Sumário

Mistério na Ilha da Neblina

Introdução 03
Capítulo 1 - O Mapa do Tesouro 06
Capítulo 2 - A Ilha da Neblina 21
Capítulo 3 - A Lanterna da Revelação 39
Capítulo 4 - A Torre da Corrupção 49
Syr, o Porto das Lâminas 58
O Embaixador Draconato 69
Bestiário 72

Créditos
Título original: Mistério na Ilha da Neblina
Autores: Diniz Gruntar Albieri, Fábio Medelo da Silva Salles,
Brunno Felippe Colosimo e Miguel “Beholder” Souza.
Edição de Texto e Produção: Jefferson Miranda Pimentel.
Direção de Arte, Design Gráfico e Diagramação: Bruno Sathler.
Artes: Lucas Torquato, Angélica “Angel” Juliani,
Gih, Lorrayne Bicalho, Felipe Faria, Adrian Mirando, Ricardo Telles,
Breakermaximus, Grandfailure, Stéphane “Wootha” Richard.
Copyright © 101 GAMES e Milestone, 2023.
1a Edição, Serra/ES, Outubro, 2023.
Todos os Direitos Reservados

MISTÉRIO NA ILHA DA NEBLINA é uma campanha ambientada no universo de Phantyr

e serve tanto para introduzir novos jogadores ao sistema de regras da quinta edição do RPG
mais jogado no mundo quanto para apresentar este cenário incrível para novatos e veteranos.

Nela, o grupo de Aventureiros recém-chegado a grande cidade de Syr é contratado para rea-
lizar uma série de trabalhos que os levará a sinistra Ilha da Neblina e os colocará no meio de
um plano insano que pode trazer consequências para toda a região.

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Introdução
Este livro foi escrito para o Narrador e contém uma campanha
completa com todas as suas partes, além de descrições para
cada cenário, encontro, item mágico, Personagem do Mestre
e criatura que aparece nesta aventura. Também introduz o ce-
nário de Syr.
O livro que acompanha esta campanha, denominado MANU-
AL DE REGRAS, contém as regras que você precisa para nar-
rar o jogo.
Conduzindo a
Aventura
MISTÉRIO NA ILHA DA NEBLINA é uma campanha para
quatro a seis aventureiros de nível 1. Conforme o andamento
da história, os aventureiros avançarão até o nível 5.
A história se passa nas terras de Syr, sendo ela uma das maio-
res cidades de Phantyr. Como uma grande cidade mercante
com acesso ao mar, Syr é um polo econômico visitado pelos
mais diferentes povos e costumes, além de possuir pessoas e
guildas famosas cuja influência se estende além da região. Mas
não se preocupe: você não precisa ser um especialista em ce-
nários medievais fantásticos para narrar essa aventura. Tudo o
que você precisa saber sobre a cidade está neste livro.
Se esta é a sua primeira experiência como narrador, consulte a
seção “O Narrador” para compreender melhor as suas funções
no jogo. Além disso, outras seções do livro também vão orien-
tá-lo sobre o que está acontecendo:
• A seção “Plano de Fundo” conta os eventos que você pre-
•
cisa conhecer para concluir a campanha.
A seção “Visão Geral” aponta de forma ampla como a
campanha deve ser conduzida, além do que se espera da
jornada dos aventureiros jogadores.
“ Olá narrador, seja muito bem-vindo ao
fantástico mundo do RPG. Abaixo existem
diversas ideias para te auxiliar na con-
dução do jogo, mas se esta é a primeira
vez que você está nesse papel, não se
preocupe.
O Mistério na Ilha da Neblina tem tudo o
que você precisa para iniciar seus jogos
de maneira
divertida e sem maiores dificuldades. Porém, é
preciso que você conheça as regras do jogo antes
de iniciar. Você pode encontrá-las no manual de
Mistério na Ilha da Neblina
regras que acompanha essa campanha.
Durante todo o livro você encontrará caixas de
texto como esta, com dicas minhas e dos mestres
Beholder e Colosimus, sobre como conduzir a
aventura e ter a maior satisfação com o jogo.”
- Tio Gruntar
No RPG, o Narrador (também conhecido como Mestre, Dun-
geon Master ou DM) é o jogador responsável por criar, narrar
e arbitrar as aventuras do jogo. O Narrador é o guia principal, o
contador de histórias e o árbitro das regras. Sua função é criar
um mundo imaginário e interativo, onde os jogadores podem
explorar, enfrentar desafios e tomar decisões que influenciam
o curso da história.
3
 O Narrador desempenha vários papéis durante o jogo. Ele é
responsável por criar e descrever o ambiente em que os joga-
dores estão, incluindo paisagens, cidades, masmorras e per-
Mistério na Ilha da Neblina
sonagens com os quais os jogadores interagem. O Narrador
interpreta esses personagens, fornecendo-lhes vozes e perso-
nalidades únicas.
Além disso, o Narrador também projeta e apresenta enigmas,
armadilhas, quebra-cabeças e desafios de combate para os
jogadores superarem. Ele controla os monstros e adversários
encontrados pelos jogadores, determinando suas ações e ro-
lando os dados para determinar os resultados, descrevendo as
consequências das ações dos jogadores e os resultados de seus
testes de habilidade.
O Narrador é responsável por garantir que todos os jogado-
res estejam jogando de forma justa, utilizando as regras como
base. No entanto, também tem a liberdade de adaptar as regras
ou criar novas quando necessário para melhorar a experiência
de jogo. Ele é o árbitro final das decisões e pode resolver dis-
putas ou dúvidas que possam surgir durante a partida.
Em resumo, o Narrador é o jogador responsável por criar e nar-
rar as aventuras, descrever o mundo, interpretar Personagens
do Mestre, apresentar desafios e garantir que todos os jogado-
res se divirtam e sigam as regras do jogo. É um papel desafia-
dor, mas extremamente gratificante para aqueles que desejam
liderar e criar experiências de jogo imersivas.
Plano de Fundo
Apesar de existirem há séculos, apenas nas últimas décadas
os maiores estudiosos de toda Phantyr se debruçaram sobre
as temidas doze profecias que, segundo as lendas, ameaçam o
equilíbrio e até mesmo a sobrevivência de todo o mundo.
Entre os exploradores e acadêmicos que analisavam esses tex-
tos antigos estava Krezzax, o Suserano da Corrupção.
Krezzax se tornou um poderoso arcano, sem pudores para reu-
nir poder e realizar experimentos, que alcançou o ápice de sua
insensatez quando um macabro aliado, Kubashito, lhe entre-
gou pergaminhos que revelavam estudos sobre uma das temi-
das doze profecias de Phantyr.
Acreditando saber o que aquela profecia significava, Krezzax
passou a dedicar todos os seus esforços em criar ferramentas
capazes de rivalizar com as ameaças da profecia.
Para Krezzax, ferramentas não se limitavam a artefatos e ma-
gias, mas também a criaturas poderosas e experimentos, além
de qualquer outro meio necessário para salvar Phantyr de sua
destruição.
Para não ser incomodado, o temível arcano se ocultou em uma
ilha situada próxima de Syr e, através de seus poderes, isolou
e transformou o local em um gigantesco laboratório experi-
mental.
Não apenas os residentes da ilha, mas qualquer náufrago que ia
parar nos domínios nebulosos da Ilha da Neblina se tornavam
um alvo para Krezzax.
Assim, começaram a surgir monstruosidades nas águas cos-
teiras, maldições em meio a população, eventos climáticos
assustadores e tantos outros acontecimentos aparentemente
inexplicáveis que assombravam o local.
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Visão Geral
MISTÉRIO NA ILHA DA NEBLINA é dividida em quatro
capítulos. Segue abaixo o resumo de cada um deles:
No “Capítulo 1: O Mapa do Tesouro”, os aventureiros che-
gam a Taverna Baba de Cachorro, na agitada cidade de Syr,
onde Lisbeth, Sargenta do Clã do Machado, os recebe com a
intenção de colocá-los para trabalhar. Eles são surpreendidos
por Vrum, um Gnomo que investiga os desaparecimentos da
região em busca de encontrar seu irmão Trum. Os Bandidos
da Irmandade dos Afogados acreditam que Vrum está com um
mapa de tesouro e os aventureiros precisam ajudá-lo a se livrar
dos bandidos na taverna. Após o conflito, Lisbeth coloca os
aventureiros para trabalhar com Vrum, em busca de metade
do mapa que ficou com os bandidos, o que resulta em uma
invasão ao Forte Encharcado.
No “Capítulo 2: A Ilha da Neblina”, as personagens chegam
a Ilha que dá nome ao capítulo e se instalam na Vila de Byrk,
onde continuam as investigações sobre os desaparecimentos.
Além disto, eles acabam se envolvem com missões secundárias
para ajudar os moradores locais e, em pouco tempo, tomam
ciência de que a região sofre diversos tipos de maldições e
ameaças monstruosas.
Após lidarem com algumas dessas situações, Mill, o prefeito
de Byrk, explica aos personagens que suas investigações trou-
xeram pistas que indicam que o cerne dos problemas está no
centro da ilha, onde a neblina é mais densa e impenetrável.
Seguindo as informações dadas pelo prefeito Mill, os aventu-
reiros partem para as ruínas do Monastério Narati, onde des-
cobrem a existência de Krezzax, o Suserano da Corrupção,
responsável pelos males que assolam a região.
O “Capítulo 3: A Lanterna da Revelação” leva os aventurei-
ros na busca pelo artefato conhecido como “Lanterna da Re-
velação”, atravessando os macabros Charcos Iluminados até a
embarcação necromanticamente amaldiçoada conhecida como
Cação Sanguinário. Uma vez dentro dela, as personagens des-
cobrem quais eventos levaram o navio a encontrar seu terrível
fim, além de confrontarem ameaças fantasmagóricas até co-
locarem as mãos na Lanterna e escaparem no último instante,
enquanto o funesto capitão Drakkhar afunda com sua tripula-
ção e seu navio charco adentro.
Por fim, no “Capítulo 4: A Torre da Corrupção”, os aventu-
reiros se dirigem para o interior da ilha de posse da Lanterna
da Revelação. O artefato dissipa a densa névoa, permitindo que
eles alcancem o interior da Montanha Enevoada e toda a estru-
tura assustadora e imponente que Krezzax usa como morada
e laboratório. Após enfrentarem as criações macabras do Su-
serano e lidarem com prisioneiros, os aventureiros finalmente
podem confrontar o terrível arcano e tentar impedir que ele
conclua um poderoso ritual que colocaria um Dragão Azul sob
seu controle.
Começando o Jogo
Para começar o jogo, o Narrador deverá mostrar aos Jogadores
os aventureiros disponíveis, pedindo para que cada um deles
escolha um para ser seu Aventureiro na história.
“ É recomendado que, você narrador,
conheça os poderes e capacidades lista-
das na ficha de cada jogador. Também
é importante que você tenha em mente
quais são as missões pessoais de cada
personagem para interagir melhor com a
aventura.”
- Tio Gruntar
O KIT INTRODUTÓRIO traz diversos aventureiros a dispo-
sição e qualquer combinação pode ser aceita, mas é recomen-
dado que o grupo conte com pelo menos um linha de frente
(paladino, guerreiro ou bárbaro), um causador de dano (ladino,
patrulheiro, monge, feiticeiro, mago ou bruxo) e um suporte
(bardo, druida ou clérigo).
Introduzindo os Jogadores
“ É importante que o narrador e os jo-
gadores tenham suas expectativas com
relação ao jogo alinhadas.
Explique que os personagens são
bravos aventureiros dispostos a
enfrentar com coragem os desafios do
mundo de Phantyr.
É esperado que eles enfrentem monstros, desar-
mem armadilhas e investiguem os diversos misté-
rios desse mundo.
Enquanto lutar contra um grande dragão pode ser
algo inimaginável para a jogadora Thais, sua per-
sonagem, Selene, não hesitaria diante da criatura.
Isso é conhecido como o “Chamado da Aventura”.
- Beholder TV
Cada uma das fichas de aventureiros dos jogadores conta com
históricos que conectam suas vidas a esta aventura, além de
suas Missões Pessoais, elementos que servirão para ligar os
personagens ao cenário.
Além disso, todos têm uma carta em suas mãos com um texto
em comum:
“Aventureiro,
Como membro recém-aceito do Clã do Machado
em busca de glórias e tesouros, você está convoca-
do a se apresentar à nova sede do Clã na Cidade
de Syr.
A sede do Clã funciona temporariamente na Ta-
verna Baba de Cachorro, nas Docas Peça de Ouro.
A responsável pelo recinto é a Sargenta Lisbeth,
que os receberá e os apresentará às demandas da
região.”
Clã do Machado
O Clã do Machado é uma guilda de aventureiros envolvida com
reinos, organizações e outras comunidades em todo o mundo.
Toda filial carrega o símbolo do Clã do Machado e tem, pelo
menos, um membro fixo, denominado de Sargento (a), respon-
sável por fazer a ponte entre os contratantes e os aventureiros
do Clã.
A recém-fundada filial em Syr tem Lisbeth como Sargenta.
Syr
Uma das maiores cidades do mundo, Syr é um centro urbano
plural que serve de moradia para todos os povos e culturas.
Com fortes fundamentos comerciais, esta grande cidade é lar
de poderosas guildas e pessoas, coordenadas por um conselho
gestor que busca manter a ordem em meio a tamanho caos.
As moedas correm nas ruas como água na chuva, fazendo de
Syr um excelente local para negócios dos mais variados.
Este crescimento potente foi um dos motivos que trouxe a esta
cidade o Clã do Machado, que busca ofertar seus variados
préstimos por um preço justo, de forma honesta e com ótimos
resultados.
A cidade de Syr é o local perfeito para servir como base de
missões para um grupo de aventureiros. Você terá acesso às
estatísticas da cidade e diversas ideias de aventuras nos Apên-
dices deste conteúdo.
Missões Pessoais
Cada um dos Aventureiros disponíveis no KIT INTRODUTÓ-
RIO conta com uma missão pessoal que poderá ser realizada
durante esta campanha.
Missões pessoais são excelentes propostas para tornar as per-
sonagens dos jogadores partes da história, criando vínculos
diversos com suas famílias, grupos, cidades natais, classes e
raças.
Como exemplo de Missão Pessoal podemos elencar a “Prova
de Coragem” do Bárbaro Draconato. Nela, o jogador que in-
Mistério na Ilha da Neblina
terpretar o Bárbaro tem como missão pessoal a caçada de uma
criatura mítica e, após sua vitória, a tomada de uma parte da
criatura como troféu. Esta missão é parte de um desafio impos-
to por sua tribo, permitindo assim ao jogador que interpreta
o Bárbaro criar um forte vínculo de sua personagem com o
cenário, ajudando na sua interpretação.
O Bárbaro encontrará algumas criaturas míticas, como o raro
Pacumã do Bico Roxo que vive na costa da Ilha da Neblina,
podendo escolher se aventurar na pesca de tal criatura para
cumprir a sua Missão Pessoal.
Durante a campanha, apresentaremos ao Narrador possíveis
ganchos para incluir as Missões Pessoais na história na for-
ma de pequenas dicas para os jogadores. Lembrando que estas
Missões não são obrigatórias, servindo apenas para dar ainda
mais profundidade aos personagens.
5
Mistério na Ilha da Neblina
Capítulo 1
O Mapa do Tesouro
A aventura inicia com os aventureiros chegando em uma
grande embarcação de viajantes no enorme distrito das
docas chamado Peça de Ouro.
Eles carregam suas cartas, entregues pelo Clã do Machado,
com a recomendação de que se apresentem para a Sargenta
Lisbeth, que irá esperá-los na Taverna Baba de Cachorro. A
taverna está funcionando temporariamente como sede do Clã
enquanto o mesmo está sendo construído. Leia a caixa de texto
a seguir quando estiver pronto para começar.
“ Narrador, durante essa aventura você
vai encontrar várias caixas de texto que
descrevem a cena que os jogadores estão.
Você pode ler essas caixas em sua inte-
gridade ou usá-las como inspiração para
sua própria descrição.
Além disso, outros elementos narrativos são apre-
sentados no texto e você pode também passá-lo
aos jogadores..”
- Tio Gruntar
6
“Assim que a embarcação de vocês começa a se
aproximar das Docas Peça de Ouro, já é possível
ver o imenso número de pessoas e negócios que
ocorrem naquele pedaço da fervilhante cidade de
Syr.
Tomando toda a área de um grupo de colinas,
vocês testemunham toda a profusão de prédios,
ruas, telhados, pontes, aquedutos e tantas outras
obras de engenharia que se unem em arquiteturas
majoritariamente anãs.
Esta incrível cidade é realçada ainda mais com a
vista distante da Cordilheira Volakas, que toma
todo o horizonte de forma quase opressora, sepa-
rando Syr do resto do mundo.
Logo, o impacto comum a visitantes que chegam
pela primeira vez em tão grande cidade é rompido,
pois os outros ocupantes da embarcação come-
çam a mover suas cargas na direção da lateral do
barco, se acotovelando para rapidamente descer e
seguir com sua vida e, no processo, empurrando
vocês para fazerem o mesmo.
“Assim que o barco aporta, os demais viajantes
descem e logo se mesclam ao imenso vai e vem
que toma todo o porto de Syr.”
Para que os jogadores “incorporem” melhor o clima do jogo,
peça para que apresentem rapidamente seus aventureiros (apa-
rência, como se vestem, seus trejeitos mais notáveis, etc.).
Se apresentando
Pergunte a eles como será sua passagem em meio à turba de
pessoas enquanto seguem em direção à taverna. a Lisbeth
Aproveite para descrever diversos elementos comuns a um por- Assim que os jogadores seguirem até a mesa de Lisbeth, leia a
to movimentado: muitos barris, pacotes e caixas sendo levados caixa de texto a seguir:
e trazidos, negócios sendo fechados entre os mais variados
moradores e visitantes da cidade, cheiros de todos tipos, desde
agradáveis aromas de raras especiarias ao desagradável fedor
de restos de peixe sendo jogados fora por um pescador.

