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Fevereiro.2013
Gestão do elemento humano
Sumário
1. A contextualização da Função RH 7
8
1.1 Desafios e dilemas do atual contexto de negócio
1.1.1 Reestruturações produtivas nos séculos XX e XXI 9
14
1.2 Modelos de gestão empresarial
1.2.1 Organizações tradicionais 14
1.2.2 Organizações do século XXI 15
1.2.2.1 A visão de E.E.Lawler III 16
1.2.2.2 As mudanças nas perspectivas de DiMaggio e Powell 17
1.2.2.2.1 Mudanças na organização do trabalho 19
1.2.2.2.2 Mudanças no âmbito nas relações de trabalho 20
1.2.2.2.3 Mudanças no âmbito do indivíduo 21
Referências Bibliográficas 24
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Gestão do elemento humano
5. O processo Captação 94
5.1 Recrutamento e Seleção: ideias-chave 95
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6.2.1 Premissas das Políticas, dos Programas e das Ações de T& D 121
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Gestão do elemento humano
Acreditamos que uma organização apenas será o que ela quer ser se for capaz de
despertar em cada colaborador o desejo de ele oferecer o melhor que possui na sua bagagem
pessoal. Assim, na atualidade, a maestria ao se gerir o elemento humano é inquestionável.
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Gestão do elemento humano
Capítulo um
A contextualização da Função RH
As bases de sustentação dos modelos de gestão empresarial predominantes nos séculos XX e XXI.
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Gestão do elemento humano
Alocação e
organização
de recursos
Tomar
decisão
Obtenção de
resultados
desejados
Então, apesar de o jargão popular afirmar que “de futebol e gestão de pessoas
todo mundo entende”, a consciência do seu significado destrói a ideia de simplicidade. À
semelhança das demais áreas do conhecimento científico, estudos idôneos, recentes,
focados na gestão de pessoas, provocaram avanços, teóricos e práticos, que impedem a
continuidade do olhar reducionista a esse respeito.
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Gestão do elemento humano
Fontes: Boltanski & Chiapello, 1990; Oliveira, 1994; Chesnais, 1996; Freitas, 1997; Smith, 1997; Souza & Souza, 1997;
Ingelgard, 1998; Powel, 2001; Cattani, 2002; Mattos, 1994 apud Cattani, 2002; Ferreira, 2003; Souza, 2007; Souza, 2008;
SOUZA, 2011; Ayres & Souza, 2012.
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Gestão do elemento humano
No final do século XIX e início do século XX, Taylor, Fayol e Weber alicerçaram as
bases racionais e científicas das organizações visando à obtenção de ganhos máximos de
eficiência. A organização do trabalho valorizava formas rígidas de divisão do trabalho. Essa
visão economicista e mecanicista estimulou a crítica de Weber quanto ao pacto burocrático
para regulamentar o convívio social, pois a dinâmica da hierarquização do poder, ao excluir o
humano, eliminou a emoção na vida organizacional, incentivando a despersonalização e a
cultura racional (AYRES & SOUZA, 2012).
Por sua vez, o final dos anos 1960 assistiu a amplas conquistas trabalhistas e de
seguridade social (OLIVEIRA, 1994; MATTOS, 1994 apud CATTANI, 2002). As condições
contextuais – a elevação do nível de produtividade e o aumento da atividade econômica -
propiciaram o aumento dos salários reais crescentes, a elevação do nível global do emprego,
a redução de taxas de desemprego e a adoção de políticas do estado de bem- estar social,
entre outras. As condições do mundo do trabalho favoreceram a adoção de mecanismos de
proteção social e a elevação da qualidade do trabalho assalariado.
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Gestão do elemento humano
Desde meados dos anos 1990, o elemento humano vem sendo gerenciado com
base no paradigma orientado pela lógica flexível. Em concordância com vários autores,
Souza e Souza (1997) acentuam que essa lógica, ao privilegiar a relação custo/ benefício,
trouxe a flexibilidade ao alicerce das estratégias delineadas visando ao atendimento das
exigências das flutuações do mercado.
