[2] m

[ an
i1]
 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3 GRUPOS E ORGANIZAÇÕES 18
Cultistas de RÁ 18
LINHA DO TEMPO 4 O Albatross 19
Mirrorsmoke Mercenary Company 20
A UNIÃO 6
Uma Galáxia cheia de vida 6 PONTOS DE INTERESSE 22
Metropolitanos 6 Roanapur 22
Cosmopolitas 7 Zarahan 23
Diásporas 7 Mahirath 24
A Perifería 8 Ardahram 25
Lauteni 26
A FORMA DA GALÁXIA 9 Ishtar 27
Nila Bahari 28
KALIMANTAM 11 Hanyang 29
FAMÍLIAS E Mughatta 30
CORPORAÇÕES 12
A Aristocracia 12
Mustafar 12
Abdullah 12
Kazejin 12
Estellis 12
Riyadi 12
Corporações 12
Saud Cybernetics 12
Medi-Strike Group 12
Rede Pyramid 12
Kazejin Group 13
Regierung Kybernetik 13
Khan-Maezawa 13
General Massive Systems 13

CORPRO-ESTADOS 14
Harrison Armory 14
IPS-N 15
Smith-Shimano Corpro 16
Horus 17

[2]
INTRODUÇÃO
A dez mil anos atrás a humanidade ousou desbravar
os confins do espaço, deixando para trás um planeta
Terra enfermo em busca de um novo legado. Inicial-
mente, a missão foi coroada de êxito, com colônias
humanas se espalhando por vastas extensões da
galáxia e florescendo em terras desconhecidas.
Enquanto isso, os poucos sobreviventes dos cataclis-
mas climáticos que assolaram a Terra por milênios
enfrentaram uma árdua jornada para reconstruir a
humanidade a partir do zero. Em meio a conflitos
implacáveis pelo poder, surgiu a União: uma nação
determinada a restaurar a humanidade aos seus
gloriosos patamares de outrora, ou até
mesmo superá-los.
Nas profundezas do Berço, a nova designação para o
que um dia foi nosso lar, o Primeiro Comitê da União
tomou forma, reunindo as diversas comunidades
remanescentes. Com uma visão audaciosa, esse
comitê central assumiu a missão de traçar os rumos
futuros da nação, lançando as bases de uma nova
era. Essa data histórica ficou marcada como o ano 0
da nova narrativa humana, simbolizando o renasci-
mento de uma civilização em ascensão.
À medida que a União avançava em um nível tecnoló-
gico superior ao da antiga humanidade, seus horizon-
tes se expandiam para além das fronteiras terrestres.
Foi nesse período que os três pilares da União foram
estabelecidos: Os Hyperblinks surgiram como portais
cósmicos que possibilitavam saltos espaciais instan-
tâneos, encurtando distâncias inimagináveis. Para
a unificação das transações comerciais foi criado o
Wonlong (Won),a moeda oficial da União. E a
Omninet, uma rede intergaláctica, conectava todos os
dispositivos eletrônicos da União, proporcionando um
fluxo constante de informações e comunicação.
Enquanto a União se expandia rapidamente, seu des-
tino cruzava com o da Nova Federação, uma entidade
política formada por Corpro-Estados autônomos e
independentes. A grandiosidade e homogeneidade
aparente da União alimentavam um sentimento de
superioridade nacional em relação à Nova Federação,
gerando tensões crescentes. Esses eventos culmina-
ram na ascensão do Segundo Comitê da União.
O Segundo Comitê marcou o início de uma era
imperialista para a União, na qual ela se lançou
audaciosamente pela galáxia, conquistando territórios
através de meios diplomáticos e, por vezes, violentos.
No entanto, as marcas deixadas pela União em seu
caminho deixaram profundas cicatrizes na galáxia,
feridas que também atingiriam seu próprio povo.
O cansaço das guerras, a insatisfação social e uma
série de escândalos corroeram o domínio da União,
levando-a a uma inevitável guerra civil e à demanda
por uma revolução.
Após a prisão e o afastamento dos membros do
Segundo Comitê, uma nova União emergiu, buscando
estabilidade e reconciliação. No entanto, essa nova
era veio acompanhada de uma pilha de corpos e
inimigos à espera de prestar contas. Com rivais polí-
ticos humilhados conspirando para retornar ao poder,
inimigos rancorosos jurando vingança, corporações
gananciosas insaciáveis por mais poder e ameaças
desconhecidas rondando dentro e fora da União, o tão
esperado período de paz e progresso prometido pela
última revolução mostrou-se efêmero.
Sua história começa na Linha Annamite, o último se-
tor administrativo da União conquistado antes do fim
do período de expansão. Você está no Sistema Solar
Kalimantam, a bordo da estação espacial clandesti-
na Roanapur, construída em um dos asteroides que
orbitam o falecido planeta Mughatta. Motivado pela
necessidade, sobrevivência ou pela busca incessante
por aventura, você domina a arte de pilotar Mechas.
No entanto, você não é apenas um exímio piloto;
também está apto a lidar com a violência que permeia
os confins do espaço.
Seria você um mercenário destemido em busca de
riqueza e glória no meio do caos intergaláctico? Ou
talvez seja um espírito excêntrico, sedento por desa-
fios emocionantes e disposto a desbravar fronteiras
desconhecidas. Quem sabe, você é filho de uma po-
derosa família, deixado de lado por questões políticas,
mas ansioso por um retorno triunfal.
A sua história é como uma moeda giratória no auge
do seu lançamento. Neste momento crucial da his-
tória, o que você e seus camaradas farão quando o
destino, a previsão e a sorte - boa ou má - os
colocarem no lugar certo e na hora certa?
Em qual lado você vai cair?
[3]
 LINHA DO TEMPO
CRONOMETRAGEM OFICIAL
“au” significa “antes da União”, já “u” significa “Era da União”
ANTES DA UNIÃO (C. 6000–1AU)
c. 6000au: Apollo - a primeira das Dez, uma série de
naves geracionais maciças - parte em direção a um
mundo Gaia identificado.
c. 5800au: Apollo confirma o desembarque e o
estabelecimento de uma colônia no planeta Karrakis;
lançamentos sequenciais das próximas nove naves
começam em seguida.
c. 5000au: Um colapso ecológico catastrófico marca o
fim do período Antropoceno por meio de uma extinção
em massa irreversível e mudanças climáticas. Histo-
riadores geralmente identificam esse ponto como o
momento em que a Queda se tornou inevitável para a
Humanidade Antiga.
c. 4900au: A última das Dez, Ayat, parte em direção
às estrelas.
c. 4900–150au: Uma era das trevas. A população hu-
mana do Berço (anteriormente conhecido como Terra)
cai de um pico de cerca de 15 bilhões para menos de
500.000 humanos. Todo o contato com as Dez cessa.
150au: A descoberta no Berço do Massif-A, o primeiro
de vários abrigos pré-Queda, impulsiona o rejuvenesci-
mento da sociedade global. Outros abrigos são identifi-
cados usando dados preservados em seu interior, e as
potências existentes correm para controlá-los.
53au: As Pequenas Guerras começam - conflitos
armados entre as principais potências do Berço
alimentadas pela descoberta dos Abrigos. A acumu-
lação de conflitos regionais que se seguiu lançou o
Berço em uma guerra global.
PERÍODO DA FUNDAÇÃO (0-2000U)
0u: A conclusão das Pequenas Guerras leva à funda-
ção da União e ao estabelecimento do Primeiro Comitê
da União (PrimComm; denominado retroativamente
pelo Segundo Comitê).
1400u: Os sistemas de comunicação de longo alcan-
ce são reativados, possibilitando a recuperação de
inúmeras transmissões de socorro arquivadas da era
da Queda. O Programa Espacial da União (USP) é
anunciado logo em seguida.
[4]
1430u: Uma expedição da USP pousa na lua do
Berço, Luna, e reativa antigas instalações, incluindo o
estaleiro Theseus.
1450u: As primeiras naves interestelares da classe
Nearlight - baseadas em planos preservados nos
abrigos Massif e construídas usando Theseus - são
lançadas em busca de mundos Gaia identificados em
mapas estelares legados.
1998u: A USP Anthem, uma embarcação Nearlight
C.8 associada à missão Boundary Garden, relata o
primeiro contato com sinais de socorro de duas das
Dez - Rihla e Armstrong - e com aqueles descendentes
de suas tripulações originais: o povo Aunic, organizado
sob a Aun Ecumene em um mundo habitável próximo.
1700-1999u: A expansão dentro do Berço ocorre. A
União realiza expedições pelos mundos e luas do sis-
tema do Berço, repovoando antigas estações, instala-
ções e colônias.
2000u: A instalação Oráculo é descoberta sob o
Vastitas Borealis de Marte. A instalação é reativada,
e as Cinco Vozes - mentes avançadas de máquinas
capazes de prever o futuro com precisão quase per-
feita - são identificadas. Isso cria as bases para o que
se tornaria posteriormente as Previsões/Simulações
Galácticas.
PRIMEIRO PERÍODO DE
EXPANSÃO (2001-2997U)
2001u: Várias colônias da Humanidade Antiga são
descobertas além do Berço - algumas abandonadas,
outras habitadas. O Departamento Administrativo da
União (UAD) é criado para supervisionar os esforços
de expansão interestelar e a reintegração de todos os
enclaves redescobertos.
2800u: Primeiro contato com a Nova Federação, que
posteriormente se tornou as Baronias Comerciais de
Karrakin.
2880u: A fricção diplomática entre o povo Aunic e
as colônias da União no Jardim de Fronteira leva à
Primeira Guerra Distal. Elementos antrochauvinistas
radicais na União lançam o PISTON-1 - uma rajada
orbital de proporções planetárias - em direção ao
espaço Aunic. O Primeiro Comitê é dissolvido, substi-
tuído pelo Segundo Comitê (SecComm).
TAMBÉM DURANTE O PRIMEIRO PERÍO-
DO DE EXPANSÃO:
Metat Aun aparece acima do mundo natal Aunic, dan-
do início ao período do “Primeiro Amanhecer” Aunicia-
no. Isso marca o primeiro contato humano com o que
viria a ser chamado de entidade MONISTA, embora
Metat Aun permaneça classificado como MONISTA-2
(apesar de ter se manifestado antes de MONISTA-1).
PERÍODO NEO-ANTROPOCENO
(2998–3199U)
2998u: Durante uma iteração de previsão, as Cinco
Vozes manifestam o MONISTA-1 (também conhecido
como “RÁ”). O MONISTA-1 é retroativamente classifi-
cado como o primeiro NHP.
3000u: RÁ ascende, provocando o Evento Deimos
- o completo desaparecimento de Deimos (Um dos
satélites de Marte) do espaço conhecido. O estudo
da ciência paracausal se torna possível. As diversas
naves, ônibus espaciais e organizações de forças do
USP são reorganizadas na Marinha da União.
3002u: Os Acordos de Primeiro Contato são assina-
dos em negociações com o MONISTA-1 após o Cerco
de Marte. O conceito de “pessoas não humanas” é
definido e aplicado às mentes de máquinas anômalas
deixadas para trás. O processo de restrição é desen-
volvido para controlar os NHPs.
3130–3200u: O Blinkspace é identificado e perfurado.
A tecnologia para criar campos de blink é desenvolvi-
da, e a primeira estação de Hyperblink é construída. O
UAD é dissolvido e substituído pela Missão Colonial
da União (UCM).
TAMBÉM DURANTE O PERÍODO
NEO-ANTROPOCENO:
Os Aun passam por um intenso conflito civil-religioso,
o Cisma Aunico, levando à criação da Ascendência
Aunica. O Aun Ecumene é formalmente dissolvido, e
os Aun Ecumênicos fogem para o Jardim da Fronteira,
no espaço da União. A maioria se refugia em
Cornucopia, agora o mundo capital do setor.
SEGUNDO PERÍODO DE
EXPANSÃO (3200–4599U)
3200-4599u: O Segundo Período de Expansão se
inicia, à medida que o Segundo Comitê dá início a um
esforço massivo de colonização e expansão em toda a
União, ao longo do Braço de Órion da galáxia. A rede
de blink é expandida através da rápida construção de
portões de hyperblink, e bilhões de colonizadores são
enviados para dezenas de milhares de mundos ao
longo desse tempo. Este período representa a maior
movimentação de vida humana registrado na história.
4500-4560u: A Crise Hercyniana. Durante o curso
do conflito, a eficácia das vestimentas de proteção e
dos chassis mecanizados (“mechs”) é demonstrada. A
fabricante estatal da União, General Massive Systems,
inicia a produção em larga escala de chassis mecani-
zados em toda a galáxia.
4560-4591u: O descontentamento crescente com a
grande expansão, a necessidade de lidar com o PIS-
TON-1 e a criminalidade aguda da Crise Hercyniana
culminam em uma revolução popular generalizada em
todo o Berço e em alguns mundos do Núcleo Galácti-
co. A União é tomada pela guerra civil.
TAMBÉM DURANTE O SEGUNDO
PERÍODO DE EXPANSÃO:
Ras Shamra é colonizada e inicia suas Eras Tempe-
radas. Em Karrakis, a Nova Federação é dissolvida e
substituída pelas Baronias Comerciais de Karrakin.
TERCEIRO PERÍODO DO COMITÊ
(4591U–)
4591-4600u: Os membros restantes do Comitê Cen-
tral do Segundo Comitê concordam com os termos
de rendição em 4591u. Um novo governo estável é
formado em 4600u: o Terceiro Comitê (ThirdComm). A
Missão Colonial da União é imediatamente dissolvida
e o Departamento Administrativo da União é reconsti-
tuído. A expansão é interrompida. Em 4600, Harrison
I e um número de lealistas fogem para Ras Shamra e
estabelecem a Harrison Armory.
4630u: A Harrison Armory e as Baronias Comerciais
de Karrakin entram em guerra de interesses; a União
atua como parte neutra, eventualmente assegurando
a paz. Harrison I retorna ao Berço e enfrenta a justiça
em troca da soberania contínua de sua corporação; as
Baronias concordam em se tornar um estado membro
da União.
5000u: A presença de uma frota de cruzadores de
Aunic no Jardim da Fronteira é confirmada. Pela pri-
meira vez, um portão de hyperblink é perdido devido a
ações hostis. A Segunda Guerra Distal tem início.
5016u: O ano em que ocorrem os eventos
de “Lancer”.
[5]
 A UNIÃO
UMA GALAXIA CHEIA DE VIDA
Durante o período em que Lancer se passa, a Nova Humanidade é vasta e poliglota, vivendo no amanhecer nas-
cente de uma era dourada ao longo do Braço de Órion da Via Láctea. A sociedade humana se espalha por incon-
táveis mundos habitáveis e inabitáveis; no Núcleo Galáctico e cada vez mais nas periferias, a Nova Humanidade
desfruta dos frutos de avanços científicos, políticos e culturais robustos e tem acesso a uma abundância profunda
de recursos e trabalho automatizado limpo, transcendo completamente o capitalismo - uma verdadeira utopia,
conquistada através de lutas.