Todas essas conversas ajudarão o Narrador e os jogadores a

“entrarem” em Syr de verdade.

Chegando na
Taverna
O caminho pelo distrito Peça de Ouro acaba quando encontram
a placa de madeira pintada com a representação de um mastim
bebendo em uma caneca de cerveja, indicando que chegaram
até a Taverna Baba de Cachorro.

Leia a caixa de texto a seguir assim que os aventureiros aden-

tram ao recinto:

“ Um forte e agradável cheiro de comida e de boa

cerveja pode ser sentido assim que vocês entram
na Taverna Baba de Cachorro. O ar é quente e
plumas de bom fumo partem de cachimbos aqui e
ali no grande salão.

Um bem mantido salão revestido de madeira se

estende, pontuado por mesas bem-feitas, algumas
ocupadas por fregueses habituais. Um balcão
toma o fundo do salão, onde um grande e pelu-
do Humano se ocupa de comandar um grupo de
funcionários no atendimento.
As paredes trazem diversos estandartes, troféus
e símbolos, retratando que o lugar guarda uma
história longa como base de aventuras e histórias
das mais diversas.
Enquanto um grande mastim saliva e bafora sob
“ Lisbeth é uma Elfa de pele acinzentada, bem
alta e com longos cabelos brancos como osso,
trançados de forma prática
Trajada em proteções leves de couro que susten-
tam um tabardo com o símbolo do Clã do Macha-
do, traz uma espada longa e uma adaga presas a
sua cintura.
É visível que a Elfa carrega grande experiência

Mistério na Ilha da Neblina

uma das mesas, uma gigantesca Meio-Orquisa
está sentada em um canto, observando atentamen-
te todos que ali circulam, inclusive vocês, aventu-
reiros recém-chegados à taverna.”
dadas suas cicatrizes e equipamentos desgastados.
Ela encara vocês com seus grandes e penetrantes
olhos lilases e com um sorriso cordial, gesticulan-
do para que se aproximem de sua mesa.

Assim que vocês se aproximam, ela os convida a

Parte das mesas da Taverna estão ocupadas, trazendo princi- sentar, pedindo a uma das garçonetes que traga
palmente pessoas que aparentemente estão habituadas àquele
local. Eles se divertem de forma barulhenta, mas os ânimos vinho e comida.”
estão sob controle, possivelmente graças a imensa Meio-Or-
quisa.

Não é necessário procurar muito para encontrar o local onde a

Sargenta Lisbeth está, pois a mesma está sentada sozinha em
uma grande mesa de carvalho, posicionada sob um improvi-
sado brasão de machados cruzados que ornamenta a parede.

7
 Após se apresentar, Lisbeth vai pedir que os aventureiros fa-
çam o mesmo, para em seguida dizer que eles são muito bem-
-vindos às terras de Syr e que terão muito trabalho na cidade.
Mistério na Ilha da Neblina
Como a noite começa a se aproximar e os aventureiros fizeram
uma longa viagem até ali, ela sugere que comam e descansem
nas dependências da taverna para, logo pela manhã no próxi-
mo dia, receberem sua primeira missão dentre as várias que
requerem a atenção do Clã do Machado.
Certamente, ela não esperava pela chegada de Vrum e de todos
os problemas que acompanham o Gnomo!
Surge Vrum,
o Ligeiro
Assim que a conversa com Lisbeth estiver acabando, leia a cai-
xa de texto a seguir:
“ Vocês e Lisbeth estão terminando sua conversa
sobre as funções do Clã do Machado na cidade de
Syr quando a porta da taverna é aberta com um
estrondo!
Um Gnomo baixo, de cabelos cinzentos desgre-
nhados, orelhas e nariz pontudos, entra no recin-
to aos trancos, com o rosto expressando pavor e
urgência.
Vestido como um aparente viajante e agarrado em
um porta-mapas, ele arregala os olhos cheios de
esperança ao ver vocês, transmitindo algum tipo
de segurança naquele momento tão desespera-
dor!”
Vrum é um Gnomo que leva a vida como aventureiro viajan-
te, angariando algum prestígio na sua área, principalmente por
seu trabalho como batedor.
Diferente da maioria dos seus feitos, desta vez ele está envolvi-
do com uma missão realmente nobre e importante: Vrum tem
investigado uma série de desaparecimentos que vêm ocorren-
do nas regiões próximas a Syr, tendo dentre os desaparecidos
Trum, seu irmão e parceiro de aventuras.
8
Após investigar por um tempo, ele acabou encontrando indí-
cios de que as pessoas desaparecidas haviam sido levadas para
uma pequena ilha próxima dali, conhecida como Ilha da Ne-
blina. Pouco se sabe sobre o local, pois a mesma quase não
possui relação comercial com Syr e outros locais próximos.
Além disso, não é fácil acessar a ilha, pois diversas rochas e
bancos de areia cercam suas terras, tornando muito difícil a
navegação até lá.
Com dificuldades, ele conseguiu um mapa com um velho na-
vegante das Docas Peça de Ouro que permite seguir de forma
segura até a ilha. Mas se aventurar sozinho em um local des-
conhecido seria um pouco demais para o pequeno Gnomo e
ele precisaria de um grupo de aventureiros para ajudá-lo nesta
empreitada.
Suas primeiras investidas não obtiveram sucesso, visto que ele
não contava com moedas suficientes para contratar um grupo
disposto a ir até a ilha.
Desesperado para resgatar seu irmão e as outras pessoas, Vrum
começou a usar de uma “pequena” mentira para atrair aventu-
reiros: passou a frequentar diversos locais das Docas Peça de
Ouro apresentando o mapa como sendo o caminho que levava
até um tesouro perdido.
A história de Vrum acabou atraindo atenção indesejada: um
bando de Bandidos intitulados de Irmandade dos Afogados,
operando em segredo nas ruínas do Forte Encharcado, ouviu
falar do tal “mapa do tesouro” que Vrum carrega e decidiram
tomá-lo para si, emboscando o Gnomo no meio da rua. Nesta
primeira investida, eles conseguiram pegar o mapa, mas o ágil
Gnomo rasgou um pedaço e têm fugido desde então.
Enquanto parte do bando retornou para seu covil com a metade
do mapa, outra parte seguiu em perseguição do Gnomo que
acaba chegando a Taverna Baba de Cachorro e, reconhecendo
o brasão do Clã do Machado, segue esbaforido até a mesa onde
estão Lisbeth e o grupo de aventureiros.
Assim que ele chega, leia a caixa de texto a seguir:
“- Socorro, socorro! Estou sendo perseguido por
um grupo de bandidos! Eles estão atrás do meu
mapa de tesouro!”
Os Bandidos da
Irmandade dos
Afogados
Tão logo Vrum chega e apela por ajuda aos aventureiros, a por-
ta da Taverna irrompe mais uma vez. Leia a caixa de texto a
seguir:
“Um bando de homens abrutalhados e fedendo a
cerveja surge pela porta da Baba de Cachorro e,
com armas em punho, eles gritam ameaçadora-
mente a todos ali presentes:
- Nos deem o tampinha e ninguém se machuca!”
Eles compõem um grupo de 8 Bandidos (Ficha na Pág. 72) e
estão ali dispostos a lutar pelo mapa do tesouro.

