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DIVISÃO DA AGRICULTURA
4O ANO
LICENCIATURA EM BIOTECNOLOGIA
MODULO: BIOPROSPECÇÃO EM BIOTECNOLOGIA
TEMA
Discentes
Elisa José Simango
Ester António Mozangar
Wilma Miguel Nhamuave
Introdução..........................................................................................................................3
Objetivos............................................................................................................................4
Metodologias.....................................................................................................................4
Revisão Bibliográfica........................................................................................................5
Leveduras killer.................................................................................................................5
Atividade killer..................................................................................................................6
Biotipagem........................................................................................................................6
Material e Método...........................................................................................................10
RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................12
Conclusão........................................................................................................................14
Referencia Bibliográfica..................................................................................................15
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Capitulo I: Introdução
Introdução
A bioprospecção de leveduras killer (assassinas) ganhou uma atenção significativa nos
últimos anos devido à sua potencial aplicação na biotipagem de microrganismos
patogênicos humanos.
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Objetivos
Objetivos Geral
Objetivos específicos
Metodologias
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de natureza exploratória e descritiva,
realizado através levantamentos de artigos e revisões em língua inglesa e portuguesa. As
bases de dados utilizadas para o devido trabalho foram: Scielo, Google Acadêmico nos
quais foram os artigos publicados nos últimos 10 anos, em teses e dissertações nos sites:
Google académico, Scielo, ScienceDirect e PubMED foram utilizados os seguintes
indicadores: Em português: Leveduras killer, Biotipagem de microrganismos
patogénicos em humanos, Em Inglês: Killer yeasts, Biotyping of pathogenic
microorganisms in humans, bioprospecting of killer yeasts.
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Leveduras killer
Toxinas killer ou proteínas killer são substâncias proteicas secretadas por algumas cepas
de leveduras que tem efeitos letais sobre outros fungos e uma variedade de bactérias. As
leveduras que produzem essas toxinas são conhecidas como leveduras killer que são
imunes à ação das suas próprias toxinas, mas podem ser sensíveis às proteínas killer
produzidas por outros organismos (POLONELLI et al., 1983).
Quando as células killer e sensíveis crescem juntas no mesmo meio de cultura, uma alta
proporção destas últimas é morta. Células neutras não matam células sensíveis nem são
mortas por células killer. A morte pode ocorrer sem contato celular entre células
assassinas e células sensíveis oxigênio (WOODS, BEVAN, 1968). O agente liberado
pelas células assassinas que causa a morte das células sensíveis foi chamado de 'fator
killer. Os estudos realizado por Woods & Bevan (1988), mostram que se trata de uma
substância proteica com um espectro de ação altamente específico, dependente de
condições específicas de pH, temperatura e aeração. A ação do fator assassino
assemelha-se à das bacteriocinas que não causam lise dos organismos sensíveis e cuja
ação é, portanto, bactericida, não bacteriolítica.
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Cryptococcus, Debaryomyces, Hanseniaspora, Kluyveromyces, Pichia, Sporidiobolus,
Tilletiopsis e Zygosaccharomyces (MARQUINA; SANTOS; PEINADO, 2002).
Atividade killer
A atividade killer, de acordo com Somers, Bevan (1969), corresponde á produção de
proteínas de baixo peso molecular que são letais às leveduras sensíveis. Suas toxinas
killer possuem massa molecular que varia de 18 a 300 kDa (Quilodaltons), dependendo
da espécie de levedura.
Biotipagem
A biotipagem de microrganismos patogénicos humanos é uma ferramenta importante no
diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas. Ao identificar a estirpe específica de
um agente patogénico causador de uma infeção, os profissionais de saúde podem
escolher as opções de tratamento mais eficazes (BUZZINI et al., 2007). No entanto, os
métodos tradicionais de biotipagem podem ser demorados e dispendiosos. As leveduras
assassinas oferecem uma solução potencial para este problema (BUZZINI et al., 2007).
Ao utilizar os compostos antimicrobianos produzidos pelas leveduras assassinas, os
investigadores podem identificar rápida e facilmente a susceptibilidade de diferentes
estirpes de microrganismos patogénicos humanos. Isso pode ajudar a simplificar o
processo de biotipagem e melhorar a precisão do diagnóstico e do tratamento (BUZZINI
et al., 2007).
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microrganismos de importância clínica em laboratórios com poucos recursos
tecnológicos (BUZZINI et al., 2007). O primeiro uso de leveduras killer para
discriminação inter ou intraespecífica de microrganismos foi descrito para isolados de
Candida albicans, demonstrando ser uma ferramenta epidemiológica de grande valor na
identificação de casos presuntivos de infeções hospitalares (POLONELLI et al., 1983;
BUZZINI et al., 2007).
