médio, e oferece cursos Técnicos e de qualificação Técnica para a população
do Entorno da Região. É um Colégio grande possui um auditório, biblioteca, refeitório e quadra
esportiva, ele é bem estruturado. A gestão do Colégio é formada pela Diretora Heydherana
Gomes e pela vice Ana Farias, por professores e funcionários em geral.

3.2 Caracterização dos bairros.

A Escola Arnaldo Cardoso é localizada um bairro Centro situado em Riacho de Santana. O


crescimento desordenado ocasionado pelo surgimento de inúmeras invasões, fez com que
o bairro ficasse cada vez mais populoso. Com isso, o bairro possui escolas públicas, galpões de
armazenamento de contêineres, fica próxima a duas praças principais, lanchonetes, papelarias
e outros comércios. O Colégio é localizo no Bairro Centro em Caetité, esse Bairro é composto
varias escolas, praças, rodoviária, supermercados, farmácias e muitas lojas.

3.3. Outros dados sobre os alunos, e a observação.

O Colégio Arnaldo Cardoso, da Avenida Duque de Caxias, na Cidade de Riacho de Santana foi
o Colégio escolhido uma vez que se situa bastante perto da minha residência, e também por que
foi o Colégio que eu estudei no meu ensino fundamental, e particularmente, sempre tive esse
desejo de saber como é que acontecia o processo de educação para pessoas da minha
comunidade. Junto a Sra. Maria do Socorro, professora regente de Geografia na Escola
Arnaldo Cardoso. A turma analisada foi o 9° ano “A” e “B” do ensino fundamental, do turno
matutino e vespertino, que estavam realizando matérias que compõem a área de
Ciências Humanas. Meu trabalho de observação teve intuito descrever as experiências que
vivenciei e as reflexões que tive durante as seis aulas assistidas da disciplina de
Geografia como foco a prática da professora Maria do Socorro, que já foi minha professora a
alguns anos atras, é de uma sensibilidade anormal, me abraçou em sua sala e me deixou fazer
parte de suas aulas. Nas seguintes memórias, narro que observei, os obstáculos que surgiram
no caminho e o que aprendi com eles, fundamentais para minha preparação não só como um
profissional completo, capaz de só lecionar, mas também com as diversas maneiras de se mudar
vidas. Enfim, depois de vários meses sendo preparado e discutindo sobre teorias,
possíveis práticas, trabalhos com textos, além de várias semanas riscando da lista nomes
de possíveis escolas em que eu gostaria de estagiar e de finalmente escolher essa e acertar
com o corpo da direção sobre os termos, as papeladas e algumas informações sobre as turmas
e professores, é chegado o dia de ir para uma sala de aula e aprender sobre o que é ser o que
hoje eu quero ser. Confesso que esse não fora um dos dias mais fáceis do ano Chegando na
escola, fui muito bem recebida e atendida pelo Coordenador pedagógico Danilo Oliveira, que
leva tudo sempre em muito bom humor e me contou histórias de outros estagiários que já
passaram pela Escola realizando os mais diversos tipos de estágios. O coordenador foi bastante
ativo no processo logístico do meu estágio, fora que ele que indicou a professora Maria do
Socorro para que eu a observasse, dentre vários outros professores de Geografia da escola. Na
opinião dele, ela que a mais disposta e a que mais me ajudaria a passar por todo esse processo.
E no final das contas, ele estava certo. Por sorte, acabei chegando na escola uma hora antes do
início das aulas e logo depois do meu encontro com o coordenador, fui em direção à sala dos
professores que fica logo após a cozinha da escola e consegui encontrar a professora
pessoalmente. Ela, que estava bastante animada com a minha presença em suas aulas, me
atualizou sobre a turma, sobre como trabalhava com alguns conteúdos e os recursos
que ela utilizava. Após alguns minutos de conversa, nos dirigimos a sala de aula. As aulas
