Atualmente, num mundo onde a competição entre empresas é intensa e cada
vez mais incentivada, possuir uma estratégia de branding é fundamental para conseguir destaque em meio à multidão. Uma marca bem elaborada é capaz de representar muito mais do que apenas um produto ou serviço na mente do consumidor. Ela se torna um símbolo de identidade, qualidade e confiabilidade. Dessa forma, nesse texto, será explorada a estratégia de branding e sua influência na mente do consumidor. Uma marca, ao ser vista pelo consumidor, evoca uma série de conexões e emoções em sua mente. Essas conexões são formadas a partir de experiências passadas, informações disponíveis e repertório construído ao longo do tempo. Uma marca eficaz consegue transmitir uma mensagem clara e coerente, criando uma conexão emocional com o consumidor. É essa conexão que torna uma marca memorável e capaz de se destacar no mercado. O design desempenha um papel fundamental na estratégia de branding. A representação da identidade visual de uma marca possui impacto direto na percepção do consumidor. O design deve refletir os valores e a personalidade da marca, transmitindo sua essência de maneira esteticamente atraente. Elementos como cores, formas, tipografia e logotipos são selecionados de forma cautelosa para criar uma identidade que seja facilmente reconhecível e diferenciada. Outro fator importante é a valoração da marca, que também está ligada à percepção de valor que o consumidor atribui a ela. Uma marca bem estabelecida e bem posicionada pode ser associada a atributos de alta qualidade, exclusividade e status. Portanto, essa percepção de valor influencia diretamente o preço que o consumidor está disposto a pagar por um serviço ou produto de determinada marca. A neurociência pode ajudar a explicar os aspectos mencionados e como eles influenciam as tomadas de decisões do consumidor. Ela revela que as emoções têm um impacto significativo na atividade cerebral e na formação de memórias duradouras. Quando uma marca consegue despertar emoções positivas, como felicidade ou pertencimento, ela ativa regiões do cérebro associadas ao prazer e à recompensa. Dessa forma, aumenta a probabilidade de o consumidor se engajar com a marca e tomar ações desejadas, como comprar um produto ou recomendar para outras pessoas. O neuromarketing possui participação nesse contexto ao utilizar as informações fornecidas pela neurociência para entender como o cérebro responde a esses estímulos provocados pelas estratégias de branding. Com base nesse conhecimento, as estratégias de Neuromarketing podem ser projetadas para desencadear a emocionalidade e provocar atividades cerebrais que originem as ações desejadas pelas marcas. Na perspectiva da comunicação, para que esta seja bem sucedida, deve-se levar em conta os processos mentais. É importante compreender como as informações e os estímulos de comunicação são percebidos e processados pelo cérebro, com o objetivo de criar mensagens mais persuasivas e impactantes. Além disso, a experiência com o produto/serviço ou marca exerce um papel essencial na fidelização dos clientes. Quando os consumidores têm experiências positivas em relação ao atendimento ou qualidade do produto, por exemplo, a tendência é que seja desenvolvida uma conexão mais forte e duradoura com a marca. Essa conexão favorece a propensão do cliente a repetir a compra e recomendar a marca. Em suma, é evidente que a estratégia de branding é fundamental para o sucesso das marcas e vai além de apenas um serviço ou produto na mente do consumidor. Compreender os aspectos mencionados, como o design, a valoração e a forma que a neurociência influencia as tomadas de decisão, é crucial para criar uma estratégia de marketing eficaz e estabelecer uma conexão com os clientes. O neuromarketing, a comunicação e a experiência proporcionada pelas marcas também possuem um papel importante ao despertar a emocionalidade do consumidor, fortalecer a posição da marca no mercado e alcançar êxito.
Referências:
RIBEIRO, Bruna Lima. Uma análise do Neuromarketing pela perspectiva de especialistas. XI
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neuromarketing e a neurociência do comportamento do consumidor: o futuro por meio da convergência de conhecimentos. Ciências & Cognição, v. 19, n. 2, 2014.
CECCATO, Patricia et al. O design gráfico e a neurociência: a percepção visual da assinatura
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GAMEIRO, Thaís. A neurociência por trás da tomada de decisão. Nemesisneuro. Disponível