Internacionalização da economia
Avanços da informatização
Fig.2 - Metamorfoses do mundo do trabalho
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Gestão do elemento humano
ESTRATÉGIAS DA FUNÇÃO RH
Desenvolvimento contínuo de pessoas
Mecanismos de valorização capazes de atrair, desenvolver e manter talentos.
PAPEL DA ÁREA DE RH
Adoção da lógica da Teoria da Agência aplicada aos processos de gestão de pessoas
Preparação da liderança gerencial para o exercício do papel de gestor de pessoas
Consultoria interna aos gestores
Criação de banco de talentos
PROCESSOS DE RH
Captação de pessoas sob uma perspectiva sistêmica
Acompanhamento da evolução do desempenho
Gestão do desempenho
Identificação de potencial
Remuneração baseada em desempenho
INDIVÍDUOS
Estímulo ao convívio com a diferença
Gerenciamento da motivação de pessoas com alto desempenho
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Gestão do elemento humano
ESTRATÉGIAS DA FUNÇÃO RH
Adoção de sistemas integrados que permitem a automação das informações vinculadas à trajetória do
indivíduo na organização no âmbito da informação e comunicação
Quadro
PAPEL DA4 –ÁREA
Exemplos
DE RH de impactos da elevação do nível de exigência do cliente na gestão de pessoas
Deslocamento do foco de papéis operacionais para outros estratégicos
PROCESSOS
Integração de dados e informações
Compartilhamento de informações entre grupos e pessoas
Banco de dados de recursos didáticos apoiados nas tecnologias de informação e comunicação
Banco de talentos
INDIVÍDUOS
Aprendizado de novas tecnologias
ESTRATÉGIAS DA FUNÇÃO RH
“Fazer” em vez de “comprar” o talento humano
Assegurar o comprometimento do cliente interno para maximizar o atendimento ao cliente externo
Captação de pessoas com alto desempenho
Alinhamento do desempenho humano ao organizacional
PAPEL DA ÁREA DE RH
Diagnóstico contínuo de hiatos (gaps) de competência
Reforço do papel da empresa quanto à máxima satisfação do cliente externo e interno
Adoção do conceito de Business Partner
PROCESSOS
Adoção do conceito Responsável pelo Processo
Integração entre áreas
INDIVÍDUOS
Atuação mais próxima aos clientes externos (empowerment)
Desenvolvimento de competências interpessoais
Os estudos recentes sinalizam que a busca por talentos tende a crescer de modo
exponencial. A busca e a retenção de pessoas que agregam valor ao negócio são um desafio
impossível de ser negligenciado. Esses novos desafios demandam novas estratégias. Porém,
o seu adequado delineamento requer aderência ao modelo de gestão vigente na organização.
Aliás, este será o tema da próxima seção.
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O trabalho sob essa perspectiva não requer alterações que agreguem valor
decorrente da contribuição do indivíduo. Sua vantagem competitiva advém de fontes
distintas, tal como a padronização da realização das atividades. As suas bases de sustentação
se originam do modelo taylorista-fordista de produção, cuja dificuldade do abandono é nítida.
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A teoria revisada e os fatos observados nos permitem afirmar que a nova forma
de fazer negócios se apoia na extensão da concepção financeira. Os acionistas começaram a
perceber que os seus retornos propiciados pelas empresas não eram suficientes. Daí, como
afirma Fligstein (2002.p.48 apud MARX, R. e SOARES, J.P.R.F., 2008, pág. 8), o único
propósito legítimo da empresa passa a ser a maximização de valor para o acionista.
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Gestão do elemento humano
Nesse sentido, os cargos são modelados com base nas cinco características a
assinaladas a seguir:
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Vicki Smith (1997) assinala que, sobretudo a partir dos anos 1990, as novas
formas de organização do trabalho exigiram mudanças nas relações de trabalho. Apesar das
visões distintas, a maioria converge quanto aos seus propósitos:
Redução da hierarquia;
Formalização;
Enfraquecimento dos vínculos entre o indivíduo e a organização.