iniciam às 07:30 e tem duração de 50 minutos, terminando às 08:20. Desde o corredor, já era
possível ver toda a relação construída entre ela e seus alunos durante o ano, as altas risadas, os
últimos relatos da semana, a preocupação dela com a vida deles e aquela roda de alunos em
volta a sua mesa refletiam a vontade de todos estarem ali, mesmo aqueles que diziam já “querer
ir para casa” se deixavam levar por essa troca de afetos. Em seguida a esse momento, a
professora me apresentou para a sala dizendo “Bom dia, turma” Esse aqui é o
Universitária Ilana. Ela estará acompanhando nossa caminhada para a realização de
um trabalho universitário. Sejam todos bonzinhos e mostrem para ela os quão
excelentes alunos vocês são.” Dei meu “Bom dia” e me apresentei para a sala agradeci a
professora pela oportunidade e todos pareciam bastante surpresos com minha presença ao ponto
de perguntar a minha idade, se eu iria lecionar em algum momento no lugar da professora e se
eu já lecionava em algum outro espaço, etc. E foi nesse momento em que eu fiquei totalmente
sem jeito, quando a professora meus ou como exemplo de “inspiração” para aqueles que estão
“desacreditados “ou se sentindo incapaz de ocupar uma posição na faculdade. Após a minha
apresentação, me dirigi ao fundo da sala e comecei a anotar qualquer tipo de manifestação ou
atividade proveniente de ambos os lados: tanto da professora quanto dos alunos. Era uma turma
relativamente cheia, com uma variação um tanto grande quanto a faixa etária. Tendo de fato
adolescentes de 14 até 17. Para dar início a aula na sala “B”, a professora Maria do Socorro faz
uma pergunta sobre a última aula dada e sobre a existência de uma atividade para casa que logo
em seguida é corrigida ao colocar as respostas no quadro, entretanto, sem nenhum
tipo de explanação, na segunda aula a professora iniciou um novo conteúdo do livro para
começar a segunda unidade, Sociedade-urbano industrial e fontes de energia, e complementou
com alguns vídeos sobre as fontes de energia. Na terceira aula fomos para a sala “A”, me
apresentei para todos, a sala tinha 20 alunos, todos bem agitados com a minha presença, a
professora continuou o mesmo conteúdo da sala “B”, com o livro didático, e na quarta aula ela
passou os vídeos sobre fontes de energia, para os alunos comentarem e fazer anotações . Na
quinta e última aula do turno matutino voltamos a sala “B”, a professora passou uma atividade
de auto avaliação, e depois liberou os alunos mais cedo, me despedi de todos, e fui para minha
casa. Voltei no turno vespertino as 01:30 para observar o 9° “B”, me apresentei para a turma,
uma sala de 16 alunos bem dispersos, pareciam felizes com a minha presença, grande parte da
turma é da zona rural, a professora usou a mesma didática das turmas passadas, usando o livro,
e pediu alguns alunos para fazer a leitura de alguns tópicos do capitulo, grande parte dos alunos
estavam desfocados, e ansiosos para a segunda aula de educação física. Parando para refletir
sobre isso, é curioso o fato de se estar inserido em um contexto social, mas, ainda assim, não
possuir nenhuma noção do que se é feito e de como é feito o seu ensino. Pela primeira vez, eu
não estava em uma posição de observado, e sim de observador. Eu estava lá, vendo com muita
clareza os pontos positivos e negativos .Enaltecendo os aspectos que considero coerentes e
corretos e buscando entender aqueles que não deveriam ocorrer da forma que acontece,
provavelmente não somente em minha escola, mas em muitas outras pelo país. No dia 11 de
maio observei um AC que aconteceu as 19:00 na sala de professores, foi nesse espaço que eles
planejam e organizam as atividades a serem realizadas no decorrer das semanas, esse AC foi de
forma coletiva junto com outros professores de Geografia e o coordenador pedagógico e teve
duração de 02:00 horas.

