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Índice
pág. 03 Introdução
05 Tipos de vitamina D e seu metabolismo
06 Hipovitaminose D, grupos de risco
e técnicas de diagnóstico
08 Valores de referência e atualização das
diretrizes de suplementação
10 Recomendações de suporte nutricional
da vitamina D
11 Vitamina D e saúde mental
13 Vitamina D e imunidade
15 Vitamina D e seu papel antioxidante
16 Vitamina D e atividade física
18 Take home message
19 Referências
20 Conheça mais sobre Corona Cero Sunbrew
Introdução
Na última década, observamos uma busca crescente por bons hábitos Já é sabido que manter níveis mais elevados de vitamina D (30 à 60 ng/mL) está
de vida, gerenciamento do stress, prevenção de doenças autoimunes associado com a melhora da saúde global e qualidade de vida, uma vez que esse
nutriente está diretamente correlacionado com a incidência das doenças e alterações
e câncer, maior prática de exercício físico e maior preocupação com apresentadas na figura 1.
a qualidade alimentar e complementação necessária para uma vida
saudável e longeva. Sensibilidade à insulina
Inflamação
Diversos estudos têm sugerido que a vitamina D (calciferol) não deveria ser Neurodegeneração
considerada uma vitamina, mas sim um pré-hormônio. De característica
lipossolúvel, quando ingerida, é incorporada aos quilomícrons e absorvida Fraqueza muscular
pelo sistema linfático.28
Redução biogenese mitocondrial
Estima-se que sua absorção no
intestino delgado seja de 80%28 DEFICIÊNCIA Disfunção mitocondrial
Estresse oxidativo
Figura 1. Adaptado de Dzik KP e cols. (2019).7
De acordo com um estudo científico americano, realizado com quase 40 mil pessoas,
o nº de adultos que suplementavam diariamente doses de 1.000 – 4.000 UI ou mais
de vitamina D aumentou.9
ERGOCALCIFEROL (D2)
Obtido de leveduras e de esteróis de plantas, muito utilizado para Luz solar
enriquecimento e fortificação de alimentos.28 Pele
As plantas da família Solanaceae apresentam em sua estrutura um glicosídeo similar Aporte dietético
a forma ativa da vitamina D. Com isso, estas plantas foram utilizadas comercialmente
para a extração deste metabólito, afim de produzir uma versão herbal da vitamina Vitamina D3 Vitamina D2
D ativa.29-30
Fígado
De acordo com os dados da última POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), nos últimos 10 anos, a Técnicas de diagnóstico
prevalência de hipovitaminose D vêm aumentando, independente da faixa etária analisada. da hipovitaminose D
O padrão-ouro para o diagnóstico da
hipovitaminose D, de acordo com a Endocrine
Society, é baseado na dosagem do metabólito
90% da população brasileira sofre com a hipovitaminose D calcidiol [25(OH)D] no sangue, enquanto que a
forma ativa 1,25(OH)D sofre influência do PTH
e da atividade da 1-alfa-hidroxilase, não sendo
recomendada para diagnóstico de hipovitaminose
D.2,3
Dados da cidade de São Paulo, envolvendo jovens atletas hígidos, evidenciaram níveis de vitamina D Quanto à técnica utilizada, recomenda-se o uso da
inferiores a 20 ng/mL em 19%; e, até 75% de deficiência quando estabelecido o “target” de vitamina D cromatografia líquida de alta performance (HPLC)
> 40 ng/mL.11 com espectrometria de massa (LC-MS)1,2 que
permite dosagem direta da 25(OH)D, com menor
Em adultos, a hipovitaminose D leva a aumento compensatório de PTH (paratormônio), remodelação
interferência analítica.
óssea, fraqueza muscular e maior risco de quedas e fraturas, por fim, osteoporose mais grave e maior
mortalidade.1-3
A população de maior risco que devemos estar atentos e investigar a rotina estão descritos no Quadro 1, em que chamamos atenção para o estilo de vida “acelerado”
de nossas grandes cidades.
Exposição solar limitada: Medicações: Sistema reprodutor: Doenças crônicas não transmissíveis:
Pigmentação da pele Anti-convulsionantes Síndrome Obesidade
dos ovários
Roupas longas Anti-fúngicos policísticos Resistência insulínica
* Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia; ** Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial; *** Associação Brasileira de Nutrologia
Material exclusivo para profissionais de saúde.
VITAMINA D 09
Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo
Deficiência
Em estudo controlado randomizado (RCT), com pessoas em estado de pré-diabetes, < 30 < 12
severa
observou-se uma menor progressão para DM2* após seis meses de suplementação
(3%) da vitamina D, quando comparado ao grupo placebo, em que 28% dos indivíduos
evoluíram para DM2*. Os autores verificaram redução expressiva dos índices
Deficiência < 50 < 20
HOMA‑IR** no grupo suplementado com níveis médios de 25(OH)D final 36 ng/mL.16
Frente as novas evidências de benefícios de níveis mais elevados de 25(OH)D (> 30-40
ng/mL), como em atletas de alto rendimento, desportistas saudáveis e na prevenção Insuficiência 50 -75 21-29
de doenças crônicas, recentemente, a ABRAN publicou seu novo posicionamento
conforme mostrado na tabela ao lado, para fins de diagnóstico e indicações
de suplementação de vitamina D nos dias de hoje.