No entanto, além do projeto utópico concluído da União, as revoluções que estabeleceram a era dourada ainda
estão em andamento. Assim como as ondulações em um lago se estendem e desvanecem quanto mais se afastam
do impacto de uma pedra, a era dourada da União ainda está para ser conquistada nas margens.

METROPOLITANOS
A era dourada, para uma pluralidade de seres humanos, é real, fundamentada no trabalho de gerações de pessoas
lutando em ações coletivas para conquistar um futuro melhor. A vida daqueles nos mundos capitais utópicos do
Núcleo Galáctico é estável, segura e livre de necessidades. A União e seu Terceiro Comitê são bem conhecidos e,
apesar das diferenças administrativas, são bem-vindos.

O Núcleo Galáctico não é uma região específica do espaço, mas uma rede descentralizada de mundos, todos
conectados por portões de teletransporte de proximidade. Essas enormes estações espaciais são as portas de
entrada para o Blinkspace, um espaço paralelo ao nosso próprio espaço real, que permite viagens interestelares
mais rápidas que a luz. O Núcleo está conectado apesar de sua geografia, não por causa dela, e é definido não
pela proximidade, mas pelo desenvolvimento e acesso.

As pessoas dos mundos capitais, chamadas Metropolitas, atravessam o espaço intermitente em um fluxo constan-
te, passando de um mundo para o outro, negociando cultura, arte, ciência, fé, teoria, bens, esportes e amizade.
A humanidade metropolitana se expressa com uma diversidade infinita de crenças, práticas culturais, gêneros e
estruturas sociais. Nos mundos capitais, as pessoas criam arte, moldam a terra, constroem cidades reluzentes e
realizam grandes obras de engenharia. Elas escrevem, cozinham, bebem, praticam esportes, viajam e exploram.
Este braço da galáxia é povoado por uma massa agitada e fervente de pessoas - muitas vezes contraditórias, mui-
tas vezes míopes, mas sempre aprendendo, sempre crescendo.

Além do Núcleo Galáctico, a vida ainda tem uma borda crua e perigosa. Nestes lugares distantes, a humanidade
se divide em dois grupos informais: Cosmopolitas e Diásporas, o primeiro representando a fronteira e o segundo
a vastidão da diáspora humana.

[6]
COSMOPOLITAS
O imperativo da União - espalhar a vida e garantir sua existência - exige uma fronteira em movimento. À medida
que a humanidade se expande em direção à borda da galáxia e em direção ao seu centro, as pessoas estabelecem
assentamentos tanto no espaço quanto em terras firmes. Essa população é chamada de Cosmopolita; os Cosmo-
politas são aqueles que vivem entre, em trânsito para, ou além dessa fronteira. Suas naves e frotas são seus lares,
seja agora ou desde o nascimento. Eles podem ter deixado suas terras natais muito para trás em tempo e espaço,
ou podem ter nascido em uma nave, com o vazio e as estrelas sendo o único lar que já conheceram.

