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IEPG - UNIFEI 2023

CAPÍTULO 05- BALANCEAMENTO DE


LINHAS DE PRODUÇÃO
- Gargalo
- Cálculo do balanceamento

265

CONCEITOS
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

Balancear é nivelar, com relação a tempos, uma linha de produção ou de


montagem, dando a mesma carga de trabalho às pessoas ou máquinas.

O balanceamento de uma linha tem por objetivo garantir uma alta utilização
da mão de obra e do equipamento, respeitando um ritmo de produção que é,
essencialmente, definido pelo recurso crítico (gargalo).

Gargalo é definido
como qualquer
recurso cuja
capacidade é
menor que a
demanda por ele.

266

Professor Fabiano Leal 133


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TEORIA DAS RESTRIÇÕES


5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

Início dos anos 80


Atraiu atenção dos profissionais da administração da produção

Também chamada de Produção Sincronizada


Livro “A META”

TOC - Theory of Constraints

Inputs 1 2 3 Resultados
(50p/h)
200p/h 50p/h 200p/h

267

TEORIA DAS RESTRIÇÕES


5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

8:25

https://www.youtube.com/watch?v=zlzvpzlbJMA

268

Professor Fabiano Leal 134


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TEORIA DAS RESTRIÇÕES


5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

Uma hora perdida em um recurso-gargalo é uma hora perdida em todo o


sistema.

Uma hora economizada em um gargalo acrescenta uma hora extra em


todo o sistema de produção.

Uma hora economizada em um não-gargalo acrescenta uma hora a seu


tempo ocioso.

269

TEORIA DAS RESTRIÇÕES


5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

Algumas definições:

Um não-gargalo é qualquer recurso cuja capacidade seja maior que a


demanda. Este não pode operar continuamente, pois pode produzir mais
que o necessário.

Um recurso com restrição de capacidade (RRC) é aquele cuja utilização


está próxima da capacidade e pode se tornar um gargalo.

270

Professor Fabiano Leal 135


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CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

Tempo de ciclo desejado (TC) = Tempo disponível no período


Quantidade de itens demandada no período

Tempo de ciclo desejado = takt time

Número de postos de trabalho = n = Σ Tempos padrão das operações da linha

TC

OBS.: o número de postos de trabalho calculado não deve ser considerado


resposta final, mas sim após uma análise.

271

REESCREVENDO O CÁLCULO DO BALANCEAMENTO


5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

Tempos padrão das operações da linha


Número de postos de trabalho = n =
Takt Time da linha

Tempo disponível no período (chamaremos de N)


Takt Time =
Quantidade de itens demandada no período (chamaremos de D)

“Tempos padrão das operações da linha” é equivalente à “Tempo do


processamento de um produto”, que chamaremos de p.

Vamos reescrever a equação do número de postos de trabalho em uma linha:

272

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REESCREVENDO O CÁLCULO DO BALANCEAMENTO


5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

p D. p
Número de postos de trabalho = n = , ou
N/D N

Nesta apostila vimos em “Expandindo a compreensão do conceito de


capacidade” que:

D.p Perceba que é a mesma


Número de unidades (inputs) = equação!
N

273

CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

5.1
Uma empresa está configurando uma linha de montagem para
fabricar 192 unidades por turno de oito horas. A tabela a seguir
identifica os elementos de trabalho, tempos e precedentes
imediatos.

Perceba que temos


“elementos de
trabalho”, e não
postos de trabalho.

Ainda iremos
definir os postos de
trabalho.

274

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CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

5.1 1. Qual é o tempo de ciclo desejado (em segundos)?

2. Qual é o número mínimo teórico de estações?

3. Use o método de tentativa e erro para encontrar uma solução e


mostre sua solução em um diagrama de precedência.

4. Qual é a eficiência e a perda no balanceamento da solução


encontrada?
Resposta:

1. Temos 8 horas para produzir 192 unidades, ou seja:

Tempo de ciclo desejado = (8 horas . 3600 segundos) / 192 unidades


Tempo de ciclo desejado = 150 segundos/unidade

275

CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

5.1 2. O número mínimo teórico de estações de trabalho é igual a:

n = (720 segundos/unidade) / (150 segundos/unidade)

n = 4,8, ou seja, 5 estações (o que pode não ser realizável).