Os funcionários da taverna e Lisbeth, protegendo Vrum, po-

A Outra Metade
dem dar conta de 4 dos Bandidos, deixando os outros para os
aventureiros enfrentarem. Os demais fregueses vão tentar se
esconder ou fugir. “É o fim da rusga. Enquanto a adrenalina e o ca-
lor se esvai de seus corpos em um breve momento
Esse é o começo do primeiro combate da campanha, onde você de silêncio, um grito vitorioso de um dos clientes
encara os jogadores e anuncia: “Rolem as iniciativas!” é seguido por vários outros, rompendo a quietude
do local:
Você pode encontrar todas as regras de combate no Manual
de Regras.
- Viva ao Clã do Machadoooo! Vivaaaa!

Apesar do curto tempo de combate, suas consequ-

“ Quando você estiver lidando com PDMs
em um combate, você pode tomar aborda-
gens mais narrativas como uma cena de
um filme, com pessoas lutando no plano
de fundo enquanto o protagonista está
no foco da ação.
Neste combate, por exemplo, você não
precisa rolar dados. Basta descrever alguns golpes
sendo trocados enquanto os personagens jogado-
res lutam e, no final, dar a vitória para Lisbeth.”
- Beholder TV
ências podem ser vistas tanto na destruição da ta-
verna como nos músculos doloridos e ferimentos
espalhados pelos envolvidos. Vocês saíram vivos,
mas a pergunta que não sai da cabeça de vocês é
“o que diabos aconteceu aqui?”
Vrum agradece imensamente e choraminga pelo fato dos Ban-
didos terem roubado metade de seu mapa. Ele então apela aos
aventureiros que o ajudem, seguindo até o covil no Forte En-
charcado para pegar de volta a metade do mapa que ele perdeu.

Nesse momento, Lisbeth toma a liderança da conversa e faz

uma proposta para o Gnomo:

Aventureiros Caídos
Tanto no combate com os Bandidos na Taverna
como em outros confrontos ao longo da campa-
nha, é possível que a falta de prática dos jogado-
res acabe fazendo com que eles não se saiam tão
bem nos confrontos.
Desta forma, é importante que o Narrador esteja
preparado para eventualidades, como o fato de
um dos aventureiros acabar se ferindo mais do
que o planejado, de forma a evitar que tenhamos
a morte prematura de um dos personagens.
“- Esse tipo de serviço costuma ser cobrado,
senhor Vrum! É para isso que o Clã do Macha-
do existe e temos um grupo de aventureiros bem
aqui, disponíveis para o senhor!
- E antes de mais nada, não me venha com esta
história de que se trata de um mapa do tesouro. O
Clã do Machado sabe de sua busca pelo seu irmão
desaparecido e, por este motivo, cobraremos de
você um valor amigável pela ajuda!”

Caso um aventureiro seja ferido a ponto de redu-

zir os seus pontos de vida a 0 (zero) e seja inviável
que algum dos seus aliados o ajudem, o Narrador
pode incluir alguma ajuda externa (como um dos

Mistério na Ilha da Neblina

ocupantes da Taverna) para se aproximar dele e
auxiliá-lo, evitando sua morte e curando 1 (um)
ponto de vida.

É importante que o Narrador utilize esta ferra-

menta com moderação, de forma que o grupo não
fique sempre seguro de que a ajuda chegará para
salvá-los caso algo de ruim aconteça.