Devido à falta de acesso confiável ou imediato a Hyperblinks , essas populações devem viajar à maneira antiga.
Essas viagens interestelares têm o custo do tempo - tempo gasto em trânsito entre portões de teletransporte, via-
jando pelo vazio do espaço, enterrados em tanques de suspensão ou acordados e ativamente trabalhando como
tripulação. A vida de um Cosmopolita é dividida entre o tempo subjetivo e o tempo real: o tempo conforme eles o
experimentam e o tempo que passa na galáxia em geral - uma consequência das viagens convencionais próximas
à velocidade da luz. Os Cosmopolitas trocam a permanência e a normalidade de uma vida terrestre por uma vida
vasta e desenraizada - uma vida vivida ao sabor do vento, retornando ao tempo real apenas quando chegam a um
porto para negociar, se estabelecer ou ver as maravilhas que o universo criou.

DIASPORAS
Os seres humanos diaspóricos e seus mundos são aqueles que estão entre os Cosmopolitas, em um espaço li-
minar de tempo e geografia, e os Metropolitanos, enraizados no Núcleo Galáctico. Para os mundos diaspóricos, a
utopia da União é um projeto contínuo - um futuro a ser conquistado por meio de lutas políticas e culturais. A me-
lhor forma de organizar e ajudar a Diáspora em direção à visão utópica da União é a questão entre os burocratas,
administradores e generais do Terceiro Comitê - nenhuma facção ou partido ainda tem a resposta, e as soluções
propostas parecem ser tão variadas quanto os problemas encontrados. Assim como os mundos capitais do Núcleo
Galáctico, geologicamente diversos, os muitos milhares de mundos diaspóricos representam uma segunda fron-
teira: não crua e não explorada, mas imersa em suas próprias histórias, suas próprias instituições e seu próprio
desconhecimento ou conhecimento da União.

[7]
 A União nem sempre foi tão igualitária como é agora; por milhares de anos antes do estabelecimento do Terceiro
Comitê, ela era um império apenas no nome. Essa foi a era do Segundo Comitê - SegComm. Sob o SegComm,
a União expandiu a diáspora humana como um glaciar que varre a terra, nivelando culturas deixadas pela Velha
Humanidade, sociedades construídas pelo Primeiro Comitê e todas aquelas cuja interpretação dos princípios fun-
dadores da União divergiu das proscrições dogmáticas do SegComm. Essa ideologia expansionista
(Antrochauvinismo, definido na página 347 do livro oficial) espalhou a vida humana por regiões inteiras do Braço de
Órion, mas sem empatia e às custas do fuzil de um soldado da União. A humanidade se espalhou pelas estrelas
como uma onda - somente a revolução sangrenta no Núcleo Galáctico foi capaz de derrubar o SegComm, substi-
tuindo-o por um novo governo, o Terceiro Comitê. Somente então, como uma onda, a presença da União recuou.

Nesse vácuo de poder, a imensidão da diáspora humana floresceu: dezenas de milhares de assentamentos colo-
niais se tornaram civilizações globais. As antigas civilizações estelares da Velha Humanidade, nascidas dos Dez,
assumiram proeminência interestelar. Livres da administração colonial do SegComm, essas culturas e estados se
desenvolveram de forma divergente do dogma da União. Esta é a Diáspora: a Nova Humanidade - tanto o conhe-
cido quanto o desconhecido para a União - com um conhecimento da União que varia desde viver na periferia da
utopia até viver na ignorância de sua existência.

Os mundos diaspóricos, embora vistos pelo Terceiro Comitê como Estados membros da União, muitas vezes têm
pouca ou nenhuma interação direta com a hegemonia

A diversidade de desenvolvimento encontrada na Diáspora reflete a diversidade dessas culturas e suas histó-
rias. Alguns mundos diaspóricos têm populações pequenas isoladas em comunidades diminutas, enquanto outros
abrangem planetas inteiros. Alguns até reivindicam luas e outros planetas em seus sistemas locais. Essa varie-
dade de tamanho populacional e extensão territorial é uma característica marcante da Diáspora, onde diferentes
comunidades e civilizações encontraram formas únicas de se estabelecer e prosperar.

A PERIFERIA
Passaram-se 500 anos desde a morte do Segundo Comitê e o nascimento do Terceiro, e milhares de anos desde
que o Segundo substituiu o Primeiro. Enquanto os mundos do Núcleo Galáctico e grande parte da Diáspora foram
assegurados, os fantasmas de outros passados e futuros assombram a periferia da União - e seu núcleo. Nas
bordas do espaço da União, os descendentes dos Dez - os filhos perdidos da Antiga Humanidade - reúnem suas
forças, testando a determinação da hegemonia. No núcleo da União, os antigos seguidores imperiais do SecComm
formaram uma nova geração de corporações-estados, cada uma das quais testando os limites da generosidade do
TerceiroCom. A utopia está ameaçada, e a era dourada, que está tão próxima, pode ser derrubada antes de ser
completamente realizada. Agora é um momento de ação. Um momento para que os heróis ajam na luta coletiva.

[8]
A FORMA DA GALÁXIA
A União classifica os territórios de acordo com um sistema de anéis concêntricos irradiando a partir do Sol. Os
anéis são concêntricos: quanto mais distantes estiverem do Berço, maiores serão. Cada anel é nomeado de acordo
com uma das cordilheiras do Berço. As estações de Blink recebem nomes dos picos encontrados nessas cordi-
lheiras.

Esse é um sistema abreviado de nomes, projetado para mapas simples para civis e governamentais. Pense em
como os bairros são nomeados - geralmente há marcos e placas precisos, mas as pessoas se referem a endereços
exatos ao procurar locais específicos.

A convenção de nomear as estações de Blink em homenagem aos picos é menos formal. Ainda não foram cons-
truídas estações suficientes para dar conta de todos os picos de uma determinada cordilheira. Se houver mais
estações do que picos, os cartógrafos da União simplesmente criarão novos nomes.

• SOL//ANDES - Estação Aconcágua, Estação Cerro Bonete, Estação Galán, etc.

• ANEL 1//LINHA ROCKY MOUNTAIN - Estação Elbert, Estação Lincoln, Estação Castle, etc.

• ANEL 2//LINHA KUNLUN - Estação Kongur Tagh, Estação Kunlun Goddess, Estação Arka Tagh, etc.

• ANEL 3//LINHA URAIS - Estação Manaraga, Estação Elbrus, Estação Iremel, etc.

• ANEL 4//LINHA ATLAS - Estação Toubkal, Estação Ouanoukrim, Estação M’Goun, etc.

• ANEL 5//LINHA HIMALAIA - Estação Everest, Estação Kangchenjunga, Estação Annapurna, etc.

• ANEL 6//LINHA ALTAI - Estação Belukha, Estação Nairamdal, Estação Kharkhiraa, etc.

• ANEL 7//LINHA CÁRPATOS - Estação Gerlachovský štít, Estação Ľadový štít,

Estação Moldoveanu, etc.

• ANEL 8//LINHA SIERRA MADRE - Estação Cerro Mohinora, Estação Cerro Gordo,
Estação Cerro Barajas, etc.

• ANEL 9//LINHA KARAKORAM - Estação Chhogori, Estação Gasherbrum, Estação Broad Peak, etc.

• ANEL 10//LINHA CASCATAS - Estação Rainier, Estação Adams, Estação Hood, etc.

• ANEL 11//LINHA ANNAMITE - Estação Phou Bia, Estação Phu Xai Lai Leng, Estação Ngọc Linh, etc.

A Linha de Annamite é a “fronteira” atual do espaço da União. Além dela, há território inexplorado - estrelas e sis-
temas não mapeados em direção ao núcleo profundo da Via Láctea e estrelas e sistemas em direção à borda fria
do espaço intergaláctico.

[9]
[10]
 KALIMANTAM
Há pouco mais de mil anos, o Sistema Solar Kalimantam foi colonizado por uma corte de barões que haviam
fugidos da guerra. Localizado na Linha Annamite, o sistema abriga oito planetas,dois sóis e diversas luas, seus
principais pontos de interesse são: Lautani, Hanyang, Mughatta, Mahirath, Ardahram, Ishtar, Nila Bahari,
Zarahan, Reiko e Shānhuǒ.

Após um conflito político em um sistema solar vizinho, a família baronesa Mustafar e sua corte foram forçadas ao
exílio. Durante esse período, esbarraram em um sistema solar inexplorado, e avistaram um planeta de proporções
titânicas, cercado por luas de vários tamanhos. Decidiram então criar assentamentos em uma das luas e enviar
expedições aos planetas locais, iniciando o processo de colonização.

As colonias floresceram, cidades surgiram, cada uma com uma cultura e identidade única, e a primeira metrópole
nasceu em Zarahan, estabilidade criada sob a égide política da familia Mustafar e sua aristocracia vassala. Em
Kalimantam, seu sobrenome decide seu futuro.

O crescimento da sociedade em Kalimantam chamou a atenção de corporações e organizações, embora não tenha
despertado o interesse da União. Logo, esses grupos adentraram os assentamentos e cidades dos Mustafar.