3. Podemos construir o
seguinte diagrama de
precedência:

OBS.: não interprete como “uma peça


vai para B e outra para G”. Após o
elemento “A”, “B” e “G” podem ser
executados em paralelo (na mesma
peça). Elementos de trabalho

276

Professor Fabiano Leal 138


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CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

5.1 3. Ainda neste item, podemos ter esta proposta como resposta:

110

277

CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

5.1

S1 S2 S3 S4 S5

A B D G E H I F C J

145 s 140 s 145 s 145 s 145 s

278

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CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

5.1 4. A eficiência no balanceamento pode ser calculada


como:

σ𝒕 = 720 (segundos/unidade) / (5 . 150 segundos/unidade)


𝑬𝒇𝒊𝒄𝒊ê𝒏𝒄𝒊𝒂 =
𝒏. 𝒄 = 0,96 ou 96% (4% de perda de eficiência)

OU

Número de estações de trabalho planejado


Eficiência = = 4,8 / 5 = 0,96
Número de estações de trabalho utilizado

279

DIAGRAMA DE PRECEDÊNCIA
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

A maioria das linhas deve satisfazer alguns requisitos de precedência


tecnológica, isto é, certos elementos de trabalho devem ser executados antes
do seguinte começar.

Entretanto, muitas delas também levam em conta alguma autonomia e mais


de uma sequência de operações. Para visualizar melhor os predecessores
imediatos, vamos examinar rapidamente a construção de um diagrama de
precedência.

Este método de diagramação é conhecido como activity-on-node (AON), pelo


qual os nós representam as atividades e os arcos representam as relações de
precedência entre elas.

280

Professor Fabiano Leal 140


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DIAGRAMA DE PRECEDÊNCIA
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

281

CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

O lava-rápido do Bill oferece dois tipos


5.2
de lavagem: padrão e luxo. O fluxo do
processo para ambos é mostrado no
mapeamento a seguir.

282

Professor Fabiano Leal 141


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CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

5.2 As duas lavagens são processadas primeiro pelas etapas A1 e A2.


A padrão passa, então, pelas etapas A3 e A4, enquanto a luxo é
processada pelas etapas A5, A6 e A7. Ambas as ofertas terminam
na estação de secagem (A8). Os números entre parênteses indicam
o tempo que leva (em minutos) para a atividade processar um
cliente.

1. Qual etapa tem mais potencial de ser o gargalo do processo de lavagem


padrão? E para o processo de lavagem luxo?

2. Qual é a capacidade (medida em clientes atendidos por hora) do lava-


rápido do Bill para processar clientes padrão e luxo?

283

CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

5.2
Resposta:

1. A etapa A4 (15 minutos) tem mais potencial de ser o gargalo do


processo de lavagem padrão; e a etapa A6 (20 minutos) é o
potencial gargalo do processo de lavagem luxo, porque essas
são as etapas que tomam mais tempo no fluxo. Se diz potencial
pois não conhecemos a demanda.

2. A capacidade da lavagem padrão é de quatro clientes por hora, porque a


etapa gargalo A4 pode processar um cliente a cada 15 minutos (60/15). A
capacidade da lavagem luxo é de três clientes por hora (60/20). Essas
capacidades são obtidas convertendo-se os “minutos por cliente” de cada
atividade gargalo para “clientes por hora”.

Acompanhe a simulação deste processo. Veja a representação do


recurso com potencial de ser gargalo nos gráficos da simulação.

284

Professor Fabiano Leal 142


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CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

A linha de produção a seguir é formada por 4 máquinas e 3


operadores. A capacidade produtiva diária desta linha é de 7
horas. Responda às questões “a”, “b”, “c” a partir da análise
5.3 desta linha. Desconsidere tempos de deslocamento entre
máquinas. A peça somente é considerada completa após sair da
linha pela máquina 4.
A

Máquina 1 Máquina 2
tp = 5,3 min tp = 2,1 min Posto de trabalho Formação
B 1 Operador A, Máquina 1
2 Operador B, Máquinas 2 e 3
3 Operador C, Máquina 4

Máquina 4 Máquina 3
tp = 1,5 min tp = 2,4 min

285

CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

a) Qual a produtividade esperada para esta linha para um dia de


trabalho? Considere a linha em ciclo. Calcule a produtividade
obrigatoriamente em peças/homem.hora.
5.3

Resposta:

O esperado é 1 peça a cada 5,3 min com este balanceamento.

Em 420 minutos (CP), teremos 79,2 peças


Produtividade = 79,2 / 3.7 = 3,8 p / H.h

286

Professor Fabiano Leal 143


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CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

b) Qual a eficiência obtida com esta configuração de


balanceamento, considerando um takt time para a linha de 6,2
minutos? Considere a linha em ciclo. Calcule a eficiência em
5.3 porcentagem, com uma casa após a vírgula.

