Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRESTAÇÃO DE CONTAS E
CONTROLE EXTERNO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
2
A República Federativa Brasileira, o Estado Democrático de
Direito, a Evolução do Direito Orçamentário e a Organização
Político Administrativa.
3
I. A República Federativa Brasileira e o Estado Democrático Brasileiro.
(Artigos 1º e 2º da CF e artigos 2º, 5º, 6º e 7º da CE.)
Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
4
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
5
Art. 5º - O Estado do Rio de Janeiro, integrante, com seus municípios, da
República Federativa do Brasil, proclama e se compromete a assegurar
em seu território os valores que fundamentam a existência e a
organização do Estado Brasileiro, quais sejam: além da soberania da
Nação e de seu povo, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais
do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político; tudo em prol do
regime democrático, de uma sociedade livre, justa e solidária, isenta do
arbítrio e de preconceitos de qualquer espécie.
9
Constituição do Estado do Rio de Janeiro (CE-89)
10
II.2 - Os Poderes:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares à Constituição;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - decretos legislativos;
VI - resoluções.
13
a.1. 2. Mediar conflitos da sociedade com os poderes (Artigo 2º da CF e
artigos 4º e 7º da CE)
15
a.1.4. Fiscalizar os poderes, principalmente a Fiscalização Contábil,
Financeira e Orçamentária (art. 70 a 75 da CF e artigos 122, 123 da CE).
16
Constituição do Estado do Rio de Janeiro (CE-89)
17
Art. 99 - Compete privativamente à Assembleia Legislativa:
20
4.2.5 – Outras legislações.
b. Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. (Artigos 71, 73, 74, 75
da CF, artigos 123, inciso I, 128, 133, 134 da CE.)
e.1. Ministério Público (art. 127 a 130 da CF, art. 170 a 175 da CE).
21
f- O tempo em que vivemos.
22
Antonie Garapon evidencia o crescente papel dos juízes na França,
que se aplica ao Brasil com a assustadora similitude:
“O papel de guardiões da virtude pública destina-se, hoje, em
França, aos juristas e, particularmente, aos juízes que se tornam, de
uma forma bastante evidente, a consciência moral da vida social,
política e econômica. Estes últimos veem, assim, o seu afastamento da
política e do dinheiro, do qual se queixavam há bem pouco tempo,
transformar-se, subitamente, em vantagem. Pretendem-se apresentar-
se como último refúgio da virtude e do desinteresse numa República
abandonada pelos seus representantes. Tal facto desperta o velho
demônio inquisitorial ainda presente no imaginário latino. Estas novas
expectativas surpreendem uma magistratura pouco preparada para
esse papel. Daí decorrem excessos, na verdade pouco numerosos, mas
que merecem ser analisados, nem que seja apenas para os conjurar.
23
Governo de juízes, activismo jurisdicional, protagonismo judicial,
tentação da justiça redentora... são muitas as palavras que
permitem designar os novos perigos que a justiça pode criar à
democracia. (…)
24
Eis a promessa ambígua da justiça moderna: os pequenos juízes livrar-
nos-ão dos políticos corruptos e os grandes juízes, da própria política.
A justiça participa deste recalcamento político, tanto através do desvio
aristocrático, como através da tentação populista. ” (GARAPON, 1998,
p. 53-54; p. 74-75).
25
O caso brasileiro, embora diferente do caso italiano guarda
algumas semelhanças, pois nossa sociedade civil deposita
expectativas no Poder Judiciário para promover reformas
políticas, institucionais e cívicas nas quais, “[p]rotegidos do
governo pela sua independência estatutária, libertos – em
virtude do sistema da sua designação – das influencias
partidárias e dos compromissos eleitoralistas dominadas por
um ideal de justiça como igualdade e equilíbrio e formados
num ambiente intelectual e universitário progressista, os
juízes deveriam estar em condições de realizar um direito
igual, mesmo numa sociedade de classe.”(HESPANHA, 2009,
p.457).
26
Doutro vértice, a defensores da legitimidade democrática
conferida pela opinião pública ao Poder Judiciário. A aproximação
mais direta do judiciário no atendimento das demandas propostas
pelos cidadãos parece indicar maior concretude e proximidade
que a representação dos parlamentos eleitos.
No Brasil destaca-se a posição de Luís Roberto Barroso, ao
defender que o Supremo Tribunal Federal, para além da função
contramajoritária, estaria a desempenha função representativa,
além de uma função que denominou de vanguarda iluminista.
Aduz que a democracia é muito mais que a expressão numérica de
votos pois sua dimensão substantiva implica na preservação de
valores e direitos fundamentais, consistindo assim em votos,
direitos e razões. (BARROSO, 2017, p.26 – 27).
27
Em relação a função representativa, Barroso parte da
premissa que as democracias contemporâneas transferiram
ao judiciário um certo grau de criação de Direito. Em face da
superação do modelo tripartite de separação de poderes, o
judiciário – dentro de certos contextos – pode ser o melhor
interprete do sentimento majoritário. As razões de tal
legitimidade estariam assentadas:
I) No ingresso dos magistrados pelo acesso democrático da
via do concurso público;
II) No alto custo das campanha eleitorais e
comprometimento dos políticos com seus financiadores e
bases eleitorais;
28
III) Na garantia da vitaliciedade dos juízes que os deixaria
menos suscetíveis as circunstancias políticas de curto prazo,
nem a tentações populistas;
IV) No fato dos órgãos judiciais atuarem apenas quando
provocados nos limites da lide;
V) da necessidade das decisões judiciais serem motivadas
pondo ao magistrado o dever de expor publicamente suas
razões de decidir, implicando ainda numa legitimação discursiva.
Ao final elenca uma série de casos em que o STF teria decidido
“em claro alinhamento” com as demandas da sociedade,
citando o caso da vedação ao nepotismo, fidelidade partidária e
vedação da participação de empresas privadas no
financiamento eleitoral (BARROSO, 2017, p.54-59).
29
Quanto a função da “vanguarda iluminista” Barroso assevera o
papel do STF em “empurrar a história quando ela emperra”.