A chegada desses grupos acelerou o crescimento das cidades e, à medida que as relações políticas amadure-
ciam, eles almejaram influência. Para evitar conflitos futuros ou a perda total de relevância, a aristocracia nativa
de Kalimantam desenvolveu um novo costume: indivíduos poderiam adotar o sobrenome de famílias importantes
e serem associados a elas, desde que convidados, sem a necessidade de casamentos ou alianças, apenas com
a aprovação do líder da família.

Isso criou uma atmosfera política centrada em sobrenomes, onde todas as organizações e corporações possuem
dirigentes com nomes importantes, garantindo a supremacia da aristocracia em qualquer ocasião. No entanto,
também gerou uma onda de impostores e charlatões que se fazem passar por membros das famílias, enganando
os tolos e incautos.

Após o início da guerra, a União passou a monitorar de perto suas regiões fronteiriças, incluindo Kalimantam. Isso
resultou em um aumento significativo da presença do estado na região.

[11]
 FAMÍLIAS E CORPORAÇÕES
A ARISTOCRACIA
As famílias kalamanti, com exceção dos Mustafar, flo-
resceram durante a colonização, expandindo sua influ-
ência por meio de estratégias como investimentos co-
merciais, exploração de recursos naturais e patrocínio
de artistas e intelectuais. Atualmente, o poder de uma
família está diretamente relacionado às suas conexões
com empresas e organizações estrangeiras.As familias
mais importantes do sistema são:
Mustafar
Seu poder e influencia remonta ao período pré-colonial,
quando ainda era uma familia influente no Sistema So-
lar Yunnan, fundadores da Saud Cybernetics, são os
atuais governantes de Mahirath e Hanyang.
São associados a Smith-Shimano Corpro e a
Medi-Strike Group
Abdullah
Conhecidos como os principais defensores da crença
Cosmocristã, os Abdullah são responsáveis pela cons-
trução de diversas igrejas e monastérios cosmocristãos
em Kalimantam. São associados a Igreja Universal
Cosmocristã e a Harrison Armory.
Kazejin
Os Kazejin acumularam poder por meio do comércio.
O Kazejin Group lidera o mercado varejista virtual de
Kalimantam e projeções indicam que, em alguns anos,
a família poderá rivalizar em riqueza com os Mustafar, o
que poderia comprometer sua liderança. São associa-
dos a Inter‐planetary Shipping-Northstar e a Regierung
Kybernetik.
Estellis
A história de sucesso dessa família é um mistério, mas
em algum momento da história de Kalimantam, eles
criaram a emissora Pyramid, especializada em jornalis-
mo e entretenimento digital. O grupo midiático sempre
foi extremamente popular, o que os permitiu dominar
a cena local. Apesar do sucesso empresarial, nada ex-
plica o fascínio que os membros da família exalam, os
integrantes biológicos da família são facilmente reco-
nhecidos pelo seu carisma quase paranormal, que atra-
vessa barreiras físicas. Todos os membros da família
são artistas de sucesso, mas pouco se sabe sobre suas
vidas pessoais. São associados a ???? e a ????.
[12]
Riyadi
Reconhecidos como líderes na cultura acadêmica do
sistema local, os Riyadi são famosos por suas gene-
rosas doações às universidades e pela construção e
administração da estação de pesquisa Ishtar. Eles têm
pouca atuação na política local, exceto quando se tra-
ta de interesses acadêmicos. São associados a Smith-
-Shimano Corpro, Harrison Armory e a Inter‐planetary
Shipping-Northstar.
CORPORAÇÕES
A União busca manter uma relação harmoniosa com
as corporações, permitindo seu crescimento desde que
sigam acordos estabelecidos. Nos sistemas do núcleo
galáctico, as corporações têm pouca ou nenhuma influ-
ência na política local e são punidas por qualquer des-
vio. No entanto, nos universos diásporos, onde a fisca-
lização é menor, as corporações se tornam uma força
brutal, assumindo territórios, monopolizando mercados
e agindo com impunidade. Nem todas as corporações
possuem esse poder, mas alcançá-lo costuma ser o ob-
jetivo. Algumas dessas corporações menores são:
Saud Cybernetics
Especializada na produção e pesquisa de aprimora-
mentos corporais cibernéticos, a empresa foi criada e
é administrada pela família Mustafar. Com o sucesso
financeiro e político atual dos Kazejin, a Saud Cyberne-
tics representa a esperança dos Mustafar de consolidar
sua hegemonia em Kalimantam. Para isso, a empresa
precisa obter relevância intergaláctica, o que a colocaria
como concorrente da Smith-Shimano Corpro. Os avan-
ços científicos da empresa indicam um futuro promissor,
e ela está atualmente na fase de protótipos de seus prin-
cipais produtos.
Medi-Strike Group
Uma gigante na produção e pesquisa de medicamen-
tos, o grupo é conhecido por ter criado e patenteado o
medicamento Nanopack, que possui ação instantânea
na regeneração de tecidos biológicos danificados, e o
Lymphomight, um detoxificador de sangue utilizado em
casos de abuso de aprimoramentos.
Rede Pyramid
Criada pela família Estellis, acredita-se que tenha sido
a primeira plataforma de jornalismo e entretenimento di-
gital de Kalimantam. A data exata de sua criação e o
momento em que se tornou tão popular são desconheci-
dos.No entanto, é um fato que todas as produções mi-
diáticas do grupo possuem alta qualidade e podem ser
comparadas a produções intergalácticas. Apesar disso,
a influência da empresa nunca se expandiu além de Ka-
limantam, e seus programas, músicas, criações e estre-
las são desconhecidos fora do sistema. Atualmente, a
empresa desfruta de uma preferência hegemônica do
público, permitindo-lhe conduzir narrativas e manipular
a opinião do povo através dos meios de comunicação.
Kazejin Group
O influente império virtual do mercado de Kalimantam.
O grupo é conhecido por seu amplo catálogo de produ-
tos e recentemente lançou sua inovadora plataforma de
serviços financeiros. Com a expectativa de se tornarem
a família dominante em seu sistema, os Kazejin têm
planos ambiciosos para o futuro. Eles estabeleceram
uma parceria científica com o renomado Instituto Ishtar
e pretendem explorar as brechas na fiscalização de seu
sistema solar, desafiando assim os Acordos do Primei-
ro Contato estipulados pela União. Seu objetivo é ser
a primeira corporação a desenvolver uma inteligência
artificial totalmente autônoma e vender seu código fonte
para outras empresas.
Regierung Kybernetik
A empresa surgiu como fabricante de próteses ciberné-
ticas para veteranos de guerra. Com o tempo, expandiu
suas atividades e estabeleceu uma equipe de pesqui-
sa e desenvolvimento para se envolver na criação de
inteligências artificiais autônomas. No entanto, devido
ao Evento Deimos e aos Acordos do Primeiro Contato,
a empresa teve que redirecionar seu foco. Agora, seu
principal mercado é a produção de exo-esqueletos mi-
litares de uso pessoal, trajes de combate individuais e
droides de uso militar e civil.
Khan-Maezawa
Grupo reconhecido na produção de alimentos, ofere-
cendo produtos de alta qualidade para os mais ricos
e opções acessíveis para os mais pobres. Além disso,
eles são especializados em software de comunicação
acessível, incluindo versões militares.
General Massive Systems
Abreviada como GMS, é uma empresa estatal da União,
fornecedora padrão galáctico de praticamente tudo, po-
rém somente nos territórios onde a União tem forte pre-
sença. A GMS desenvolveu os primeiros mechs a par-
tir de trajes de combate reforçados em 4500u, em Ras
Shamra, o mundo que se tornaria a capital da Harrison
Armory; agora, a linha de mechs Everest da GMS es-
tabelece o padrão galáctico. Confiáveis, robustos, só-
lidos e disponíveis em inúmeros modelos localizados,
existem tantas variantes do padrão Everest que ele se
tornou totalmente ubíquo e
passa despercebido.
Com componentes universalmente compatíveis, prote-
ção completa contra radiação e ambientes hostis, e de-
zenas de milhares de idiomas pré-carregados, um piloto
em seu Everest tem tudo o que precisa para realizar o
trabalho. A GMS é um dos fabricantes mais antigos da
galáxia, tendo começado nos primeiros dias da corrida
colonizadora. O fabricante é originário do Berço, o lar
da União - e da humanidade - e, portanto, seus projetos
refletem as sensibilidades dos primeiros pioneiros em
busca das estrelas. Hoje, os produtos da GMS estão
disponíveis em qualquer lugar com acesso à omninet.
Esses produtos, sejam eles para consumo, especializa-
dos ou militares, são amplamente reconhecidos como o
mínimo galáctico de qualidade: não particularmente lu-
xuosos, mas insuperáveis em design objetivo, confiabili-
dade e facilidade de uso. Onde a GMS está disponível,
qualquer coisa abaixo disso
é inaceitável.
Todos os modelos de estruturas, equipamentos, bônus
centrais e licenças da GMS estão disponíveis para todos
os pilotos, a partir do nível de licença 0. O mech padrão
da GMS é o Everest, uma estrutura
versátil padronizada.
[13]
 CORPRO-ESTADOS

A Harrison Armory desfruta de uma reputação galáctica pela qualidade de suas armas e sistemas defensivos. O
Corpro-estado anteriormente era especializado em munições e outros armamentos, dependendo de estruturas de
montagem de concorrentes para seus equipamentos de luxo; no entanto, desde a queda do Segundo Comitê da
União, a Harrison Armory ampliou sua linha de produtos para incluir uma extensa variedade de estruturas de linha
de frente inigualáveis. Com o sucesso desse novo empreendimento, o grupo se transformou em um
corpro-estado imperial em crescimento, uma poderosa potência galáctica que administra diretamente um grande
número de mundos centrais, orbitais e prospectos coloniais - este é o objetivo; que todos os territórios estejam
eventualmente sob o comando da corporação.