Terceirização
Fig. 3: A nova ordem do mercado de trabalho
1º grupo periférico
mecado de trabalho
secundário
flexibilidade numérica
Grupo central
Mercado de
trabalho primário Atividades
Sub-
Flexibilidade temporárias
contratação
funcional
2º grupo periférico
contratos de curto prazo,
estagiários, trabalho partilhado,
trabalho em tempo parcial
Autônomos
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Gestão do elemento humano
Como você já deve ter observado, a lógica da gestão flexível requer do indivíduo
a comprovação contínua da sua capacidade para autogerir sua carreira de modo alinhado às
necessidades das transformações do mundo da produção. Por sua vez, a referida lógica
demanda das organizações a adoção de tecnologias de gestão capazes de possibilitar a
comprovação se o indivíduo tem ou não perfis que agregam valor. Na atualidade essa é a
finalidade da Avaliação de Desempenho.
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Gestão do elemento humano
Por um lado, o indivíduo passou a ter mais autonomia, mas, por outro, tem que
se esforçar para superar metas cada vez mais exigentes. Embora o controle externo tenha
afrouxado se exige paralelamente um autocontrole e uma disciplina cada vez maiores. E, ao
mesmo tempo em que os avanços tecnológicos propiciam o aumento da satisfação devido ao
enriquecimento do trabalho, podem também gerar a sua alienação (FURNHAM, 2000). Por
outro, embora o desenvolvimento de carreiras vise ao atendimento de necessidades
individuais, elas apenas devem ser atendidas se elas forem aderentes às organizacionais.
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Gestão do elemento humano
Em suma, profissionais com perfis que agregam valor são fontes de vantagem
competitiva. Assim, a gestão do elemento humano ganha relevância. O foco dos novos
modelos gerenciais passa a ser a conciliação entre interesses empresariais e individuais, uma
das condições para o comprometimento com o negócio.
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Gestão do elemento humano
Capítulo 1
Referências bibliográficas
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Gestão do elemento humano
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Capítulo dois
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2.1.1 Fases
Há um número expressivo de estudos centrados no tema Evolução da Gestão de
Pessoas no Brasil. Entretanto, é notória a ausência de uniformidade dos mesmos quanto à
divisão das suas fases em termos cronológicos. Cada pesquisador adota uma cronologia
própria. Então, com base nos nossos estudos, dividimos a gestão de pessoas no Brasil em três
fases, conforme descritas a seguir:
Burocrático-Cartorial
Administração de Recursos Humanos e
Gestão Estratégica de Pessoas.
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O terceiro marco ocorre nos anos 1990, com a abertura econômica brasileira
pelo governo de Fernando Collor de Mello.
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Administração Ambiente
das pessoas organizacional
Estilo
gerencial Estrutura
(Teoria X)
Administração Ambiente
das pessoas organizacional
Transição Estrutura
Administração Mudanças
das pessoas organizacionais
Estilo gerencial
Estrutura
(Teoria Y)
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Gestão do elemento humano
Kaplan e Norton enfatizam que as empresas que quiserem crescer, além dos
níveis atuais de desempenho financeiro, precisam implementar melhorias contínuas nos seus
processos internos e no relacionamentos com os clientes. Em função disso, é impossível
negligenciar uma questão: a origem dos resultados empresariais está no desempenho dos
empregados que atuam na linha de frente, pois eles estão mais próximos dos clientes da
empresa. Considerando esse fato, manter os empregados comprometidos com o negócio é
uma condição sine qua non à consecução dos objetivos organizacionais. Ilustrando, a
retenção e a produtividade são evidências da mobilização e do engajamento dos empregados.
No entanto, elas dependem da satisfação deles.
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Gestão do elemento humano
Assim, pensar segundo essa lógica é conceber que pessoas podem ser fontes de
vantagem competitiva. Ou seja, podem ser ativadores inteligentes de recursos, ou, ainda,
podem ser parceiros organizacionais. Nesse contexto, a gestão de pessoas ganha novo
status: ela passa a ser estratégica.
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FOCO
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5
A expressão Liderança Gerencial se refere a qualquer gestor que tem subordinados sob a sua responsabilidade,
independentemente do nível hierárquico que ocupa na organização.
