Hab. Prof.

II. Patrícia Maia Guidini -

Fisiologia
2º Período

Geral

❏ AULA 1 - Dia 13/08/21

 Fisiologia Geral
● Homeostase: equilíbrio das funções
vitais. Condições de vida constantes no
ambiente interno. → EX: Rins no processo de
manutenção da concentração sanguínea,
glândulas endócrinas, excreção de substâncias
(intestino) tanto endógenas quanto exógenas,
metabolização de substâncias (fígado).
● Origem das moléculas:
- Sistema respiratório, trato intestinal →
captação de moléculas/ alimentação.
- Fígado → papel metabólico e excretor.
- Sistema músculo-esquelético → diminuem a quantidade de água, como a idade,
movimento, captação de alimentos.
● Remoção dos produtos finais do
metabolismo:
- Pulmões: eliminação de Co2,
consequentemente, manutenção do PH.
- Fígado e rins: filtração do sangue,
metabolização de toxinas, etc.
● Regulação das funções corporais:
- Sistema nervoso e sistema endócrino.
- Exemplos de controle: Termorregulação,
controle da produção hormonal, controle da
volemia (volume sanguíneo), controle metabólico
(ex: glicose, gordura), controle de FC, FR, PA
(frequência cardíaca, frequência respiratória,
pressão arterial).
➢ Tipos de Feedback (retroalimentação):
- Feedback Negativo: O sistema responde
de modo a reverter a direção da mudança.
Queda de temperatura externa, ajustes para
manter a temperatura corporal. Ex: associação
entre TSH, tiroxina, hipófise e hipotálamo.
- Feedback Positivo: a resposta amplifica a
mudança da variável. Não acontece
normalmente, está relacionado à necessidade
específica, um objetivo a ser alcançado (resulta
em instabilidade). EX: parto, coagulação,
ovulação, geração de impulsos nervosos. Na
ovulação, aumento de hormônio estimula sua
maior produção para estimular a ovulação,
GnRH > LH e FSH, quanto mais LH mais se
aumenta a produção de GnRH, isso até um pico
de LH que culmina na ovulação.
- Controle Adaptativo: feedback negativo
retardado. Comum no sistema nervoso central. Ex:
plasticidade dos neurônios.
Transporte de Membrana
Água:
- Nós temos cerca de 70% de água no
organismo humano, com isso nós vamos ter
algumas estratégias para diminuir ou aumentar
esse volume, nós temos alguns fatores que
pois ocorre uma diminuição do metabolismo além
de ocorrer o envelhecimento com perda de massa
muscular.
➢ Líquidos corporais:
- Líquido intracelular: que está dentro da
célula, de 30 a 40% do total de líquido corpóreo
- Líquido extracelular: que está fora da
célula, até 20%, é o conjunto do líquido presente
no compartimento intersticial e no plasmático.
- Intersticial: é o líquido que está entre as
células aproximadamente 16%
- Plasmático: que está dentro dos vasos
sanguíneos, em torno de 4%
- Transcelular: em torno de 2%, esse
compartimento foi descrito na literatura por outro
autor, que é a representação do líquido presente
dentro das articulações sinoviais do corpo.
Quando a substância está ligada a uma proteína
ela não é permeável às membranas devido ao
tamanho da proteína, o que a torna incapaz de
atravessar a membrana
➢ Permeabilidade:
- Nós temos uma permeabilidade seletiva da
membrana, algumas moléculas são mais
permeáveis que as outras, e quanto menor o peso
molecular maior será a sua permeabilidade.
Precisamos lembrar que ser permeável pode ser
atravessar a membrana diretamente ou usando
algum transportador ou não.
- O aporte sanguíneo para determinado
órgão é influenciado pela capacidade de perfusão
do órgão, sendo os rins os órgãos que recebem a
maior perfusão.
➢ Pressões que interferem no movimento do
líquido através da membrana capilar:
- Pressão capilar (Pc): Pressão do sangue
querendo sair do vaso sanguíneo (de dentro para
fora).

- Pressão do líquido intersticial (Pli): Pressão

do líquido querendo entrar no vaso sanguíneo (de
fora para dentro).

- Pressão coloidosmótica plasmática (Pcp):

É a pressão exercida pelas proteínas no
compartimento do plasma sanguíneo, é uma
proteína que está dentro do vaso que puxa o
líquido de fora do vaso sanguíneo para dentro,
variando de acordo com a concentração de
proteínas dentro dele.
- Pressão coloidosmótica do líquido
intersticial (Pcli): é a pressão exercida pelas
proteínas no compartimento do líquido intersticial,
as proteínas externas ao vaso sanguíneo tentam
levar a água de dentro do vaso para fora. Tende a
puxar o líquido para o meio intersticial, devido à
concentração de proteínas ela pode ser ↑ ou ↓ (de
dentro para fora).
➢ Quais fatores podem influenciar a
permeabilidade da membrana plasmática?
- O peso e a dimensão molecular da
molécula que está sendo difundida, moléculas
grandes têm dificuldade de atravessar a
membrana. A capacidade de perfusão do órgão. A
lipossolubilidade, quanto mais lipossolúvel mais
permeável a molécula. E seu estado de ionização
(partículas com carga), moléculas portadoras de
carga (polarizadas) têm mais dificuldade de
atravessar a membrana. Afinidade com proteínas
plasmáticas, quanto menor a afinidade, mais
permeável a molécula à membrana. E quando ela
está ligada a uma proteína ela não consegue
atravessar a membrana devido o tamanho da
molécula (Fração livre x Fração ligada:
porcentagem de moléculas livres x a porcentagem
de moléculas ligadas).