A turma do CETEP 3° “B” de Serviços Jurídicos é composta por alunos com idades mescladas,
de classe média baixa, na qual, muitos trabalham durante o horário oposto, eles apresentam
um bom relacionamento com o professor regente Helder Castro e demonstram interesse
em participar das atividades. No decorrer dos dias observados, percebi através dos estudos
da turma que a maioria dos alunos que se encontrava em sala de aula demonstrava um
grande interesse em estudar, tornando assim um ambiente fácil de trabalho, pois todos têm o
mesmo objetivo. No entanto, em sua maioria, não apresentaram autonomia nas
atividades propostas, os conteúdos foram abordados de forma mecanizada, sem
aproveitar os seus próprios conhecimentos e sem dar a eles a oportunidade de
raciocínio e interpretação de forma que não seja a resposta pronta. Observei no CETEP quatro
aulas de Geografia, aconteceu no turno matutino, na terça-feira dia 16 de maio a aula teve inicio
as 07:30, a turma contem 09 alunos, 8 meninas e um menino. De inicio eu não precisei ser
apresentada porque todos já me conhecem do PIBID, já possuímos um vinculo de alguns meses
com os alunos e com o professor, na primeira aula o professor usou o livro didático no conteúdo
de Socialismo e Capitalismo, explicou sobre e copiou esquemas no quadro para os alunos
compreender melhor, na segunda aula o professor passou um vídeo de uma música de Titãs,
homem primata que faz uma crítica aos hábitos da sociedade capitalista, que para produzir
bens de consumo acaba destruindo os recursos naturais usados para os processos produtivos,
nesse momento os alunos participarão dando opiniões e relacionando o conteúdo com o que o
vídeo mostrou. O outro dia observado foi no dia 30 de maio, o professor Helder iniciou a aula
fazendo a chamada, depois foi dar a média da primeira unidade, todos alcançaram a média.
Pediu para todos pegarem os livros, pois ele iniciaria um novo capitulo para a segunda unidade,
o novo conteúdo era sobre a Revolução Industrial. Na segunda aula ele apresentou na tv da sala
imagens dos modos de produção, sobre essa evolução até os dias atuais.

4. Outras perspectivas:

Cada memória obtida neste período de observação contém uma amostra do que aprendi e vi
dentro e fora da sala de aula, com a postura da professora regente, com as decisões da
coordenação e da direção e com os interesses dos alunos e que nesse presente momento,
após toda essas vivencias, compõe meu imaginário perante a realidade das escolas
públicas de Riacho de Santana e Caetité. Eu estava lá, vendo com muita clareza os pontos
positivos e negativos. Enaltecendo os aspectos que considero coerentes e corretos e buscando
entender aqueles que não deveriam ocorrer da forma que acontece, provavelmente
não somente em minha escola, mas em muitas outras pelo país.

Numa visão geral, um ponto que chamou bastante a minha atenção nesses dias é a beleza e a
potencialidade do projeto de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Arnaldo Cardoso
.Muito embora, é provável que os motivos que levaram o projeto a existir não devem ser
incentivadas - uma vez que muitos fazem parte desse projeto por não terem tido oportunidades
de educação na época da infância e adolescência - mas, ainda assim, mostra um lado bastante
belo e essencial do ser humano que é a sua força de vontade e a persistência em nunca desistir
independentemente das lutas que se enfrenta. É ver senhores e senhoras, jovens de ambos
os sexos, de diferentes histórias, compartilhando uma mesma sala de aula, um mesmo
interesse. É fato que o que frustra um educador é a falta de suporte necessário para a realização
do seu trabalho, a ausência de apoio para que ele possa produzir o seu máximo e transformar o
máximo de vidas possível. Entretanto, ao ver todos aqueles alunos se permitindo uma segunda
chance, uma nova oportunidade de recomeço e mudanças, renova-se em mim um desejo de
continuar na minha formação e oferecer a eles o que lhes são de direito: educação e
conhecimento. .