Resposta: Somatório dos tp

Número de postos de trabalho = 11,3 / 6,2 = 1,8

Eficiência = 1,8 / 3 = 60,0%

287

CÁLCULO DO BALANCEAMENTO
5 – BALANC. DE LINHAS DE PRODUÇÃO

c) Considere agora que esta linha não começa a produção em


ciclo. Qual é o lead time esperado da linha para se completar a
produção de 100 peças?
5.3

Resposta:

Lead Time = (Tempo que a primeira peça gasta para atravessar a linha) +
(Número de peças restantes . Tempo de ciclo da linha)

Lead Time = (1.11,3) + (99.5,3) = 536 min, ou 8,9 horas

288

Professor Fabiano Leal 144


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BALANCEAMENTO DE LINHAS DE PRODUÇÃO

289

CAPÍTULO 6 - LAYOUT DO PROCESSO


- Tipos de layout
- Dimensionamento de número de máquinas e configuração
- Elaboração de arranjos físicos

290

Professor Fabiano Leal 145


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ARRANJO FÍSICO

Arranjo físico ou layout é a disposição física de máquinas, equipamentos,


homens e materiais em uma instalação, de tal modo que se obtenha maior
6 – LAYOUT DO PROCESSO

rendimento e eficiência do processo produtivo.

Questões estratégicas

a) Facilitar o fluxo de informações;


b) Aumentar a utilização eficiente de MO e equipamentos;
c) Aumentar a conveniência do cliente (em serviços);
d) Reduzir os riscos para os trabalhadores; etc.

291

POSICIONAL (DE POSIÇÃO FIXA)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Neste tipo de arranjo o material (ou o produto) fica parado e os homens e as


máquinas movimentam-se até ele.

Construção de navios, montagem de locomotivas, fabricação de grandes


vasos de pressão, construção civil.

Este arranjo físico minimiza o número de vezes que o produto precisa ser
movido e frequentemente é a única solução viável.

292

Professor Fabiano Leal 146


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POSICIONAL (DE POSIÇÃO FIXA)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

293

POSICIONAL (DE POSIÇÃO FIXA)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

294

Professor Fabiano Leal 147


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POSICIONAL (DE POSIÇÃO FIXA)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

295

POSICIONAL (DE POSIÇÃO FIXA)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

8:16

https://www.youtube.com/watch?v=lavm7CausyA

296

Professor Fabiano Leal 148


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FUNCIONAL (DE PROCESSO, JOB SHOP)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Neste tipo de arranjo as máquinas são agrupadas de acordo com o


processo que executam. O material se move através de departamentos
especializados, enquanto as máquinas permanecem fixas.

Permite a continuidade da produção no caso de pane de uma das máquinas;

Necessidade de maiores espaços físicos para a movimentação;


necessidade de um cuidadoso controle de custos de movimentação.

O fluxo de material não é único; depende da programação das operações.

297

FUNCIONAL (DE PROCESSO, JOB SHOP)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Retífica Forja Torno

Pintura Solda Perfuradora

Escritório Fresa Fundição

298

Professor Fabiano Leal 149


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FUNCIONAL (DE PROCESSO, JOB SHOP)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

299

LINEAR (LINHAS DE PRODUÇÃO, POR PRODUTO)

É o tipo de arranjo físico em que o material se move, permanecendo fixos


6 – LAYOUT DO PROCESSO

os homens e máquinas. São linhas de produção dedicadas.

Indicados para produções repetitivas ou contínuas, em grandes volumes.

Os recursos são dispostos em torno do percurso do produto, não sendo


partilhados entre muitos produtos (como é o caso do layout funcional).

Estes arranjos seguem uma linha reta, ou mesmo formatos de L, O, S, U.

300

Professor Fabiano Leal 150


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LINEAR (LINHAS DE PRODUÇÃO, POR PRODUTO)


6 – LAYOUT DO PROCESSO

301

CONVEYOR LINE
6 – LAYOUT DO PROCESSO

302

Professor Fabiano Leal 151


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HÍBRIDO (CELULAR)

Exemplos: células de montagem, baseadas na tecnologia de grupo.


6 – LAYOUT DO PROCESSO

O arranjo físico celular consiste em dispor as máquinas, as estações de


trabalho e os materiais nos dispositivos como se somente um operador
fabricasse. Quando se projeta um processo com uma pessoa se movendo
em todos os elementos de trabalho, automaticamente irá projetar um
processo que evita ilhas isoladas de atividades, minimizará a acumulação
de estoque entre os processos, eliminará caminhadas excessivas,
resolverá obstáculos existentes e trarão as etapas de criação de valor tão
próximas umas das outras quanto possível.

303

HÍBRIDO (CELULAR)
Os agrupamentos da tecnologia de grupo são determinados a partir das
operações que são necessárias para se executar um trabalho sobre um
6 – LAYOUT DO PROCESSO

conjunto de itens semelhantes, ou família de peças.