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Estudando essa questão, Becker, Huselid e Ulrich (2001, pág. 34-36) salientam:
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Nesse sentido, duas questões vêm à tona: Há uma cultura ideal? Caso afirmativo,
qual é a mais adequada? Não há fórmulas mágicas. Existem, porém, aspectos que
favorecem a identificação de soluções eficazes. Por exemplo, a compreensão do ambiente
onde a organização atua, o estágio do ciclo de vida em que a organização se encontra e a
estratégia estabelecida por ela.
A cultura organizacional é um
condicionante que pode favorecer ou criar
obstáculos à mudança. Ela é uma fonte
legítima de geração de códigos de conduta
que desvela os valores subjacentes aos
modelos e às práticas de gestão adotadas.
Portanto, valores e atitudes afetam o
modo de gerir pessoas.
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Capítulo dois
Referências bibliográficas
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WOOD, J.T. Mudança organizacional e transformação da função Recursos Humanos. In Mudança
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Capítulo três
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Este capítulo é uma resposta a essa pergunta, que, na nossa visão, foi produtiva:
ela estimulou a nossa reflexão sobre a relevância das contribuições das pessoas na
organização contemporânea. Assim, a mudez momentânea cedeu lugar ao desejo de
compartilhar a resposta àquela questão.
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Por essa razão, iniciaremos este capítulo abordando alguns aspectos conceituais,
úteis à compreensão do papel do Planejamento Estratégico Empresarial (PE), pois este é o
alicerce do Planejamento de Recursos Humanos (PRH). Em primeiro lugar, analisaremos a
evolução dos conceitos vinculados ao PE e, em seguida, apresentaremos os termos mais
usuais utilizados no PRH.
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Essa forma de pensar persistiu até os anos 1950. A partir daí, as organizações
começaram a enfrentar desafios inesperados. O ambiente se tornou gradativamente
turbulento. As mudanças econômicas, políticas e sociais aceleradas passaram a exigir mais
esforço da liderança gerencial, objetivando o atendimento das necessidades dos clientes,
das exigências dos sindicatos e dos anseios dos acionistas. Enfim, variáveis ambientais
inesperadas demandaram um novo modo de estruturar a organização, novos objetivos e
uma nova forma de funcionamento.
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Fluxos de
Planejamento Estratégico
Informação
Expectativas de Grandes
Interesses Externos
Sociedade
Comunidade (local)
Acionistas Planejamento Tático
Fregueses
Fornecedores
Credores
Expectativas de Grandes
Interesses Internos
Administradores dos
níveis mais altos
Outros administradores Estratégias Básicas
Empregados assalariados Missão
Técnicos Finalidades Programação e Planejamento e
Implantação Revisão e Avalia-
Objetivos Programas a Planos a Curto
O Plano do dos Planos ção dos Planos
Políticas Médio Prazo Prazo
Planejamento
Estratégias dos
A Base de Dados Programas
Desempenho anterior
Situação atual
Previsões
Avaliações:
do Ambiente
Oportunidades
Ameaças
da Empresa:
Forças
Fraquezas
Regras de
Decisão e de
Avaliação
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Tomar decisões prevendo os impactos sobre o resultado no longo prazo e não apenas
sobre o resultado imediato;
Buscar o contínuo aperfeiçoamento da posição competitiva da organização;
Reconhecer que descontinuidades são mais importantes do que tendências.
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Defendemos que a ação integrada dos processos que compõem a Função RH,
bem como desses com as demais unidades de negócio da organização, consiste na pedra
angular da gestão estratégica de pessoas. Assim, a ausência dessa integração produz uma
tomada de decisão desvinculada dos objetivos da organização e, portanto, inócua.
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Gestão do elemento humano
Mas, como criar elos entre o PE e o PRH de modo que a área de RH contribua
efetivamente para a execução das estratégias organizacionais?
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RECORDANDO.....
.... O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO define a identidade da corporação, realiza a auditoria de posição, traça os
objetivos corporativos e suas estratégias....
.... Cada unidade delineia seus PLANOS DE AÇÃO, define seus INDICADORES para a mensuração de resultados
apoiada nas ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS, cujo ponto de partida reside na identidade organizacional,
constituída pelos componentes missão, visão e valores....