5. Primeiras percepções na escola

Nos primeiros momentos na escola, houve uma boa recepção dos funcionários, As observações
são de extrema importância, pois o professor titular nos acompanha, orienta, auxilia, e com isso
aprendemos com seus acertos e desprezamos seus erros. O Estágio de observação é um
momento da realização de diagnóstico local, verificando como ocorre à prática e a rotina
escolar, em resumo sabemos onde é o espaço de estágio, e quem é a minha clientela, e quais
são as suas dinâmicas. A etapa de observação nos auxilia a refletir sobre a realidade escolar
vivenciada, de como são as variáveis que na teoria vimos na academia. Nas aulas observadas
os alunos participavam, mas de uma maneira não crítica. Por possuir uma idade tida como nova,
para exercer a atividade de docente, percebe-se que a maioria do alunos fica empolgado. As
observações nos servem de exemplo, e com isso de princípio para dar continuidade ao o que de
certa for está certo e corrigir o que está errado.

6. Aspectos disciplinares (dificuldades)

As principais dificuldades encontradas no estágio começam na busca por um campo de estágio,


que será debatido adiante nas sugestões. Não houve dificuldades graves que possa ser aqui
expressadas destacadamente. As barreiras encontradas são aquelas mesmas verificadas no
exercício da docência, o não interesse de alguns alunos. No CETEP, percebe-se que os alunos,
tem mais “energia” em aprender. Já os alunos do Arnaldo Cardoso talvez, por ser alunos de
idades diferentes, a maioria não se dedica o bastante, essa energia diminui, verificando que uma
parte só está ali para adquirir o certificado de ensino fundamental.

7. Apoio da Escola ao desempenho do estágio I

Em ambas as escolas, deram sim, dentro das suas condições boas condições, para a realização
do estágio. Tanto pela sua receptividade, tanto pela disponibilidade. Não foi detectada nenhuma
objeção imposta pelos profissionais da educação das escolas para o bom funcionamento do
estágio. Todo o estágio, do inicio ao fim, ocorreu, bem, deixado pela direção e os professores
regentes a “porta aberta” para futuros estágios.

8. Autoavaliação

No aspecto de uma autoavaliação o estágio é de extrema e fundamental na vida pessoal e


profissional de um licenciando, colocando a teoria assimilada nas aulas na Universidade, na
prática. Esse contato com a realidade escolar, não pode faltar, pois só In loco que percebemos
suas dinâmicas, características, variáveis e etc. Ajudando-nos a decidir/escolher, se é isso
mesmo que queremos exercer durante nossa vida profissional.

9-Considerações finais

O Estágio I é o momento da análise de como ocorre a prática e a rotina escolar. Nesse momento,
temos a chance de verificarmos como se constrói um espaço de produção de conhecimento
sobre a prática pedagógica desenvolvida no cotidiano da escola pública, através da
observação e da reflexão, nos aproximando da realidade da escola, a fim de que possamos
compreender melhor os desafios que deveremos enfrentar nos estágios futuros e até mesmo, no
trabalho como professor regente. A formação do professor ultrapassa os limites da sala de aula
e nem se solidifica de uma só vez, pois trata-se de um processo contínuo, que não engessa
e se constitui apenas de conceitos teóricos adquiridos durante a Faculdade, mas sim,
é composto por um conjunto de experiências vividas e adquiridas através da relação entre
teoria e prática e toda a vivência profissional no decorrer dos anos. Com isso, concluo
com a certeza que esse é o momento desconhecermos os alunos, suas dificuldades,
peculiaridades, anseios, desconhecer como a escola se organiza para receber estes alunos, de
verificar qual postura devemos ter ao estagiar. Foi um momento único, do qual tenho certeza
que irá fazer parte de minha vida profissional, como, mais uma experiência boa, agradável e de
muita aprendizagem.

Referências Bibliográficas:

BONETTI, Márcia Becker. LEME, Ricardo Carvalho. O ENSINO DA GEOGRAFIA NA


PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA

CAVALCANTI, Lana de Souza. A Geografia e a realidade escolar contemporânea:


avanços, caminhos, alternativas. BH, 2010

CAVALCANTI, Lana de Souza. O lugar como espacialidade na formação do professor de


Geografia: breves considerações sobre práticas curriculares. Revista Brasileira de
Educação em Geografia, Campinas, v. 1, n. 2, p. 1-18, 2011.

BARROS. Glauber. A. Costa. UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA


NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA
PIMENTA, Selma Garrido. LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência: diferentes
concepções

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