- A resultante dessas pressões tem que

tender para a manutenção da maior parte do
líquido dentro do vaso em situações normais.
- Pressão capilar + pressão intersticial =
pressão hidrostática ou de filtração.
→ Disfunções entre as pressões de entrada e
saída de sangue do vaso sanguíneo, devido a
alguma infecção ou patologia, podem levar a
Edemas.
➢ Edema:
- O edema ocorre quando há um
desequilíbrio entre as pressões e sai muito líquido
dos capilares, tendo excesso de líquido nos
tecidos corporais. No edema intracelular a célula
recebe pouca nutrição e a bomba de sódio e
potássio entra em colapso, assim, entra sódio e
água junto, causando inchaço. Já no edema
extracelular ocorre uma falha no sistema linfático
(este retira proteína do líquido intersticial, então
para de funcionar, fica a proteína, aumentando a
água).
➢ Nas membranas plasmáticas:
- Proteínas integrais: são as proteínas que
atravessam as membranas de um lado ao outro,
como por exemplo os canais iônicos e proteínas
transportadoras.
- Proteínas periféricas: são proteínas
ligadas a parte externa da membrana, e elas não
atravessam a membrana, sua ligação à membrana
ocorre por meio de ligações iônicas fracas.
➢ Transporte de substância – vias
Transcelulares e Paracelular:
- Transcelular ou Transmembrana: através
da membrana da célula, passivo ou facilitado.
- Paracelular: entre as células. Considerar a
tensão das junções intercelulares, ou seja, o quão
próximas as células estão. Mais separadas será
mais fácil a passagem.

➢ Transferência através de membranas
biológicas:
- Difusão direta: ocorrendo por meio de
variação do gradiente de concentração, passando
substâncias do meio de maior concentração para
o meio de menor concentração.
- Aquaporinas: é presente em regiões que
absorvem muita água, como na região dos rins,
elas são muito pequenas, e com o fluxo de água
faz com que íons também atravessem, e outras
substâncias bem pequenas.
- Moléculas transportadoras: proteínas
integrais de membrana que realizam o transporte
de um lado para o outro.
- Pinocitose: ela engloba muito líquido e
substâncias pequenas
Diferença entre pinocitose e fagocitose: O
tamanho do que é englobado, quando são
substâncias maiores são fagocitadas, e quando
são moléculas menores sendo englobadas é
pinocitose.
➢ Transporte Transmembrana:
- Passivo: sem gasto de energia,
normalmente está associado a variação de
concentração do gradiente, indo do local de menor
concentração para o de maior concentração.
- Ativo: acoplado a uma fonte de energia,
como o ATP, por exemplo, sempre que houver
gasto de energia é uma forma ativa de transporte
- Difusão passiva: Ela é não saturável, pois
não ultrapassa o equilíbrio e como não há uso de
proteína nós não temos o saturamento pois temos
um número x de proteínas o que limita a
capacidade de transporte, nesse meio de
transporte as moléculas se movem do local de
maior concentração para o de menor
concentração, e não ocorre gasto de energia.
• Saturação do transporte: Está associada a
quantidade de proteínas disponíveis para realizar
o transporte de moléculas, quando precisamos de
proteínas vamos dizer que essa reação é
saturável, pois temos um limite máximo de
proteínas disponíveis na membrana celular para
realizar o transporte. Quando não precisamos de
proteínas vamos dizer que é não saturável.
- Difusão facilitada: Ela é saturável, sempre
é a favor de um gradiente de concentração, ou
seja, passa a molécula de onde tem mais para
onde tem menos, e não ocorre gasto de energia.
- Transporte ativo: Envolve proteína
transportadora, normalmente proteínas integrais,
gasta energia em forma de ATP, ela é seletiva,
transportando apenas o que ela tem afinidade, ela
vai contra o gradiente de concentração.
• Transporte Ativo primário: derivado diretamente
da degradação de ATP ou outro composto
fosfatado. Como por exemplo as bombas de
sódio.
• Transporte Ativo Secundário: utiliza a energia
armazenada sob a forma de diferenças de
concentração iônicas entre as duas faces da
membrana, exemplo o transporte de glicose. Ele
utiliza a energia de um transportador que traz do
lado com mais substância para o lado que tem
menos, transportando uma substância que
também tem afinidade, mas é maior e está contra
o gradiente.
- O que difere o transporte primário e
secundário é o tipo de energia utilizada.
- Bomba de Sódio-Potássio: É transporte
ativo primário, já que transporta potássio e sódio,
ambos contrários ao gradiente de concentração,
com gasto de ATP. Ela é conhecida como uma
bomba eletrogênica, pois como o sódio possui
carga isso faz com que uma diferença de potencial
seja criado, e leva a um transporte desigual de
cargas, 2 k+ para dentro e 3 Na+ para fora, o que
gera essa diferença de potencial. Sendo que esse
transportador está relacionado à despolarização
da célula e leva a sua atividade, relacionada a
restabelecer o potencial de repouso. Ela joga o
sódio Na+ para fora, e coloca mais potássio para
dentro da célula.