Reconhece tratar-se de competência perigosa pelo risco
democrático das cortes constitucionais transformarem-se em
instancias hegemônicas. Para tanto, exemplifica o papel do STF
quando do julgamento da equiparação da união homoafetiva às
uniões estáveis, o que abriu a via do casamento entre pessoas do
mesmo sexo, do reconhecimento a mudança de sexo e alteração
do nome civil e da utilização dos banheiros públicos com a
percepção de cada qual. Assevera que dificilmente o legislador
ordinário poderia enfrentar e superar esses temas. Encerra seus
argumentos listando uma série de decisões em diversos ramos do
direito, que consistiram em nítido avanço social no Brasil
(BARROSO, 2017, p.59-65) 30
As propostas de Luís Roberto Barroso foram franca e
elegantemente enfrentadas na obra: A Razão e o voto: Diálogos
Constitucionais com Luís Roberto Barroso (VIEIRA; GLEZER, 2017).
No tocante à função representativa destacamos que o Judiciário,
a despeito de estar inserido no contexto social e naturalmente
vocalizar os valores e as razões existentes em determinado tempo e
lugar, jamais deve assumir o papel da representação popular. E não
deve porque o exercício da função contramajoritária é
absolutamente incompatível com a alegada função representativa e,
principalmente, porque a necessidade de grande cautela em saber a
qual “voz das ruas” se está a auscultar. Sabidamente a grupos que se
fazem ouvir muito mais que a outros, e nem sempre são maioria.
31
III. Aspectos evolutivos do direito orçamentário.
32
Com essa gênese, é que Baleeiro, Aliomar, em Uma introdução à
Ciência das Finanças, - 17ª ed. rev. e atualizada por Hugo Brito
Machado Segundo. – Rio de Janeiro: Forense, 2010, pag.525,
comenta que:
Pretendem historiadores que, antes da conquista normanda
(século XI), nenhum rei saxão ousara aplicar tributos ou exigir
serviço militar, sem o consentimento e conselho de uma assembleia.
Certo é que João-Sem-Terra sentiu ao vivo o risco dessa ousadia,
quando os barões contra ele reagiram e, vencendo-o pelas armas,
obrigaram-no a assinar a Magna Carta de 1215. Dela contava a
ratificação do princípio de que nenhum tributo ou scutage (taxa,
cobrança, imposto) seria levantado sem o consentimento do
conselho do reino, salvo os de costume, para resgate do rei,
elevação do seu filho mais velho a cavalheiro ou dote da filha mais
velha.
33
A tese da restrição a liberdade de tributar (arrecadar),
após seis séculos de lutas políticas, de parlamentos
tenazes contra reis recalcitrantes, saiu vitoriosa com a
“gloriosa revolução” de 1688, na Inglaterra.
Posteriormente, associou-se a restrição da liberdade de
tributar a questão de, também, o parlamento autorizar e
controlar as despesas governamentais. Os citados
conceitos se difundiram fartamente em diversos países
europeus. Essas práticas, também, se observavam em
França, Espanha e Portugal e deste passaria ao Brasil
Colonial através das instituições municipais (Baleeiro,
2010, pag. 526).
34
III.1.2 - Na História do Brasil.
35
Assim, a questão de como se elaborar e executar o
orçamento público começou a ser introduzido na Constituição
do Brasil, ainda no Império, na Carta de 1824.
Mas o primeiro orçamento nacional elaborado, em
conformidade com a Carta de 1824, foi o votado para o
exercício de 1831-1832, há 190 anos.
Apesar de ter decorrido tanto tempo, ainda é um
instrumento desconhecido da imensa maioria, pela forma
hermética de se revelar, por ser matéria que interessa,
somente, a pequenas parcelas da burocracia estatal e da classe
política em geral. No entanto, deveria se tornar em um
instrumento eficaz no planejamento e execução de políticas
públicas, com uma efetiva participação popular e ser o mais
transparente possível. 36
Tanto é verdade, que a luta por justiça tributária e transparência
orçamentária associada à qualidade do gasto público tornou-se para
a cidadania brasileira quase tão relevante quanto à manutenção do
Estado Democrático de Direito. Constata-se que a carga tributária
atual de 36% do PIB é quase o dobro do imposto intitulado “quinto
dos infernos”, sem que a população se aperceba de haver uma
contraprestação de serviços adequados. Justifica-se, pois, a
necessidade do aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão
financeira, patrimonial e da responsabilidade no processo
orçamentário.
Mesmo sendo uma questão colocada em um segundo plano pela
ciência política e não tendo a relevância devida no próprio direito, o
orçamento, a contabilidade pública e o controle, historicamente,
tiveram um papel relevante nas políticas públicas brasileiras.
37
João Barbalho, em Comentários à Constituição Federal de
1891 – ao dissertar sobre o seu art. 34, § 1º, afirmou: “E é este
o melhor préstimo, senão a única verdadeira razão de ser dos
parlamentos”.
Ruy Barbosa, em Comentários à Constituição Federal de
1891, ao comentar sobre o citado artigo 34, lecionou:
Elaborar o orçamento é a principal função da legislatura. A
Constituição (art.34) atribuía privativamente ao Congresso o
poder do orçamento. É a prerrogativa máxima do Corpo
Legislativo. É a arma, com que os parlamentos domaram os
reis. É o instrumento, com que as Câmaras populares
conquistaram a liberdade política. (Inventario da Legalidade.
Jornal do Brasil, de 17 de julho de 1893).
38
Ainda, Ruy Barbosa, na exposição de motivos que
introduziu o Decreto nº 966-A, de 07/11/1890, para a
criação do Tribunal de Contas, refere-se à necessidade de
tornar o orçamento uma instituição inviolável e soberana,
em sua missão de prover as necessidades públicas
mediante o menor sacrifício dos contribuintes e a
necessidade urgente de fazer dessa lei uma força da nação
e prega que o orçamento deixe de ser uma simples
combinação formal e torne-se uma realidade segura,
solene, inacessível a transgressões impune.
39
Essa posição de reconhecimento ao orçamento e
as finanças públicas como função principal e
primordial do poder político, tem uma definição
mais nítida quando se consulta o pronunciamento
de Borges de Medeiros em 1916, então Chefe do
Partido Republicano Rio-Grandense, e herdeiro de
Júlio de Castilhos na obra de Joaquim Luís Osório,
“Constituição Política do Estado do Rio Grande do
Sul: Comentário”, editoria UnB, Brasília, 1981, pág.
184.
40
A lei financeira é tudo, porque sem ela o governo terá
de oscilar fatalmente entre a revolução e o despotismo.
