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Like não paga boleto!

Sempre estranhamos a forma de muitos negócios, sobretudo artes, entretenimento,


pequenos empreendimentos de se comunicar para vender. Ao invés de investirem em
publicidade, merchadising ,preferiam gastar menos em Assessoria de Imprensa para ter
o retorno comercial esperado. Achava que havia um quê de esperteza, de pagar pouco e
obter um espaço que poderia custar 100 vezes mais. Agora se repete de forma mais
aguda , e grave, com o Instagram basicamente.
Quando falamos que o mercado de vinho no Brasil cresceu, e muito, com a venda online
via email, as pessoas me olham descrente. Assim, em um cenário digital saturado por
curtidas e seguidores, a busca incessante por popularidade nas redes sociais se configura
como uma armadilha para empresas e profissionais de comunicação. A falsa
equivalência entre engajamento superficial e resultados reais mascara o que é
investimento, retorno, resultado de marca

As empresas brasileiras estão investindo cada vez mais nas redes sociais como forma de
alcançar seus clientes e impulsionar seus negócios, vender de forma rápida.Em 2023, o
investimento em publicidade digital no Brasil deve alcançar R$ 58,6 bilhões, um
crescimento de 12,7% em relação ao ano anterior. As redes sociais representam uma
parcela significativa desse investimento, com as empresas destinando, em média, 20%
de seus orçamentos em comunicação para essas plataformas.
A grande questão é que se entenda qual o papel das redes e dos influenciadores no
retorno do investimento. E como definir uma estratégia eficaz, produzir conteúdo
relevante e de alta qualidade, analisar dados e gerenciar tempo e recursos? Primeiro,
fazendo as contas. Aquelas simplérrimas de qual retorno eu obtive, em quanto tempo e
com esse valor de investimento. Ainda que as redes sociais possam oferecer diversas
oportunidades, como ampliar o alcance da marca, aumentar o engajamento com o
público, gerar leads e vendas, realizar pesquisas de mercado e melhorar a imagem da
empresa.

Aplicar o investimento no chamado “marketing digital”cresça a cada ano, por parte das
empresas seja significativo, a crença de que o número de likes e seguidores é um
indicador direto de sucesso de vendas é um mito. Faça uma experiência. Pegue uma
publicação antiga com muitos likes e procure sua curva de vendas. E aí?
Bem ao contrário como diriam os franceses, estudos comprovam que apenas uma
pequena parcela dos seguidores de uma marca interage com seu conteúdo, e que a
grande maioria das compras online é iniciada por meio de pesquisas em mecanismos de
busca, relegando as mídias sociais a um papel secundário no processo de conversão.
O verdadeiro resultado nas redes sociais é cumprir a regra de ouro em comunicação:
sair da métrica da vaidade e focar no bom e antigo no ROI. Não, não é o ROY do grupo
de meninos bonitinhos do “step by step”, da década de 1980. Aqui o ROI é o retorno
sobre investimento. E os números não mentem jamais. Essa mudança de paradigma
exige a implementação de uma metodologia rigorosa do planejamento de marketing e
comunicação. Público- alvo não é número. Jamais é mulher de 30 a 45 etc e tal. Público
é gente que fala, sente, anda, se diverte, reclama, tropeça. Então, além dos índices
mapeáveis, o mais importante e juntar qual a necessidade com o comportamento
advindo da necessidade. Ouvir, ver e interagir com quem você vai falar.
Tem também o conteúdo. Cumprimentar as pessoas é conteúdo. Conteúdo e uma
palavra substantiva. Não é adjetivo. Então a exatidão do que se quer informar, o
impacto emocional, um combinação de imagem, texto, som que desperte e mexa com o
seu consumidor é a efetividade. Também é preciso entender que a criação/produção da
mensagem é o resultado daquilo tudo que se fez antes. Nesse universo é fundamental
entender de análise de dados, e o que fazer com eles para maximizar o ROI.
No tocante à escolha de influenciadores para promover uma marca, a cautela é
fundamental. Investir em celebridades com milhões de seguidores pode gerar grande
quantidade de likes, mas nem sempre se traduz em vendas efetivas. Sem contar que
muitos dele, colocam você em um verdadeiro mercado de marcas e produtos. O que
acontece? É mais um, exposição relâmpago e um influenciador que faz qualquer tipo de
produto. Em muitos casos, priorizar microinfluenciadores com nichos específicos e alto
índice de engajamento com seu público tende a gerar leads mais qualificados e
conversões mais rentáveis.
É fundamental levar em consideração a célebre frase do filósofo canadense Marshall
McLuhan: "o meio é a mensagem". A escolha da plataforma, do formato do conteúdo e
da linguagem utilizada deve estar alinhada com o sentimento do seu consumidor
público-alvo e seus hábitos online para garantir a efetividade da comunicação. Na
verdade, é a forma de vender desde uqe a produção passou a ser de massa. Ou seja, isso
vale para o mundo o on-line e como sempre foi feito off line.
Para resumir: comunicação ainda é emissor/receptor/mensagem/código/texto/canal.
Essa busca incessante por likes e seguidores é uma falácia que distorce a verdadeira
métrica do sucesso nas redes sociais. O foco deve recair sobre o planejamento
estratégico, a produção de conteúdo de qualidade, a análise de dados e a escolha
criteriosa de influenciadores.
Aliás quem é a persona? É personagem que se inventa para representar o seu
consumidor. As redes sociais são poderosas. Mas não são únicas e muito menos a
panacéia para o sucesso de vendas ou alcance de marca. E se lembre, como não existe
almoço grátis, também não é possível contratar um gerente de mídia social e conseguir
resultado de vendas consistentes. Afinal, todo mundo tem conta para pagar. E likes não
nem pix, nem cartão, nem dinheiro que caem na sua caixa registradora. E, muito menos,
pagam os seus boletos.

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