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em soluções tamponadas pode resultar no tratamento efetivo de infeções de pele e
membrana mucosas por leveduras patogênicas. As toxinas killer não podem ser
diretamente utilizadas como antibióticos sistêmicos porque induzem uma forte resposta
imunológica, o que é uma característica de certa forma já esperada por se tratar de
grandes proteínas exógenas (MAGLIANI et al., 1997). Entretanto, em muitos trabalhos
já foi possível obter anticorpos e antibióticos anti-idiotípicos, sintéticos ou naturais, que
exercem as mesmas atividades antimicrobianas das toxinas killer correspondentes, como
também vacinas idiotípicas, capazes de desempenhar um importante papel preventivo e
terapêutico (MAGLIANI et al., 2001, 2004, 2005; POLONELLI et al., 2003; FIORI et
al., 2006). POLONELI et al. (1991) produziram estes anticorpos, os quais
aparentemente compartilhavam o sítio ativo da toxina de Pichia anomala e que
mimetizaram, in vitro, o efeito killer da toxina secretada contra C. albicans.
A toxina de 10.721 kDa, produzida por W. mrakii age inibindo seletivamente a síntese
de ß-glicano na parede celular de leveduras susceptíveis através de um mecanismo
similar ao de antibióticos antifúngicos como Aculeacina A, Echinocandina B e
Papulocandina B (YAMAMOTO et al., 1986). Estes agentes também inibem a
atividade in vitro da enzima ß-1,3-glicano sintetase de leveduras (YAMAGUCHI et al.,
1982). Esta inibição geralmente causa um enorme desequilíbrio estrutural e osmótico na
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célula da levedura, o que fatalmente resulta em morte. Ambas as formas morfológicas
dos fungos podem ser susceptíveis à mesma toxina killer (POLONELLI et al., 1989).
Isto sugere que esta aparente uniformidade de susceptibilidade implica na existência de
receptores de parede celular comuns durante os eventos celulares e moleculares que
acompanham as variações morfológicas em fungos dimórficos e afetam a
susceptibilidade a antibióticos (BETANCOURT et al., 1985).
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CAPITULO III: ESTUDO DE CASO
TEMA
BIOPROSPECÇÃO DE LEVEDURAS KILLER COM POTENCIAL PARA
HUMANOS
Objetivos do Estudo
Este estudo teve como objetivo geral realizar bioprospecção de leveduras killer com
Material e Método
Prospecção das leveduras killer
Culturas de leveduras
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cepas foram consideradas micocinogênicas quando o crescimento esteve envolto por
uma zona de inibição do microrganismo sensível, onde não ocorre o crescimento da
cepa sensível, e uma zona azul adjacente à zona de inibição, indicando morte celular. O
indicador da atividade micocinogênica é a zona azul de células mortas envolvendo a
zona de inibição. A zona de inibição foi mensurada, através de uma régua milimetrada,
para cada cepa sensível.
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1000 (Amersham Biosciences). As sequências foram obtidas usando o programa
phred/phrap/consed (http://www.phrap.org) e analisadas no programa BLAST
Nucleotide-nucleotide BLAST (blastn) (Altschul et al. 1997), disponível no site
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/BLAST/. O alinhamento das sequências de DNA foi
obtida através do programa CLUSTAL X (Thompson et al., 1997). As árvores
filogenéticas foram construídas pela análise Neighbour-Joining utilizando o programa
MEGA, version 3.0 (Kumar et al., 2001).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Prospecção das leveduras killer.
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Figura 1: A figura apresenta os halos típicos de inibição observados nos testes de
triagem em Ágar YM-MB para a detecção do fenótipo killer.
* Leveduras que apresentaram atividade killer contra ao menos uma das duas.
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Conclusão
As leveduras e toxinas killer apresentam uma grande potencialidade biotecnológica,
podendo ser exploradas em diversos setores de aplicação, principalmente na medicina,
na biotipagem de microrganismos patogénicos também é aplicado no controle contra
leveduras contaminantes de processos fermentativos, e taxonomia. Pelo fato das
leveduras killer serem mais predominantes em habitats naturais, uma nova perspectiva é
a exploração de novos nichos e, principalmente, ambientes ainda não estudados, pois
estes contribuirão para o conhecimento da diversidade e possibilitarão novas aplicações
do sistema killer.
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