Augusto Comte não trepidou em afirmar que a
composição do orçamento e a votação do imposto
envolvem uma questão capital para a sociedade e mais
importante que a própria controvérsia sobre as formas
de governo.
41
III.2- Evolução sintética das Constituições brasileiras sob o foco
do Direito Orçamentário.
43
Na Constituição de 1937, o orçamento é tratado pelos artigos
68 a 72, mantendo-se o conceito de orçamento uno. O artigo
68, § 1º determina que, por ocasião de formular a proposta
orçamentária, o Departamento Administrativo organizará,
para cada serviço, departamento, estabelecimento ou
repartição, o quadro da discriminação ou especialização, por
itens, da despesa que cada um deles é autorizado a realizar.
No artigo 69 é definido que o orçamento conterá a
discriminação ou especialização da despesa por serviço,
departamento, estabelecimento ou repartição. No artigo 70
foi mantido o mesmo conceito expresso pela alínea “a”
parágrafo 3º, artigo 50 da Constituição de 1934.
44
Na Constituição de 1946 o orçamento é tratado pelos
artigos 65 e 73 a 75. No artigo 75 surge o princípio da
proibição de estorno de verbas, sem autorização
legislativa. Registre-se que a Lei Federal 4320/1964,
foi editada sob a égide da Constituição de 1946.
Mudança nos cenários políticos, golpe militar de 1964
e a retomada da democratização no início da década
de 1980, se reproduziram nas Constituições de 1967 e
1988, respectivamente.
45
Na Constituição de 1967 foram introduzidas as seguintes
modificações significativas: artigo 61, caput, prevendo que lei
federal disporá sobre o exercício financeiro, a elaboração e a
organização dos orçamentos públicos. Na alínea a, § 1º do artigo
61, é vedada a transposição, sem prévia autorização legal, de
recursos de uma dotação orçamentária para a outra. Na alínea c,
§ 1º do artigo 61, é vedada a abertura de crédito especial ou
suplementar sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes; e na alínea “d” a realização, por
qualquer dos Poderes, de despesas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais. No artigo 64, §1º, alínea “a”, é
vedada, nas leis orçamentárias ou na sua execução “o estorno
de verbas”.
46
A Constituição de 1988 abordou o tema orçamento,
principalmente, nos artigos 165 a 169. No artigo 165, caput,
definiu que por iniciativa do Poder Executivo leis
estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias
e os orçamentos anuais. Nos §§ 1º e 2º do artigo 165,
estabeleceu de que constarão as leis que instituírem o plano
plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias,
respectivamente. Ainda, no artigo 165, § 5º definiu de que
compreenderá a lei orçamentária anual. No § 7º do artigo
165, determinou que os orçamentos previstos no § 5º, I e II,
do mesmo artigo, deverão ser compatibilizados com o plano
plurianual, e terão entre suas funções a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério47populacional.
No § 8º do artigo 165, repetiu o conceito da Constituição
de 1967, em que a lei orçamentária anual não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei. No § 9º do citado artigo,
remeteu à lei complementar dispor sobre o exercício
financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual.
48
No artigo 166, § 3º foi determinado que as emendas
ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos
que o modifiquem somente poderão ser aprovadas
caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com
a lei de diretrizes orçamentárias, reforçando o que já
havia sido definido no artigo 165, § 7º e no § 4º do
artigo 166, que as emendas ao projeto de lei de
diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.
49
Enfim, a Constituição Federal de 1988, impôs um
sistema orçamentário uno e indivisível em que se há
de compatibilizar PPA, LDO e LOA. No artigo 167, a CF-
88, tratou das vedações, onde destacaríamos a
proibição de se dar início a programas ou projetos não
incluídos na lei orçamentária anual (inciso I), e a
abertura de crédito suplementar ou especial sem
prévia autorização legislativa e sem indicação dos
recursos correspondentes (inciso VI).
50
AULA 02
PRESTAÇÃO DE CONTAS E
CONTROLE EXTERNO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fundamentos Constitucionais.
Constituição Federal.
O presente trabalho objetiva abordar o Controle Interno do Estado do Rio de Janeiro. Assim,
será dada ênfase aos mecanismos de transparência e de accountability existentes no Poder Executivo
fluminense. O conceito de accountability abrange três aspectos:
Entre os diferentes tipos de controles institucionais, por meio dos quais se busca efetivar
transparência e gestão de resultados, está o conceito de accountability, sem tradução para o português,
que abrange três aspectos: a obrigação do administrador público de prestar contas à sociedade; a
responsabilização dele por seus atos e resultados; e sua disposição de adotar as políticas preferidas por seus
governados (responsividade) (Santos, 2019).
Assim, tendo em vista o objetivo do presente trabalho, nos próximos tópicos serão
abordadas as principais linhas de atuação de importantes órgãos da Administração Direta e Indireta
da estrutura do Poder Executivo, no âmbito do Controle Interno.
Por fim, vale destacar que os referidos órgãos são membros do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (SICIERJ). De acordo o Decreto nº 46873 de 13 de
Dezembro de 2019, os órgãos e as entidades da Administração Direta e Indireta deverão organizar as
suas unidades de controle setoriais com o objetivo de fortalecer a gestão e racionalizar as ações de
controle, de acordo com as regulamentações expedidas pela Controladoria Geral do Estado – CGE.
A CGE atua como responsável pela coordenação e definição de diretrizes gerais do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo. Assim de acordo com o art. 1º do seu Regimento Interno de
14 de setembro de 20202, a “Controladoria Geral do Estado do Rio de Janeiro - CGE RJ, órgão central
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro - SICIERJ tem como
finalidade assegurar uma boa gestão na aplicação dos recursos públicos, em benefício da sociedade
(…)”.
1
Disponível em: < https://portal.tcu.gov.br/governanca/governancapublica/componentes/accountability/>.
2 A Resolução CGE n° 61 de 14 de setembro de 2020, que aprovou o regimento interno da Controladoria Geral do
Estado do Rio de Janeiro, foi publicada no Diário Oficial de 17 de setembro de 2020.
3 Disponível em: <http://www.cge.rj.gov.br/historia/>.
à economicidade, eficácia, eficiência e efetividade; assim como orientar e acompanhar a
gestão governamental, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização.
Por sua vez, a ouvidoria possui como objetivo o de estimular “o controle social e a
participação popular, por meio do recebimento, registro e tratamento de manifestações do cidadão
sobre os serviços prestados à sociedade e a adequada aplicação de recursos públicos”.