As células se tornam, de fato, versões em


miniatura de arranjos físicos por produto
(lineares).

304

Professor Fabiano Leal 152


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HÍBRIDO (CELULAR)

Arranjo físico funcional


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Usinagem Fresagem Perfuração

L L D D
M M

D D
L L M M

Retífica

L L M M
G G

L L Montagem
G G
A A

Recebimento A A G G
e embarque

305

HÍBRIDO (CELULAR)

Arranjo físico celular


6 – LAYOUT DO PROCESSO

L L M D G Área de
montagem
Célula 1 Célula 2 A A

Recebimento L M G G

Célula 3

L M D
Embarque

306

Professor Fabiano Leal 153


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HÍBRIDO (CELULAR)

Célula de um operador, múltiplas máquinas


OWMM – one-worker, multiple-machines
6 – LAYOUT DO PROCESSO

307

HÍBRIDO (CELULAR)
Se os volumes não são suficientes para manter vários trabalhadores
ocupados em uma linha de produção, o gerente pode configurar uma linha
6 – LAYOUT DO PROCESSO

pequena o suficiente para manter um trabalhador ocupado (OWMM).

Uma célula de um operador, múltiplas máquinas (OWMM) é uma estação de


trabalho em que um trabalhador opera simultaneamente várias máquinas
diferentes para seguir um fluxo em linha.

Uma disposição OWMM reduz tanto os requisitos de estoque como os de


mão de obra. O estoque é reduzido porque, em vez de se amontoarem em
filas, os materiais movem-se diretamente para a operação seguinte. A mão
de obra é reduzida porque mais trabalho é automatizado.

308

Professor Fabiano Leal 154


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HÍBRIDO (CELULAR)
6 – LAYOUT DO PROCESSO

309

HÍBRIDO (CELULAR)
6 – LAYOUT DO PROCESSO

8:53

https://www.youtube.com/watch?v=jUmde9nEwQ0

310

Professor Fabiano Leal 155


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CASO PRÁTICO
Como são produzidos os aviões?
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Uma opção é a montagem em doca, que é realizada pela presença


estacionada da aeronave no momento de montagem final. Caracteriza-se por
um layout de posição fixa, uma vez que o produto se mantém parado,
enquanto diversos times de trabalho vão se aproximando de acordo com a
necessidade de seu trabalho e do processo.

Outra opção é a montagem final de aviões em linha móvel (linha de


montagem). A montagem em linha consiste na utilização da mão-de-obra de
forma fixa e movimentação do produto durante as etapas do processo
produtivo, a qual exige sincronização e ciclos de produção padrões. Dessa
forma, a montagem final de aeronaves em linha se caracteriza por ser um
layout por produto.

311

CASO PRÁTICO
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Layout em docas

312

Professor Fabiano Leal 156


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CASO PRÁTICO
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Layout em linha

313

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

Dimensionamento da quantidade de máquinas, de um determinado tipo,


requerida para atender um programa de produção.
6 – LAYOUT DO PROCESSO

TP = tempo planejado
J = turno de trabalho

314

Professor Fabiano Leal 157


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL


Vamos reescrever esta equação:
6 – LAYOUT DO PROCESSO

TP = número de itens que devem ser produzidos (D) . tempo de


processamento de cada item (p)

J = tempo disponível de cada máquina (N)

Número de máquinas = (D.p) / N

Nesta apostila vimos em “Expandindo a compreensão do conceito de


capacidade” que:

315

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

Número de unidades (inputs) = D.p Perceba que é a mesma


N equação!
6 – LAYOUT DO PROCESSO

316

Professor Fabiano Leal 158


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.1 Considere um processo com uma demanda de 193 peças por dia
(8 horas). Determine o número necessário de cada tipo de
6 – LAYOUT DO PROCESSO

máquina para atender à demanda.

317

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL


Resposta: Começando pela máquina com maior tempo planejado.
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Observe que numa jornada de 480 min/dia é perfeitamente possível a


operação 10 concretizar sua produção diária.

Como o recurso mais crítico exige apenas 1 máquina, pode-se afirmar que as
demais máquinas exigirão apenas 1 máquina (com tempo ocioso).

A carga de máquina é calculada específica para cada máquina

318

Professor Fabiano Leal 159


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.2
Uma oficina é organizada segundo um layout funcional, como
mostra a figura abaixo. São quatro departamentos, com máquinas
6 – LAYOUT DO PROCESSO

de tornear, fresar, furar e pintar.

Torneamento Furação

Fresamento Pintura

319

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.2 Considere que a oficina trabalha 8 horas por dia, 20 dias por mês.
Duas peças devem ser produzidas neste mês. As demandas
6 – LAYOUT DO PROCESSO

mensais são 2500 peças A e 3500 peças B. Os tempos de


operação, por peça, estão representados na tabela abaixo.