Desejável > 100 > 40
Lembramos que os documentos considerados “referência” no assunto (vitamina D)
até hoje, são “consensos/guidelines”1-3 que datam de quase dez anos atrás. Com a
associação crescente entre a hipovitaminose D e várias situações clínicas, é essencial Suficiência 75-150 30-60
buscar uma definição mais precisa dos “pontos de corte” para interpretação dos exames
e critérios de suplementação, visando prevenir doenças e melhorar a qualidade de
vida da população em geral.
Risco de
250 > 100
toxicidade
“A literatura atual oferece uma visão mais moderna e prática
sobre o manejo das deficiências de vitamina D em uma perspectiva
global do indivíduo, indo além dos ossos, que são rotineiramente
Fonte: Filho DR, et al. Int. J Nutrol 2020.
verificados na prática clínica.”
*Diabetes mellitus tipo 2; **HOMA-IR: cálculo matemático baseado nos resultados de glicemia e insulinemia de jejum a fim de avaliar a resistência à insulina.
Material exclusivo para profissionais de saúde.
VITAMINA D 10
Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo
Conforme a resolução do CFN no 656, de 2020, o nutricionista deve respeitar os limites de “UL”*, que implica na prescrição de até 4.000 UI/dia (100 μg).
Sintomas depressivos são mais comuns em pacientes de média idade e idosos,
aliados ao déficit hormonal tanto no homem quanto na mulher (menopausa).17,18,19
Os índices de ansiedade/depressão são significativamente mais altos nessas
situações clínicas e, possivelmente, agravados pela deficiência de vitamina D.20-21
Diversas regiões do encéfalo possuem áreas de alta expressão dos receptores A incidência de distúrbios ansioso-depressivos aumenta consideravelmente em
VDR (receptores de vitamina D), com ação direta de vitamina D em nível central. portadores de doenças crônicas, como DM2*, obesidade e câncer, todas situações
Observa‑se uma maior prevalência de ansiedade, depressão e doença de Alzheimer que, sabidamente, também são agravadas pela deficiência de vitamina D.6,8,16,17
em idosos com baixos níveis de 25(OH)D.3,17,18
A avaliação da saúde mental de 533 pacientes com insuficiência renal crônica (IRC)
Áreas cerebrais envolvidas na depressão e baixos níveis de 25(OH)D (19 ng/mL), demonstrou maiores taxas de depressão em
pacientes renais (50%) em comparação com a população geral e a portadores de IRC
sem déficit de vitamina D, onde a taxa de depressão foi de 32%.19
Tálamo
Um outro estudo avaliou indivíduos acima de 60 anos e com depressão grave que
tinham níveis médios de 25(OH)D de 21 ng/mL e receberam 50.000 UI de vitamina
Hipocampo D por semana vs. placebo, durante dois meses. Os autores encontraram elevação
de vitamina D de forma significativa, atingindo níveis > 40 ng/mL com melhora do
Córtex escore de depressão em relação ao grupo placebo (p=0,0001).20
pré-frontal
Em consonância com esses dados, uma importante metanálise que envolveu seis
RCTs e cerca de 16 mil pessoas, corroborou fortemente esses resultados. Os autores
revisaram e analisaram 1.157 casos de depressão, onde foi observado que para cada
10 ng/mL de elevação nos níveis séricos de 25(OH)D, verificava-se uma redução
Amígdala de 12% no risco de depressão.21
cerebral
Vitamina D e imunidade
Muito comum na prática diária do consultório a queixa de pacientes
em relação ao seu estado de imunidade, principalmente, em tempos
de pós-pandemia. É natural pensarmos diretamente na vitamina D
nesses casos, pois diversas pesquisas nesse cenário veem sendo
publicadas e debatidas.
IL-12
25(0H) D
INF-gama
Aumento da síntese de Pouca vitamina
interleucinas pró-Inflamatórias Menor proteção a doenças autoimunes
Para indivíduos saudáveis que praticam exercício físico regular, o sistema imune Para prevenção de doenças e ótima imunidade em atletas, o consenso atual (2018)
é de grande importância para prevenção de infecções, sobretudo de vias aéreas recomenda a suplementação de vitamina D em doses mínimas de 1.000 – 2.000 UI
superiores (IVAS).27 diariamente, sobretudo no inverno. 22
O exercício intenso pode ocasionar uma série de alterações imunes (Quadro Já no contexto da pandemia COVID-19, diversos estudos avaliaram a
2), que culminam em maiores taxas de IVAS nos atletas, prejudicando muitas relação entre vitamina D e maior risco para contrair o vírus, bem como pior
vezes seu ciclo de treinamento, a chamada curva em “J” de Niemann e Canarella; prognóstico e mortalidade.