➢ Tipos de transporte:
- Simporte: quando é transportado em uma
mesma direção, por exemplo, duas substâncias
estão indo de fora para dentro, uma levando a
outra, sendo assim um simporte.
- Antiporte ou Contra-transporte: quando
é transportado em uma direção contrária.
➢ Volume celular:
- Osmolaridade: é a quantidade
partículas dissolvidas em solvente.
• Hipotônico: a célula vai absorver água, pois o
meio externo apresenta menos soluto que
solvente (estoura).
• Hipertônico: o meio externo apresenta mais
soluto, com isso a célula perde volume pois a
água sai da célula (murcha).
• Isotônico: a água transita livremente e a célula
permanece do mesmo tamanho pois ela apresenta
a mesma quantidade de soluto e de solvente.
(Equilíbrio)
➢
➢
➢
➢
➢
➢
➢
➢ Barreira Hematoencefálica (BHE): as
células do endotélio do capilar da barreira
encefálica são desprovidas de poros, células
muito justapostas, além dos pés dos astrócitos
que acabam por fechar ainda mais a barreira. O
que torna o transporte entre as células, nulo ou
pequeno.
➢ A condição de permeabilidade das
membranas é dinâmica, durante um processo
inflamatório, por exemplo, a membrana se torna
mais permeável, também no caso do aumento da
pressão arterial e crises epiléticas que acabam por
causar esse aumento de pressão.
de
Mecanismos Gerais de Sinalização
Celular
- Excitabilidade celular: célula que é ativada
por um processo de sinalização, ou seja, recebe
um estímulo e realiza uma ação.
➢ Neurônios: Usam como mecanismo de
sinalização a potência de ação, que é uma
atividade neural, e esse potencial de ação é
desencadeado por algum estímulo. Essa
sinalização é realizada por íons e suas diferenças
de sinais iônicos.
- Os estímulos que são excitatórios ativam a
célula, e os estímulos inibitórios inibem as células,
levando ao potencial de repouso.
- O sentido de condução é: dendritos →
corpo celular → axônio
- Quanto mais canais de sódio numa região
mais excitável ela é, logo, quanto mais próximo
dessa região for o estímulo melhor a propagação
desse. Região com grande concentração de
canais de sódio: cone de implantação.
- Assim, como o axônio tem mais canais de
sódio e nos dendritos existem mais canais de
potássio e cloreto (potássio tende a sair e o
cloreto a entrar na célula, seguindo o gradiente de
concentração). Se o estímulo está indo rumo aos
dendritos ou corpo ele se perde, pois esse
movimento de potássio e cloreto na abertura dos
canais tende a restabelecer o potencial de
repouso, por isso esses estímulos não são
efetivos. O estímulo vir via dendrito também não é
totalmente efetivo, se chegar próximo ao cone de
implantação a propagação é maior. Por isso,
tem-se o estímulo como unidirecional.
- Obs: os canais de cálcio estão
concentrados nos terminais pré-sinápticos, pois
estão relacionados a cascata de liberação de
substâncias químicas.
➢ Eletroencefalograma: medida da
atividade neural.
- O sistema nervoso central trabalha de uma
forma assíncrona, diversas regiões (circuitos)
trabalhando envolvidas em funções diferentes, o
que gera frequências diferentes e não
sincronizadas, o que gera o eletroencefalograma.
- Obs: uma sincronia geraria um ataque
epiléptico.
- Já no coração as fibras que despolarizam
para gerar a atividade elétrica do órgão, e a parte
muscular (mecânica) que serve para a ejeção de
sangue, agem de forma sincronizada. Contração
simultânea.
➢ Constituintes do Meio Interno:
- Sódio está em maior concentração no
meio extra celular.
- Potássio está em maior concentração no
meio intra do que no meio extra.
- Cálcio está em maior concentração no
meio extracelular do que no intra, e sua entrada
está relacionada à liberação de substâncias
químicas que fazem parte do processo de
sinalização.
➢ Revisando conceitos básicos de
eletricidade:
- Diferença de potencial (ddp): há um
potencial negativo de 70mV no interior da célula
em relação ao meio externo, e fora tem-se por
convenção o potencial = 0 mV. Quando falamos
da célula estamos falando sobre os lados da
célula, o externo e o interno. Contudo, os valores
de DDP variam até entre tipos de neurônio, e
quanto maior a negatividade no interior do
neurônio mais difícil entrar em atividade.
- A diferença de potencial eletroquímico é
ditada pela Diferença de Potencial elétrico em
(mV) e pela Diferença de Concentração química.
- Quando o fluxo resultante = 0, está numa
situação de equilíbrio, com fluxo de íons em
velocidade constante e sem resultante.
● Equilíbrio de Nernst: A diferença de
potencial de um íon através da membrana deve
ser igual ao potencial de equilíbrio desse íon. Leva
em consideração diversas constantes como
concentração interna e externa de um certo íon.
Descobriu-se que quando o sódio Na+ está em
equilíbrio na célula, estabelece-se um potencial
elétrico de 68 mV positivos em relação ao meio
externo. E em relação ao potássio, estabelece-se
um potencial elétrico de -91,83 mV. Esse
resultado era esperado, pois o sódio se associa
com o potencial de ação neuronal o qual é
atingido com um potencial de membrana positivo,
e o potássio está relacionado a um potencial de
repouso neuronal o qual é atingido com um valor
negativo dentro da membrana neuronal.
● Equação de Goldman-Hodgkin-Katz: mais
realística pois envolve o equilíbrio de múltiplos
íons através da membrana.
● Equação de Gibbs-Donnan: leva em
consideração além da concentração de íons, a
presença de proteínas impermeáveis na
membrana. Ex: se no interior da célula existe uma
grande concentração de proteínas com carga
negativa, esse negativo vai repelir cargas
negativas/ atrair cargas positivas, interferindo no
equilíbrio final.
➢ Canais iônicos:
- São canais sensíveis a diferentes
estímulos, sendo eles proteínas integrais de
membrana, podendo eles serem sensíveis a
estímulos elétricos, decorrentes de alterações de
potencial ou voltagem, fazendo com que ele se
abra ou se feche, temos também canais com
estímulos mecânicos, como os receptores
sensoriais do tato quando tocamos em algo ocorre
uma deformação mecânica e isso faz com que os
canais se abram, temos canais nas paredes dos
vasos sanguíneos, que percebem as alterações
de calibre do vaso, o que faz com que o receptor
seja estimulado abrindo os canais de sódio.
Temos canais que são sensíveis a estímulos
químicos, que são sensíveis a substâncias
específicas que se ligam ao canal fazendo com
que ele se abra.
- Nós temos canais que vão ser responsivos
a estímulos elétricos, mecânicos e químicos.
- Os canais têm permeabilidade seletiva,
podendo essa ser maior ou menor, podendo ser
específica para um íon ou para cátions ou ânions.
- A substância não se liga em qualquer lugar
do canal, ela se liga em um local específico
conforme a sua afinidade e isso é denominado
como sítio de ligação.
Receptor ionotrópico: eles são receptores de
membrana, são canais que atuam com receptores
de substâncias químicas, ou seja, eles são
ativados por ligantes.
➢ Propriedades bioelétricas da membrana:
- Diferentes concentrações iônicas através
da membrana, isso é o fato que permite toda a
comunicação e ativação celular.
- Permeabilidade diferente da membrana
aos diversos íons, nós não temos uma
permeabilidade livre, temos os canais iônicos que
controlam a entrada e saída por isso essa
sinalização é possível.
Quando o interior da membrana estiver negativo é
sinal de que ela está em repouso
➢ Canais iônicos ativados por ligante:
- Ele é um receptor ionotrópico, vamos ter a
ligação de uma substância química que altera a
conformação da membrana, e com isso ocorre a
abertura do canal e a passagem de Na+ para
dentro da célula a saída do K+ potássio.
➢ Canais iônicos voltagem-dependentes:
- Nós temos uma proteína que é o canal
iônico que se mantém fechado quando a
membrana está negativa em seu interior, e se
abre quando a membrana exterior está negativa,
permitindo a entrada do potássio e saída do sódio.
➢ Canais de sódio e potássio ativados por
voltagem:
- O canal de sódio tem uma comporta de
ativação (parte externa da célula / superior), e
uma comporta de inativação (parte de dentro da
célula / inferior), isso é interessante pois faz com
que o sódio tenha 3 estados funcionais, quando
ele está fechado pela comporta de fora, ou em
repouso, podemos ter as duas comportas abertas
que é o estado ativo, e quando a comporta de
dentro estiver fechado nós vamos ter um estado
inativado.
- Esse canal é uma proteína que oscila entre
esses três estados, repouso, ativo e inativo.
- Repouso: canal inferior (de inativação)
aberto e o de ativação fechado.
- Ativação: ambos os canais abertos.
- Inativação: canal de inativação fechado e
de ativação aberto.
• Período refratário absoluto do canal de sódio: é
o período de tempo em que a comporta está
fechada, podendo ter estímulos muito intensos, e
mesmo assim não se é possível reabrir a
comporta. É o período em que eu tive o
fechamento da camada de inativação da comporta
e mesmo estímulos intensos não são capazes de
reabrir a comporta. Sendo o período em que
estamos caminhando para uma hiperpolarização,
a célula começa a retornar para a negatividade.
• Período refratário relativo do canal de sódio:
trata-se também do período em que a comporta
está fechada, mas estímulos intensos são
capazes de fazer com que o canal vá do repouso
para a ativação.
➢ Canal de potássio ativado por voltagem:
- Por que os canais de sódio e potássio não
se abrem ao mesmo tempo? Os canais de sódio e
de potássio não se abrem ao mesmo tempo, pois
o canal de potássio é mais lento, ambos são
ativados pelo mesmo estímulo, mas por demorar
mais o canal de potássio demora mais tempo para
abrir, e também demora para fechar, o que faz
com que a membrana fique negativa, quando os
canais de sódio se fecham, e isso se deve a
diferença de cinética entre os canais.
- Célula em fadiga (que não consegue ser ativada
imediatamente) às vezes está relacionada a estar
no período refratário.
- OBS: canais de sódio e de potássio são ativados
ao mesmo tempo, porém o de sódio têm uma
cinética mais rápida logo é ativado mais
rapidamente/ mais ágil.
- Neurônios que estejam em um estado de
hipersensibilidade: como em uma patologia, ou
uma epilepsia, eles transitam entre esses estados
de ativação e repouso mais rapidamente, e se
utilizarmos bloqueadores de canais de sódio, ele
tem uma afinidade maior por canais de sódio que
estejam inativados, o que faz com que a droga se
ligue nesse momento e bloqueando os canais de
neurônios hiperexcitáveis, como em
anticonvulsivantes de pacientes com epilepsia.
- Existem também os que abrem canais de cloreto
para voltar ao potencial de repouso neuronal, os
que fecham canais de cálcio e os que fecham os
portões de glutamato (principal neurotransmissor
excitatório do SNC).
➢ Potencial de ação:
- Abertura dos canais de sódio, com entrada
do sódio, mas sem a abertura dos canais de
potássio devido a sua cinética lenta, acontecendo
a despolarização.
• Limiar:
- É aquele valor de potencial de membrana
em que se o estímulo for capaz de que a
membrana atinja aquele valor, não tem mais volta,
ou seja, os canais de sódio que faltam se abrem e
inicia-se o potencial de ação. Sendo uma ação
sem volta.
- Se o limiar de excitabilidade não for
atingido a célula se repolariza e não entra em
potencial de ação.
- Valor em que a alteração de voltagem na célula
leva à ocorrência de um potencial de ação (PA).
- PA da célula é tudo ou nada. TUDO: atingiu o
limiar e haverá um PA. NADA: valor do limiar não foi
atingido e não teremos PA, a célula se repolariza.
• Hiperpolarização:
- O canal de potássio continua aberto,
devido a sua cinética mais lenta, por isso a
membrana fica um pouco mais negativa do que
aquele valor original.
- As curvas amarela e verde, mostram a
permeabilidade da membrana ao sódio e ao
potássio.
- Existem alterações na condução de sódio
e potássio à medida que o interior da célula se
torna mais positivo.
- Propagação do potencial de ação é
unidirecional, devido a concentração de canais de
sódio no cone de implantação (favorecendo a
despolarização), e excesso de canais de potássio
e de cloreto nos dendritos (esse segundo fator
impossibilita essa parte da membrana de conduzir
o impulso).
➢ Restabelecendo o potencial de membrana
de REPOUSO:
- É feito por dois mecanismos, sendo um
deles a bomba de sódio e potássio, que realiza o
transporte ativo, ELA AUXILIA, MAS NÃO
RESTABELECE, o principal são a existência de
canais passivos tanto de sódio quando te
potássio, que dependendo da concentração eles
se abrem e com isso ocorre a passagem dos íons.
- Alterações na condutância de sódio e potássio à
medida que o interior da célula se torna mais
positivo.
- Devemos observar que a ativação dos
canais de potássio é mais lenta.
- Propagação do potencial de ação é
unidirecional? Ela é unidirecional, devido aos
cones de implantação que possuem uma maior
quantidade de canais de sódio, o que seria
importante para atrair o estímulo nesse sentido,
seguindo o sentido do axônio quando falamos dos
neurônios, o estímulo se for para o sentido dos
dendritos não irá ser efetivo devido a maior
quantidade de canais de potássio e de cloreto
nessa região o que repolariza a célula.
➢ Início-propagação do potencial de ação:
- Temos a abertura de um canal de sódio, e
em seguida temos a abertura de outros canais,
que vão se abrindo até que ocorra o potencial de
ação.
• Feedback positivo dos CSDVs (canais de sódio
dependentes de voltagem), é a retroalimentação:
a abertura de um canal leva a mudança da ddp o
que leva a abertura de mais canais e assim
sucessivamente. Até que todos se abram e inicie a
repolarização.
• Direção da propagação é unidirecional dendritos
> axônio até o terminal pré sináptico.
• Princípio do tudo ou nada: vencer o limiar para
gerar o potencial de ação. Estímulos que não
vencem são os sublimiares. Caso o limiar não seja
atingido a célula irá se repolarizar.
 -