.... VALORES são a base da administração da empresa... eles expressam as crenças básicas que funcionarão como
padrões orientadores da ação organizacional...eles precedem a definição da missão, do negócio e da visão de
futuro da organização...
..... MISSÃO é a razão de ser da organização... a necessidade da sociedade que a empresa se propõe a
atender....portanto, ela deve orientar, unificar e motivar seus membros...
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6
.... NEGÓCIO é o espaço que a organização pretende ocupar em relação às demandas ambientais ....
7
... DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL, também, denominado Auditoria de Posição ou, ainda, Análise SWOT, é o
processo por meio do qual são mapeadas as Forças, as Fraquezas, as Ameaças e as Oportunidades...
... OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS consistem no alvo ou na situação futura que se pretende alcançar por meio
das estratégias...
....ESTRATÉGIAS podem ser entendidas como um conjunto de decisões sobre a distribuição dos recursos e as
tarefas críticas a serem desempenhadas para a consecução dos objetivos
Muito bem! Uma vez realizada a análise SWOT, conforme ilustrado na Fig. 8, o
passo a seguir é a definição dos objetivos organizacionais cuja consecução requer o
delineamento de estratégias.
6
Pagnoncelli et al. (2001) definem o negócio em função de três variáveis - cliente, produto e tecnologia.
7
A sigla SWOT é um acrônimo formado pelas letras iniciais em inglês de Forças (Strengths), Fraquezas
(Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). As Forças são as características da
empresa, tangíveis ou não, que permitem a obtenção de vantagem em relação à concorrência. As Fraquezas
referem-se às características da empresa que devem ser minimizadas para evitar a influência negativa no
desenvolvimento ou na estratégia. Ameaças são condições externas que representam obstáculos à ação
estratégica, podendo ser evitadas, se conhecidas. As Oportunidades são forças ambientais favoráveis que, se
conhecidas e aproveitadas, podem auxiliar a efetiva ação organizacional.
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8
Unidade de negócio refere-se a cada departamento da empresa, por exemplo, Marketing, Finanças, Logística,
RH e Comercial.
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Vamos trabalhar essas questões por meio do caso a seguir. Acreditamos que
este possa ser um caminho eficaz para o fortalecimento dos conceitos envolvidos no PERH.
9
A análise do ambiente organizacional, de modo geral, busca informações de naturezas distintas. Uma delas diz
respeito à análise do quantitativo de empregados, bem como às competências relacionadas às posições
ocupadas, seus desempenhos e potenciais. A outra se refere ao mapeamento do clima organizacional,
qualidade de vida no trabalho, absenteísmo, rotatividade, entre outros.
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CASO EMPRESA WX
CENÁRIO 1
CENÁRIO 2
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Em primeiro lugar, que tal abordarmos um pouco mais a relação entre políticas,
programas e projetos?O esquema nos ajudará nisso.
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Objetivos operacionais
Planos
OPERACIONAL Projetos orientadores de ações de
operacionais
RH
Retroação
Agora sim, podemos passar para o segundo momento, dando vida ao esquema
por meio da apresentação de um projeto real desenvolvido por uma empresa do setor
sucroalcooleiro, denominado “Cana Limpa”.10
10
Caso construído a partir dos insumos obtidos na pesquisa de campo realizada para o desenvolvimento da Tese
de Doutorado da autora Maria Zélia de Almeida Souza (2011).
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Essa prática, porém, além não ser ecologicamente correta, contribui para o
aumento da temperatura no canavial, local de atuação do cortador. Além de ser submetido
a temperaturas muito elevadas, o cortador de cana desenvolve um trabalho árduo e
penoso, que demanda muito esforço físico. O trabalho de corte manual é composto pelo
seguinte conjunto de atividades:
Limpeza da cana, com eliminação do pendão, que não tem valor para as unidades
produtoras, porque praticamente não contém sacarose;
Transporte da cana até a linha central do eito;
Arrumação da cana para posterior carregamento mecânico.