9
 Ela oferece um contrato a Vrum, cobrando 50 PO para o Clã
do Machado e 25 PO para cada um dos aventureiros, além de
todos os espólios que eles venham a obter na investida contra
Mistério na Ilha da Neblina
o Forte Encharcado. O Gnomo, percebendo que este valor é
bem inferior ao cobrado por outros aventureiros, mal pensa na
proposta e já aceita o acordo, apertando a mão da Sargenta.
Lisbeth já sabia do tal “mapa de tesouro” que o Gnomo mos-
trava pelas ruas, mas não confiava que o mesmo fosse algo real.
Mas dar um jeito naqueles Bandidos que estavam se destacan-
do na cidade de Syr e ainda ganhar algumas moedas seria ideal
para um grupo de aventureiros novatos, independentemente de
haver uma recompensa real.
Enquanto o Gnomo vai até um dos quartos reservados ao Clã
do Machado para descansar, ela chama os aventureiros para
uma conversa.
Leia a caixa de texto a seguir:
“- Faz algum tempo que recebi um pedido de
missão, mas desde que me estabeleci em Syr ainda
não consegui cumpri-la. Esse mapa pode nos
ajudar com isso.
- A tal missão é a busca de um bracelete dourado
caríssimo, incrustado com uma joia azul, que foi
roubado há muito tempo. A única informação que
consegui reunir sobre o item é que ele pode estar
na tal Ilha da Neblina, local para onde o mapa
leva.”
Antes que eles saiam, ela lembra de um importante detalhe e
fala:
“- Eu iria entregar os braceletes a vocês só
amanhã de manhã, quando seu serviço realmen-
te começasse, mas considerando que já estão se
arriscando pelo Clã e mostrando um excelente
serviço, nada mais justo do que receberem esta
honraria agora!”
10
Lisbeth oferta a cada um dos aventureiros um Bracelete Má-
gico.
Após as conversas, se os aventureiros forem saquear os bandi-
dos, o dono da taverna, conhecido como Cachorrão, irá exigir
ficar com as moedas dos Bandidos derrotados, para compensar
os estragos, o estresse e a perda da clientela do dia, mas deixa-
rá que os aventureiros fiquem com todo o resto do espólio (as
cimitarras, armaduras de couro e demais itens descritos em
suas fichas dos Bandidos).
Se os jogadores preferirem apenas dormir e seguir com a aven-
tura no dia seguinte, siga para “O Forte Encharcado”. Se eles
preferirem explorar e aproveitar a taverna, você pode ambien-
tá-la melhor com as informações presentes à seguir em “Taver-
na Baba de Cachorro”.
Os braceletes mágicos de Phantyr
Cada aventureiro no mundo de Phantyr que entre para o Clã do
Machado recebe um bracelete mágico no início de suas aventu-
ras. A Sargenta do Clã faz o papel de entregar esse item especial
aos jogadores.
Para essa aventura, só há 1 bracelete de cada tipo descrito
abaixo e cada aventureiro poderá escolher dentre as seguintes
opções:
Braceletes Iniciais:
• Mísseis mágicos
• Escudo
• Detectar magia
• Disco flutuante
• Disfarçar-se
• Onda trovejante
• Enfeitiçar pessoa
• Mãos flamejantes
Cada jogador escolhe um bracelete e descreve o formato de
seu item, lembrando que o principal elemento é a pedra mágica
colorida que decora a jóia.
Os braceletes possuem uma magia de 1º nível que pode ser utili-
zada uma única vez, descarregando assim o poder do bracelete
e não podendo ser recarregada novamente.
O uso em regras é semelhante à conjuração da magia contida,
exceto pelos componentes mágicos da magia e a necessidade
de mão livre, ambos desnecessários.
Você pode encontrar as descrições dessas magias no Manual de
Regras.
Taverna Baba de
Cachorro
Localizada na área leste do distrito Peça de Ouro, a taverna
Baba de Cachorro é um prédio pequeno e discreto entre tantos
outros das docas. Sua estrutura se ergue em tijolos cinzentos
e madeira escura, com uma camada de musgo resultante da
umidade na região. Não é muito movimentada e é apertada,
mas conta com clientes fiéis que frequentam o estabelecimento
desde quando eram levados pelos seus pais.
A história da taverna se resume ao amor do pai do atual taver-
neiro por cachorros. Uma piada recorrente no local é sobre ter
“mais cachorros embaixo das mesas do que clientes sentados
ao redor delas”.
Personagens da
Taverna
Seguem abaixo os personagens importantes encontrados na
Taverna
Cachorrão, o Taverneiro
É um Humano grande, peludo e barbudo, responsável pela
recepção e serviço de bebidas da taverna. Não usa o próprio
nome há anos, pois herdou o apelido de Cachorrão de seu pai
e o ostenta com orgulho.
Narzula, a Leão-de-chácara
É uma Meio-Orquisa ainda mais alta do que o Cachorrão, res-
ponsável pela segurança do local há anos. É de poucas palavras
e sabe intimidar com o olhar e as presas, além de nunca recusar
uma boa briga.
Babento
Um imenso mastim, bastante parecido com o que ilustra a pla-
ca da taverna. Com corpo malhado e sempre visto lambendo
qualquer bebida que venha a cair no chão, é querido pelos fre-
quentadores do local.
Fregueses da Taverna
Não se preocupe com a quantidade de fregueses que você pre-
cisa interpretar na taverna. Nenhum deles quer ter longas inte-
rações com os aventureiros e se você quiser poupar trabalho ou
evitar improvisos, apenas descreva a taverna com um número
baixo de fregueses ou vazia.
Matando Tempo na
Taverna
Existem várias atividades que os jogadores podem realizar na
taverna. Você pode improvisá-las ou consultar a Taverna no
Apêndice “Syr, O Porto das Lâminas”.
Viagem até o Forte
Encharcado
O forte não fica muito longe do portão da cidade, estando há
um dia de caminhada. A primeira metade do dia se dá seguin-
do pela Estrada Liberdade e desviando por ramificações que
levam para a costa. A segunda metade se dá pelo charco que
cerca o forte.
Vrum, sendo um conhecedor da região, pode fornecer todas
essas informações aos aventureiros, mas ele mesmo nunca pôs
os pés no charco e não vai se unir a eles nessa viagem. Ele sabe
que os Bandidos contam com o apoio de Goblins que vivem na
região e informa ao grupo esta situação, mas sempre dizendo
que os Goblins não representam uma ameaça muito grande
para aventureiros como eles.
As primeiras horas do percurso são acompanhadas de muito
movimento na estrada, dado o ir e vir constante de viajantes
de Syr. À medida que os aventureiros se afastam da cidade
e tomam as ramificações da Estrada, o número de viajantes
diminui, até que ficam raros os encontros
A monotonia acaba quando os aventureiros avistam fumaça
partindo das carroças de uma caravana. Leia a caixa de texto
a seguir:
Mistério na Ilha da Neblina
“À medida que vocês avançam pela estrada, vo-
cês avistam uma caravana comercial que parece
ter sido atacada recentemente. Carroças viradas e
chamuscadas, mercadorias espalhadas e comer-
ciantes frustrados tentam recuperar o que podem.
Enquanto se aproximam, vocês percebem que os
mercadores prenderam um Goblin maltrapilho,
que parece ferido e assustado. Eles estão discutindo
o que fazer com ele e estão claramente inclinados
a matá-lo como punição pelo ataque à caravana.”
11
 “Durante essa aventura, os jogadores en-
Mistério na Ilha da Neblina
contrarão mais personagens corriqueiros
além dos descritos nos apêndices e nos
textos da aventura, como esses comer-
ciantes.
Como narrador, sinta-se livre para criar
aparências e nomes para esses perso-
nagens, ou use a tabela de Nomes no Escudo do
Mestre..”
- Beholder TV
A situação está tensa e alguns comerciantes gritam entre si,
decidindo o que farão com o Goblin prisioneiro enquanto a
criaturinha se encolhe de medo.
Quando se aproximarem dos mercadores, um deles imediata-
mente se manifesta pedindo ajuda e informando que um grande
grupo de assaltantes, formado por Humanos e Goblins, atacou
a caravana de surpresa partindo de moitas próximas à estrada.
No meio da confusão que se seguiu, os Humanos roubaram
grande parte dos pertences dos comerciantes, fugindo na di-
reção do charco próximo, enquanto os Goblins ocupavam os
defensores da caravana. Os comerciantes acabaram derrotando
a grande maioria dos Goblins, aprisionando a última daquelas
criaturinhas.
“O Goblin está obviamente ferido, cansado e apa-
vorado. Observando-o com calma, é fácil notar
que ele possui marcas de queimaduras e cicatrizes
antigas, como se sofresse maltratos há bastante
tempo. Seu olhar e seu balbuciar de palavras
pedem por ajuda dos aventureiros:
- Eles me obrigaram! Eles me obrigaram! Eu não
queria atacar ninguém, não! Não deixem eles me
matar, não! Me ajuda, seu aventureiro! Ajuda
Pog aí!”
Os aventureiros têm algumas opções:
Intervir diretamente: Eles podem intervir e tentar
convencer os comerciantes a não matar o Goblin em
troca dele guiá-los na direção do covil dos Bandidos.
Isso pode ser feito através de um teste Carisma (Persu-
asão, Intimidação ou Enganação) CD 10.
Interrogar o Goblin: Ele revela que seu Clã é for-
çado a ajudar a Irmandade dos Afogados e se oferece
a guiar o grupo até o Forte Encharcado, em troca da
própria vida. Se os aventureiros duvidarem do Goblin,
eles podem fazer um teste de Sabedoria (Intuição) CD
5 para terem certeza de que ele está falando a verdade.
Deixar que os Comerciantes façam sua jus-
tiça: os aventureiros podem simplesmente escolher
deixar a situação para lá e seguir viagem, deixando o
pobre Goblin a sua própria sorte.
12
“Essa pode ser a primeira interação social
com teste da aventura. Os jogadores
podem utilizar diversas abordagens para
convencer os mercadores.
Porém é importante ressaltar que o gru-
po não deve repetir o mesmo teste em
caso de falha, mas ainda podem tentar as outras
opções. Por exemplo, se falharem em uma tenta-
tiva de persuasão, nada impede que eles tentem
usar intimidação.”
- Tio Gruntar
Os aventureiros poderão então seguir viagem na direção do
charco, sejam acompanhados pelo Goblin resgatado ou sozi-
nhos.
Uma vez salvo, Pog não cansará de agradecer aos aventureiros,
dizendo que seu nome é Pog várias vezes, seja perguntado ou
não.
Oi! Não sei se você sabe, mas
eu sou o Pog! Eu sei de algumas
coisas que podem ajudar e pos-
so contá-las para os aventureiros
durante nossa viagem juntos:
Os Goblins são forçados pelos Bandidos a
trabalhar para eles. Além de receberem apenas
migalhas dos saques, não são incomuns surras
e até morte dos Goblins
Dadas as péssimas condições, todos os Goblins
encontrados podem ser convencidos a não
lutar com os aventureiros, caso estes prome-
tam livrá-los dos Bandidos. Com um teste de
Carisma (Persuasão) CD 13 realizado antes do
confronto, os Goblins recuarão para sua toca e
lá ficarão até que os Bandidos sejam vencidos.
Por mais que odeiem os Bandidos, os Goblins
não irão arriscar suas vidas confrontando-os.
O máximo que poderão fazer é se abster de
combater os aventureiros.
Seu líder é Garret Caolho, um Bandido humano
linha dura que não aceita bem os erros de seus
subordinados. De uns tempos para cá, Garret
está mais agressivo e apresentando escolhas
bastante duvidosas e muitos Bandidos estão
questionando suas faculdades mentais.
Existe uma entrada segura para o Forte En-
charcado em uma janela, dentre tantas, que
está com suas barras de ferro rompidas. Essa
entrada é para evitar várias armadilhas, mas
ele não se lembra quais são.
- Pog, o Goblin
Lodaçais e Insetos
Quando colocarem os pés no charco que cerca o forte, o am-
biente muda para um cenário desolado e de Terreno Difícil (o
deslocamento tem seu custo dobrado). Leia a caixa de texto a
seguir:
“Ao adentrarem o charco e seguirem morro
abaixo, em direção à costa, o horizonte é preen-
chido por uma grama alta, cinzenta e quebradi-
ça. Poucas e espaçadas árvores se erguem com
troncos torcidos, com galhos em nós intrincados
e sem folhas. Alguns charcos de água marrom ou
cinzenta cercam as árvores em pequenas poças
enquanto outros parecem grandes lagos.
É possível ouvir a presença de insetos através de
seus ruídos, zumbidos e estalos, mas não pare-
ce haver outros animais aqui. No alto de uma
encosta à beira do mar, através da névoa, vê-se a
distante silhueta do Forte Encharcado.”
Durante a caminhada até o forte, os aventureiros precisam
passar por um enorme lodaçal. É impossível chegar ao Forte
Encharcado sem passar por esse desafio natural, pois ele cerca
toda a estrutura.
Se os aventureiros insistirem em dar a volta, eles caminharão
por horas e pararão na costa, independentemente da direção
que tomarem. Sendo construído em encostas íngremes açoi-
tados pelas ondas, o forte também é inacessível por escalada
ou nado.
Oi! Me chamo Pog! Passando pra
te dizer que se você me salvou,
todos os testes contra o Lodaçal
feitos pelos aventureiros recebem
Vantagem!
- Pog, o Goblin
Tendo por volta de 1,5 metro de profundidade e 30 metros de
uma margem a outra, será necessário que os aventureiros ven-
çam o denso lodaçal um passo de cada vez com um teste de
Força (Atletismo) CD 10 ou pulando pelos galhos, troncos e
pedras com um teste de Destreza (Acrobacia) CD 10.
Se falhar, o aventureiro afunda no lugar, ficando sob efeito da
condição Contido. Para sair, é necessário um árduo teste de
Força (Atletismo) CD 15.
Outros aventureiros podem libertar os companheiros Contidos
com testes de Força (Atletismo) CD 15 ou podem usar a ação
de Ajuda para conceder Vantagem ao aventureiro Contido em
seu teste para se libertar. Além disso, o uso de cordas ou outras
soluções criativas diminui a dificuldade em 5.
Cada falha no teste para se libertar ou para libertar um aliado
faz com que o aventureiro sofra 1 ponto de dano pelas condi-
ções terríveis na qual se encontra.
A Torre dos Goblins
Depois de uma caminhada pesada e cansativa, os aventureiros
conseguem distinguir uma pequena torre de madeira que se
destaca no caminho para o Forte Encharcado.Leia a caixa de
texto a seguir:
“O lodaçal já ficou para trás há algum tempo. À
medida que continuam sua jornada pelo charco,
vocês se deparam com uma torre improvisada,
erguida com paus e pedras, e ocupada por Goblins
que se assustam com a aproximação de vocês.
Surpresos, eles empunham suas armas nervosa-
mente, preparando-se para um possível confronto.”
No entanto, se os aventureiros salvaram Pog, ele se aproxima
do grupo e se oferece para falar com os Goblins da torre em
seu nome.
Nem todos os mapas dos encontros
combativos estão presentes no Kit
Introdutório. Alguns deles poderão ser
executados utilizando o Teatro da Mente,
ou improvisando com o poster do
encontro na estrada.
- Beholder TV
Caso contrário, os aventureiros irão ter que enfrentar (ou fugir)
de 6 Goblins (Ficha na Pág. 72), que seguirão no encalço dos
aventureiros caso eles busquem contornar a torre ou fugir do
local.
Finalizado o combate, caso algum Goblin sobreviva, conside-
re que ele tem as mesmas informações de Pog e interrogá-lo
não exige nenhum teste, pois eles não gostam dos Bandidos do
Forte Encharcado e preferem ter suas vidas poupadas.
Se conquistada pelos aventureiros, a torre é um excelente local
para descansar.
Leia a caixa de texto a seguir, somente caso Pog esteja com o
grupo.
Mistério na Ilha da Neblina
13
 “O pequeno Goblin se adianta ao grupo e grita
Mistério na Ilha da Neblina
com sua vozinha estridente:
- Ei vocês daí, eu sou o Pog, vocês lembram de
mim?
Um burburinho acontece na torre e, momentos
depois, uma voz igualmente estridente responde:
- Caracas, Pog! É claro que nóis lembra de Pog!
O que Pog tá fazendo aqui e quem é estes daí?
Pog saltita um pouco, apontando para o grupo
para, enfim, gritar a resposta:
- Eles salvou Pog! É amigo! Nóis tá cheio de pica-
da de mosquito e Pog tá morrendo de fome. Deixa
a gente se chegá!
O burburinho na torre se repete e, depois de al-
guns segundos, a mesma voz responde:
- Se eles é amigo de Pog, é amigo de nóis tamém.
Pode vir!”
Graças a influência de Pog, os Goblins da torre permitirão o
pernoite e a passagem segura do grupo. Pog não avançará com
os aventureiros além da torre, se despedindo e se apresentando
uma última vez
Evoluindo de Nível
Ao final desta parte da campanha, o grupo de aventureiros
deve evoluir para o nível 2.
A torre é um exemplo de vários outros
locais espalhados por essa aventura
que oferece uma oportunidade para os
personagens dos jogadores descansarem,
recuperarem seus recursos e evoluírem
de nível como descrito em Descanso
Longo no Manual de Regras.
Cabe ao narrador deixar claro aos jogadores quais
são esses locais seguros onde eles podem des-
cansar e, no eventual caso de evoluírem de nível,
distribuir as novas fichas.
- Tio Gruntar
Seguindo para o Forte Encharcado
Depois de descansarem na torre, o grupo poderá seguir o últi-
mo trecho que os levará até o Forte Encharcado.
14
O Forte Encharcado
A Irmandade dos Afogados estabeleceu uma base da qual po-
dem administrar suas atividades criminosas na região. Garret
Caolho liderou a invasão ao local e coagiu os Goblins, antigos
moradores do Forte, a se tornarem aliados independentemente
de sua vontade.
Acreditando que o mapa de Vrum pode ser uma fonte rápida
de tesouros, Garret enviou seus lacaios para tentar roubá-lo.
Em posse de metade do mapa, o bandido tenta incessante-
mente desvendá-lo, enquanto seus capangas buscam reaver a
metade perdida.
Características Gerais do Forte
A antiga e afundada estrutura conta com algumas característi-
cas recorrentes que se repetem em sua extensão, salvo indica-
ção contrária:
Dimensões. Os corredores de 3 metros de largura que
atravessam o forte têm um pé direito de 4,5 metros. Os
cômodos têm pé direito de 6 metros.
Estrutura. Os cômodos, corredores e as escadarias
deste local são feitos de largos tijolos de pedra cin-
zenta, cobertos de musgo e manchados pela umidade.
Devido ao afundar, grandes rachaduras e desmorona-
mentos se deram por quase todas as paredes.
Inundação. Quando indicadas, certas áreas do forte,
principalmente as que afundaram no charco, estão
inundadas: têm 3 metros de água densa e escura, e são
consideradas terreno difícil. Seu fedor é terrível e ela
não é potável.
Portas e Janelas. Cada porta é um objeto de madeira
velho e úmido. Cada janela é um objeto com grades de
ferro enferrujadas. Se estiver trancada, exige teste com
ferramentas de ladrão de Destreza CD 10 para abrir
ou teste de Força (Atletismo) CD 10 para arrombar.
O Que os Bandidos da Irmandade
Sabem?
Se os aventureiros interrogarem qualquer um dos Bandidos
aqui, eles podem ser convencidos com testes de Carisma (In-
timidação ou Enganação) CD 15 a divulgar algumas informa-
ções úteis:
F4
F1
F2
F6
F3 F5 F7
F8
 Eles acreditam que o mapa do tesouro é real.
Há menos de 20 Bandidos e 50 Goblins na Irman-
dade, espalhados pela região e em Syr. Poucos ficam
efetivamente no Forte.
Seu líder é Garret Caolho, um Bandido humano linha
dura que não aceita bem os erros de seus subordina-
dos. De uns tempos para cá, Garret está mais agres-
sivo e apresentando escolhas bastante duvidosas e
muitos Bandidos estão duvidando de suas faculdades
mentais.
Há algo assustador em uma área isolada do forte que
já matou vários Goblins que tentaram lidar com a
ameaça. O Bandido descreve um frio intenso emanan-
do do local.
Existe uma caverna no nível do mar onde os Bandidos
guardam pequenos barcos, utilizado eventualmente
para seguir até o porto de Syr.
F1. Entrada Improvisada
Leia a caixa de texto a seguir:
“Assim que vocês conseguem colocar os olhos na
estrutura torta e deformada pelo charco, vocês
compreendem a origem do nome.
Rachaduras se estendem pelo que resta das torres
de pedra, despontando do lodaçal como se tentas-
sem se agarrar a partes sólidas da terra para não
afundar.
A umidade é visível em cada pedra, através de man-
chas, musgos e mofo. Parece um local inabitável e
sem uma entrada óbvia, já que qualquer porta deve
estar a muitos metros de profundidade.”
A entrada principal do Forte Encharcado não existe mais, pois
ela afundou, restando apenas uma entrada alternativa que os
Goblins criaram, de forma que pudessem adentrar o local.
Essa entrada é uma janela, dentre tantas, que está com suas
barras de ferro rompidas. Notá-la, no entanto, exige certo es-
forço com um teste de Sabedoria (Percepção) CD 10.
Do outro lado da janela há um cômodo pequeno com uma
única saída para um corredor. Há alguns móveis de madeira e
tecidos, todos úmidos e destruídos, na parede leste.
Armadilha da janela: Sino
Há um fio, delicadamente esticado sob os blocos de pedra do
assoalho deste cômodo, que percorre até a parede leste onde há
um sino pendurado, oculto pelos tecidos e móveis. Qualquer
peso sobre a área de 1,5 metro logo à frente da janela irá rom-
per o fio e o sino cairá da parede.
Um aventureiro procurando por armadilhas pode encontrar o
sino escondido com um teste bem-sucedido de Sabedoria (Per-
cepção) CD 15. Desarmar a armadilha é simples com um teste
com ferramentas de ladrão de Destreza CD 10, mas a falha
aciona a armadilha, derrubando o sino.
Desenvolvimento
Se o sino tocar, o grupo de 4 Goblins (Ficha na Pág. 72) mon-
tando vigília na F3. Cadeia Improvisada irá se deslocar para
o F2. Corredor com Armadilha e se esconder nos escombros
enquanto esperam os aventureiros aparecerem. Notá-los exige
um teste de Sabedoria (Percepção) CD 15.
F2. Corredor com
Armadilha
Leia a caixa de texto a seguir:
“Este corredor está em frangalhos, com pare-
des e passagens desmoronadas que impedem a
entrada para a maioria dos diversos cômodos que
deveriam existir neste andar do forte. O cheiro de
maresia e podridão fica mais intenso aqui. Sem
muitas opções, resta seguir o corredor até encon-
trar um caminho a ser seguido.”
Diferente do inofensivo sino da entrada alternativa, este cor-
redor foi preparado com uma armadilha realmente perigosa.
Após a armadilha, o corredor conta com três saídas: uma leva
para uma escadaria que desce até a cadeia improvisada, a se-
gunda leva para uma escadaria que sobe para o depósito e a
terceira está bloqueada por uma barricada de móveis, tijolos e
tábuas de madeira. Desta última irrompe um frio intenso.
Armadilha: Buraco com Lâminas
Se aproveitando do estado deplorável do corredor, Garret or-
denou que os Goblins abrissem um buraco e usassem metais,
vidro e outras lâminas improvisadas, presas nas paredes do
fosso, para simular estacas.
Em seguida, o buraco foi coberto com uma camada de escom-
bros leves como tecidos de cortinas, pequenos pedregulhos e
tábuas podres.
O primeiro aventureiro que se deslocar pela área de 3 metros
quadrados do buraco irá sofrer uma queda de 4,5 metros, sen-
do rasgado pelas lâminas improvisadas até cair em um cômodo
no andar inferior do Forte que está completamente inundado e
não tem saídas.
Mistério na Ilha da Neblina
Há como boiar com um teste de Força (Atletismo) CD 13 e
escalar de volta por uma parede ou com a ajuda de uma corda.
Nesse caso, o teste para subir de volta é de Força (Atletismo)
CD 13. Se falhar, o aventureiro não consegue subir, tendo que
realizar o teste novamente no seu próximo turno.
A queda e as lâminas causam 7 (2d6) pontos de dano.
Um teste bem-sucedido de Sabedoria (Percepção) CD 13 dis-
cerne a organização proposital de escombros para esconder o
fosso do resto dos destroços. Não há como desarmar este fosso,
apenas evitá-lo ou cobri-lo com alguma coisa resistente para
permitir uma passagem segura.
Qualquer aventureiro que caia ou que olhe para o fundo do
fosso verá um corpo antigo boiando.
15