Por fim, a corregedoria tem por finalidade “prevenir e apurar os ilícitos disciplinares
praticados no âmbito da Administração Pública, e promover a responsabilização administrativa de
pessoa jurídica pela prática de atos lesivos à Administração Pública e negociar os acordos de leniência
previstos na Lei nº 12.846/2013”.
À Auditoria Geral do Estado (AGE), compete de acordo com seu regulamento (art. 23),
dentre outras atribuições: regular, no âmbito do Poder Executivo, a atividade de auditoria
governamental, para adicionar valor e melhorar as operações dos órgãos e entidades; realizar, por
meio das Superintendências, atividades de auditoria governamental, nos sistemas contábil, financeiro,
orçamentário, de pessoal, e demais sistemas administrativos e operacionais de órgãos e entidades do
Poder Executivo estadual e propor melhorias e aprimoramentos na gestão de riscos e nos controles
internos da gestão; desenvolver a articulação interinstitucional com outros órgãos de controle interno
e externo nos assuntos relativos à Auditoria Governamental e correlatos a AGE; atuar como canal de
interlocução com as secretarias estaduais ou entidades vinculadas, nas temáticas relacionadas ao
Controle Interno, por intermédio da integração com as Unidades de Controle Interno (UCI);
supervisionar os estudos atinentes à elaboração de atos normativos relacionados às funções da AGE;
e propor a normatização, sistematização e padronização dos procedimentos operacionais afetos ao
SICIERJ, relacionados à Auditoria Governamental e temas correlatos a AGE.
A.2) Ouvidoria e Transparência Geral do Estado
Por sua vez, a Ouvidoria e Transparência Geral do Estado (OGE), possui como competências,
dentre outras: a de coordenar a implantação e supervisão de sistemas de acesso entre o cidadão e a
Administração Pública, correspondendo as suas necessidades de disponibilidade e facilidade de uso,
para recepcionar, examinar e dar tratamento às manifestações e aos pedidos de acesso à informação
e encaminhá-las aos órgãos e entidades competentes para as providências cabíveis; apoiar e
coordenar campanhas de fomento à cultura da transparência e de conscientização do direito
fundamental de acesso à informação para o incentivo à participação popular e ao controle social das
atividades e serviços oferecidos pela Administração Pública; e realizar a mediação administrativa,
com as unidades dos órgãos e entidades, para a correta e ágil instrução das demandas apresentadas,
com o objetivo de manter o cidadão ciente quanto ao andamento e resultado de sua manifestação, a
fim de que a conclusão ocorra dentro do prazo legal estabelecido.
Por fim, de acordo com o art. 35 do Regimento Interno, compete à Corregedoria Geral do
Estado (CRE), dentre outras atividades: exercer as atividades de correição no âmbito do Poder
Executivo estadual; exercer a função de corregedoria interna da CGE; fiscalizar a efetividade da
aplicação das leis que tratam de responsabilização administrativa de servidores, empregados públicos
e entes privados; fomentar a implementação e o desenvolvimento da atividade correcional no âmbito
do Poder Executivo estadual; formular, coordenar, fomentar e apoiar a implementação de planos,
programas, projetos e normas voltadas à atividade correcional; e analisar as representações e as
denúncias apresentadas contra servidores, empregados públicos e entes privados.
Nesta seara do controle fiscal e social, quatro subsecretarias da estrutura da SEFAZ ganham
destaque: a do Tesouro, a da Contabilidade Geral, a de Política Fiscal e a de Receita.
4 Vide: http://tesouro.fazenda.rj.gov.br/
5 http://www.contabilidade.fazenda.rj.gov.br/contabilidade/faces/menu-contabilidade/institucional/institucional-
missao-visao-
valores?_afrLoop=88172136249466030&_afrWindowMode=0&_afrWindowId=s8gbxz8os&_adf.ctrl-
state=15yie9dto1_1
trabalhar no crescimento e desenvolvimento dos registros com total transparência para o cidadão,
superando assim suas expectativas e necessidades”.
Além dos Relatórios Fiscais estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal- LRF6, esta
subsecretaria é a responsável pelo importante documento Contas de Governo.
Ademais, destaca-se seu papel na seara das normas e orientações, o que inclui a elaboração
de orientações técnicas aos inúmeros órgãos estaduais. Bem como a edição das portarias SUBCONT7.
6 Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e Relatórios de Gestão Fiscal previstos na Lei Complementar
Federal nº 101, de 04 de maio de 2000.
7 Como exemplos podemos citar a portaria subcont nº 009, de 05 de março de 2020, que determina a obrigatoriedade
de envio de relatório com análise contábil trimestral e a Portaria Subcont nº 016, de 01 de fevereiro de 2022, que
aprova as inscrições de restos a pagar no exercício financeiro de 2021.
8 http://www.transparencia.rj.gov.br/
9 https://portal.fazenda.rj.gov.br/petroleo/
10
http://www.contabilidade.fazenda.rj.gov.br/contabilidade/content/conn/UCMServer/path/Contribution%20Folders/c
ontadoria/relatoriosContabeis/relat_conta_gestao/2021/Volume%2004/Volume%2004.pdf?lve
• Auditoria- Fiscal Especializada de Comércio Exterior.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Siderurgia, Metalurgia e de Material de Construção em
geral.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Supermercados e Lojas de Departamento.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Bebidas.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Veículos e Material Viário.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Produtos Alimentícios.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Substituição Tributária.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Prestação de Serviços de Transportes Intermunicipais e
Interestaduais.
• Auditoria- Fiscal Especializada de IPVA.
• Auditoria- Fiscal Especializada de ITD.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Operações Especiais.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Trânsito de Mercadorias e Barreiras Fiscais.
• Auditoria- Fiscal Especializada de Receitas Não -Tributárias, Fiscalização de Royalties e
Participações Especiais.
• Auditoria- Fiscal Especializada em Eventos e Leilões.
Por fim, outra importante secretaria participante do sistema de controle interno é a Secretaria
de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG).
11 Vide http://www.rj.gov.br/secretaria/PaginaDetalhe.aspx?id_pagina=14636
Referências
PRESTAÇÃO DE CONTAS E
CONTROLE EXTERNO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3
A – Controle Externo da Administração Pública - Fundamentos Constitucionais
4
A - Controle Externo da Administração Pública (Art. 70 e 71, CF e Art.