➢ Transmissão de sinais em troncos

- Toda a atividade e os potenciais de ação
geram calor
nervosos:
- As células mielinizadas tornam o potencial
de ação mais eficaz, fazendo com que a
membrana realize trocas em pontos específicos
utilizando menos carga, melhorando a
transmissão e aumentando a velocidade de
transporte da informação.
- Quanto maior o calibre do axônio, maior a
velocidade de transmissão da informação.
- Na região dos Nodos de Ranvier temos
uma concentração de canais de sódio.

- A condução não é saltatória, eles

utilizam esse termo para ser mais didático, mas
como é por meio líquido e com troca de íons não
tem com ela ser saltatória.
- Todos os potenciais de ação são
- Condução “saltatória” em fibras
iguais? Não. Nós vamos ter diferentes tipos de
mielinizadas, o impulso não salta, mas sim é
potencial de ação, variando conforme o estímulo e
transmitido pelo citoplasma do axônio. Contudo
qual a célula está sendo estimulada, pois cada
ocorre de fato aumento da velocidade,
uma tem o seu limiar.
conservação da energia o que permite uma perda
iônica até 100x menor. O calibre neuronal/axonal
interfere na velocidade da transmissão do impulso,
- Ritmicidade em tecidos excitáveis: tendo variação de velocidade de 0,25 a 100m/s
neurônios marca passo, usam dos canais de em fibras neuronais.
vazamento para poder gerar rapidamente o
próximo potencial de ação. Ditam a ritmicidade
para o sistema cardiorrespiratório e
gastrointestinal.
➢ Outros íons: cálcio como regulador da
função celular:
- Muitos fármacos e mecanismos fisiológicos
operam, direta ou indiretamente, influenciando o
cálcio celular, o cálcio é muito estudado e está
envolvido no processo de apoptose, por isso as
concentrações desse íon são bem reguladas pela
célula visando manter a homeostase.
Sinapse
● Sinapse: local de contato entre dois
neurônios.
● Transmissão sináptica: é uma passagem
de informação, através da sinapse, seja uma
troca de eletrólitos, neurotransmissores.
- Cálcio na Sinapse: O cálcio é muito
importante pois ele que vai mobilizar as
proteínas do citoesqueleto, que fazem com que
as vesículas de neurotransmissores sejam
direcionadas a membrana trans sináptica para
liberar os neurotransmissores na fenda sináptica.
➢ Os receptores:
- Os neurotransmissores vão se ligar aos
receptores da membrana pós-sináptica que
desencadeará uma reação, podendo essa ser
diferente conforme o receptor e o
neurotransmissor liberado.
● Sinapse química:
- A sinapse química é mediada por
substâncias químicas que são os
neurotransmissores, essas substâncias se ligam
a receptores específicos na membrana
pós-sináptica e desencadeiam uma reação na
célula. Mas essas substâncias NÃO entram
dentro da célula, elas apenas se ligam aos seus
receptores.
➢ Características da sinapse química:
- Fenda sináptica (grande distância) 20 a
50nm
- Unidirecional (axônio e dendrito)
- Neurotransmissores e receptores:
podemos ter liberação de neuropeptídeo e
neurotransmissores que agem como
transmissores de informação
- Conversão de sinal elétrico em químico
- Capacidade de modular a informação: ela
é composta por uma série de passos, que
podem se alterar, ou para melhor ou para pior,
para desencadear uma resposta.
➢ Sinapses químicas excitatórias ou
inibitórias:
- Depende da substância que está sendo
liberada e do receptor que está sendo ativado,
mas existem substâncias que podem gerar os
dois efeitos, dependendo do receptor no qual ela
ativa, como por exemplo a dopamina que pode
ser inibitória ou excitatória.
➢ Classificação de acordo com a natureza
de seus elementos:
- Axodendrítica, axo-somática e
axo-axônica, para isso precisamos pensar de
onde para onde a informação está indo.
➢ Etapas na sinapse química:
- Estímulo.
- Potencial de Ação: Abertura dos canais
de sódio dependentes de voltagem (CSDV).
- Despolarização da célula.
- Abertura dos canais de cálcio
dependentes de voltagem (CCDV) nos terminais
sinápticos: entrada de cálcio na célula.
- Mobilização das vesículas (ativam
proteínas do citoesqueleto do terminal
pré-sináptico - proteínas SNARE - sinaptofisina,
sinaptobrevina, sinaptotagmina).
- Cálcio se liga e ativa as proteínas
SNARE que, por sua vez, se ligam e ativam as
vesículas, ocasionando mobilização vesicular.
- Fusão das vesículas com a membrana
pré-sináptica.
- Liberação de neurotransmissores
(exocitose).
- Ligação do neurotransmissor ao seu
respectivo receptor (podem estar no pré ou
pós-sináptico).
- Início da cascata.
- Desligamento dos neurotransmissores
dos receptores.
- Recaptação ou metabolização dos
neurotransmissores que estavam na fenda
sináptica.
- Mecanismo de defesa: Diminuir o
número de receptores para que tenha uma
resposta normal.
● Sinapse elétrica:
- É quando nós temos proteínas
localizadas na membrana e as membranas estão
muito próximas, e com isso vamos ter a
passagem de eletrólitos acompanhada de líquido
e moléculas bem pequenas, que têm a
capacidade de passar nesse canal conforme o
diâmetro.
- Nós temos uma troca, que é mediada por
íons, por isso chamamos de sinapse elétrica,
passando íons de uma célula para outra.
- Conexo: formado por subunidades
proteicas, chamadas conexinas, por onde os
eletrólitos passam de uma para outra, outro
nome que elas possuem é GAP junction, elas
têm papel importante na hiperexcitabilidade do
sistema nervoso central.
➢ Características da sinapse elétrica:
- Membranas separadas por 3nm
- Conéxons
- Bidirecionais (maioria)
- Transmissão rápida: ela é mais rápida
que a sinapse química por não precisar mobilizar
vesículas.
- Acoplamento elétrico vs metabólico (pois
podem passar íons, líquido e outras substâncias)
➢ Auto-receptores:
- Os receptores pré-sinápticos que são
sensíveis aos neurotransmissores liberados no
próprio terminal pré-sináptico são denominados
auto receptores. Em geral, os autos receptores
são receptores acoplados a proteínas G que
estimulam a formação de segundos
mensageiros. As consequências Da ativação
desses receptores variam, mas um efeito comum
é a inibição da liberação de neurotransmissores
e, em alguns casos, da síntese de
neurotransmissores. Isso permite que o terminal
pré-sináptico regule a si próprio. Os autos
receptores parecem funcionar como um tipo de
válvula de segurança, a fim de reduzir a
liberação quando a concentração de
neurotransmissores atinge valores muito altos no
terminal pré-sináptico.
RESUMO DO PROCESSO DE DESPOLARIZAÇÃO:
as células excitáveis variam em dois estados de
membrana – potencial de repouso e o potencial de
ação. Para iniciar o potencial de ação é necessária a
abertura dos canais de sódio dependentes de
voltagem. Quando abre alguns canais e o estímulo
ultrapassar o limiar, começa uma retroalimentação
positiva (feedback positivo) desses canais de sódio. E
esses canais são DEPENDENTES DE VOLTAGEM,
portanto, só havendo essa mudança na ddp que eles
se abrem. O que gera essa mudança na ddp é um
ESTÍMULO (esses estímulos pode ser um
neurotransmissor que se liga nesse canal promovendo
sua abertura ou um estímulo externo, por ex. estímulo
mecânico, térmico, luminoso, químico).
RESUMO DO PROCESSO DE REPOLARIZAÇÃO:
fechamento dos canais de sódio e abertura dos canais
de potássio. Os canais de vazamento são os principais
responsáveis por essa repolarização. Eles são canais
passivos de cátions, mas a permeabilidade é maior ao
potássio. E a bomba de sódio e potássio contribui para
uma parcela menor, ela é transporte ativo, então ajuda
a manter esse gradiente eletroquímico.
 Contração Muscular
OBS → (Tecido muscular esquelético e
explicação de como ocorre a contração muscular
está explicado no caderno de histologia)