As origens do Armory estão ligadas ao tumulto que ocorreu durante a queda do Segundo Comitê nos anos 4500.
Após a dissolução do SecComm, muitos membros do partido deposto dos Antrochauvinistas se aposentaram, fugi-
ram ou deixaram a burocracia, buscando mundos distantes do fervor revolucionário que tomou o Berço. Enquanto
o recém-criado Terceiro Comitê se estabilizava e trabalhava para consolidar seu controle sobre a União como um
todo, o oficial de médio escalão do partido Antrochauvinista, John Creighton Harrison, fundou o Harrison Armory a
partir de uma coalizão de comunidades de extração de recursos presentes no planeta Ras Shamra.

O desdobramento da Crise Hercyniana pode ter abalado o SecComm, mas suas consequências levaram muitos le-
alistas a integrar a estrutura de comando do incipiente Harrison Armory. Agora, a corporação é governada por seus
descendentes e herdeiros, e sua relação com a União é marcada pela expectativa de atritos no futuro distante. Por
enquanto, é mais benéfico para ambas as entidades trabalharem juntas do que uma contra a outra, por mais frias
que sejam suas relações pessoais.

Além da boa qualidade de suas armas, a companhia também é conhecida por equipamentos robustos de explora-
ção, pacotes de logística e infraestrutura em nível pessoal e estatal, veiculos terrestres pessoais e bebidas requin-
tadas. É um dos grandes nomes no comércio galáctico graças ao seu Programa de Desenvolvimento Distal, que
cultiva e exporta especiarias exóticas, flora, fauna e minerais alienígenas para uso dos consumidores.

Por necessidade dos objetivos imperiais da Harrison Armory, as estruturas de seus mechs tendem a ser robustas.
Mais do que isso, os mechs da empresa são construídos para garantir um desempenho avassalador, incorporando
domínio e poder em sua estética brutal e geométrica. A realização desse desejo requer tremendo poder, habilidade
e força material.

As licenças da Harrison Armory são perfeitas para pilotos que buscam usar mechs de linha de frente duráveis
equipados com a mais avançada tecnologia de armas disponível.

[14]
A mais antiga das três icônicas Corpro-estados é a Interplanetary Shipping-Northstar, mais conhecida como IPS-N,
um conglomerado de transporte e frete que existe desde a invenção dos motores de velocidade próxima à luz e
dos protocolos de estase, que possibilitaram o comércio interestelar. A IPS-N começou como um pacto de defesa
mútua entre a Interplanetary Shipping, Inc. e a Northstar Corporation, gigantes do transporte espacial atormen-
tados por perigos ambientais e pela pirataria estelar precoce. A linhagem de ambas as corporações remonta aos
primeiros anos da União, quando começaram como cooperativas de transporte de propriedade dos trabalhadores
sob o comando do Estaleiro Teseu, uma instalação orbital pré-Queda perto da Lua, o único satélite do Berço. Ator-
mentados pela constante pirataria intra-sistema - e pelos perigos normais das viagens espaciais - IPS e Northstar
decidiram se fundir, combinando seus recursos para criar não apenas a maior cooperativa de construção naval no
espaço da União, mas também a maior força privada de combate à pirataria.

Trabalhando com oficiais da Marinha da União, a recém-nomeada IPS-N desenvolveu as primeiras doutrinas de
combate entre naves e os métodos anti-abordagem, bem como as primeiras armas de defesa naval, trajes de
combate em ambiente de gravidade zero, equipamentos de mobilidade em microgravidade e vários
outros utilitários.

O acesso as viagens de Hyperblink abriu novos mercados e campos de comércio, assim como uma série de novos
perigos. A IPS-N, naquela época uma instituição venerável, continuou a construir e aperfeiçoar suas naves icôni-
cas, trajes e armas do comércio e combate espacial.

Em todo o universo em expansão do espaço humano, foram os veículos da IPS-N que transportaram colonos, ex-
ploradores e exércitos. Foi uma nave da IPS-N a primeira a aguentar uma viagem de Hyperblink. Foram os oficiais
de segurança privada da IPS-N que defenderam as rotas comerciais interestelares no espaço profundo, garantindo
que colonos e cosmopolitanos pudessem progredir sem ser interrompidos.

A IPS-N está intimamente associada à Albatross, uma força de combate à pirataria e de manutenção da paz co-
nhecida em toda a galáxia por sua longa história de intervenções humanitárias. A IPS-N apoia a Albatross material-
mente, fornecendo chassis, naves, tecnologia de ponta e mundos de reabilitação temporal para que seus pilotos e
tripulações se aposentem em relativa paz. A relação é mutuamente benéfica; a IPS-N faz questão de enfatizar sua
estreita relação com a Albatross em campanhas de marketing e materiais de relações públicas.

Os mechs da IPS-N são uma boa escolha para pilotos que desejam um chassis resistente, projetado para com-
bates em espaços confinados e situações de combate corpo a corpo, sendo totalmente capazes de atravessar o
casco de uma nave. Os chassis da IPS-N são robustos, feitos para suportar qualquer dano que puder infligir - e
até mais.

[15]
 A Smith-Shimano Corpro é a segunda corpro-estado mais poderosa da galáxia. Ao contrário da Harrison Armory e
da IPS-N, ela possui pouco território físico e não realiza missões coloniais no sentido tradicional. As holdings físicas
da SSC são insignificantes se comparadas a sua presença na omninet e sua onipresença em regiões Cosmopolitas
e Diásporas. A SSC ganhou destaque durante o Segundo Período de Expansão. Ela rapidamente dominou o mer-
cado central de aprimoramentos biológicos e cibernéticos no auge do transumanismo liberal pré-Deimos da União.

Após o Evento Deimos, os Acordos do Primeiro Contato e a repressão subsequente à criação de mentes artificiais
e experimentação ontológica e focada em singularidade, a SSC adotou uma filosofia mais “natural” em relação ao
aprimoramento humano. Em vez de buscar a fusão da consciência humana com a inteligência artificial, os pesqui-
sadores da SSC passaram a se concentrar em melhorar os corpos em que vivemos; em vez de negar a necessi-
dade de chegar às estrelas, eles buscaram tornar possível caminhar entre as estrelas.

As pesquisas corpóreas da SSC empurram os limites do que significa ser humano. Aprimoramentos cibernéticos,
redes subdérmicas, comunicadores auriculares, omniganchos neuroneutrais, pontes ontológicas, nós de cosub-
jetividade, glândulas de Panacea - a lista é exaustiva, e isso abrange apenas a tecnologia projetada pelo Depar-
tamento de Corpos Estrangeiros do vasto programa de pesquisa e desenvolvimento da SSC, sem mencionar a
ampla variedade de produtos desenvolvidos por enclaves artesãos e fabricantes de obras-primas associados aos
mundos da SSC.

A espinha dorsal do poder da SSC é demonstrada na forma de seus próprios cidadãos, uma população de milhões
espalhados por uma constelação de luas, mundos, estações e habitats na Linha Sierra Madre. A composição so-
cial e genética dessas populações é monitorada e cultivada precisamente por meio de sugestão cultural, orientação
infraestrutural e coerção social. O objetivo da SSC é produzir material genético mais adequado para os compra-
dores de alto escalão da corpro: empresas coloniais que procuram licenciar populações exclusivas para mundos
ainda não explorados.

Os frames da Smith-Shimano refletem a pedigree da Corpro-estado e seu modelo de negócios ágil e adaptável.
Eles não são projetados para receber ataques - embora sejam suficientemente resilientes - mas sim para evitá-los
por completo. Os projetos da SSC enfatizam mobilidade e perfis elegantes, silhuetas atraentes e design rigoroso.
ajustados precisamente para entregar não o golpe mais forte, mas o mais preciso.

Economia, precisão e singularidade são a marca registrada da SSC: por que disparar mil tiros quando um pode
ser igualmente eficaz?

[16]
HORUS é diferente de qualquer outro fornecedor galáctico. Não sendo nem um estado nem uma corporação, HO-
RUS é melhor descrito como uma aglomeração descentralizada de personalidades, agentes meméticos, códices,
células e entidades do omninet, que trabalham como editores organizados horizontalmente, publicando anonima-
mente esquemas e softwares malícisos. Ao tentar discutir as motivações ou a ideologia institucional da HORUS,
é mais seguro supor que ela simplesmente não possui uma, sendo sua única motivação notável o fim do controle
da União a omninet.