122 e 123, CE).
Fundamentos Constitucionais:
Constituição Federal (CF)
Constituição do Estado.
10
Quanto as atribuições da Assembleia Legislativa. (Artigos 98 e 99
da CE e os seus incisos que se inserem no tema)
11
Art. 99 - Compete privativamente à Assembleia
Legislativa:
13
XIV - processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça, o
Procurador-Geral do Estado e o Defensor Público Geral do Estado
nos crimes de responsabilidade; Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 16, de 14.12.00.
XV - aprovar previamente, por escrutínio aberto, após arguição
pública, a escolha de Conselheiros do Tribunal de Contas do
Estado, indicados pelo Governador; Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 29.05.01.
XVI - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei ou de ato
normativo estadual ou municipal declarado inconstitucional por
decisão definitiva do Tribunal de Justiça;
XVIII - apreciar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do
Estado; Redação dada pela Emenda Constitucional nº 04, de
20.08.91.
14
XXIII - receber renúncia de mandato de Deputado;
XXIV - emendar a Constituição, promulgar leis no caso do
silêncio do Governador, expedir decretos legislativos e resoluções;
XXV - declarar a perda de mandato de Deputado, por maioria
absoluta de seus membros;
XXVIII - ordenar a sustação de contrato impugnado pelo
Tribunal de Contas;
XXIX - apreciar vetos;
XXXIV - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas
do Estado. Redação dada pela Emenda Constitucional nº 04, de
20.08.91.
15
A.2) Outras atribuições do Poder Legislativo.
Legislação Infraconstitucional
21
A.4) Pelo Ministério Público Especial de Contas que integra o TCE-RJ.
(Decisões STF: ADI nº 2.887-4/RJ, ADI nº 789-1/DF e ADI nº 2.378-
1/GO. Lei Estadual nº 32/1980 e a Deliberação TCE nº 227/2005).
23
CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento no sentido de que o Ministério Público junto aos
Tribunais de Contas não dispõe de fisionomia institucional própria,
estando, consequentemente, consolidado na estrutura do
Tribunal de Contas junto ao qual atua (ADI n° 789-1/DF e ADI n°
2.378-1/GO);
DELIBERA: 24
TÍTULO I
Do Ministério Público Especial
25
Constituição Federal.
26
Art. 128 - O Ministério Público abrange: (EC nº 19/98 e EC nº 45/2004).
29
Art. 173 - São funções institucionais do Ministério Público:
30
A.5) Pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
(Artigos 134, 135, CF, LC Federal nº 80/1994 e artigos 179,180 e
181 da CE, LC Estadual nº 169/2016).
31
Constituição Federal
33
§ 2º São princípios institucionais da Defensoria Pública a
unicidade, a impessoalidade e a independência funcional. Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.06.
(...)
34
a) ação penal privada;
b) ação cível;
d) defesa em ação civil;
e) ação civil pública em favor das associações necessitadas que incluam
entre suas finalidades estatutárias a proteção ao meio ambiente e a de
outros interesses difusos e coletivos;
f) os direitos e interesses do consumidor lesado, desde que
economicamente hipossuficientes, na forma da Lei;
g) a defesa do interesse do menor e do idoso, na forma da Lei;
h) os interesses de pessoas jurídicas de direito privado e necessitadas
na forma da Lei;
i) a assistência jurídica integral às mulheres vítimas de violência
específica e seus familiares.
35
A.6) Controle de Constitucionalidade e de legalidade pelo Tribunal de Justiça e
pelos Tribunais Superiores (STF e STJ). STF- (Art. 101 a 103 e STJ e art. 104 e 105
da CF).
38
II – julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou
última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a
decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei
federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído
39
outro tribunal.
A.7) Controle das Concessões de Serviços Públicos do Estado pelas
Agências Reguladoras de Serviços de transportes aquaviários,
ferroviários, metroviários e rodoviários - AGETRANSP (Lei4555/2005) e
de energia e saneamento – AGENERSA (Lei nº 4556/2005), além do
DETRO – Lei nº 1.221/87 de 06/11/87– função anômala residual de
fiscalizar o transporte rodoviário intermunicipal:
41
Art. 2º - A AGETRANSP tem por finalidade exercer o poder
regulatório, acompanhando, controlando e fiscalizando as
concessões e permissões de serviços públicos concedidos de
transporte aquaviário, ferroviário e metroviário e de rodovias
nos quais o Estado figure, por disposição legal ou pactual,
como o Poder Concedente ou Permitente, nos termos das
normas legais regulamentares e consensuais pertinentes.
42
I - de transporte:
45
II - Energia e Saneamento - AGENERSA – Lei nº 4556/2005.
46
Art. 2º - A AGENERSA tem por finalidade exercer o poder
regulatório, acompanhando, controlando e fiscalizando as
concessões e permissões de serviços públicos concedidos:
47
II - na área de serviços de esgoto sanitário e industrial e de
abastecimento de água e de coleta e disposição de resíduos
sólidos prestados pelas empresas outorgadas, concessionárias e
permissionárias, nas quais o Estado figure como Poder
Concedente ou Permitente, nos termos das normas legais,
regulamentares e consensuais pertinentes, e por serviços
autônomos dos municípios, estes, respeitados os limites de
autonomia municipal, mediante convênios
48
§ 2º - Para efeitos desta Lei, consideram-se compreendidos nos
serviços públicos de saneamento básico os sistemas de:
49
Art. 4º - Compete à AGENERSA, no âmbito de suas atribuições e
responsabilidades, observadas as disposições legais e pactuais
pertinentes:
51
Art. 2º - Ao DETRO/RJ compete:
52
AULA 04
PRESTAÇÃO DE CONTAS E
CONTROLE EXTERNO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- Fiscalização da Despesa*
DESPESAS TOTAIS*
Em R$ milhões
Neste caso, em geral, não podem ser cancelados, tendo em vista que o
fornecedor de bens ou serviços satisfez a obrigação de fazer e a
Administração conferiu essa obrigação. Portanto, não poderá deixar de
exercer a obrigação de pagar, salvo motivo previsto na legislação
pertinente.
3- DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (DEA)
Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois,
no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na
liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o
registro de um passivo, há também a incorporação de um ativo, que
representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser
efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
Em suma, suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a
servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim
de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal
de aplicação. Os artigos 68 e 69 da Lei nº 4.320/1964 definem e
estabelecem regras gerais de observância obrigatória para a União,
Estados, Distrito Federal e Municípios aplicáveis ao regime de
adiantamento.
Destacam-se algumas regras estabelecidas para esse regime.
O suprimento de fundos deve ser utilizado nos seguintes
casos:
PRESTAÇÃO DE CONTAS E
CONTROLE EXTERNO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A.3) RECEITA
A.3.1) Espécies de Receitas Orçamentárias
A.3.2) Fiscalização da Receita
A.4) BENS PATRIMONIAIS E BENS DE ALMOXARIFADO
A.5) SUBVENÇÕES
A.6) INCENTIVOS FISCAIS
A.7) A FUNÇÃO DO ORDENADOR DE DESPESA
A.8) TESOURARIA
A.9) TOMADA DE CONTAS
A) Contabilidade Pública: Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
A.3) RECEITA
Representa a disponibilidade de recursos financeiros que ingressam durante o
exercício e que aumentam o saldo financeiro da instituição.
- Receitas Correntes
Receita Tributária – é composta por Impostos, Taxas e
Contribuições de Melhoria. É o resultado da cobrança de
tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas
atividades, suas rendas, suas propriedades e dos benefícios
diretos e imediatos recebidos pelo Estado.
Imposto - são espécies tributárias cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica relativa ao contribuinte, o qual não recebe
contraprestação direta ou imediata pelo pagamento;
(Em R$ milhões)
Arrecadação do ICMS Realizada
(em R$ Milhões)
Receita Líquida estimada para o ano de 2023 (PLDO/2023) cotejada com a
estimação para o exercício de 2022 (LDO/2022)
17%
15%
11% 11%
10% 10%
9% 8% 8%
7% 7% 6%
6% 6% 6% média 6%
5% 5% 5%
4%
3% 3%
1% 1% 1%
0%
-5%
-8%
RJ AP RR BA PB MT RO PR MS PI ES CE PE SE TO AM RS DF SP RN GO SC PA AC MG MA AL
A.4) BENS PATRIMONIAIS E BENS DE ALMOXARIFADO
Os bens patrimoniais (patrimônio) e bens de consumo
(almoxarifado) devem ser adequadamente guardados e
controlados para se evitar prejuízo ao erário.
I – o conhecimento e acompanhamento:
c) da composição patrimonial;
Decreto 43.463/12:
Art. 4º [...]
[...]
[...]
Empenho da Despesa:
Liquidação da Despesa:
Pagamento da Despesa:
- Ordem de pagamento emitida após a liquidação; despesa se encerra com o
pagamento propriamente dito.
- Prestação de Contas do Ordenador de Despesas
PRESTAÇÃO DE CONTAS E
CONTROLE EXTERNO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PRESTAÇÃO DE CONTAS E
CONTROLE EXTERNO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
I - impostos sobre:
II - substituição tributária; *
A.2.1- Impostos:
Do Fato Gerador
Da não-incidência.
Do Contribuinte
CAPÍTULO IV
Da Base de Cálculo
Área Construída
- Até 50 m2 - Isento
- Até 80 m2 - 0,26;
- Até 120 m2 - 0,40;
- Até 200 m2 - 0,50;
- Até 300 m2 - 0,60;
- Mais de 300 m2 – 1,0.
Unidade Imobiliária de Utilização Não-Residencial (UFERJ):
Área Construída
- Até 50 m2 – 0,20;
- Até 80 m2 - 0,30;
- Até 120 m2 - 0,40;
- Até 200 m2 - 0,50;
- Até 300 m2 - 0,60;
- Mais de 300 m2 – 0,80.
Art. 5º - Na apuração da metragem da área construída será considerada cada
edificação ou unidade imobiliária residencial ou não-residencial, isoladamente, bem
como qualquer espécie de construção predial autônoma.
Parágrafo único – Configura-se, para efeito deste artigo, unidade imobiliária destinada
ao exercício de atividade comercial, industrial ou prestadora de serviço, cada loja,
sobreloja, escritório, sala, boxe, boxe garagem, armazém geral, depósito e outras
utilizadas para aquelas finalidades.
Art. 17 – Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a
partir de 01 de janeiro de 1981, revogado o Decreto n.º 3.193, de 15.05.80. Rio de
Janeiro, 29 de dezembro de 1980.
- Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado do Rio de Janeiro - TCFARJ
II - os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 20%
(vinte por cento) dos recursos a que se referem os incisos I, II e III do caput do art.
155, o inciso II do caput do art. 157, os incisos II, III e IV do caput do art. 158 e as
alíneas "a" e "b" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
III - os recursos referidos no inciso II do caput deste artigo serão distribuídos
entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos
das diversas etapas e modalidades da educação básica presencial matriculados
nas respectivas redes, nos âmbitos de atuação prioritária, conforme
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição, observadas as
ponderações referidas na alínea "a" do inciso X do caput e no § 2º deste artigo;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Os royalties - uma compensação financeira devida à União aos estados, ao DF, e aos
municípios beneficiários pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no
território brasileiro. Os royalties incidem sobre o valor da produção mensal do
campo e são recolhidos mensalmente pelas empresas concessionárias até o último
dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção
.
A participação especial é uma compensação financeira extraordinária devida pelas
concessionárias de exploração e produção de petróleo ou gás natural para campos de
grande volume de produção ou de grande rentabilidade. Para apuração da
participação especial sobre a produção de petróleo e de gás natural, percentuais
progressivos, que variam de acordo com a localização da lavra, o número de anos de
produção e o respectivo volume de produção trimestral fiscalizada, são aplicadas
sobre a receita bruta da produção trimestral de cada campo, deduzidos os royalties,
investimentos na exploração, custos operacionais, depreciação e tributos, (art. 50, §
1º, da Lei 9.478/97 e RANP 12/2014). Atualmente, de modo geral, a distribuição da
participação especial ocorre da seguinte forma: 50% para União; 40% aos estados
confrontantes; e 10% aos municípios confrontantes.
Como se constituem em receita originária do Estado do Rio de Janeiro, os
royalties estão sujeitos à fiscalização disciplinada pela Lei fluminense n°
5.139/2007, cuja constitucionalidade foi definitivamente reconhecida pelo
Supremo Tribunal Federal, exceto nos trechos em que pretendeu dar feição
tributária a essa fiscalização.