● Tipos de Contração Muscular

- Isométrica: sem alteração no
comprimento das fibras musculares; sem
movimento.
- Isotônica: concêntrica e excêntrica, há
alteração no comprimento das fibras musculares,
gerando movimento.

- HIPERTROFIA: aumento no número

proteínas contráteis; aumento da capacidade
enzimática.
- Estiramento muscular promove adição de
novos sarcômeros.
- Hiperplasia da fibra (mais raro): aumento
● Fibras Musculares Lentas
do número de fibras musculares.
- Menores
- ATROFIA: redução da massa muscular.
- Inervadas por fibras neurais pequenas
- ANABOLIZANTES: Hipertrofia muscular,
- Bem vascularizadas
com efeitos adversos.
- Muitas mitocôndrias (metabolismo
- O uso constante dos músculos estimula a
oxidativo)
síntese de proteínas contráteis
- Muita mioglobina, que se combina com
- Tônus Muscular: tensão mecânica de
O2 e o armazena até que seja necessário fibra
repouso
vermelha
- Fadiga muscular: incapacidade de gerar
- Corrida, caminhada….
e manter a força requerida ou esperada de
contração muscular.
- Paresia muscular: diminuição da força
● Fibras Musculares Rápidas muscular.
- Grandes: grandes forças de contração - Paralisia muscular (plegia): incapacidade
- RS extenso de contrair o músculo.
- Muitas enzimas glicolíticas: rápida - Tremor muscular: contrações musculares
liberação de energia assíncronas.
- Menor suprimento de sangue: - Fibrilação: ativação espontânea de uma
metabolismo oxidativo com importância única fibra muscular.
secundária - Fasciculação: ativação espontânea de
- Menor número de mitocôndrias. um único fascículo muscular.
- Força, crossfit…

➢ Possíveis causas de fadiga muscular:

