Ambiguidades e Dilemas do Trabalho Gerencial

Fellipe Otoni

Ângelo Brigato Ésther

Marlene Catarina de Oliveira Lopes Melo

Resumo:

O artigo busca o entendimento d trabalho dos gerentes, assim como seus

dilemas, através de uma abordagem teórico-conceitual sobre o seu papel, à
exemplos de características,funções, status, poder, ambiguidades, dilemas e
problemas.

A pesquisa aborda também cinco trabalhos gerenciais dentro de uma grande

firma de informática, analisando a mudança do estilo de gerenciamento entre
os meios e funções específicas.

Introdução:

Os entrevistados, como dito no tópico anterior, possuem posições de

gerenciamento distinto dentro dessa empresa. Sendo esses divididos em três
níveis gerenciais:

 Direção local;
 Gerência;
 Líder.

O texto trata-se de uma reflexão sobre a temática além de um

aprimoramento científico.

O conhecimento sobre o trabalho gerencial: uma visão geral.

O primeiro filósofo a considerar a administração como uma área do

conhecimento foi Taylor, enquanto acompanhava o nascer da administração.
Porém foi Fayol quem se preocupou da administração como uma importância
específica, através do livro que guia os princípios que os gerentes devem
seguir.

Fayol também caracterizou as funções “clássicas” da administração –

previsão, organização, comando, coordenação e controle. Sendo o gestor
alguém que ocupa um cargo com certa formalidade, assim como caracterizou
Weber, uma função autoritária.

A humanização do trabalho só passou a existir após o Taylorismo, sendo um

importante pensador dessa linha o Rensis Likert, na qual ele caracterizou o
gestor como o responsável a gerar o incentivo e a motivação. Ele propôs
quatro sistemas de administração – o autoritário forte, autoritário benevolente,
participativo construtivo e participativo de grupo.

Barnard também propôs funções ao cargo: manutentor de informação,

assegurador de serviços e formulador de objetivos. Considerando, assim, a
administração como um serviço executivo. Após ele, Mintzberg analisou o
trabalho de cinco executivos, identificando o folclore e o fato do trabalho
executivo.

Katz, na mesma época, apontou que necessitam-se de qualidades

específicas para os diferentes cargos de gerência, sendo essas a técnica,
humana e a conceitual. Melo também apontou que não existe uma
especificidade certa ao apontar gerentes.

Modelos de gestão, estratégia e poder:

O modelo de gestão é essencial na administração, sendo necessário possuir

uma liderança.

Os modelos de gestão foram mudar somente depois da teorizada “invasão

japonesa”, quando os produtos produzidos no Japão emergiram apontando
suas qualidades e preços baixos. Nesse contexto Porter propõe uma estratégia
genérica para concorrer de igual para igual com as produções orientais.

Tom Peters e Robert Waterman se comprometeram a inspirar as empresas a

serem mais competitivas e agressivas no mercado, através de inovações e
gestão. Chanlat caracterizou esse modelo como busca por alto desempenho e
redução de custos na fabricação.

A partir daí, surgem modelos diferentes de gestão, como Motta e Enriquez

que colocam ênfase à importância de modelos de gestão estratégica.
Apontando sempre para a finalidade de estabelecer uma racionalidade à
organização.

Sujeito, racionalidade e dilemas:

Para Touraine, a modernidade está associada à ideia de racionalização,

Giddens e Pierson, porém, destacam a modernidade como um conjunto de
atitudes diante do mundo. Enriquez julga, nesse contexto filosófico, que a
modernidade determina cada vez mais o individualismo.

Chanlat explica que o gerencialismo decorrente da modernidade afetou e

alterou até mesmo em nossa forma de agir, elegendo a racionalidade gerencial
como um novo Ídolo.
Ambiguidades e dilemas gerenciais: um caso empírico.

Analisando uma empresa de informática na cidade de Belo Horizonte, de

estrutura rasa, composta por três níveis gerenciais, com um total de cinco
gerentes:

 No nível de supervisão, os gerentes são denominados Líderes.

Os temas das pesquisas/perguntas foram dividas em seis estágios:

 Própria carreira;
 Vida e carreira dos outros empregados;
 Trabalho e vida pessoal;
 Comportamento no trabalho;
 Política de negócios;
 Política de RH na empresa.

Análise do caso:

Foi constatado através da pesquisa que a empresa adota um modelo de

gestão baseado na excelência, modelo esse caracterizado por Chanlat,
orientado pelo uso racional de recursos. Adota também o sistema participativo
de Likert, tendo como característica um gestor com visão conceitual à longo
prazo.

Considerações finais:

Os dilemas vivenciados pelos gerentes não possuem soluções, visto que

não possui alguma única determinação que abrangem todas as diferentes
funcionalidades dos gerentes.