Torneamento Fresamento Pintura Furação


Peça A 30 min/peça 20 min/peça 60 min/peça
Peça B 15 min/peça 45 min/peça 40 min/peça

Calcule o número de tornos, fresas, máquinas de furar e máquinas de


pintar, necessárias para atender à demanda mensal de produtos A e B.
Ignore o tempo de setup e tempo de deslocamento entre departamentos.

320

Professor Fabiano Leal 160


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL


Torneamento Fresamento Pintura Furação
6.2 Resposta: Peça A 30 min/peça 20 min/peça 60 min/peça
Peça B 15 min/peça 45 min/peça 40 min/peça
6 – LAYOUT DO PROCESSO

As demandas mensais são 2500 peças A e 3500 peças B

TP torno = (2500 . 30) + (3500 . 15) = 127500 minutos


TP fresa = (2500 . 20) + (3500 . 45) = 207500 minutos
TP pintar = (2500 . 60) = 150000 minutos
TP furar = (3500 . 40) = 140000 minutos

Fresa é o recurso mais exigido. Iniciaremos por ele.

Número de fresas = 207500 minutos / (20 * 480) minutos


Número de fresas = 21,61; ou melhor, 22 fresas

Torno = 14; Pintura = 16; Furar = 15

321

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3 Exercício com utilização igual a 100%


Uma empresa dividiu seu espaço em 4 setores distintos, sendo cada
6 – LAYOUT DO PROCESSO

um responsável por uma função (layout funcional). Em cada setor


devem ser colocadas máquinas responsáveis pela função do setor,
como mostra a figura a seguir.

Setor A Setor B

Setor C Setor D

322

Professor Fabiano Leal 161


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3 Três produtos deverão ser produzidos por esta empresa. O


produto 1 necessita das funções A, B e D, nesta ordem. O produto
6 – LAYOUT DO PROCESSO

2 necessita das funções C e D, nesta ordem. O produto 3 necessita


das funções A, B, C e D, nesta ordem. Cada função é realizada por
um tipo de máquina. A tabela abaixo mostra o tempo que cada
máquina gasta por produto.

função A função B função C função D


produto 1 5 min/produto 10 min/produto não usa 5 min/produto
produto 2 não usa não usa 3 min/produto 4 min/produto
produto 3 4 min/produto 5 min/produto 15 min/produto 5 min/produto

A demanda diária dos produtos é a seguinte: 90 unidades do produto 1, 110


unidades do produto 2, 87 unidades do produto 3. Considere uma
capacidade produtiva diária de 8 horas e utilização igual a 100%.
Desconsidere tempos de setup e deslocamento.
323

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3
Esta empresa estuda alterar o layout, deixando de utilizar layout
funcional e passando a utilizar células. Deverão ser projetadas 3
6 – LAYOUT DO PROCESSO

células: célula 1, para o produto 1; célula 2, para o produto 2;


célula 3, para o produto 3. Desenhe como ficariam estas 3 células
de produção e calcule a taxa de produção diária de cada célula,
utilizando o menor número possível de máquinas para atender à
demanda. Considere as linhas sempre em ciclo.

Setor A Setor B

P1

Setor C Setor D
P3

P2

324

Professor Fabiano Leal 162


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3 Resposta: função A função B função C função D


produto 1 5 min/produto 10 min/produto não usa 5 min/produto
produto 2 não usa não usa 3 min/produto 4 min/produto
6 – LAYOUT DO PROCESSO

produto 3 4 min/produto 5 min/produto 15 min/produto 5 min/produto

90 unidades do produto 1, 110


TP função A = (5min/unid).(90unid)+(4min/unid).(87unid) = 798 min unidades do produto 2, 87
unidades do produto 3.

TP função B = (10min/unid).(90unid)+(5min/unid).(87unid) = 1335 min

TP função C = (3min/unid).(110unid)+(15min/unid).(87unid) = 1635 min

TP função D = (5min/unid).(90unid)+(4min/unid).(110unid)+(5min/unid).(87unid) = 1325 min

Função C é a mais exigida!

Máquinas C necessárias = 1635min / 480min ≈ 4


Máquinas B necessárias = 1335min / 480min ≈ 3
Máquinas D necessárias = 1325min / 480min ≈ 3
Máquinas A necessárias = 798min / 480min ≈ 2
325

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Setor A Setor B

Setor C Setor D

Vamos ver se a simulação confirma esta configuração.