Desenvolvimento
Mistério na Ilha da Neblina
Se os aventureiros caírem na armadilha, o grupo de 4 Goblins
(Ficha na Pág. 72) montando vigília no F3. Cadeia Improvisa-
da irá se deslocar para o F2. Corredor com Armadilha para ata-
cá-los imediatamente, enquanto estão lidando com o buraco.
Tesouro
No fundo do cômodo inundado descrito na armadilha, há 6
metros de profundidade, estão os restos de um aventureiro que
caiu e foi degradado pela água escura com o tempo. Contudo,
é possível ver, agarrada em sua mão ossuda, uma poção de cura
(2d4+2).
F3. Cadeia Improvisada
Ainda nas escadarias, um grupo de 4 Goblins monta guarda
para garantir que os prisioneiros não fujam e para escutar uma
possível invasão e queda do sino na entrada.
Um desses Goblins está com as chaves dos grilhões dos pri-
sioneiros.
Após as escadarias, leia a caixa de texto a seguir:
“Tochas iluminam as paredes das escadarias após
o corredor que desce para um cômodo ainda mais
fedorento e inundado. Tábuas de madeira boiam
na água nojenta onde dois prisioneiros se agar-
ram para sobreviver.
Não tendo celas e jaulas, a sala inundada parece
ter sido adaptada como uma prisão. Tendo apenas
as tábuas para se segurar, dois prisioneiros com
pesados grilhões de ferro nas pernas se agarram
até o limite de seus esforços para não afundarem
e se afogarem. Os grilhões também garantem que
não consigam nadar até a escadaria.
Um dos prisioneiros, com aparência de uma
Tiferina, não resiste mais e afunda de imediato
enquanto o outro, um Anão, começa a gritar por
ajuda.”
A situação dos prisioneiros é desesperadora e agoniante.
Prisioneiros: Ulgrim e InfreaU
Ulgrim do Clã Rustrim é um Anão ferreiro com especialidade
em armas e armaduras, aluno da Forja de Mãos e Mentes. Sua
resistência tem garantido sua sobrevivência até aqui, mas ele
está em seu limite. Dada sua baixa estatura, os 3 metros de
água são mais do que suficiente para afogá-lo. Ele está cons-
ciente, agarrado a um pedaço de porta, com 1 ponto de vida.
Ulgrin foi sequestrado pelos Bandidos quando estava passean-
do pela costa com Grinalda, sua esposa, e acidentalmente viu
um dos botes dos malfeitores entrar na caverna secreta. Infeliz-
mente, os Bandidos também viram ele. Eles lutaram, Grinalda
foi morta e Ulgrim foi levado para Garret Caolho, que decidiu
aprisioná-lo.
Infrea é uma Tiferina que vivia isolada de Syr e buscava fun-
gos e insetos para suas poções e outras receitas no charco do
Forte Encharcado. Foi presa recentemente, mas não vai aguen-
tar muito tempo equilibrada na tábua em que está. Ela está
16
inconsciente e com 0 pontos de vida. Assim que os aventurei-
ros surgirem na entrada da cadeia improvisada, independente-
mente da presença dos Goblins, seu corpo perde o equilíbrio
e afunda. Ela morrerá em quatro rodadas caso se mantenha
submersa.
Infrea foi sequestrada pelos Bandidos quando estava coletando
seus ingredientes. Eles sempre a viram de longe e temiam-na,
deixando-a em paz, mas assim que Garret Caolho ficou saben-
do de sua existência, ele exigiu que ela fosse capturada e pre-
sa, pois poderia ser uma espiã de Syr atrás deles. Infrea tinha
consigo uma ocarina mágica que ela usou para alertar a Ordem
da Liberdade e da Emancipação que sua vida estava em risco.
Durante o desenvolvimento da aventura,
os personagens dos jogadores irão se de-
parar com elementos relacionados a suas
Missões Pessoais. Esses elementos serão
referenciados com o símbolo U.
Neste exemplo, Infrea faz parte da missão pessoal
da Barda, se ela for salva pelo aventureiro
relacionado, dirá:
“— Obrigada, irmã! Achei que não fosse sobreviver
a essa… Várias pessoas me pediram ajuda para
encontrar outros desaparecidos. Mas antes que
pudesse ajudá-las, esses vermes me capturaram!”
- Colosimus
Desenvolvimento
Se forem salvos, tanto Ulgrim quanto Infrea podem comentar
com os aventureiros sobre como Garrett Caolho tratou-os com
agressividade e paranoia ao aprisioná-los.
Apesar de estarem sendo salvos, eles também abordam os
aventureiros sobre seus itens perdidos. Ulgrim fala sobre sua
valiosa aliança de safira azul tomada por um Goblin. Infrea
fala sobre sua ocarina mágica.
Além disso, eles citam que ouviam sons de grunhidos, gritos,
gemidos e pancadas vindas da porta do cômodo barricado.
Ulgrim e Infrea irão se acomodar em um local do Forte que os
aventureiros tornaram seguro e descansarão até serem capazes
de partir.
F4. Depósito
Após as escadarias que sobem, leia a caixa de texto a seguir:
“A escadaria termina em uma porta entreaberta
que dá acesso para um cômodo largo, iluminado
por tochas e que parece ser limpo com frequência.
Há poucos fungos e sinais de umidade espalhados
pelo local, principalmente próximos aos barris e
caixotes empilhados ao lado do que parece ser um
elevador de carga.”
Este cômodo era a antiga cozinha do forte e conta com um
elevador de carga de madeira com roldanas, um equipamento
muito comum em estruturas altas como castelos.
O elevador é funcional e não é usado apenas para transportar
carga. Ele foi adaptado para carregar também os membros da
Irmandade dos Afogados dos andares mais altos do forte até os
demais cômodos e à caverna. Ele sempre para em cada andar
e precisa ser reativado para continuar descendo ou subindo.
O elevador de 9 metros quadrados suporta até 400 quilos e
os mecanismos de cordas e roldanas permitem que se use ele
apenas pelo lado de dentro.
Já o cômodo foi adaptado para ser o depósito de suprimentos
dos Bandidos e conta com barris e caixotes.
Estes caixotes possuem uma marca que os aventureiros já vi-
ram, por se tratarem do fruto do roubo a caravana comercial na
Estrada Liberdade.
Tesouro
Entre caixotes e barris com vários suprimentos e coisas mun-
danas, os aventureiros podem gastar algum tempo vasculhando
para encontrar uma armadura de couro batido e um bracelete
com a magia Graxa.
F5. Cômodo Barricado
Se os aventureiros removerem a barricada e abrirem a porta,
leia a caixa de texto a seguir:
“O cômodo se assemelha mais a uma gruta do
que a uma parte do forte em si e um frio intenso
irradia a ponto de fazer doer os ossos.
A partir da porta, há um lago com uma fina
camada de gelo que toma todo o resto do ambien-
te. Antes que vocês possam ver qualquer outro
detalhe, uma forma se projeta do lago, rompendo
o gelo, na direção de vocês!”
O Basilisco Gélido (Ficha na Pág. 72) estava sendo transpor-
tado em uma caravana quando esta foi atacada por Garret e
seus Bandidos.
Além de saqueá-la, eles também levaram a criatura consigo,
aprisionando-a nessa área. Garret a utiliza como fonte de in-
timidação para seus homens e os Goblins, ameaçando lançar
qualquer desobediente para saciar sua fome.
O Goblin que furtou a aliança de Ulgrim e a ocarina mágica de
Infrea foi eventualmente atirado para o Basilisco Gélido, por
acidentalmente irritar Garret.
Tesouro
Ao derrotar o Basilisco, os aventureiros poderão vasculhar os
restos deixados em seu covil. Há uma aliança de safira azul no
valor de 500 PO e uma ocarina mágica.
Além disso, no meio dos escombros, há um curioso objeto,
que parece um braço de Gigante congelado e pode ser utilizado
como arma.
Mãozinha
Clava Grande especial: 1d10 contundente + 2 gelo.
Essa enorme clava lembra o braço cristalizado de um gigante.
Enrolada em panos e algumas tiras de couro, a Mãozinha está
envolta por cristais de gelo, o que muda seu dado de dano para
1d10 pontos de dano contundente, além de causar +2 pontos de
dano de dano de gelo.
F6. Cômodo dos
Bandidos Mistério na Ilha da Neblina
Enquanto o elevador desce pelo túnel, sua primeira parada se
dá em uma abertura feita na parede de tijolos. Leia a caixa de
texto a seguir:
17
 “Enquanto vocês descem, é possível ouvir um Além de alto e de postura intimidadora, o homem
Mistério na Ilha da Neblina

