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PEDIDO DE FALÊNCIA

REQUISITOS PARA A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA

- IMPONTUALIDADE – impontualidade injustificada deve se referir a uma obrigação líquida.


“Líquida” entende-se a obrigação representada por um título executivo judicial ou extrajudicial.

Entretanto se a obrigação já estiver prescrita, for inexistente ou nula, o seu


inadimplemento não importará na caracterização da impontualidade ensejadora da falência. A lei
de falência, no artigo 96 sugere as hipóteses de impontualidade justificada.

A prova de impontualidade é o protesto do título.

Mesmo que o título não esteja sujeito a protesto cambial, como uma sentença judicial a
certidão da dívida ativa etc deverá ser protestado.

A Lei Federal n.º 9.492/97, que define a competência, regulamenta os serviços


concernentes ao protesto de títulos e outros documentos de dívida, no seu artigo 1º, autoriza o
protesto de qualquer documento representativo de débito. Desta forma, é possível o protesto de
sentença judicial.

Com efeito, o art. 1º da Lei n. 9.492/97 é bastante esclarecedor: "protesto é o ato formal
e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em
títulos e outros documentos de dívida".1

Só é considerada impontualidade injustificada para fins de falência se o valor em atraso


for de pelo menos 40 salários mínimos, caso contrário não poderá pedir falência por
inadimplemento.

- FRUSTRAÇÃO DE EXECUÇÃO – trata-se da inexistência de pagamento, depósito ou


nomeação de bens à penhora por parte do empresário, quando ele é executado por algum
credor. Nesse caso, o credor munido da certidão judicial pode ingressar com o pedido de falência

http://www.notariado.org.br/index.php?pG=X19leGliZV9ub3RpY2lhcw==&in=MzQyOQ==&filtro=9&
Data=
contra o devedor, salientando que nesse caso não há necessidade de precisa protesto da
sentença, bem como pode ter valor inferior a 40 salários mínimos.

- ATOS DE FALÊNCIA

São todos aqueles comportamentos que, demonstrem a insolvência como estado patrimonial do
devedor empresário. Tem-se como hipóteses desses atos:

- Liquidação precipitada, promove de forma abrupta a liquidação de negocío

- Negócio simulado

- Alienação irregular de estabelecimento

- Simulação de transferência de estabelecimento

- Garantia real – dá garantia real em favor de um credor que ocorra depois da constituição do
crédito, não é ato de falência se a garantia for concomitante a constituição do crédito.

- Abandono do estabelecimento empresarial.

- Descumprimento do plano de recuperação judicial.

CRÉDITOS QUE NÃO PODEM SER RECLAMADOS NA FALÊNCIA

Não podem ser reclamadas na falência as obrigações a título gratuito, as prestações alimentícias
e as despesas que os credores individualmente fizeram para tornar-se parte na falência, salvo
custas judiciais (art. 23, parágrafo único, I e II, LF antiga lei de falência).2

AUTOFALÊNCIA – art. 105 da LFRE

Consiste na obrigação de o devedor empresário que se encontre em crise economco-


financeira requerer a sua própria falência, caso entenda que não satisfaz os requisitos para o
pedido de recuperação judicial.

Nesse caso, o devedor na petição inicial demonstrará quais são as razões da impossibilidade de
prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas de alguns documentos como
demonstrações contábeis dos últimos três meses de exercício social; relação nominal de
credores (indicando o endereço, a importância, natureza e classificação dos respectivos créditos;
relação dos bens e direito que compõe o ativo; prova de condição de empresário ou EIRELI e se
sociedade empresária o contrato social ou estatuto em vigor; livros obrigatórios e documentos
exigidos pela lei.

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http://www.coladaweb.com/administracao/falencia

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