Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN
Curso: Licenciatura em História
Disciplina: Fundamentos Históricos-filosóficos da Educação Sistematizadores do memorial: Ana Vitoria Silva Oliveira, Pablo Ricardo da Silva e Thiago de Carvalho Freitas.
Memorial do 4° seminário da disciplina Fundamentos Histórico-Filosóficos da
Educação, ocorrido no dia 7 de Fevereiro de 2023
No primeiro momento do quarto seminário da disciplina de Fundamentos
Histórico-Filosóficos da Educação, deu-se os informes da saída da docente Mirthis Yammilit da Conceição Almeida e a apresentação do novo docente Bruno Leão que a substituirá. Após esse momento de avisos deu-se prosseguimento com a apresentação e leitura do memorial do encontro anterior que foi feito pelos discentes Luciana, João Lucas e Lanny. O memorial oralizado por Luciana ressaltou os principais pontos da apresentação sobre a filosofia oriental, religião e educação, onde pode nos situar com proficiência sobre os tópicos apresentados na aula passada. Após a finalização da memória se deu início a apresentação do grupo e do tema do seminário, o grupo composto por Maria Fernanda, Sedna Maria, Kelly Vitória e Gabrielly Aparecida, onde o seminário era voltado no seguinte tema: Pragmatismo e Educação. No primeiro momento do simpósio foi apresentado a base do conceito de pragmatismo, que consiste em um pensamento filosófico, onde tinha como função aconselhar a prática como meio para chegar à verdade. Prosseguindo, o seminário se apresenta à base do pragmatismo segundo as obras dos filósofos Francis Bacon, John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Charles Darwin. Inicializando sua fala Fernanda comenta que Francis Bacon acreditava na filosofia da dedução, a filosofia essa com base na opinião. Também citaram John Locke que por sua vez acreditava que a mente do indivíduo era vazia e para ter ideias precisavam ter experiências. Além de Jean-Jacques Rousseau que por sua vez dispunha-se em deferir que na influência do ambiente de formação, da experiência e no pensamento humano, foi a partir dele que sai a conexão da natureza e a experiência dentro do pragmatismo. Também trouxeram para a discussão a concepção de Rousseau sobre métodos de ensino pragmáticos, onde para ele as crianças deveriam tirar suas experiências a partir do conhecimento da natureza. E por conseguinte, a ideia Charles Darwin, onde acreditava na teoria da evolução das espécies e da seleção natural, neste sentido, a uma crise entre fé e razão, assim Darwin era criticado e tido como alguém que era oposto aos dogmas religiosos. Durante o prosseguimento do seminário foram apresentados outros filósofos que foram importantes para o pragmatismo como um dos fundadores, Charles Peirce, ele era de acordo a teoria aristotélica, porém havia um ponto que ele se opunha a tal, Charles considerava necessário e de suma importância a parte prática do ensino, pois para ele a verdade objetiva só era reconhecida a partir da experiência. Dando continuidade, Gabrielly fala sobre o filósofo John Dewey, que foi responsável por sistematizar o pragmatismo. Dewey defendia que a verdade de uma ideia só poderia ser verdadeira na prática, já que para ele, não há nada que não possa ser mudado. Ademais foi comentado que Dewey seguia indicações de Rousseau, que por sua vez criou três pontos para o pensamento pragmático, assim sendo: A Natureza (elementos naturais que fazem parte na nossa experiência pessoal), Seres humanos(desenvolvimento individual para a inclusão a sociedade), e os Objetos (O meio material que podemos absorver no nosso redor). Porém, Dewey discordava de Rousseau em algumas coisas, pois para ele tais pontos estavam ligados, mas para Rousseau essa pontos eram vistos de formas separadas, sem ligação entre eles. Em seguida foi comentado por Kelly, a individualidade e as relações sociais, onde se tem dois conceitos básicos, que são a sociedade e a individualidade do ser, assim pondo, uma não consegue subsistir sem o auxílio da outra. Posteriormente são apresentadas as experiências religiosas, que por sua vez condizem com duas escalas da reforma social religiosa onde em uma delas as pessoas são guiadas, controladas e observadas, com a finalidade de manter de forma mais rígida nos caminhos corretos. Já na outra concepção as pessoas podem escolher por si só quais rumos devem tomar, assim indo de acordo com a ideia de Dewey onde afirma que os indivíduos agem de acordo com o que lhes é mais aceitável e o que lhes condiz com a visão de certo. Após concluir as escalas religiosas, Gabrielly reitera que um tempo depois surgiu um grupo de extrema direita que criticava abertamente Dewey e o pragmatismo porque de alguma forma, interferiam no politicamente correto daquela época. Como por exemplo as teorias da criação e evolução, uma sendo puramente religiosa e outra do lado da ciência, por conta disso ao longo de sua vida Dewey foi muito criticado, pois ele estava trazendo novas ideias acerca de coisas que eram religiosas, "imutáveis". Entrando na parte do desenvolvimento moral Kelly comenta que Dewey presumia que todo ser humano tinha potencial de ser um filósofo moral e também relembra que na leitura tem uma passagem onde diz que todo professor tem a tarefa de ajudar no desenvolvimento moral dos