berro grave que ecoa do cômodo abaixo:
- Seus inúteis! Ainda não recuperaram a meta-
de do mapa! Levantem dessas redes ou eu vou
alimentar o Basilisco com vocês!
veste roupas escuras dos pés a cabeça e mantém
uma barba crespa sobre o queixo largo. Cicatrizes
se espalham pela pouca pele exposta e um corte
vertical no olho justifica seu título.”

Em seguida, uma porta bate com violência, logo

antes de vocês chegarem.
Um arco de pedra improvisado dá passagem para
um grande cômodo iluminado por tochas. Sacos
de dormir e redes enroscadas nas paredes estão
espalhados por todos os cantos, assim como pu-
nhados de pertences dos Bandidos. Ao fundo há
uma porta fechada.
Vocês se deparam com alguns Bandidos resmun-
gando e levantando de suas redes enquanto outros
pegam suas armas.”
Garret Caolho (Ficha na Pág. 72) é um Líder Bandido bas-
tante habilidoso com a espada. Graças ao seu conhecimento
da região, ele estava muito perto de desvendar as informações
faltantes no mapa.
Assim que os aventureiros adentram a sala, ele gritará como
um alucinado vários xingamentos, dizendo que eles querem
tomar para si o tesouro que é dele e lutará até a morte.
Garret nem sempre foi assim. No passado, quando sua parceira
JayU lutava ao seu lado, seu coração não era tão gelado. Ele até
mesmo chegou a cogitar aposentar sua vida de bandidagem,
mas acabou desistindo no fim. Cansada de insistir, Jay partiu e
deixou Garret para trás.

Longe do amor de sua vida e sob a influência negativa do item

No interior desta sala estão 6 Bandidos (Ficha na Pág. 72),
que atacam os aventureiros assim que surgem pela passagem,
iniciando um combate.
Tesouro
Os jogadores encontram na sala 10 PO.
A porta recém fechada ao fundo leva para o Cômodo do Líder
e está trancada, mas pode ser aberta com teste de ferramentas
de ladrão de Destreza CD 12 para abrir ou teste de Força (Atle-
tismo) CD 12 para arrombar. A chave está com Garret Caolho.
Se a primeira tentativa de abrir a porta for um fracasso, os
aventureiros podem continuar tentando, mas Garret estará
ciente e preparado, realizando um ataque com sua besta assim
que a porta for aberta no primeiro alvo que avistar.
Esse ataque é realizado antes das rolagens de iniciativa e do
início do combate.
mágico amaldiçoado Butim de Tolo, Garret passou a remoer
suas frustrações até que as vozes em sua cabeça levaram-no à
margem da loucura.
Em combate, ele reflete esse estado com algumas falas para-
noicas e desconexas enquanto ataca descuidadamente.
A JayU está relacionada com a missão
pessoal do Patrulheiro.
Se o Patrulheiro relacionado ler sobre Jay
no diário, narre:
— A história trás sua irmã a mente de
imediato. Você sabe que se trata dela e que ela deve
ter fugido para a tal Ilha da Neblina…

F7. Cômodo do Líder

Garret Caolho dificilmente sai de seu cômodo, independente
do que aconteça com os Bandidos. Quando o grupo entrar nes-
se local, leia a caixa de texto a seguir:

“Diferente do cômodo anterior, este é iluminado

por um lampião a óleo e fede muito com restos de
comida e vinho azedo. Têm uma cama, um baú,
uma mesa com livros, documentos, pote de tinta,
pena e uma cadeira aparentemente confortável.

A metade do mapa que vocês buscam está esticado

sobre a mesa e o líder dos Bandidos estava sobre
ele, tentando completar as informações que fal-
tam antes dos aventureiros chegarem. Ele balbu-
cia loucamente palavras sem sentido.

18

O navio Cação SanguinárioU está relacionado com a
missão pessoal do Guerreiro e de Clérigo Anão. Se o
Guerreiro ler sobre o Cação no diário, narre:
Além dos itens em sua ficha, Garret possui um bracelete mági-
co com a magia Imagem silenciosa, sua Garra Abatedora e um
Medalhão Mágico.

- As memórias de sua paixão invadem sua mente.

Uma pista da carranca que você busca, finalmente!
O Cação Sanguinário pode estar escondido na tal
Ilha da Neblina…
Se o Clérigo Anão ler sobre o Cação
no diário, narre:
Garra Abatedora
Adaga especial (1d4 + 2 perfurante)
Essa adaga foi feita com a garra de uma grande criatura. Possui
espinhos em formato de serra que castigam sua vítima em com-
bate corpo a corpo, mudando seu dano base para 1d4+2 pontos
de dano perfurante.

- O senso divino de dever enche seu peito. Enfim

pista da Lanterna da Revelação que você busca ar-
duamente! O Cação Sanguinário pode estar escon-
dido na tal Ilha da Neblina…

Butim do Tolo
- Colosimus Efeito: Concede Vantagem para todos os seus ataques e Vanta-
gem para todos os ataques contra você.

Tesouro Este Medalhão Mágico é um colar prateado elegante com um

Além da segunda metade do mapa, a mesa contém documen-
tos com instruções de navegação, fora a pena, o pote de tinta
e o lampião.
Em uma gaveta há um diário destruído, mas que ainda conta
sobre o passado de Garret: ele foi um marinheiro em seu início
de carreira e trabalhou em uma embarcação pirata chamada
Cação SanguinárioU, antes de fugir de lá e fundar seu pró-
prio bando. O relato informa ainda que Drakkhar, o capitão do
navio pirata, fora responsável por arrancar seu olho por uma
bobagem qualquer.
pingente maciço em forma de baú de tesouro.
Quando o portador do Butim entra em combate, vozes de-
sesperadas ecoam em sua cabeça, incentivando-o a golpear
descontroladamente.
Ao receber o item, os personagens conseguem identificar ape-
nas o efeito benéfico de conceder Vantagem para todos os seus
ataques. O efeito amaldiçoado de Vantagem para os oponentes
é revelado apenas no primeiro combate em que ele é usado.
Por ser amaldiçoado, o personagem não pode remover o Butim,
sem que antes receba uma magia de Remover Maldição.

Entre os papéis há também uma carta não terminada, suja de

bebida e cheia de rasuras com algum texto legível: O baú está trancado e a chave está com Garret, mas pode ser
aberto com teste de ferramentas de ladrão de Destreza CD 12
para abrir ou teste de Força (Atletismo) CD 12 para arrombar.
Em seu interior estão vários itens que formam o tesouro da
Irmandade: diversas jóias e gemas, além de moedas que so-
madas totalizam 400 PO. Além disso, estão ali duas poções de
Jay, cura (2d4+2) .

Sinto sua falta. Sinto falta de

nossas
F8. Caverna Secreta
noites olhando as estrelas e no O elevador pode ser usado para continuar descendo dos cômo-
ssas dos até a caverna.
escapadas da tripulação. Eu nu
nca
a atenção que você merecia. Eu te dei Quando os aventureiros chegarem na caverna e o elevador atin-

Mistério na Ilha da Neblina

nã
deveria tê-la abandonado. Ao inv o gir o chão, ficarão de frente para um túnel natural que leva para
uma nova área.
és disso,
deveria ter fugido contigo.
Leia a caixa de texto a seguir:
Eu nunca temi a Ilha da Neblin
a. Esses
inúteis cresceram em minha cab
eça.
Desgraçados, todos eles. Eles
mereciam
maldições, não você. Espero qu
e tenha
seguido com a vida. Que não est
eja…