326

Professor Fabiano Leal 163


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3
6 – LAYOUT DO PROCESSO

327

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3
Perceba que, contrariamente à resolução
algébrica do exercício, não foi possível
6 – LAYOUT DO PROCESSO

atender à demanda total do Produto 3


(deveria ser 87). Curiosamente, nossas
máquinas apresentam ociosidade. O que
houve?

328

Professor Fabiano Leal 164


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3 Vamos dividir os lotes dos Produtos 1 e 3 pela metade (produtos


1 e 3 disputam a entrada no sistema pela função A). Vamos criar
6 – LAYOUT DO PROCESSO

uma pequena dessincronizarão na chegada das metades dos


lotes, para garantir o posicionamento na Fila A (45 P1, 43P3, 45P1,
44 P3)

329

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3 Lote inteiro Lotes pela metade


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Melhorou, mas não resolveu. Vamos agora dividir os lotes citados em lotes
unitários. A sincronização de chegadas deve garantir a chegada de P1 e P3
um por vez, de forma alternada, na Fila A.

330

Professor Fabiano Leal 165


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

6.3 Lote inteiro Lotes pela metade Lotes unitários


6 – LAYOUT DO PROCESSO

331

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL


Célula 1 Célula 2
6.3 10 min
B 3 min 4 min
6 – LAYOUT DO PROCESSO

C D
A D
10 min
5 min B 5 min Tempo de ciclo = 4 min
Taxa = 120 unid/dia
Tempo de ciclo = 5 min
Taxa = 96 unid/dia função A função B função C função D
produto 1 5 min/produto 10 min/produto não usa 5 min/produto
15 min produto 2 não usa não usa 3 min/produto 4 min/produto
produto 3 4 min/produto 5 min/produto 15 min/produto 5 min/produto
Célula 3 C
90 unidades do produto 1, 110
unidades do produto 2, 87
unidades do produto 3.
4 min 5 min 15 min 5 min Tempo de ciclo = 5 min
A B C D Taxa = 96 unid/dia

15 min
C
332

Professor Fabiano Leal 166


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL


Uma empresa fabrica e vende 4 tipos diferentes de produtos.
Estes produtos são nomeados como Produto 1, Produto 2,
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Produto 3 e Produto 4. Para a fabricação destes produtos, a


6.4 empresa utilizará um layout funcional, com 5 departamentos.
Cada departamento agrupa máquinas da mesma função. Estas
funções são nomeadas como Função A, Função B, Função C,
Função D e Função E.

A tabela que mostra o tempo padrão de operação de cada


máquina (função), de acordo com o produto, é mostrada a
seguir. Funções
A B C D E
Produtos Tempos em minutos
1 8 40 10 20 10
2 12 30 15 10 10
3 6 32 8
4 6 16 8

333

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL


A tabela a seguir mostra a demanda diária por cada um destes
produtos. Considere um dia de trabalho com capacidade
6 – LAYOUT DO PROCESSO

produtiva de 8 horas. Demanda por dia


6.4 Produtos unidades
1 32
2 21
3 40
4 43

a) A partir destes dados, defina a quantidade mínima necessária de máquinas


de cada função para atender à demanda diária.
Resposta: assim como feito no exercício anterior.

TP A = 766 min ; 2 máquinas A


TP B = 1910 min; 4 máquinas B
TP C = 875 min; 2 máquinas C
TP D = 2818 min; 6 máquinas D
TP E = 1194 min; 3 máquinas E

334

Professor Fabiano Leal 167


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL


b) Faça agora a migração do layout funcional para o layout celular.
Entretanto, considere um indicador de utilização de 75%. Desenhe
6 – LAYOUT DO PROCESSO

uma célula para cada produto, dimensionando o mínimo


6.4 necessário de máquinas para atender à demanda. As células não
devem compartilhar máquinas. Considere as células em ciclo.

Resposta: Esta alteração na utilização não afeta o cálculo do tempo planejado.

Entretanto, haverá alteração na definição do número de máquinas. Não consideraremos a


CP, pois de fato ela não é real. Utilizaremos 75% do valor da CP (provavelmente existe um
histórico de paradas não programadas, como manutenções corretivas por exemplo). Tempo
de operação = 0,75.480 = 360 min.