Apesar das condições adversas, há um ritmo de produção de corte que deve ser
observado, necessário ao abastecimento da matéria-prima para o processo de produção de
açúcar e álcool. Os sistemas de gerenciamento da força de trabalho no canavial devem
garantir que sejam atendidas as metas de produção do corte manual de cana.
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Política Programa de
corporativa treinamento
Capacitação para o operacional:
corte manual de Disseminação da
cana-de-açúcar, importância do
visando ao corte segundo os
aumento da padrões definidos
produtividade
Projeto “Cana
Limpa”
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Capítulo três
Referências bibliográficas
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LUCENA, M.D.S.Planejamento de Recursos Humanos. São Paulo, Atlas, 1990.
MOTTA, P.R.Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. Rio de Janeiro: Record, 1991.
SOUZA, C. C. S. Afinal, a administração de recursos humanos é uma função realmente estratégica?
Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1979
STEINER, G. A. e MINER, J.B. Política e estratégia administrativa. Trad. de José Ricardo Brandão
Azevedo. Rio de Janeiro: Interciência; São Paulo: Universidade de São Paulo, 1981.
WALKER, J.W. Human Resource Planning. New York: McGraw-Hill, 1980.
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Capitulo quatro
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Sob pressão, as áreas buscavam atender aos seus objetivos específicos, táticos,
promovendo barreiras e se isolando dos demais. Os gerentes eram especialistas de uma
área e não generalistas capazes de conduzir a operação como um todo.
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Os economistas, por sua vez, caracterizam a empresa como sendo uma função
de produção, na qual os insumos são transformados em produtos que buscam atender as
demandas de clientes, conforme a figura a seguir:
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Contudo, para enfrentar esses desafios, é necessário que a área adote uma
orientação sistêmica, ou seja, que a Gestão de Recursos Humanos seja concebida como um
sistema social aberto, por meio de uma gestão mais integrada dos sistemas que a
compõem, assim como uma interação dual com o ambiente externo e com as demais
unidades da organização.
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Assim, por exemplo, se você quiser abrir um restaurante, que capacidades são
necessárias para iniciar o negócio? Certamente você concordará que será necessário ter a
capacidade de produzir um determinado tipo de refeição e de servi-la aos clientes.
Produção de refeições e atendimento a clientes são exemplos de competências
organizacionais básicas para que o negócio possa funcionar. Contudo, tais competências
não garantem a competitividade do negócio. Para sobreviver é preciso ter a capacidade de
se diferenciar da concorrência. As competências capazes de produzir essa diferenciação
são denominadas Essenciais.
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Interno Externo
Controle
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O estudo desses autores foi realizado por meio da análise da evolução do pensamento administrativo.
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Por volta dos anos 1930, estudos realizados pelos pesquisadores em Hawthorne
revelaram que o aumento da produtividade não decorria da redução da fadiga humana,
mas sim da percepção de as pessoas se sentirem valorizadas e prestigiadas em face das
suas contribuições. Em suma, a pesquisa evidenciou a influência dos relacionamentos
interpessoais e processos informais para a melhoria do desempenho do indivíduo. É nesse
contexto que os autores destacam a relevância dos papéis de Facilitador e Mentor.
Tomando como exemplo os papéis que comentamos até então, o gestor exerce
simultaneamente os papéis de Produtor, Diretor, Facilitador e Mentor. Enquanto os
primeiros (Produtor e Diretor) apresentam uma orientação para tarefas bem-definidas e
metas racionais, os segundos (Facilitador e Mentor) enfatizam os relacionamentos. O
mesmo ocorre com os papéis a serem apresentados a seguir - Monitor e Coordenador,
comparados com os de Negociador e Inovador.
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Sem dúvida, há um quadro de valores que emoldura cada papel, o que contribui
para a geração de tensões e complementaridades.
Afinal, liderança gerencial, como uma moeda, tem duas faces: a técnica e a
social. As organizações mais competitivas estão demandando de suas lideranças gerenciais
o desempenho efetivos das duas dimensões.
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Capítulo quatro
Referências bibliográficas
HACKMAN, R. e OLDHAM, G.R. Development of the job diagnostic survey. Journal of Applied
Psychology, 1975.