19

“Vocês se veem em uma enorme abóbada de
Mistério na Ilha da Neblina
rocha natural, cheia de estalagmites e estalactites
que escondem uma praia cavernosa banhada por
uma corrente de água vinda do mar, que invade a
caverna após passar por um estreito túnel.
A maior parte da caverna está escura, mas tochas
em suportes iluminam um caminho que leva do
elevador até a praia onde vários barcos de pe-
queno porte e botes estão atracados com cordas e
estacas de madeira.
Além do pequeno atracadouro, em uma das pare-
des da caverna há buraco lúgubre e mal ilumina-
do que fede muito. Barulhos demonstram que o
local é habitado.
Diversos Goblins utilizam este buraco como mo-
radia, agrupados no local após a tomada do Forte
pelos Bandidos. Eles gritam e fazem muita bagun-
ça em meio à sujeira, completamente alheios aos
eventos recentes do Forte.”
10 Goblins (Ficha na Pág. 72) estão no interior do buraco. Se
eles forem ameaçados, irão se render imediatamente, demons-
trando que não estão motivados para nenhum conflito.
O clímax dessa parte da aventura se deu
no conflito contra Garret Caolho, mas a
história continua e esses Goblins estão
aqui para essa continuidade.
Se não forem mortos, eles irão ocupar
o local novamente, mas tratarão os aventureiros
como aliados a partir de então.
Isso enriquece o mundo e preenche a história com
as consequências das decisões dos jogadores.
- Beholder TV
O que vem a seguir?
Antes de avançar para a próxima parte da aventura, é impor-
tante dar uma conclusão aos assuntos em aberto desta parte.
De Volta para Syr
Os aventureiros, assim como Ulgrim e Infrea, podem usar os
barcos na Caverna Secreta para voltarem para Syr.
Ao retornarem, eles sabem que Vrum estará aguardando na
Taverna Baba de Cachorro com sua metade do mapa, assim
como Lisbeth.
20
Os Prisioneiros
Ambos os prisioneiros ficarão muito gratos pelas suas vidas,
mas possuem suas jornadas pessoais e não vão acompanhar o
grupo o tempo todo.
Ulgrim vai voltar para Syr e reorganizar sua vida em sua forja
após a perda da esposa Grinalda. Contudo, ele se compromete
em dar prioridade e descontos de 25% em todos os serviços e
produtos de forja para os aventureiros.
Infrea vai voltar para seu casebre pantanoso na região para cui-
dar de suas amadas plantas e fungos, dando as direções de sua
morada para os aventureiros. Contudo, ela se compromete em
dar prioridade e descontos de 25% em todas as poções que
souber fazer para os aventureiros.
Reportando à Lisbeth
Ao retornarem, Lisbeth saudará eles com orgulho, deixando
que descansem enquanto contam suas experiências em uma
noite de bebedeira.
Ela entrega o pagamento (25 PO para cada) aos personagens
e acerta o próximo passo do grupo. Agora, com o mapa com-
pleto, a viagem para a Ilha da Neblina é possível e eles podem
partir em busca do irmão desaparecido de Vrum e do bracelete
que foi pedido ao clã.
Além disso, também dará recomendações para que se preparem
para a próxima parte de sua jornada, adquirindo equipamentos
de aventura, armas, poções e o que mais puderem pagar.
A próxima etapa da aventura acontece na Ilha da Neblina. Com
o mapa completo, podem contar com Vrum — que está em-
polgado em receber ajuda dos aventureiros — para enfrentar
o mar, investigar os tais desaparecimentos, buscar tesouros e
perseguir suas missões pessoais.
Essa é a primeira vez em que os aven-
tureiros estarão livres para andar pelas
ruas de Syr.
Narrar uma cidade movimentada é
diferente de uma fortaleza isolada, mas
para garantir que você terá tudo o que é
preciso para isso, consulte o Apêndice: Syr, O Porto
das Lâminas com as descrições e ambientação da
cidade.
Quando você ou seus jogadores estiverem satisfei-
tos com o tempo livre explorando a cidade, avance
para a próxima parte da campanha.
- Tio Gruntar
 Capítulo 2
A Ilha da Neblina
H
á alguns séculos, a Ilha da Neblina, conhecida pela tê-
nue neblina que a cerca e pelos bancos de areia e recifes
de corais que dificultam a navegação, foi inicialmente
ocupada por exploradores e piratas que buscavam um local
tranquilo e discreto dos grandes reinos para descansar ou es-
conder seus tesouros.
Em pouco tempo, os pequenos assentamentos começaram a se
tornar lugarejos, postos avançados e redutos religiosos.
Nos anos mais recentes, uma sucessão de eventos causados
pelo Suserano da Corrupção, Krezzax, têm assolado a Ilha. A
neblina se intensificou, a geografia sofreu deformações mági-
cas, assentamentos foram reduzidos a ruínas e maldições as-
solaram a região.
Entre essas maldições, uma onda de mutações tomou os assen-
tamentos que foram ficando cada vez mais isolados. Contudo,
os planos do arcano permanecem secretos e acredita-se até
hoje que esses eventos são resultado de alguma epidemia ou
maldição que se espalhou pela ilha.
Ainda existem alguns pontos de interesse espalhados pela Ilha,
como as ruínas do Monastério Narati e o vilarejo de Byrk.
Byrk, nome dado à vila pelo seu primeiro fundador, é o único
assentamento que ainda resiste à presença da tal doença ou
maldição de tantos anos. Ainda sem uma resposta ou solução,
os moradores foram se adaptando às condições causadas pela
misteriosa mutação com o passar dos anos.
Essas mutações ocasionam a gradual transformação dos habi-
tantes da Ilha em animais antropomorfizados, alterando traços
em seus corpos e acrescentando comportamentos animalescos
em suas mentes.
Desde traços sutis como olhos em fenda e presas até corpos
inteiramente cobertos de pêlos, vários habitantes de Byrk car-
regam aparências de caninos, felinos, aves, ursos, entre outras
feras.
A estrutura da vila passou a ganhar reformas relacionadas
com os novos traços animalescos de seus habitantes. Portas
maiores, poleiros e diferentes tamanhos de móveis são alguns
exemplos.
Mistério na Ilha da Neblina
Viagem até a Ilha da
Neblina
Quando os aventureiros estiverem prontos, Vrum irá guiá-los
até seu barco que estará preparado para levá-los até a Ilha da
Neblina.
Com o mapa completo, a navegação pelas águas da região é
tranquila, desviando pelos bancos de areia e dos perigosos re-
cifes de corais.
A viagem demora 12 horas. Na metade da jornada, vai se
criando um clima terrível, com ventos fortes e chuva. Leia a
caixa de texto a seguir:
21
 “Apesar do clima terrível, Vrum consegue apontar
Mistério na Ilha da Neblina
para a silhueta de uma embarcação em destroços
que começa a passar em paralelo ao barco de
vocês.
A distância não deve ser maior do que 9 metros,
mas é suficiente para ver uma figura humanoide
acenando com os braços em meio aos destroços. É
provável que esteja gritando por socorro, mas sua
voz é abafada pela tempestade, restando apenas
murmúrios.”
Os aventureiros podem bolar um plano para resgatar o náufra-
go, utilizando as mais variadas perícias.
Cada grupo tentará salvar o náufrago de
uma forma diferente. Nadando até ele,
jogando cordas, etc. Você, inclusive, pode
propor exemplos para os jogadores.
Cabe ao narrador avaliar e pedir um
teste da perícia mais condizente com a proposta
do jogador (Atletismo, Acrobacia, entre outras). De
qualquer forma, mantenha a mente aberta para
soluções alternativas e criativas usando magias,
habilidades de classe ou itens.
Se for o caso de pedir um teste, o narrador
precisará improvisar uma CD para o teste.
Lembre-se de que no Manual de Regras há a
recomendação de como determinar as CD, mas
reforçamos aqui que:
• CD 10 é um teste Fácil.
• CD 15 é um teste Moderado.
• CD 20 é um teste Difícil.
- Beholder TV
Se for resgatado, leia o trecho a seguir:
“O náufrago se trata de um tiferino de pele roxa,
com chifres encaracolados e olhos lilases. Reto-
mando o fôlego, ele acaricia seu anel em formato
de meia-lua e diz:
— Obrigado por me resgatarem! Me chamo La-
fken! Estava tentando chegar em Syr, mas assim
que venci os corais, aquele PEIXE MONSTRUO-
SO destruiu meu barco!”
Ao fim da viagem, os personagens alcançam a Ilha da Neblina.
22
Quem é Lafken?
O Suserano da Corrupção, Krezzax, utiliza muitas co-
baias para os seus experimentos e, para isso, precisa de
um ajudante facilmente manipulável. Lafken é esse aju-
dante.
O marinheiro sequestrou diversas pessoas na Ilha, po-
rém com número de habitantes cada vez menor, optou
por raptar novas vítimas em Syr ao invés de seus amigos
e parentes.
Querendo manter suas verdadeiras motivações em se-
gredo, usa das seguintes informações:
Lafken não viu todos os detalhes, mas ele tem cer-
teza de que foi atacado pelo Pacumã do Bico Ro-
xoU, um peixe gigantesco, maior do que o bote em
que ele estava. A criatura tem bico roxo, placas ós-
seas da cabeça até o rabo e uma força assustadora.
Ele é do vilarejo de Byrk e atua como barqueiro,
indo e vindo de Syr para adquirir coisas que a Ilha
não tem. A vila ficará feliz em receber aventurei-
ros que resolvam as dificuldades pelas quais ela
está passando. Além disso, ele pode dar as infor-
mações gerais sobre Byrk.
Desde que a maldição se instaurou, o número de
pessoas novas é quase inexistente. Se pergunta-
rem, ele descreve a maldição das mutações.
Caso os aventureiros digam algo sobre a investiga-
ção dos desaparecimentos, Lafken se mostra inco-
modado. Se questionado, aponta que é um assunto
complicado em Byrk, pois muitos entes queridos
sumiram. Ele prefere usar meias-palavras do que
mentir.
É importante reforçar que Lafken não está feliz em ser-
vir a Krezzax, mas se os aventureiros não derem conta
de se livrar do arcano, poderão ser vítimas para serem
entregues como cobaias no lugar de pessoas próximas.
A Ilha da Neblina
Leia ou parafraseie a caixa de texto a seguir:
“Na última hora de viagem, a chuva dá lugar
a um nevoeiro denso o bastante para ser quase
palpável. Ao finalmente cruzarem-no, uma praia
branca surge, tendo ao fundo árvores tropicais
como coqueiros, além de uma relva densa e úmida
de um verde intenso.
Algumas passarelas de madeira saem da praia e
ganham o mar, mas os poucos barcos pesqueiros
não estão no mar, mas abandonados na praia.”
O plano de Vrum é ir até a Vila de Byrk perguntar pelo irmão.
Na praia está Erieth, um humano alto e forte, de voz grave,
com o braço esquerdo de pelagem rajada e garras, semelhante
ao de um tigre. Ele carrega consigo uma espada com um deta-
lhe de meia-lua no pomo.
Ele é parceiro de Lafken nos sequestros e sabe tudo o que ma-
rinheiro sabe, assumindo a função de conseguir cobaias caso o
tiferino não seja resgatado do naufrágio.
Se os aventureiros estiverem acompanhados por Lafken, Erieth
os acolherá e os guiará até a Vila de Byrk. Mesmo sem Lafken,
ele receberá os aventureiros de braços abertos, pois os vê como
potenciais cobaias para Krezzax.
“- Vocês deram sorte de sobreviver à monstruosi-
dade que ronda essas águas! Meu companheiro
Lafken, que vai e volta de Syr, vive falando da
praga que é o Pacumã do Bico RoxoU, um peixe
gigante que destrói os barcos!”
No caminho para Byrk, se algum jogador estiver jogando com
a ficha de Feiticeiro, leia o box abaixo referente a Orbe do
Flagelo MísticoU.
O Pacumã do Bico Roxo faz parte da mis-
são pessoal do Bárbaro.
Ao ouvir sobre esse peixe gigante e bes-
tial, leia:
- Esta besta marinha pode ser a criatu-
ra que você busca derrotar! Seu coração acelera e
suas mãos tremem para pegar em armas!
A Orbe do Flagelo Místico faz parte da missão
pessoal do Feiticeiro.
No caminho para Byrk, leia:
— A Orbe que você carrega ressoa entre seus
pertences. Ela vibra, como se estivesse ansiosa
para se tornar completa…
- Colosimus
A Neblina
Toda a névoa que permeia a ilha não é apenas um elemento
estético. Apesar dos moradores locais já estarem acostuma-
dos, principalmente por serem descendentes de bucaneiros e
exploradores que procuravam por um local discreto, a neblina
trás alguns incômodos: ela fornece Vantagem para testes de
Destreza (Furtividade) e Desvantagem para testes de Sabedo-
ria (Percepção) que dependem da visão.
No centro da ilha, a neblina fica extremamente densa, sendo
obviamente sobrenatural. Além dos efeitos descritos anterior-
mente, qualquer caminhada dentro dessa região, sem portar
a Lanterna da Revelação, faz com que o aventureiro vague a
esmo por horas até sair em qualquer outro ponto próximo de
onde entrou.
A Lanterna da Revelação é um item mágico especial que será
encontrado pelos aventureiros no Capítulo 3 desta campanha.
A Vila de Byrk
Ao finalmente chegarem na vila, leia a caixa de texto a seguir:
“Assim que vocês deixam a praia e caminham por
alguns minutos selva adentro, chegam à estrutura
fortificada que demarca os limites de Byrk. Há
uma paliçada bem mantida e piras posicionadas
no topo de torres de madeira, que servem para
orientar aqueles que se afastam do local.
Assim que chegam, os aventureiros são recebidos
pelos moradores com olhares desconfiados. Vocês
se espantam pela grande pluralidade de aparên-
cias e formas dos residentes.
Muitos possuem mutações que vão desde traços
sutis como olhos em fenda e presas, até corpos
inteiramente cobertos de pêlos, traços estes que
remetem à aparências de caninos, felinos, aves,
ursos, entre outras feras.
A arquitetura do lugarejo foi adaptada para as
mutações dos moradores conforme suas diferentes
necessidades. As portas e janelas possuem diver-
sos tamanhos e formatos, assim como as próprias
casas, que variam de baixas estruturas de madeira
até largas paredes de pedra.”
Mistério na Ilha da Neblina
Quase de imediato, Vrum se manifesta:
“- Finalmente, Byrk! Hora de começar a pergun-
tar onde o Trum foi parar e o melhor lugar pra
isso é a taverna!”
Lafken ou Erieth podem apontar a direção da taverna, mas não
seguirão com o grupo a partir daqui.
23
 Taverna da Arara
Mistério na Ilha da Neblina
Careca
Ao chegarem nesta taverna, leia o texto a seguir:
“Pintada na placa sem nome está uma enorme
arara careca bebendo uma espumante cerveja
verde sobre um caneco.
O prédio é um pouco maior do que uma casa
comum. Madeira, cerâmica e muitos tecidos colo-
ridos se espalham por toda a estrutura receptiva.
Assim que vocês colocam o pé para dentro, uma
draconata azul, trajada como uma taverneira,
grita do balcão:
- VISITANTES! Sejam bem-vindos! Puxem uma
cadeira e sentem-se! Eu já vou servir vocês!”
Esta é Azuraliz, a taverneira de Byrk há anos e esposa de Erie-
th. Além de possuir todas as informações descritas em “Co-
nhecendo Byrk”, ela também sabe:
Ela conheceu Trum e sabe que ele estava fazendo favo-
res para o prefeito Mill Bandoald.
Ela sabe que o prefeito Mill foi investigar algo no in-
terior da ilha um dia antes, mas não sabe de outros
detalhes.
Trum sumiu muito antes do prefeito partir. Pelo que se
lembra, já fazem algumas semanas.
Antes de Trum, o único visitante que recebemos em
muito tempo foi um humano chamado Gelder NavarU.
Ela sabe apontar onde ele reside. Ele precisa da ajuda
de aventureiros e está disposto a pagar por ela.
A monstruosidade mais perigosa da Ilha é o Pacumã
do Bico RoxoU. Em suas investidas contra as embarca-
ções, tornou a pesca quase impossível, matando o que
restou da atividade turística da região. Azuraliz passa
essa informação, independentemente do interesse dos
aventureiros, pois ela pedirá a pesca da criatura como
uma missão secundária.
Gelder Navar faz parte da missão pessoal
do Ladino.
Ao ouvir esse nome, leia:
— Quando a taberneira termina de falar
esse nome, o pedido da Guilda dos Recuperadores
vem à sua mente. Essa é a sua primeira pista para
descobrir o mistério de Gelder Navar!
O Pacumã do Bico Roxo faz parte da missão pessoal
do Bárbaro.
— Enquanto a Azuraliz descreve a poderosa fera,
uma certeza preenche sua mente: esta criatura é
um oponente à altura de seus antepassados!
- Colosimus
24
Essa parte da campanha é diferente do
que tivemos até então.
A missão principal (a busca pelos de-
saparecidos) ainda será abordada, mas
esse é um momento de “espaço aberto”
para explorarem missões pessoais, missões
secundárias, conhecerem PDMs, enfrentar
oponentes não-relacionados com a trama central,
entre outras coisas.
Isso é o que chamamos de “sandbox”.
Nesse modo de jogo, você deverá apresentar aos
jogadores as diversas missões a seguir, não
necessariamente todas elas, muito menos na ordem
apresentada no texto.
Cabe ao narrador, conforme o estilo de jogo de sua
mesa, selecionar as mais interessantes e, aos
jogadores, cumprirem as que parecerem
importantes.
Para evitar que os jogadores se sintam perdidos,
sem uma missão clara, o narrador pode fazer com
que os PDMs informem as missões secundárias a
seguir de forma mais ativa, abordando-os e
pedindo ajuda.
As missões secundárias são importantes, tanto
para que os personagens ganhem mais experiência,
quanto para ambientar o mundo, dando vida a vila,
além de recompensas como itens e tesouros.
Caso você sinta que o jogo tenha perdido sua flui-
dez, sinta-se à vontade para trazer o prefeito de
volta para a vila a qualquer momento, dando
sequência à missão principal da história. Contudo,
evite fazer isso muito cedo, pois é importante
que os jogadores criem conexões com as
pessoas da vila.
- Beholder TV
PDMs Importantes e
Missões em Byrk
Uma vez que os aventureiros tenham lidado com Azuraliz na
taverna, resta esperar a chegada do prefeito Mill para darem
sequência a missão principal.
Nesse meio tempo, os aventureiros podem se deparar com
PDMs importantes que fornecem missões secundárias.
Por se tratar de um momento singular na aventura, o ritmo de
evolução dos personagens deve ser mais dinâmico neste ponto.
Caso eles explorem a vila de Byrk e participem de seus even-
tos, é interessante que atinjam o nível 3 antes do término do
capítulo (geralmente, 3 ou 4 eventos desta parte são suficientes
para esta evolução).
No entanto, se achar que os aventureiros não se engajaram tan-
to com as missões de Byrk, esta evolução pode ser reservada
para o final do capítulo.
 A Busca do Cálice Sagrado
Gelder Navar, um humano ladino aposentado que busca um
item chamado Cálice da Mácula Divina, contratou vários aven-
tureiros para encontrá-lo. Como ninguém conseguiu, ele mes-
mo foi atrás, indo parar na Ilha de Byrk. Quando encontrar
aventureiros no local, irá contratá-los para procurar o artefato
enquanto descansa, pois não é mais o mesmo ladino que era
antes.
Dança com Lobos
Claris Feer, a boticária com mutações de raposa, precisa ur-
gentemente de ajuda: homens animalescos com mutações de
lobo estão destruindo seu empório de poções.
Fungos Fantásticos
A jovem May Roroy, Clériga da Vida com mutações felinas,
precisa de mais cogumelos para produzir medicamentos, pois
os feridos e doentes na vila só aumentam.
Irmã Ursa
Depois de ser transformada em urso, a ferreira anã Úrsula per-
deu a vontade de forjar. Seu irmão e aprendiz acredita que ela
possa voltar a trabalhar se os aventureiros conseguirem encon-
trar um raro metal na ilha.
Peixe Grande
Azuraliz está disposta a dar recompensas para quem conseguir
pescar o Pacumã do Bico Roxo e livrar a costa de Byrk dessa
monstruosidade.
Tesouro de uma Paixão
Jay Danridnya, responsável pelo Armazém de Byrk, precisa
de uma escolta para reaver um tesouro que ela escondeu, na
esperança de fugir com uma antiga paixão. Ela precisa ser
protegida das ameaças da ilha enquanto retoma seus pertences
enterrados.
Cara, Cadê meu Filho?
Mintz, um humano, aborda os aventureiros pedindo ajuda para
encontrar um dos órfãos que ficam sob seus cuidados.
Caverna dos Traidores
Rastros facilmente perceptíveis apontam para a caverna que
Lafken e Erieth usam no transporte dos sequestrados. Quando
o grupo de aventureiros estiver retornando de uma das mis-
sões secundárias “Fungos Fantásticos”, “Peixe Grande”,
“Tesouro de uma Paixão” ou “Irmã Ursa” (à escolha do
narrador), eles se deparam com esses rastros e podem investi-
gar a caverna.
Usando o Mapa da Ilha
Neste capítulo, os aventureiros viajarão de um Ponto de Inte-
resse a outro no “Mapa da Ilha da Neblina”.
Para realizar essas viagens, o narrador pode usar o “Marca-Pá-
gina de Viagem” ou assumir valores do tempo de viagem de
um ponto a outro, como preferir, para seus jogadores.
Encontros Aleatórios
O mundo é um lugar perigoso e viajar pela Ilha da Neblina
não é uma tarefa segura. Os aventureiros podem encontrar aci-
dentes geográficos, armadilhas naturais ou criaturas perigosas
durante seu trajeto pela ilha.
Encontros Aleatórios podem ser um desa-
fio para o narrador devido a sua natureza
imprevisível.
Se a ideia de improvisar os encontros
aleatórios e deixar nas mãos dos dados
for assustador para você, é recomendado
que prepare as cenas aleatórias antecipadamente.
Com a preparação feita, você só precisará rolar os
dados para determinar se o encontro acontece ou
não.
Se o mesmo encontro aleatório for rolado repetidas
vezes, a experiência pode ficar massante.
Evite cenas repetitivas, rolando novamente ou
determinando que nada acontece.
Outra solução é simplesmente não realizar
encontros aleatórios.
- Tio Gruntar
Tabela de Clima
1D4 Clima
1 Calor Abafado
2 Céu Limpo
3 Garoa Gelada
4 Tempestade Tropical
Calor Abafado
A umidade intensa resulta em um clima muito mais quente.
Testes de Salvaguarda de Constituição CD 10 são necessários
para personagens desprotegidos desse calor (usando muitas
vestimentas ou armadura). Se falhar, o personagem fica muito
enjoado e com tonturas, como na condição Envenenado. Se
Mistério na Ilha da Neblina
bem-sucedido, não precisa fazer novos testes até acabar um
descanso longo.
Céu Limpo
Clima ameno e agradável, tropical e fresco.
Garoa Gelada
Chuva fina, mas muito fria, somada a brisa gélida e a umidade.
Testes de Salvaguarda de Constituição CD 10 são necessários
para personagens desprotegidos desse frio (usando menos do
que uma camada de vestimentas). Em caso de falha, o perso-
nagem sofre 1 ponto de dano de frio. Se bem-sucedido, não
precisa fazer novos testes até acabar um descanso longo.
Tempestade Tropical
Chuva pesada acompanhada de vento intenso, relâmpagos e
trovões. Testes de Sabedoria (Percepção) e ataques à distância
sofrem Desvantagem.
25
 Tabela de Encontros Fissura
Mistério na Ilha da Neblina