PRESTAÇÃO DE CONTAS E
CONTROLE EXTERNO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
B - Contabilidade Pública
C - Gestão Financeira
D - Estado e Sociedade
ANEXO – PLANO ESTRATÉGICO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – PEDES EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 92/2022
A- Conceitos de Controle Interno e Externo da administração Pública
• - Contingenciamento e Remanejamento.
• - Liberação para Empenho.
• - Créditos Adicionais.
• A.2.2 - Procuradoria Geral do Estado - PGE. Art. 176 e 177 da Constituição do ERJ e
LC nº 15/1980. Representação judicial e defesa Estado. Controle interno da legalidade
dos Atos do Poder Executivo e a Cobrança da Dívida Ativa.
•
• A.2.3 - RioPrevidência. Lei nº 3.189/1999 e Lei nº 5.260/2008 e suas modificações.
Controle do pagamento e das Receitas de Inativos e Pensionistas do ERJ.
A - Conceitos de Controle Interno e Externo da administração Pública
• Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência* e, também, ao seguinte:
(EC nº18/98, EC nº 19/98, EC nº 20/98, EC nº 34/2001, EC nº 41/2003, EC nº 42/2003 e
EC nº 47/2005)
A- Conceitos de Controle Interno e Externo da administração Pública
Controle Externo da Administração Pública (Art. 70 e 71, CF e Art. 122 e 123, CE)
• (Decisões STF: ADI nº 2.887-4/RJ, ADI nº 789-1/DF e ADI nº 2.378-1/GO/ Lei Estadual nº
382/1980 e a Deliberação TCE nº 227/2005)
Pelo Ministério Público Estadual - MPE. (Artigo 127, 128 e 129 da CF, artigos
170 a 175 da CE e Lei Complementar Estadual nº 106/2003).
Constituição Estadual
A.8 - Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. (Artigos 134, 135, CF, LC Federal nº
80/1994 e artigos 179, 180 e 181 da CE, LC Estadual nº 169/2016).
A.10 - Controle das Concessões de Serviços Públicos do Estado pelas Agências Reguladoras
de Serviços de transportes aquaviários, ferroviários, metroviários e rodoviários -
AGETRANSP (Lei4555/2005) e de energia e saneamento – AGENERSA (Lei nº 4556/2005),
além do DETRO – Lei nº 1.221/87 de 06/11/87
B - Contabilidade Pública
DESPESA
Fiscalização da Despesa
A despesa orçamentária pública é o
conjunto de dispêndios realizados pelos A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF),
em seus artigos 15,16 e 17, estabelece que
entes públicos para o funcionamento e
serão consideradas não autorizadas,
manutenção dos serviços públicos
irregulares e lesivas ao patrimônio público
prestados à sociedade. Os dispêndios, qualquer geração de despesa (art.15) que
assim como os ingressos, são tipificados não esteja acompanhada de estimativa do
em orçamentários e extraorçamentários. impacto orçamentário-financeiro nos três
Segundo o art. 35 da Lei nº 4.320/1964: primeiros exercícios de sua vigência (art.
16, I, II), da sua adequação orçamentária e
Pertencem ao exercício financeiro: financeira com a LOA, o PPA e a LDO
(art.16, §1º) e, no caso de despesa
I - as receitas nele arrecadadas; obrigatória de caráter continuado, de suas
II - as despesas nele legalmente medidas compensatórias (art.17, §1º).
empenhadas.
B - Contabilidade Pública
RESTOS A PAGAR*
Neste caso, em geral, não podem ser cancelados, tendo em vista que o
fornecedor de bens ou serviços satisfez a obrigação de fazer e a Administração
conferiu essa obrigação. Portanto, não poderá deixar de exercer a obrigação de
pagar, salvo motivo previsto na legislação pertinente.
B - Contabilidade Pública
• Despesas que não tenham sido empenhadas em época própria – aquelas cujo o
empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do
exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido o credor tenha
cumprido sua obrigação;
INCENTIVOS FISCAIS
Tributários – São aqueles que reduzem a carga tributária, em sua maioria, de empresas novas
ou em expansão, não implicando necessariamente a redução da arrecadação da cadeia produtiva
e, nem mesmo, a redução de arrecadação da própria empresa incentivada.
Financeiros – São aqueles que representam financiamento, sendo utilizados para apoiar a
implantação de empreendimentos, em sua maioria de grande porte, não causando impacto
negativo sobre o Tesouro estadual.
B - Contabilidade Pública
Cada um dos três poderes exerce uma função típica, ou seja, principal, e também
outras funções de forma secundária, que são as funções atípicas. Sinteticamente,
pode-se entender que a teoria das funções típicas e atípicas de cada poder é uma
forma de colaboração e interdependência entre os poderes.
H - Dispositivos de Controle da Execução Orçamentária
LEI COMPLEMENTAR Nº 63/90. Art. 8º- Para os efeitos desta lei, conceituam-se:
Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de I - prestação de contas, o procedimento pelo qual pessoa
Contas do Estado do Rio de Janeiro e dá física, órgão ou entidade, por final de gestão ou por
outras providências. execução de contrato formal, no todo ou em parte,
prestarão contas ao órgão competente da legalidade,
Art. 1º - Ao Tribunal de Contas do Estado do legitimidade e economicidade da utilização dos recursos
Rio de Janeiro, órgão de controle externo, orçamentários e extra-orçamentários, da fidelidade
compete, na forma estabelecida nesta lei: funcional e do programa de trabalho;
I- julgar as contas dos administradores e II - tomada de contas, a ação desempenhada pelo órgão
demais responsáveis por dinheiros, bens e competente para apurar a responsabilidade de pessoa
valores públicos das unidades dos Poderes do física, órgão ou entidade que deixarem de prestar contas
Estado e das entidades da administração e das que derem causa a perda, extravio ou outra
indireta, incluídas as fundações e sociedades irregularidade de que resulte, ou possa resultar, dano, ao
instituídas e mantidas pelo Poder Público erário, devidamente quantificado;
estadual, os fundos e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte dano ao erário;
H - Dispositivos de Controle da Execução Orçamentária
III - tomada de contas especial, a ação Art. 36- Ao Tribunal de Contas compete, na forma
determinada pelo Tribunal ou autoridade estabelecida no Regimento Interno, apreciar as
competente ao órgão central do controle contas prestadas anualmente pelo Governador do
interno, ou equivalente, para adotar Estado, mediante parecer prévio a ser elaborado
providências, em caráter de urgência, nos em 60 (sessenta) dias, a contar de seu recebimento.
casos previstos na legislação em vigor,
para apuração dos fatos, identificação dos § 1º- As contas serão apresentadas pelo
responsáveis e quantificação pecuniária do Governador, concomitantemente, à Assembleia
dano; Legislativa e ao Tribunal, dentro de 60 (sessenta)
dias, após a abertura da sessão legislativa.