sendo essa uma situação clínica potencialmente reversível com a suplementação
adequada de vitamina D. 7-12-27 Liu e cols. (2021) em uma robusta metanálise com cerca de 360 mil
participantes, evidenciaram a relação entre vitamina D abaixo de 30 ng/dl e
alto risco para COVID-19.23 Dados recentes evidenciam não apenas o risco de
Alterações da imunidade secundárias ao exercício intenso contaminação, mas também a severidade da COVID-19 e mortalidade associados
à hipovitaminose D.
Redução da circulação de células B, T e NK
(natural killer) Boulkrane e cols. (2020), relataram que a presença de níveis supostamente “normais”
de vitamina D, entre 20-30 ng/dl, aumentariam em cerca de 12.5x o risco de morte
Redução da atividade das células NK e células T pela COVID-19.24
Fatores dietéticos e nutrientes com potencial papel protetor no processo Em 2011 Delfino demonstrou que exposição a poluentes atmosféricos,
oxidativo e na resposta inflamatória têm sido implicados na gênese ou com material particulado de até 10 µm de diâmetro, induzem o estresse
na evolução dessas doenças.41-42-43 oxidativo e subsequente inflamação, podendo causar sintomas respiratórios e
efeitos cardiovasculares adversos.35
Em níveis adequados de vitamina D, acontece a modulação de Além disso, alguns estudos demonstram que o nível de poluição do ar está
uma séria de respostas antioxidantes no organismo, tais como: inversamente relacionado com a extensão de UVB solar que atinge a superfície
terrestre, ou seja, em áreas poluídas há uma passagem reduzida de raios UVB, que
Mecanismos de apoptose e autofagia; por sua vez diminui a síntese endógena de vitamina D na pele.40
Ativação das vias de superóxido dismutase (SOD) com redução das Uma revisão de estudos transversais conduzida por Romieu (2005), sugere que
espécies reativas de oxigênio (ROS);7 as vitaminas antioxidantes têm um efeito protetor contra doenças pulmonares.37
E ainda auxiliam no combate ao estresse oxidativo de uma forma holística,
Redução da peroxidação lipídica e inibição NOX2; reforçando também o quanto a vitamina D demonstrou ter propriedades
antioxidantes. 34,41,42,43
Ativação da via SIRT1, culminando com menor expressão de NF-kB,
mTOR e FoxO;
Menopausa
Restrição dietética
A quantidade e qualidade de músculo esquelético no indivíduo ao longo da vida calórica e proteica Senioridade
é o resultado entre a síntese proteica muscular (SPM) vs. a degradação muscular.
Adaptado de Gago LC, Gago FCP (2016)
O balanço entre esses dois processos determina se a massa muscular aumentará,
diminuirá ou permanecerá constante.4,12
A vitamina D apresenta um papel relevante na saúde muscular, uma vez que ela
promove efeitos estimulatórios na síntese proteica muscular, expressão gênica,
função neuromuscular, síntese de citocinas anti-inflamatórias e melhora da força e
função muscular. Ainda está associada a maior estímulo das fibras musculares tipo II
e um down regulation da miostatina, modulando a resposta de degradação muscular,
o que resulta em um efeito anabólico e anticatabólico no músculo.12
Conforme Owens e cols. (2018), para atletas deve-se manter suplementação otimizada
de vitamina D, na dose de 2.000 a 4.000 UI ao dia, para uma ótima performance.27
Portanto, a vitamina D desempenha um papel funcional muito importante na nutrição, funções imunológicas, resistência
a doenças e manutenção da saúde, além de:
Redução dos níveis de vitamina D estão associados ao Níveis adequados de vitamina D reduzem doenças
aumento de mortalidade; autoimunes, metabólicas e câncer;
A vitamina D baixa favorece o desenvolvimento de células Bons níveis de vitamina D associadosa redução e
T autorreativas e aumenta a síntese de interleucinas gravidade da COVID-19;
pró‑inflamatórias;
Vitamina D promove ação antioxidante, aumento
Baixos níveis de vitamina D estão associados a casos de de citocinas anti‑inflamatórias e melhora função
ansiedade e depressão; neuromuscular;
Ideal manter níveis de vitamina D acima de 30 ng/dL até Doses diárias de 2.000-5.000 UI de vitamina D se
100 ng/dL para melhora da saúde global e qualidade de vida; mostram seguras em diversos estudos clínicos.
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Corona Cero
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
330 ml (1 unidade)**
SunBrew
Quantidade por embalagem % VD (*)
Valor
energético 48 kcal = 202 kJ 2%
Carboidratos 11 g 4%
Proteínas 0,8 g 1%
Sódio 7,9 mg 0%