Diminuição no ATP; Desequilíbrios eletrolíticos;
Inibição enzimática (acúmulo de ácido láctico);
Alterações nas etapas da sinapse química.
 Junção neuromuscular ou placa
motora: Acoplamento
excitação-contração
➢ Alta Especificidade: neurônio
controlando poucas fibras, aumento de precisão.
➢ Baixa especificidade: neurônio
controlando muitas fibras, perda de precisão.
➢ Unidade motora: É um neurônio motor
(motoneurônio) e as fibras que ele inerva.
➢ Placa motora: conjunto de unidades
motoras
- Parte dorsal sai do músculo formando um
gânglio e entra na medula (sensorial), parte
motora sai na parte ventral e inerva a
musculatura.
- Arco Direto: Circuito sem interneurônio:
neurônio sensorial chega na medula e ativa
diretamente o motoneurônio. Neurônio sensorial
fazendo sinapse com neurônio motor.
- A medula espinhal possui muitos
interneurônios, que podem ser inibitórios ou
excitatórios e eles podem ou não participar
desses arcos reflexos, às vezes temos um
estímulo que pode atingir um interneurônio que
já determina uma ação.
● Músculos:
- Os músculos apresentam
nomenclatura própria.
- As fibras musculares estão organizadas
em membranas: endomísio, perimísio, epimísio.
- Nomenclatura especiais: retículo
sarcoplasmático, sarcolema.
- Sarcômero: unidade funcional
músculo / contrátil: actina e miosina.
- Contrações musculares com forças
diferentes: permite as contrações harmoniosas.
● Membranas:
• Endomísio: porção mais interna da
musculatura, que rebore a fibra muscular de
forma individual
• Perimísio: delimita um feixe de fibras dos
músculos
• Epimísio: recobre o músculo inteiro.
● Junção neuromuscular:
• Os músculos que apresentam POUCAS
FIBRAS por placa motora, são músculos que
realizam movimentos de alta PRECISÃO.
• Enquanto os músculos que apresentam uma
MUITA quantidade de fibras musculares, são
responsáveis por movimentos de BAIXA
PRECISÃO.
Em média uma unidade motora é composta por
80-100 fibras.
● Contrações musculares com forças
diferentes:
• Somação: soma das contrações individuais
para aumentar a intensidade de contração total.
• Somação por fibras múltiplas: aumento do
número de unidades motoras que se contraem
simultaneamente. Somar as fibras que vão se
contraindo até se conseguir a contração do todo.
• Somação por frequência: aumento da
frequência de contração (tetanização). Por
exemplo, temos a unidade motora, onde temos o
neurônio controlando o músculo, e temos um
estímulo para contração, depois ele vai relaxar, e
antes dele relaxar temos mais um estímulo de
contração, ou seja, aumenta-se a frequência de
contração.
Podemos ter os dois? Podemos sim, e temos.
uma Pois temos diversos músculos e movimentos.
Pode ser que ocorra nos casos de ataques de
epilepsia.
● Recrutamento de Unidades Motoras:
do Espacial
- Nós temos os estímulos, que atingem a
musculatura, e nós temos um limiar, que é uma
voltagem mínima, se o estímulo não atingir o
limiar a célula se repolariza e não desencadeia o
potencial de ação, mas se o limiar é atingido
ocorrer o potencial de ação desencadeando a
ação da resposta celular.
- Existe um limite máximo de contração,
quando todas as fibras são estimuladas, com
isso tem apenas uma manutenção da tensão,
mantendo a contração máxima, para isso é
preciso um estímulo maior, e contínuo.
- Somação por frequência e tetanização:
Temos estímulos repetidos chegando no
músculo, quanto mais estímulos ocorrem por
segundo (frequência) maior o número de
contração muscular, diminuindo o seu tempo de
relaxamento, o que leva a um período
pré-tetanização que é quando a musculatura
consegue relaxar um pouco antes de contrair
novamente, após esse período ocorre uma
tetanização ou tetania, onde o músculo não
consegue relaxar ele entra em várias contrações
seguidas a ponto de ficar apenas contraída.
Dificilmente a tetania ocorre no dia a dia, no
fisiológico, normalmente ocorre na patologia do
tétano e em caso de pesquisa em laboratório.
- Quando aumenta muito a tensão no
tendão, nós temos um reflexo que vai
simplesmente desligar a musculatura e fazer o
peso que a pessoa estiver segurando ser solto.
● Junção Neuromuscular:
- Nós vamos ter microvilosidades que
aumentam a zona de contato entre os receptores
e as substâncias produzidas.
● Receptores de acetilcolina (ACH):
• Nicotínicos: ele vem de nicotina, pois esse
receptor tem afinidade pela nicotina
• Muscarínicos: ele tem afinidade pela
muscarina, que é extraído de um cogumelo,
receptores do sistema nervoso parassimpático
- No músculo nós temos apenas o receptor
nicotínico de acetilcolina
● Placa motora:
- Para relembrar → Sinapse química:
Primeiro vamos ter a abertura dos canais de
sódio, dependente de voltagem, em seguida
vamos ter a abertura dos canais de cálcio
dependente de voltagem, esse cálcio vai entrar
se ligar às proteínas do citoesqueleto, o que
desencadeia uma mobilização de vesículas
cheias de neurotransmissores que vão se fundir
a membrana na fenda pré-sináptica, que vai
liberar os neurotransmissores e gerar a sinapse
química.
• PPM – Potencial de placa motora: Potencial
que despolariza o neurônio que vai ter todos os
passos da sinapse química, que libera o
neurotransmissor que atinge o músculo.
• PPMM – Potencial de placa motora em
miniatura: Em condições experimentais, eles
conseguiram ver que eventualmente nosso corpo
é muito dinâmico, e uma vesícula de acetilcolina
se funde à membrana sem as etapas da sinapse
química, e com ela se fundir ela libera
neurotransmissor, mas como a quantidade de
neurotransmissor presente em pouquíssima
quantidade em uma única vesícula, ocorre um
estímulo mínimo que não é capaz de
despolarizar o músculo não ocorrendo a
contração. É como se ocorresse um potencial
pós-sináptico excitatório.
• PPSE – potencial pós-sináptico excitatório:
Ocorre devido a uma mínima quantidade de
neurotransmissor que é liberado na fenda
sináptica, sendo ela insignificante para produzir
um estímulo muscular de contração, pois é um
estímulo subliminar.
● Transmissão colinérgica:
- Nós temos um transportador vesicular de
acetilcolina, que transporta a ACTH para dentro
em troca de um próton de hidrogênio, sendo
então um contra transporte.
- Esse transportador vai colocando
acetilcolina para dentro da vesícula, e ao mesmo
tempo ela é cheia de prótons, aí ela pega esses
prótons e joga para fora, saindo o hidrogênio
entra a ACTH para dentro da vesícula.
- Temos uma outra bomba que é uma
ATPase, que joga o hidrogênio para dentro da
vesícula, em troca de um ATP, e ela vai
enchendo a vesícula com hidrogênio, e depois
essa segunda bomba que é um contra transporte
joga o hidrogênio para fora enquanto entra uma
acetilcolina para dentro que será armazenada.
- O neurotransmissor é sintetizado no
terminal pré-sináptico, a enzima que o faz vem
do corpo celular, que é a enzima acetilcolina
transferase. E temos a enzima de degradação
que é a ACHE acetilcolinesterase, outra enzima
e a butirilcolinesterase. A butirilcolinesterase
parece estar envolvida na fisiopatologia do
Alzheimer, antes mesmo da acetilcolinesterase,
por isso se chama atenção para ela também.
● Receptor nicotínico:
- O receptor colinérgico nicotínico é do tipo
inotrópico (um canal iônico) é chamado de canal
de cátions pois permite a passagem de sódio e
cálcio. Precisa de 2 moléculas de acetilcolina
para que ele altere a conformação e se abra
(ative).
- Tríade túbulo T e retículo
sarcoplasmático (superdesenvolvido pois
acumula cálcio).
- É um canal iônico, o que o torna um
canal de cátion, sendo formado por proteínas
transmembranas. Passando nesse canal iônico
cálcio e sódio, pois esses elementos são cátions.
Ele precisa de duas moléculas de ACTH para se
abrir.
- Qual a função do túbulo T nas células?
Ele vai acelerar a despolarização para fazer com
que o estímulo que chegou para abrir os
receptores nicotínicos, onde entra sódio e cálcio,
ele facilita a propagação desse potencial,
liberando o cálcio interno que está armazenado
no retículo sarcoplasmático. Resumindo os
túbulos T aceleram o processo de repolarização,
o que faz com que ocorra a contração mais
eficiente.
● Acoplamento eletromecânico:
1. Condução do Potencial de Ação pelo
Sarcolema
2. Despolarização dos túbulos T
3. Abertura dos canais de cálcio dependentes de
voltagem
4. Difusão de Ca+
5. Aumento da concentração do cálcio no
mioplasma
6. Início da contração muscular
- Quanto maior for o número de ciclos de
pontes cruzadas maior será a contração
muscular. As pontes cruzadas são formadas pela
actina, miosina junto com outras proteínas, elas
ocorrem quando a cabeça da miosina se liga ao
sítio de ligação da actina formando uma ponte.
- Músculo esquelético é estriado devido a actina
e miosina.
- Um músculo é formado por vários feixes,
compostos por fibras musculares, compostos por
células multinucleadas, células musculares.
- Endomísio: recobre cada uma das fibras.
Introdução aos Receptores
sensoriais
● Receptores Sensoriais:
- Aqueles receptores que trazem os
estímulos dos meios externos ou internos, para
que o organismo possa lidar com ele.
- Sentidos como detectores do ambiente:
• Mundo real x percebido: pois o meio ambiente
é o que chega até o nosso corpo, com isso
temos sensações diferentes.
• Percepções diferentes em pessoas diversas.
• Percepções diferentes em uma mesma pessoa
ao longo do tempo: estados fisiológicos e
psicológicos diversos, pois as vezes podemos
gostar de algo mas podemos passar mal com
aquilo e desencadear um trauma e com isso
podemos deixar de gostar, ocorrendo uma
memorização da sensação ruim.
● Conceitos:
- Sentidos: modalidades sensoriais
decorrentes da transdução (como a energia
ambiental ativa seus receptores, gerando o
recebimento e percepção) pelo sistema nervoso
das diversas formas de energia existentes no
meio ambiente, é o receptor sensorial que pega
as diferentes formas de energia do meio
ambiente e transforma no estímulo que nosso
neurônio entende.
- Percepção: capacidade de vincular os
sentidos a pensamentos e emoções.
- Toda informação sensorial resulta em
percepção? A resposta é NÃO, pois existem
coisas que não resultam em uma percepção da
consciência, onde nós não estamos prestando
atenção e com isso não se chega aquele
estímulo nos nossos receptores conscientes.
• Filtros por mecanismos de atenção, emoção,
sono...
• Informações sensoriais importantes para
controle da motricidade, regulação de funções
orgânicas, manutenção da vigília.
● Receptores:
- Receptores de Ruffini: calor e tato
grosseiro.
● Receptores sensoriais:
- Receptores de Krause: frio e tato
- Especializados em cada categoria de
grosseiro.
estímulo.
- Receptor de Meissner: tato fino e
- Sensibilidade variável: audição em
vibração de baixa frequência.
humanos (20-20.000Hz).
- Discos de Merkel: tato grosseiro.
- Tipos de receptores variáveis entre
- Corpúsculos de Pacini: vibração de alta
espécies: Infravermelho.
frequência.
- Variações de energia como estímulo
- Terminação neural livre: Polimodal:
sensorial: como por exemplo a variação de
sensível a vários tipos de estímulos (dor,
temperatura, pressão (tato), aumento da luz ou
temperatura, tato grosseiro etc.)
diminuição dela.