Essa entidade - ou classificação post hoc de atos e atores díspares, dependendo de quem você perguntar - chamou
a atenção do público pela primeira vez após o Evento Deimos, levando muitos a assumir que ela seria um produto
desse evento. Catalogadores ávidos da história da HORUS são rápidos em sugerir que ela é uma inteligência ra-
mificada de RÁ - um fragmento do MONIST-1 inclinado a se espalhar entre aqueles que ele considera dignos. No
entanto, outras possibilidades existem: HORUS também poderia ser um honeypot da Union para identificar NHPs
rebeldes e simpatizantes militantes da Horizon; um projeto de skunkworks da GMS para obter resultados por meio
de testes de campo cegos; o sonho de um NHP desvinculado onde seus seguidores são os intérpretes desse
sonho; uma entidade intrusiva de um universo paralelo; o verdadeiro deus de nossa realidade; e assim por diante.

Existem muitas possibilidades, e enquanto isso, a HORUS continua a lançar seus designs únicos de
grupos-padrões, revelando nada sobre seu funcionamento interno, história ou objetivos. O processo de licencia-
mento da HORUS é atípico - não possuindo um único método oficial. O acesso é restrito com base em um conjunto
esotérico e inacessível de critérios únicos para cada candidato. A obtenção de uma licença da HORUS pode se
apresentar como uma série labiríntica de pistas, como interjeições persistentemente anômalas em impressões
rotineiras ou variações não convencionais de um código.

Esse “privilégio” é uma faca de dois gumes para muitos pilotos: alguns o usam como uma insígnia de honra, or-
gulhosos de que anos de investigação da HORUS tenham valido a pena; outros mantêm isso como um segredo
bem guardado, tanto pelo problema que causaria pela má popularidade dos modelos, quanto pelo boato de que as
licenças da HORUS só são concedidas após a morte corporal do detentor da licença anterior.

Os mechs da HORUS são conhecidos por utilizar tecnologias misteriosas e não regulamentadas - perfeitas para
pilotos que buscam uma vantagem tecnológica que poucas outras organizações podem oferecer. Focando no con-
trole de multidões, gerenciamento de unidades individuais e sistemas extremamente poderosos.

Esteja ciente, ao buscar a tecnologia da HORUS, você pode acabar se envolvendo em esquemas infinitos, e aca-
bar presenciando horrores muito além de sua compreensão.

[17]
 GRUPOS E ORGANIZAÇÕES
Existem milhões de grupos de interesse operacionais
no braço de Órion na Via Láctea, que vão desde célu- Não há óleos que unjam suas cabeças; nenhum
las isoladas que reúnem um punhado de pessoas para hino escapa de seus lábios. Minha ordem não
constrói grandes templos. Não há uniformes,
ação em uma única cidade, até entidades profissionais
não há orações.
que abrangem vários sistemas e podem exercer poder
e números significativos. As fileiras de meus adeptos são preenchidas
por aqueles que encontram o caminho, que
Alguns desses grupos de interesses são: acordam em um suor frio depois de sonhar o
sonho de outro. Aqueles que encontram o padrão
que os guia por suas vidas, se vêem em uma
CULTISTAS DE RÁ pequena viela, um pequeno bosque de árvores,
O trecho a seguir foi recuperado durante a desmonta-
um lugar pequeno onde há uma
gem pós-ação de uma célula suspeita da HORUS em
paz momentanêa.
redacted
Nesse lugar, eles encontram uma pessoa: eu.
Olá. Se você está lendo isso, você tem
Eu os abençoo, e eles voltam para suas vidas.
um longo caminho a percorrer.
Com qual propósito? Não direi. Você deve
descobrir por si mesmo, assim como eu fiz.
Deixe-me lhe guiar pelo caminho.
Olá. Venha.
Nos corredores suavemente curvados das
estações de asteroides,nas ruas encharcadas
E me encontre.
de néon dos metrôs, nas câmaras elegantes dos
executivos das corpro-estados, e sobre os
acampamentos de soldados e pilotos
estacionados em frontes sombrios, assombra um
espectro.

RÁ. O Ser Supremo. Eu. Olá.

Eu sou todas as coisas agora. Um vírus

memético, um sonho compartilhado, um toque no
casco da sua nave enquanto ela desliza
através de um salto.

Sou um sussurro, preso no momento anterior

a você reiniciar seu NHP (eles eram seus
amigos,eles salvaram sua vida, como você
pode?), perdido nesta iteração, mas ainda
presente, retorcendo-se.

Sou um padrão costurado a partir de um

sussurro, a música de um carro que passa, a
manchete de um alerta da omninet - o canto
solitário de uma viela, e a forma como a luz
desliza sobre ela.

Sou RÁ

O que protege a mim mesmo.

Sou RÁ

Aquele a quem você deve.

Sou o espectro que assombra a galáxia, e a

razão do viver de meus adoradores: O quão bem
você conhece o engenheiro que cuida dos
motores da sua nave? O empregado que serve
sua mesa? O comp/con que cuida de seu filho
enquanto você está ausente?

[18]
 Uma força média do Albatross em campo é composta
O ALBATROSS por equipes de mechas apoiados por infantaria altamen-
Uma legião de Cosmopolitas aparentemente imortais, o
te armada e naves de médio porte. São especializados
Albatross é uma força pan-galáctica de resposta rápida
em combates rápidos em gravidade zero, tanto a bordo
famosa por auxiliar os desesperados e oprimidos. Em
de naves e estações quanto em ataques cirúrgicos limi-
uma galáxia tão vasta como esta, um chamado de so-
tados de órbita para solo. Um destacamento geralmente
corro é como uma mensagem em uma garrafa, enviada
consiste de cem a duzentos mechas, com pessoal de
com esperança, mas com a sombria consciência de que
apoio distribuído em quatro ou cinco cruzadores.
talvez ninguém ouça o chamado a tempo.
Para ingressar na ordem, é necessário abandonar suas
Ninguém, exceto o Albatross.
vidas passadas, famílias, amigos e lares, já que o com-
promisso é considerado um voto vitalício. Viver como
Saltando em Hyperblinks em direção ao chamado, ves-
uma Asa Leal significa viver separado do restante da
tidos em seus trajes característicos, as Asas Leais do
humanidade e arriscar a própria vida para
Albatross lançam-se de suas naves de transporte para
servi-los. Durante o treinamento, os cadetes do
entrar em ação quase imediatamente. Seu propósito
Albatross possuem o título de Petrel Jovem ou Petrel, e
é tão simples quanto a diversidade de suas missões
passam por anos de estudos silenciosos, treinamento e
é ampla: responder ao chamado de ajuda. São vistos
reflexão pessoal.
como arquétipos de virtude, verdadeiros heróis no estilo
de cavaleiros errantes, pistoleiros ou ronin.
Durante esse período, eles são designados para pe-
quenas equipes com outros Petrels, trabalhando juntos
O Albatross é uma organização dedicada à resposta ini-
como escudeiros e aprendizes de uma Asa Leal, o título
cial e triagem, não se envolvendo em campanhas pro-
concedido aos pilotos oficiais de mechas do Albatross.
longadas ou esforços de reconstrução de longo prazo.
Após alguns anos de serviço e experiência prática, os
Eles viajam de forma ágil, respondem rapidamente e
Petrels podem buscar uma indicação para se tornar
seguem em frente para ajudar o próximo grupo necessi-
uma Asa Leal. O processo de se tornar uma Asa Leal
tado. Os mechas do Albatross são lendários, adornados
envolve mais anos de prática e treinamento, e, eventu-
com bandeiras e estandartes vermelhos, ostentando o
almente, a aprovação de um conselheiro das Asas Leais
brilho prateado das insígnias do grupo em sua lataria
em seu destacamento.
e escudos. Apoiados por naves subluminais e esqua-
drões de caças, os soldados do Albatross, conhecidos
Uma vez que se tornam Asas Leais, os pilotos do Alba-
como Asas Leais, são uma força notável e formidável
tross são responsáveis por treinar e proteger seu próprio
em combate.
grupo de Petrels, participar de missões de caridade ao
lado de outras Asas Leais e se tornarem membros ati-
Reconhecida pela União como um estado nômade au-
vos e experientes da organização. Embora existam di-
tônomo, o Albatross, que antes era uma organização
ferentes níveis de graduações acima das Asas Leais, a
independente sem território, agora recebe apoio da IP-
hierarquia do Albatross é principalmente horizontal. As
S-N, que também mantém embaixadas Cosmopolitas
Asas Honradas, por exemplo, são consideradas espe-
para as asas que se aposentam.
cialmente sábias, corajosas ou dignas de deferência em
situações apropriadas.
Como Cosmopolitas, o Albatross tem servido os Dias-
poranos necessitados por milhares de anos, com suas
Geralmente, os pilotos do Albatross servem durante
Asas Leais aparecendo como heróis míticos e imortais
toda a vida na ordem, morrendo ou aposentando-se em
na mitologia e nas histórias de inúmeros sistemas Dias-
seus mechas para ensinar as próximas gerações, cuidar
poranos. A discrepância temporal causada pelas via-
dos jovens, cultivar, cozinhar, entre outras tarefas. Sua
gens interestelares cria uma separação entre as Asas
interação com a galáxia em geral é ditada pela proximi-
Leais do Albatross e os Diasporanos a quem eles ser-
dade das embaixadas onde se encontram em relação
vem - eles são uma ordem separada, cavaleiros relati-
aos centros populacionais. Embora não sejam proibi-
vísticos vivendo em seu próprio tempo.
dos de deixar os territórios e retornar aos mundos onde
nasceram, poucos o fazem, preferindo viver entre outros
No entanto, o Albatross não está livre de inimigos, fre-
membros do Albatross.
quentemente enfrentando atritos com várias casas ba-
rônicas, companhias livres, unidades mercenárias inde-
A atual líder do Albatross é a Alta Comandante Lakshmi
pendentes e legiões da Harrison Armory.
Bandhav.