IV - irregularidade, qualquer ação ou
omissão contrárias a legalidade, ou à
legitimidade, à economicidade, à moral
administrativa ou ao interesse público.
H - Dispositivos de Controle da Execução Orçamentária
FUNÇÕES TCE - RJ
Função Fiscalizadora: exerce a realização
auditorias e inspeções, que podem ocorrer por
iniciativa do próprio órgão ou a pedido da Função Sancionadora: o TCE-RJ
Assembleia Legislativa. O seu objetivo é apurar poderá aplicar aos administradores que
denúncias em órgãos e entidades estaduais ou descumprirem lei ou ato normativo
programas de Governo, avaliando como está sendo sanções previstas em sua Lei Orgânica.
feita a alocação dos recursos públicos, seja
humano ou de materiais, para que não ocorram Função Judicante: ocorre quando o
fraudes, desperdícios e etc. TCE-RJ julga as contas dos
administradores públicos e outros
Função corretiva: confirmada alguma responsáveis por administrar
irregularidade ou ilegalidade de órgão ou entidade dinheiro, bens públicos, etc. Por
pública, o TCE-RJ estabelecerá prazo para o votação da maioria absoluta de seus
cumprimento da lei. membros, o TCE-RJ poderá aplicar pena
de inabilitação de função de confiança,
Função Normativa: aquela que confere ao TCE- assim como pena de demissão, de
RJ a expedição de instruções e atos normativos. acordo com a lei, no caso de servidor.
Seu cumprimento é obrigatório, sob pena de
responsabilidade do infrator.
I – Improbidade Administrativa Lei nº 8.429/1992 modificada pela Lei nº 14.230/2021
Legislação pertinente:
Art. 52, inciso I e art. 85 da CF; e art. 146 e art.147 da CE. / Lei Federal 1079/50.
Art. 147 - O Governador do Estado, (admitida a acusação pelo voto de dois terços dos
Deputados), será submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça, nas infrações
penais comuns,( ou perante a Assembleia Legislativa, nos crimes de responsabilidade).
§ 1º - O Governador ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal
de Justiça;
* II – nos crimes de responsabilidade, (após a instauração do processo pela Assembleia
Legislativa).
§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Governador, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
*§ 3º - (Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações penais comuns, o
Governador do Estado não estará sujeito à prisão).
*§ 4º - (O Governador do Estado, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções).
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº. 92, DE 2022
Art. 4º Acrescenta inciso e §§ ao Artigo 209 da Constituição do Estado do Rio de janeiro, § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada
que passará a vigorar com a seguinte redação: bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
“Art. 209. (...)
I – o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social de Estado – PEDES; § 4º Os planos e programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão
II – o plano plurianual; elaborados, revisados e/ou atualizados em consonância com o Plano Estratégico de
III – as diretrizes orçamentárias; Desenvolvimento Econômico e Social de Estado – PEDES e o Plano plurianual e apreciados pela
IV – os orçamentos anuais. Assembleia Legislativa.
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº. 92, DE 2022
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: Art. 6º Acrescenta Artigo 214-A à Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com a seguinte
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades redação:
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo “Art. 214. (...)
Poder Público; Art. 214-A. O Estado, para fomentar o desenvolvimento econômico e social, observados os
II – o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou princípios da Constituição da República, irá estabelecer e executar, monitorar e avaliar o
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; Plano Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social de Estado – PEDES, nos termos do
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela Art. 209 desta Constituição, que será proposto pelo Poder Executivo e aprovado em lei.
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público. § 1º O Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social de Estado – PEDES terá,
entre outros, os seguintes objetivos:
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado I – o desenvolvimento socioeconômico sustentável e integrado do Estado;
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, II – a racionalização e a coordenação das ações do Governo do Estado e suas Regiões;
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. III – o fomento da governança pública e de seus princípios, como a integridade e a
transparência nas ações do Governo;
§ 7º Os orçamentos previstos nos itens I, II e III do § 5º deste artigo, compatibilizados IV – o incremento das atividades produtivas e sustentáveis do Estado;
com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social de Estado – PEDES V – a redução das desigualdades sociais e regionais do Estado;
e o plano plurianual terão, entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter- VI – a expansão e a modernização do mercado de trabalho;
regionais, segundo critério populacional, socioeconômico e ambiental. VII – o desenvolvimento dos municípios com escassas condições socioeconômicas;
VIII – o desenvolvimento científico e tecnológico, a pesquisa e a inovação, observado o
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à disposto na Lei nº 9.809, de 22 de julho de 2022, que institui o Sistema Estadual de Ciência,
fixação da despesa, não se incluindo, na proibição, a autorização para abertura de Tecnologia e Inovação;
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.” § 2º O Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social de Estado – PEDES será
elaborado:
Art. 5º O caput do Artigo 210 e seu § 3º da Constituição do Estado do Rio de janeiro I – com ampla participação da sociedade civil e dos Municípios, através de audiências e
passará a vigorar com a seguinte redação: consultas públicas regionalizadas, dentre outros instrumentos que garantam a efetiva
“Art. 210. O Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social de Estado – participação popular e dos entes públicos interessados;
PEDES e os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, II – a partir de simulação que assegure a utilização da ferramenta denominada matriz insumo-
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela Assembleia produto (MIP), devidamente associada a um sólido banco de dados adicionado das notas
Legislativa. (NR) fiscais eletrônicas, a fim de sustentar as simulações das atividades econômicas e setoriais;
(...) III – com participação das instituições que integram a comunidade científica do
§ 3º (...) Estado do Rio de Janeiro.”
I – sejam compatíveis com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico e
Social de Estado – PEDES, o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; Art. 7º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação.
(NR)
(…)” Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 3 de novembro de 2022.