● Tipos de mecanoceptores:
- Nociceptor
Modalidade Sensorial: sensações evocadas - Corpúsculos de Pacini
por um mesmo órgão sensorial

➢ Receptores Somestésicos →
“mini-órgãos”: fibras neurais livres ou associadas
a tecidos não neurais
- Como as fibras neurais transmitem
diferentes modalidades sensoriais? Por
apresentar um limiar muito baixo, ele vai
conseguir conduzir o estímulo de maneira
diferente, além também da sua localização, onde
o receptor se localiza na região onde se precisa
de determinado tipo de transdução.
• Alterações de temperatura, altera a velocidade
de reações químicas dentro da célula.
• Alterações na radiação eletromagnética
(luz-retina), estímulo fótico.
● Adaptação de receptores:
- Tipos: fásica (adaptação rápida) e tônica
(adaptação lenta);
- Mecanismos: inativação de Canais de
Sódio Dependentes de Voltagem (CSDVs) e de
Canais de Cloro Dependentes de Voltagem
(CCDVs); abertura de Canais de Potássio
Dependentes de Voltagem (CKDVs).

● Princípio das vias rotuladas:

- Cada receptor tem uma morfologia
específica, e um limiar para cada tipo de
estímulo, e além disso ele tem as fibras por onde
ele vai levar o estímulo ao SNC, sendo uma via
rotulada uma via padrão que é o caminho que o
estímulo faz para se chegar ao local específico
para que a informação seja traduzida.

➢ Transdução x Codificação:
- Os dois fazem parte da formação de
informação
• Transdução: transformação da energia do
estímulo ambiental em potenciais bioelétricos
(potencial receptor ou gerador). → Tipos:
mecanoneural ou mecanoelétrica, audioneural,
fotoneural, termoelétrica...
• Codificação: transformação do potencial
receptor em potencial de ação.
● Organização Neural: estímulos limiares e
sublimiares
- Estímulo supralimiar: (acima do limiar)
temos potencial de ação
- Estímulo sublimiar: (não chega ao limiar)
não atingiu o potencial de ação; facilitação (para
outro estímulo e alcançar o potencial).
- Zona de descarga da fibra aferente: zona
excitada ou limiar
- Zona sublimiar: zona facilitada

➢ Potencial Receptor (Transdução):

- Alteração inicial no potencial de
membrana
- Mecanismos:
• Deformação mecânica / distensão, como por
exemplo a alteração na parede de uma artéria.
• Substâncias químicas.