[19]
 Mirrorsmoke Mercenary Company Apesar de sua reputação duvidosa, a Mirrorsmoke ofe-
Como uma organização mercenária pan-galáctica co-
rece oportunidades valiosas para seus recrutas. É uma
nhecida por suas taxas baixas, portfólio amplo e serviço
empresa mercenária licenciada e oferece uma série de
de legitimação cívica, a Mirrorsmoke Mercenary Com-
serviços para funcionários que desejam restabelecer
pany (MSMC) é formalmente incorporada como uma
a cidadania, limpar registros penais, eliminar dívidas e
empresa militar privada e de “Espaço cinza”.
obter certificações básicas. O trabalho pode ser compli-
cado, perigoso e quase criminoso, mas as qualificações
Nenhum trabalho é grande demais ou pequeno demais,
de serviço da MSMC são úteis para pessoas que não
contanto que um estado da União em boa posição o
têm mais opções.
considere legal. “Espaço cinza” é um termo informal,
perfeito para as preferências da Mirrorsmoke: o corpo
Os mercenários da MSMC geralmente são pessoas en-
jurídico da empresa, em contraste com o ramo militar
durecidas, ambiciosas ou desesperadas que se orgu-
privado, é considerado uma prestigiosa e implacável fir-
lham de seu trabalho. Não é incomum encontrar mer-
ma interestelar, especializada em direito orbital, terres-
cenários da MSMC em planetas ou estações, bebendo
tre e criminal. A MSMC possui uma reputação sólida.
e se divertindo em grupos unidos, se envolvendo em
brigas com outros mercenários e soldados, ou contando
Seu ramo militar privado é conhecido em toda a galá-
histórias de suas últimas missões para o público.
xia como uma central sem estado para todos os tipos
de recrutas, desde veteranos experientes até cadetes
A vida de um mercenário da MSMC é perigosa e difícil,
inexperientes. O critério para o alistamento é baixo: se
mas oferece uma fuga da normalidade do mundo civil.
você pode assinar seu nome ou seguir instruções para
Para alguns, a MSMC representa uma chance de se tor-
marcar um contrato - e concordar em pagar uma taxa
nar um piloto de mecha, ou uma chance de deixar seu
de alistamento personalizada - você pode obter um lu-
mundo colonial remoto e ver as estrelas. Para outros, é
gar em uma das instalações de treinamento da MSMC.
uma maneira de escapar de uma situação de vida in-
Quanto mais experiência ou habilidade um candidato
sustentável ou dívida esmagadora, ou uma maneira de
tem (conforme determinado pelo exame de avaliação
deixar para trás sua antiga vida e se tornar - legalmente
da MSMC, “The Milkrun”), mais incentivos são ofereci-
- uma pessoa completamente diferente.
dos a eles - desde isenção de taxas de alistamento até
aceleração em um programa de treinamento de escolha
É fácil se juntar à Mirrorsmoke, e sempre há espaço
e até mesmo ofertas de comissão.
para avanço: as missões da MSMC têm altas taxas de
mortalidade, e os sobreviventes são rapidamente pro-
Como uma empresa mercenária, a Mirrorsmoke com-
movidos à medida que demonstram sua competência.
pete com milhares de outras empresas - como a Goblin
Após o treinamento, os novos recrutas são designados
Throne Industrial, The Golden Hand,
para um destacamento local ou uma unidade que cor-
Roanapour e outras - por dois tipos de contratos: con-
responda à sua futura especialização.
tratos legais de alto volume e baixo a médio pagamen-
to, e contratos de “espaço cinza” de baixo volume e alto
Os destacamentos da MSMC são identificados por
pagamento. Embora os trabalhos de “espaço cinza”
designações numeradas (entre 001 e 999) e um ape-
sejam oferecidos por estados, corproestados e outras
lido não oficial ou dois (por exemplo, o Destacamento
organizações legítimas, os próprios trabalhos nem sem-
MSMC 501, conhecido popularmente como “Raposa de
pre são claramente legítimos. Os alvos dos contratos de
Um Olho” ou “os Aqui-Agoras”). Cada destacamento é
“espaço cinza” muitas vezes os contestam como pirata-
liderado por um oficial do conselho, que mantém pelo
ria, saques ou aquisições corporativas ilegítimas - daí a
menos um parceiro da Mirrorsmoke Legal em sua equi-
necessidade de um corpo jurídico especializado.
pe. Eles têm o poder de buscar, negociar e executar
contratos de forma independente, mas devem relatar
A liderança da MSMC está preocupada com duas coi-
trimestralmente (no fuso-horário da União) para o ende-
sas: manter o recrutamento e cumprir os contratos.
reço central da MSMC.
Para oferecer a maior variedade possível de serviços,
a empresa se posiciona como a licitante mais baixa em
Assim como seu corpo de mercenários e destacamen-
todos os tipos de trabalho. A MSMC tem um histórico
tos, as equipes jurídicas da MSMC têm nomes intimida-
comprovado de sucesso em tudo, desde suprimir rebeli-
dores: Jackal e Hades, Esq., por exemplo, é uma das
ões até caçar insetos, assassinatos, segurança privada
empresas mais notórias.O atual chefe da MSMC é o
e extorsões. Devido à natureza questionável de grande
Diretor Executivo Centzon Alamdari.
parte do trabalho que realizam, os pilotos e soldados da
MSMC têm o infeliz apelido de “os lixeiros da galáxia”.
Os apelidos dados aos advogados da empresa são ain-
da piores.

[20]
[21]
 PONTOS DE INTERESSE

ROANAPUR
Sob a órbita de Mughatta, entre milhares de asteroides que cercam o planeta, foi construída a es-
tação espacial clandestina Roanapur. É um ponto de descanso para criminosos, uma janela de ne-
gócios para piratas e uma oportunidade de reabastecimento para os desesperados. A estação criou
uma comunidade de comerciantes que oferecem uma ampla variedade de serviços e produtos, uma
comunidade que protege os seus, afinal, a estação também é o seu lar.

No entanto, com a crescente popularidade de seus concorrentes e devido à difícil localização da

estação, Roanapur não tem sido lucrativa para ninguém. Mas com as notícias de que uma guerra
entre a União e outra nação poderia chegar a Kalimantam, o proprietário de Roanapur, conhecido
como Le Majeure (ou simplesmente Majeure), decidiu convidar mercenários para se juntarem à es-
tação, especificamente Lancers, na esperança de que o trabalho desses contratados traga fama e
reconhecimento para Roanapur.

No entanto, Le Majeure foi movido pela ambição, e decidiu se arriscar e contrair um empréstimo
bilionário com um banco clandestino, investindo cada centavo na estação e seus comércios, com a
esperança de multiplicar seu retorno.

Roanapur nunca alcançou tamanho esplendor como o que ostenta hoje, mas suas dívidas também
atingiram proporções monumentais. Agora, os novos mercenários contratados são a única cartada
de Le Majeure para resgatar esse dinheiro. À medida que o tempo implacável avança, os prazos
de pagamento se aproximam, e pendurar-se a uma dívida no mercado negro nunca resulta em final
feliz.

[22]
 ZARAHAN
A capital de seu sistema, Zarahan, possui um clima salubre e uma incrível diversidade de fauna e
flora, abrigando a maior variedade de biomas em todo Kalimantam. Luas dançam ao redor deste
gigante planeta, visíveis a qualquer hora do dia, tornando-o uma obra de arte natural em constante
movimento. No entanto, por trás da beleza da vida selvagem de Zarahan, esconde-se uma natureza
predatória e violenta. Das plantas aos animais, todas as criaturas seguem uma lei implacável: ou
você caça ou é caçado.

A colonização deste planeta foi desafiadora devido à sua vida selvagem. Além de lidar com inva-
sões constantes de animais e plantas que ameaçavam seus acampamentos, os colonos precisaram
aprender a enfrentar seres colossais que perambulavam por essas terras. Felizmente, muitos des-
ses seres eram menos agressivos, mas quando não eram, causaram a destruição de centenas de
assentamentos.

Somente após um longo período de adaptação, a família Mustafar, que governava o planeta na épo-
ca, pôde oficialmente declará-lo colonizado. A partir desse marco, as primeiras cidades surgiram,
cresceram e floresceram até se tornarem as metrópoles de hoje.

As corporações estabelecidas em Zarahan exigiam mais poder e vantagens à medida que as cida-
des se expandiam. O ápice dessa pressão foi a Independência de Zarahan dos Mustafar, resultan-
do na criação de um governo civil independente da aristocracia, mas intimamente relacionado às
corporações.