A: 766 min/360 min = 3 máquinas A


B: 1910 min/360 min = 6 máquinas B
C: 875 min/360 min = 3 máquinas C
D: 2818 min/360 min = 8 máquinas D
E: 1194 min/360 min = 4 máquinas E

335

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

Célula para produto 1


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Takt Time = 360 min / 32 unidades = 11,25 min/unidade


6.4
B

B D TC = 10 min
A C E
B D
B

Funções
A B C D E
Produtos Tempos em minutos
Faltam 2A ,2B, 2C, 6D, 3E 1 8 40 10 20 10
2 12 30 15 10 10
3 6 32 8
4 6 16 8

336

Professor Fabiano Leal 168


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

Célula para produto 2


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Takt Time = 360 min / 21 unidades = 17,14 min/unidade


6.4

B TC = 15 min
A C D E
B

Funções
A B C D E
Produtos Tempos em minutos
1 8 40 10 20 10
Faltam 1A ,0B, 1C, 5D, 2E
2 12 30 15 10 10
3 6 32 8
4 6 16 8

337

DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

Célula para produto 3


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Takt Time = 360 min / 40 unidades = 9 min/unidade


6.4

D
C D E TC = 8 min

D
D

Funções
A B C D E
Produtos Tempos em minutos
1 8 40 10 20 10
Faltam 1A ,0B, 0C, 1D, 1E
2 12 30 15 10 10
3 6 32 8
4 6 16 8

338

Professor Fabiano Leal 169


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DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS – LAYOUT FUNCIONAL

Célula para produto 4


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Takt Time = 360 min / 43 unidades = 8,37 min/unidade


6.4

D
A D E TC = 8 min

Funções
A B C D E
Produtos Tempos em minutos
1 8 40 10 20 10
Faltam 0A ,0B, 0C, -1D, 0E
2 12 30 15 10 10
3 6 32 8
4 6 16 8

339

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

Método dos Elos ou das Interligações


6 – LAYOUT DO PROCESSO

O método estabelece que os equipamentos com maior número de


interligações terão prioridade na localização no chão de fábrica.

340

Professor Fabiano Leal 170


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ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

Método dos Elos ou das Interligações


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Soma-se as interligações na vertical e na horizontal, para cada operação (A,


B, ...). Este total de interligações representa o número de traços da próxima
figura.

341

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

Método dos Elos ou das Interligações


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Disposição relativa dos equipamentos

342

Professor Fabiano Leal 171


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ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

O modelo Carga/Distância
6 – LAYOUT DO PROCESSO

A resposta oferecida não é necessariamente a ótima.

Vamos ver um exemplo de aplicação:

10 m Vamos alocar 6
10 m departamentos
10 m nestes 6 espaços de
10 m2 cada um.

10 m

343

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

O modelo Carga/Distância Departamentos a serem alocados: A, B, C, D, E


eF
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Primeira pergunta: quantas locomoções diárias são


necessárias entre cada par de departamentos?

Matriz DE/PARA – N. de locomoções entre departamentos

PARA A B C D E F
A 50 50 100 60 40
B 80 50 120 50
C 120 100 60
DE
D 50 30
E 80
F

344

Professor Fabiano Leal 172


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ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

O modelo Carga/Distância
6 – LAYOUT DO PROCESSO

A matriz mostra que, entre os departamentos B e E, por exemplo, existem


120 locomoções diárias, não importando se uma pessoa faz o trajeto 120
vezes por dia ou se 10 pessoas fazem cada uma 12 vezes.

O fato da matriz só possuir a metade acima da diagonal indica que foram


somadas as locomoções de um a outro departamento; assim, existem 120
locomoções entre B e E, independente do sentido.

Parte-se de uma proposta inicial:

345

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

1 2 B 3 C
6 – LAYOUT DO PROCESSO

10 m
10 m A
10 m
4 5 6
D E
F
10 m

PARA 1 2 3 4 5 6
1 10 20 10 20 30
2 10 20 10 20
3 30 20 10
DE
4 10 20
5 10
6

346

Professor Fabiano Leal 173


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ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

O modelo Carga/Distância

Desta forma, calcula-se o espaço total percorrido entre cada departamento.


6 – LAYOUT DO PROCESSO

Por exemplo, para os departamentos C e D:


- número de locomoções: 120
- distância: 30 m
- espaço percorrido: 120 x 30m = 3600m

PARA 1A 2B 3C 4D 5E 6F TOTAIS
1A 500 1000 1000 1200 1200 4900
2B 800 1000 1200 1000 4000
3C 3600 2000 600 6200
DE
4D 500 600 1100
5E 800 800
6F
TOTAIS 500 1800 5600 4900 4200 17000

347

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

O modelo Carga/Distância Segunda proposta de alocação:


6 – LAYOUT DO PROCESSO

1 2 C 3 B
10 m
10 m A
10 m
4 5 6
D E
F
10 m

A maior distância percorrida na proposta anterior foi entre C e D (3600m). Por


isto estes departamentos foram aproximados.