HACKMAN,R. e OLDHAM,G.R. Development of the Job Diagnostic Survey. Journal of Applied
Psychology, 1975. American Psychological Association e autores.
KAPLAN,R.S. e NORTON, D.P. The Balanced Scorecard: translating strategy into action. Boston:
Harvard Business School Press, 1996.
MORGAN, G. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996.
PAIN et al – Gestão de processos: pensar, agir e aprender. São Paulo: Bookman, 2009.
QUINN,R,E.;FAERMAN.S.R.;THOMPSON.M.P.; MCGRATH,M.Competência Gerenciais: princípios e
aplicações. Campus. Rio de Janeiro.2003
SILVA, R.F.L. e-RH em um ambiente global e multicultural. Brasília: Senac, 2009.
ZARIFIAN,P. Objetivo competência: por uma nova lógica .São Paulo:Atlas, 2001.
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Capítulo cinco
O processo Captação
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O segundo refere-se à contratação das pessoas certas, quer dizer, com perfis de
competência alinhados às demandas do negócio.
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Comunica
Divulga
Atrai
Seleção de recursos é a escolha da pessoa certa para o cargo certo, ou seja, a escolha,
entre os candidatos recrutados, dos mais adequados aos cargos existentes, com o
objetivo de manter ou aumentar tanto a produtividade quanto os resultados (Ribeiro,
2005, p.52)
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Ainda, queremos chamar a sua atenção para outra questão relevante dessa
etapa: os impactos da relação entre ambos os mercados nas práticas de RH (Quadro 11).
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Transferências
Promoções
Promoções com transferências
Programas de desenvolvimento de pessoal
Plano de carreira
5.2.3 Vantagens e desvantagens do recrutamento externo
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Internet Facilidade da obtenção de currículos Resistência por parte das empresas e, inclusive,
enviados aos sites específicos headhunters, por ser considerado um processo
Pluralidade de qualquer tipo de mecânico
emprego, em qualquer lugar, para Perda de talentos devido à ausência de intimidade
qualquer tipo de profissional com a internet por parte de profissionais de meia-
idade
Medo do envio de currículo para sites em face da
descrença no sigilo
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Fonte: Jornal O Globo, Classificados, Caderno Boa Chance, 13/01/2013.
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versus
X Y
Organização Candidato
Outro aspecto que merece atenção. A Área de RH não pode impor à liderança
gerencial a aceitação dos candidatos aprovados no processo. Ela deve atuar como
consultora interna. A decisão da aceitação ou não caberá à liderança, apoiada pela área de
RH. O Quadro 13 sugere uma possibilidade para a realização do processo seletivo.
Você deve ter observado que ora falamos em cargo, ora falamos em
competências. Afinal, nem todas as organizações se encontram no mesmo momento do
processo de transição do modelo cargo para o de competência. Um fato, porém é
inquestionável: a evolução do processo seletivo deslocou o foco do cargo para as
competências, à semelhança dos demais processos de gestão de pessoas.
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Análise de currículos Útil para iniciar a obtenção de informações sobre o candidato, apesar da sua
incapacidade de proporcionar uma visão geral a seu respeito.
Testes práticos Indicados para avaliação das habilidades específicas, sobretudo as relativas
aos cargos de natureza operacional.
Ferramentas eletrônicas A automação desse processo trouxe várias contribuições, entre outras a
de seleção diminuição do tempo despendido na escolha do candidato .
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Inclua perguntas abertas sobre o Fique atento para esclarecer pontos obscuros
passado do candidado e as Respeite o silêncio do candidato
expectativas de futuro
Demonstre que você está ouvindo com atenção
Procure saber interesses
profissionais e hobbies do Avalie o que ouvir sem preconceitos
candidato Controle a entrevista mantendo o foco nos temas
necessários de serem abordados
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•Resultados insatisfatórios
REJEIÇÃO
Provas e testes de seleção
Como você já deve ter percebido, erros no processo seletivo podem dificultar e,
até mesmo, impedir o alcance de resultados previstos. Logo, algumas recomendações, tais
como as que se seguem, devem ser foco da atenção dos envolvidos na escolha dos
candidatos a serem admitidos (GIL, 2011):
As realizações dos candidatos devem ser mais valorizadas do que as suas credenciais;
Preconceitos ou vieses estimulam disfunções perceptuais;
Candidatos fortes ameaçam gerentes fracos;
Candidatos superqualificados podem se sentir desmotivados no trabalho.