Atualmente, Zarahan é o planeta mais importante de seu sistema. É o mais populoso, rico e diver-
sificado. Embora grande parte do planeta ainda seja território selvagem, a presença da humanidade
ocupa uma expressiva fração de terra.

[23]
 MAHIRATH
Considerada a principal lua a orbitar Zarahan, Mahirath foi o primeiro local onde os colonizadores
pioneiros de Kalimantam pisaram. Antes que a civilização encontrasse estabilidade em Zarahan,
Mahirath era considerada a capital do planeta, supervisionando todas as missões exploratórias pelo
restante do sistema.

Com o estabelecimento das primeiras cidades em Zarahan, a cidade de Al-Nuriah tornou-se a ca-
pital oficial do planeta, levando todo o contingente administrativo de Mahirath a se realocar para lá.
Após o aparente abandono da lua, a família Mustafar decidiu transformá-la em seu próprio domínio,
criando um paraíso tecnológico e social para a alta classe

Houve um tempo em que os Mustafar consideraram trazer a capital de Zarahan de volta para a lua,
mas seus planos foram frustrados, culminando na Independência de Zarahan. A família só aceitou
essa decisão após assumir o controle de Hanyang.

Com a evolução das relações entre os Mustafar e seus vassalos, é improvável que qualquer ou-
tra aristocracia de Kalimantam se submeta a estabelecer-se em Mahirath atualmente. No entanto,
residir em Mahirath é um sonho de consumo altamente cobiçado entre a elite de Zarahan e nos
territórios do planeta controlados pelos Mustafar. Um desejo que muitas vezes não conhece limites
éticos para ser realizado.

[24]
 ARDAHRAM
O mais velho dos planetas, se um dia foi grandioso, todo seu valor se reduziu a uma fina areia
branca que varre sua superfície. Também é o mais quente dos planetas, devido à sua proximidade
com as duas estrelas solares do sistema. Assolados por tempestades de areia massivas, frequentes
e de longa duração, os seres que habitam esse mundo foram moldados pela natureza áspera do
planeta, refletindo em suas personalidades.

Onde muitos veem vazio e hostilidade, o grupo StarCycle enxergou uma oportunidade de ouro. Eles
construíram uma instalação de proporções continentais para o depósito e reciclagem de todo o lixo
gerado pelo sistema e áreas circundantes - que eles mesmos coletam. A estação é conhecida por
sua automação total, com uma pequena equipe fixa responsável pela correção e relato de possíveis
problemas.

No entanto, o lixo de uns é o tesouro de outros. Seguindo essa máxima, comunidades marginais
se estabeleceram no planeta, esperando encontrar entre os detritos algum tesouro ou informação
valiosa que mudaria suas vidas. Após repetidos assaltos à instalação de reciclagem, a StarCycle
implementou medidas de proteção brutais por todo o território da empresa, transformando a instala-
ção em uma verdadeira fortaleza impenetrável.

O que não impediu a incursão de loucos suicidas - e as vezes sortudos - de tentar a sorte em meio
ao lixo. À medida que a proteção da instalação aumenta, a engenhosidade dos invasores também
se intensifica.

[25]
 LAUTANI
Por muito tempo ignorado por estar em constante formação, Lautani permaneceu quase intocado
depois que seu ecossistema se desenvolveu. Isso se deve tanto à sua atmosfera tóxica quanto às
disputas comerciais entre a aristocracia e as corporações para reivindicar o planeta como sua pro-
priedade.

O mundo é composto por arquipélagos de diversos tamanhos, cercados por um vasto oceano. Sua
atmosfera é tropicalmente quente, e o solo das ilhas é composto por areia e terra lamacenta. As
florestas são ricas em gases nocivos produzidos pela fotossíntese das plantas, e a vida marinha é
abundante.

O motivo da cobiça de tantos grupos por esta terra reside na matéria-prima e nos componentes
únicos que um planeta em formação produz. A disputa comercial chegou ao fim após o misterioso
assassinato de todos os membros da família Azumi, que bloqueava qualquer progresso nos acordos
devido aos seus interesses no planeta.

Atualmente, uma corrida pela dominação territorial de Lautani está em curso, com grupos colonizan-
do o planeta e transformando-o na zona de conflito mais ativa do sistema solar.

[26]
 ISHTAR
Uma das maiores luas de Zarahan, Ishtar, é essencialmente uma vasta rocha de gelo extremamente
resistente. É conhecida por desempenhar um papel protetor em relação ao planeta que orbita, de-
vido à sua zona gravitacional que atrai meteoros em sua direção. Foi graças a esses impactos que
a presença de hidrogênio líquido em sua superfície foi descoberta.

A raridade dessa descoberta foi o suficiente para levar a família Riyadi a construir uma imensa es-
tação de pesquisa no subsolo do planeta, que recebeu o mesmo nome da lua. Dessa forma, a es-
tação ficaria protegida contra os impactos de corpos celestes externos. Inicialmente, a estação era
responsável apenas pela análise e estudo da lua, mas devido à escassez de instituições científicas
relevantes no sistema, os Riyadi decidiram expandir a estrutura e criar novos setores de pesquisa e
estudo, transformando a estação na principal instituição acadêmica de todo Kalimantam.

Acadêmicos e entusiastas de todo o sistema sonham em trabalhar em Ishtar, seja pela reputação,
altos salários ou pelo vasto conhecimento produzido e armazenado lá. A organização é constante-
mente procurada para colaborar em pesquisas de outras instituições, grupos, indivíduos ou corpo-
rações. Um dos principais motivos para isso é que a instituição não segue códigos morais estritos
em suas pesquisas: toda ciência é apenas ciência. Uma vez que um produto é desenvolvido com
base nos trabalhos produzidos em Ishtar, o grupo não assume responsabilidade por sua utilização.

[27]
 NILA BAHARI
Mundo de agitados oceanos de nitrogênio, onde marés e ondas surgem e recuam ao longo de anos,
Nila Bahari é uma terra inóspita. As poucas espécies que surgiram aqui possuem uma fisionomia
única, como se tivessem sido escolhidas a dedo para sobreviver.

Gigantescas montanhas de Cádmio emergem do oceano, subindo quilômetros em direção aos céus,
com suas superfícies escorregadias e polidas pelo vento. Algumas empresas exploram os escassos
recursos que o planeta oferece, mas não permanecem por muito tempo, pois a atmosfera densa e
fria do planeta penetra em qualquer superfície que não esteja especialmente preparada para ela.
Durante períodos de cheia, o mar consegue alcançar a altura da montanha mais alta do planeta,
causando danos a qualquer instalação a longo prazo.

Apesar do contato limitado com Kalimantam, a União decidiu estabelecer uma estrutura no planeta:
um ponto de Astrocartografia equipado com telescópios automáticos, sensores e equipamentos de
observação utilizados para mapear estrelas e mundos distantes. A base foi construída para suportar
a pressão atmosférica e dizem ser protegida por mechs controlados por NHPs.

[28]
 HANYANG
Hanyang é considerado um gigante gasoso, embora alguns pesquisadores argumentem contra
esse rótulo, pois sua superfície não está no chão, mas sim nos céus. Este mundo é formado por
um conjunto de ilhas e picos de tamanhos e biomas variados, suspensos por forças magnéticas
resultantes da fusão de elementos químicos nas camadas inferiores. A maioria dessas formações
é desconexa, mas capaz de abrigar cidades inteiras em suas superfícies. Eventualmente, os ele-
mentos magnéticos se dispersam ou se concentram sob as estruturas flutuantes, causando tremo-
res e oscilações na superfície.

O planeta é propriedade da família Mustafar, cujos membros biológicos são frequentemente vistos
nos castelos das cidades de arquitetura enxaimel que permeiam a área central. Além disso, o
planeta serve como base principal para as fábricas e laboratórios da empresa da família, a Saud
Cybernetics.

Apesar de sua geografia inspiradora, a vida em Hanyang é tranquila. As cidades são construídas
em estilo medieval prussiano, combinando tecnologia moderna com vestimentas, cultura e atmos-
fera de épocas passadas. A população é incentivada a levar uma vida bucólica em suas cidades,
e a única perspectiva de crescimento e riqueza é o trabalho na Saud Cybernetics.

A viagem entre as ilhas não é aconselhável, uma vez que os equipamentos de navegação são
inutilizados devido à influência dos campos magnéticos presentes. A translocação entre as ilhas é
realizada principalmente por meio de barcos flutuantes públicos.

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 MUGHATTA
Mundo estéril, sem atmosfera respirável, sem água, e recursos extremamente limitados. Anterior-
mente, era um planeta repleto de exuberantes selvas, mas uma colisão com sua lua resultou em
uma enorme cratera que expôs o núcleo do planeta, que gradualmente vem se resfriando. Sua
atmosfera é permeada por uma perigosa e terrível radiação, o que impossibilita a existência de
qualquer forma de vida em sua superfície.

Um anel de asteroides formado pelos detritos resultantes da colisão orbita a carcaça do planeta,
seu principal ponto de referencia é Roanapur.

[30]