348

Professor Fabiano Leal 174


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ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

PARA 1A 2C 3B 4D 5E 6F TOTAIS
1A 500 1000 1000 1200 1200 4900
6 – LAYOUT DO PROCESSO

2C 800 2400 1000 1200 5400


3B 1500 2400 500 4400
DE
4D 500 600 1100
5E 800 800
6F
TOTAIS 500 1800 4900 5100 4300 16600

Houve uma economia de 400 metros diários em relação ao arranjo anterior.

349

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS

6.5 O planejamento do arranjo físico tem como


objetivo garantir a maior eficiência possível na
6 – LAYOUT DO PROCESSO

2019 combinação dos recursos utilizados nas


atividades produtivas. O custo total de um
arranjo físico pode ser obtido com esta equação:

Em que:
- wij é uma medida de interação entre as atividades i e j
- dij é uma medida de distância entre as atividades i e j
- kij é o fator de conversão para custos entre as atividades i e j
- ci é o custo fixo de localização de cada atividade.

350

Professor Fabiano Leal 175


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ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5

2019
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Considere um processo produtivo que utilize seis máquinas (M1, M2, M3, M4,
M5 e M6), cada uma devendo ser alocada em uma das posições indicadas no
esquema a seguir. Por restrições de infraestrutura, as posições das
máquinas M5 e M6 são predefinidas e fixas nas posições 6 e 5,
respectivamente.

351

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5

2019
6 – LAYOUT DO PROCESSO

A matriz de-para, a seguir, expressa a medida de interação como o número


de paletes movimentados entre cada par de máquinas, por turno de trabalho.

352

Professor Fabiano Leal 176


IEPG - UNIFEI 2023

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5
Com base nessas informações, assinale a opção que
2019 apresenta a associação (máquina, posição) que leva ao
6 – LAYOUT DO PROCESSO

arranjo físico com custo mínimo de movimentação de


materiais.

a) (M3,1); (M2,2); (M4,3); (M1,4); (M5,5); (M6,6).


b) (M2,1); (M1,2); (M3,3); (M4,4); (M6,5); (M5,6).
c) (M4,1); (M2,2); (M1,3); (M3,4); (M6,5); (M5,6).
d) (M1,1); (M2,2); (M4,3); (M3,4); (M6,5); (M5,6).
e) (M1,1); (M2,2); (M4,3); (M3,4); (M5,5); (M6,6).

353

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5
Resposta:
2019
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Considerando as restrições de infraestrutura, ou seja, M6 na posição 5 e M5


na posição 6, podemos manter como elegíveis apenas as alternativas “b”,
“c” e “d”.
Apesar da fórmula apresentada para o cálculo do custo total de um arranjo
físico, a questão informa que existem apenas 5 movimentações de paletes
entre cada para de maquinas, ou seja: entre M2 e M4 (15 paletes), entre M1 e
M2 (13 paletes), entre M1 e M3 (10 paletes), entre M3 e M5 (10 paletes) e entre
M5 e M6 (9 paletes).

354

Professor Fabiano Leal 177


IEPG - UNIFEI 2023

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5
Resposta:
2019
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Considerando que as máquinas 5 e 6 já estão previamente posicionadas e


entre elas são movimentados 9 paletes, para minimizar os custos de
movimentação de materiais o critério é posicionar as máquinas restantes
segundo a maior movimentação de paletes entre os pares de máquinas.

355

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5
Resposta:
2019
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Nesta linha de raciocínio tem-se que o par de máquinas M2-M4 movimentam


15 paletes. Assim, elas devem ficar o mais próximo possível. Vamos tentar
esta configuração:

356

Professor Fabiano Leal 178


IEPG - UNIFEI 2023

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5
Resposta:
2019
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Na sequência, tem-se o par M1-M2. Vamos agora buscar posicioná-las o


mais próximo possível.

357

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5
Resposta:
2019
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Agora temos um empate entre M1-M3 e M3-M5. Colocaremos M3 na última


posição possível.

358

Professor Fabiano Leal 179


IEPG - UNIFEI 2023

ELABORAÇÃO DE ARRANJOS FÍSICOS


6.5
Resposta:
2019
6 – LAYOUT DO PROCESSO

Conforme vimos no início da resolução, considerando as restrições de


infraestrutura, ou seja, M6 na posição 5 e M5 na posição 6, podemos manter
como elegíveis apenas as alternativas “b”, “c” e “d”.
A opção b, com a configuração (M2,1); (M1,2); (M3,3); (M4,4); (M6,5); (M5,6)
reflete a configuração que chegamos.

RESPOSTA CORRETA: B

359

LAYOUT DO PROCESSO

360

Professor Fabiano Leal 180


IEPG - UNIFEI 2023

EP3001

PROJETO E MEDIDA DO TRABALHO

2023

Prof. Dr. Fabiano Leal

fleal@unifei.edu.br
361

Professor Fabiano Leal 181

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