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Exemplos usuais
Medidas de critério global Medidas de critério orientado Medidas de critério orientado para o
para o recrutador recrutamento
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Capítulo cinco
Referências bibliográficas
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Capítulo seis
O Processo Desenvolvimento
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Por essa razão, o foco deste capítulo reside nos investimentos destinados à
construção de ambientes de aprendizagem para assegurar o desenvolvimento contínuo.
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Mas, a mudança de paradigma não ocorre por acaso. Ela exige a ampliação da
consciência, sobretudo quanto ao novo papel da função RH e da área de RH. Assim, em
última instância, podemos afirmar que, na atualidade, o foco da intervenção da área de RH
visando à promoção da aprendizagem organizacional deve ser o elemento humano. Afinal,
quem apreende novos conhecimentos desenvolve novas habilidades e decide se quer ou
não mudar atitudes é o indivíduo. Por essa razão o capital humano é entendido como uma
das principais fontes de vantagem competitiva.
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Recordando, a lógica de gestão flexível designou à função RH, por meio da Área
de RH, o exercício do papel denominado Parceira Estratégica do Negócio. Ou, como diriam
alguns, Business Partner. Especificamente, o que significa isso?
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1.1 POLITICA: Construir perfis de competências gerenciais necessários à gestão do negócio, dos
processos e das pessoas, no período 2013 - 2015
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Um processo pelo qual uma organização usa sua habilidade coletiva para
compreender e para responder a seu entorno. Inclui a interpretação coletiva de toda
informação disponível na organização e as ações baseadas nessa interpretação.
Aprendizagem organizacional é mais do que a soma do conhecimento de todos os
empregados. (DIXON, 1995 apud SILVA, 2009, pág.301)
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•Competências •Competências
individuais individuais se
•Estratégicas, propiciam explicitam no
Competências individuais
Estratégias
Entregas
Competências organizacionais
Mas não esqueça: inexiste um único caminho para modelar um processo para o
desenvolvimento contínuo dos perfis de competências. Acreditamos que os processos da
cadeia de valor Gestão de Pessoas devem favorecer a concretização da visão, a execução
das estratégias e a adaptação da organização às contínuas mudanças do contexto
corporativo, naturalmente, cada um deles desempenhando o seu papel específico.
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Diante disso, uma questão se impõe de imediato: Quais decisões de T&D são
capazes de fortalecer o papel da parceria estratégica da função RH com o negócio?
Fase 1
Definição de Políticas de T&D
Fase 2
Estruturação de Programas, Projetos e
Ações de T&D
Nesta publicação, condensada, nosso intuito é ilustrar (ver Quadro 21) como
estratégias empresariais se desdobram em políticas que, por sua vez, norteiam programas
que se viabilizam por meio de projetos, concretizados a partir do desencadeamento de
ações de T&D. Trata-se de uma condição necessária à obtenção de ganhos de eficácia e
efetividade organizacionais.
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A Etapa 2 12 destina-se aos desenhos dos programas, dos projetos e das ações de
treinamento e desenvolvimento para a consecução dos seguintes propósitos:
recursos
recursos
Objetivos
Objetivos
Figura 25 - Projeto
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Alguns autores denominam esta Etapa de Programação.
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1.1 POLITICA: Construir perfis de competências gerenciais necessários à gestão do negócio, dos processos e
das pessoas, no período 2013 - 2015
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Tudo leva a crer que o século XXI assistirá a uma revolução sem precedentes no
campo das organizações. As megatendências sinalizam que a gestão do conhecimento
assume uma importância crescente na sustentação da vantagem competitiva.
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Referências bibliográficas
CHARAM, R. Pipeline da liderança: como criar e gerir uma empresa lider. 2å reimpressão. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
KAPLAN,R.S. e NORTON, D.P. The Balanced Scorecard: translating strategy into action. Boston:
Harvard Business School Press,1996.
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