alunos. Citou também sobre a existência um outro filósofo que partilhava dessa mesma ideia, Lawrence Kohlberg. Para ele todo professor deveria ajudar no desenvolvimento moral dos alunos, entretanto tinham que mostrar para os alunos essa tarefa de forma que cada aluno deve buscar entender o que é certo e errado de acordo com suas próprias experiências. Dando continuidade Fernanda comenta sobre o desenvolvimento estético segundo Dewey, onde todo artista deveria incorporar sua obra e ter uma relação com ela. Já que a arte tem uma conexão com a natureza, o artista deveria incorporar essa conexão e repassar para o receptor. Em seguida, nos foi repassado uma elucidação relacionada ao pragmatismo ressurgente, onde explica-se que decorrente a morte de Dewey o pragmatismo sofre declínio, mas a partir de Richard J. Bernstein e Richard Rorty, o pragmatismo e as ideias de Dewey ressurgiram e o pensamento foi sendo adaptável ao decorrer do tempo. Logo após esse repasse se foi comentado sobre o estilo de pensar de Dewey, onde influenciou muito na educação norte-americana. Ao mesmo tempo que era criticado por conta das instituições serem bastante conservadoras na época, ainda assim muitas de suas ideias foram incorporadas em sistemas educacionais. Outros pontos ressaltados foram a reforma social moderada, que consistia em dar liberdade de experiência para as crianças, e a radical, que por sua vez teria uma categorização em determinados grupos de crianças consideradas com o intelecto mais altos e os mais baixos. Em seguida, a professora Mirthis inicia uma discussão sobre a questão dos problemas da desinformação pedagógica, onde cita os casos que a criança quando morde pode ser por conta da falta de comunicação oral. A docente também faz um adendo sobre a atual situação da educação no município de Mossoró, onde a desvalorização profissional para com o estagiário pode ocasionar em problemas, como a má formação do futuro professor e para as próprias crianças que por conta do desamparo das organizações governamentais com a educação, que podem acarretar um mal desenvolvimento cognitivo, onde esse problema poderia ser resolvido com a efetivação de profissionais capacitados. Porém, acaba sendo desvantajoso para essas organizações pois para suprir tais necessidades a utilização de estagiários acaba saindo mais em conta para os cofres públicos, além de dar oportunidade para os universitários de ingressarem no mercado de trabalho. No ato contínuo, as discentes debateram os objetivos da educação para Dewey, onde se é repassado os conhecimentos fundamentais para a formação intelectual do aluno, além da importância do repasse de conhecimentos básicos do cotidiano, como por exemplo a educação sexual, financeira e política. Em seguida trouxeram para a discussão ferramentas primordiais para o pragmatismo, como o currículo ideal do professor onde que por sua vez precisava ser de vasto conhecimento geral e ao mesmo tempo, precisavam ter suas abordagens educacionais de forma mais tradicional. Ademais trouxeram para debater o papel do professor onde segundo Richard J. Bernstein a utilização das experiências práticas da vida do professor como ferramenta de ensino, podem ser benéficas para a boa formação intelectual dos alunos. Porém por não existir métodos de ensino perfeitos, e o pragmatismo é um exemplo disso, pois por conta da obrigatoriedade de currículos extensos não se tinham um aprofundamento em temas que posteriormente seriam importantes para a vida dos alunos, além de utilizarem a educação para moldar as pessoas de forma que as individualidades seriam extintas para a criação de uma sociedade perfeita. Prosseguindo a aula, a apresentação do grupo da verbalização, Mirthis salientou a importância dos estudos sobre o pragmatismo, pois com base neles é que compreendemos o conceito do escolanovismo no Brasil, fazendo com que os meios onde levam em consideração as diversidades individuais do sujeito tenham mais notoriedade. Logo após tal colocação deu-se então início às perguntas dos discentes Pedro Lucas, Sean Venselau e Carlos Adriano. Os mesmos trouxeram questões que têm como base os pensamentos pragmatistas na educação brasileira. Como a ética e o pragmatismo se relacionam e até que ponto a vida pode suportar as consequências das transformações oriundas da evolução científica. As questões levantadas foram debatidas e acrescentadas de maneira sucinta pela docente e ao fim, descobrimos que é possível sim que debates com base nos pensamentos pragmatistas tragam benefícios a educação brasileira a fim de melhorar a um segmento que por sua vez enfrentam problemas de desigualdades e também por não serem tão democráticas e eficientes. Desse modo, não potencializa de maneira eficiente a educação no país. Vimos também que a ética se relaciona com o pragmatismo de maneira moral, a fim de intensificar a comunicação e estabelecer um uso similar da palavra sem que haja interferência de poderes e condições financeiras dos indivíduos. Finalizamos as perguntas debatendo sobre o que seria moralmente correto para com os limites da ciência, depois de refletirmos sobre foi-se tirada a conclusão que a partir do momento que tal estudo científico afeta negativamente a vida no geral, assim é criando um confim para o método pragmático.