Enquanto andam por um caminho traiçoeiro, os aventureiros

A cada dia de viagem através da ilha, role 1d20 na tabela podem cair em fissuras naturais ocultas por vinhas, troncos e
abaixo. raízes. A queda causa 10 (3d6) pontos de dano contundente.
Um teste de Sabedoria (Percepção ou Sobrevivência) CD 12
nota a fissura.
1D20 Encontros Aleatórios
1-13 Sem Encontro
Tesouro
Em seu caminhar pela Ilha, os aventureiros notam um “X”
Terreno (role uma vez na tabela de entalhado em uma árvore e um pequeno amontoado de terra
14-15 próximo. Sendo bem-sucedidos em um teste de Força (Atletis-
Encontros de Terreno)
mo) CD 15 para cavar o local, encontram um antigo baú de te-
Uma ou mais criaturas (role uma vez souro pirata. O baú possui 30 PO e 2 poções (1 poção de cura,
16-17 na tabela de Encontros de Criaturas) 2d4+2, e 1 poção de renovação mágica menor que restaura um
Encontro de terreno contendo uma espaço de magia de 1º ciclo). Se falharem no teste, quebram as
ou mais criaturas (role uma vez na ta- poções durante a escavação.
18-20 bela de Encontros de Terreno, depois
role uma vez na tabela de encontros Gases Naturais
de Criatura) Os personagens chegam em uma área onde fungos emitem ga-
ses naturais. Eles devem realizar uma Salvaguarda de Cons-
tituição CD 12. Se falharem, sofrem 1 nível de exaustão e 7
(2d6) pontos de dano de ácido. Se for bem-sucedido, o perso-
Encontros de Terreno nagem sofre apenas metade do dano.

A ilha contém grandes perigos e maravilhosos cenários. Re-

gras especiais são explicadas após a tabela.
Planta Carnívora
Sendo mais uma armadilha natural do que um monstro, esta
planta se oculta como um tecido vegetal sobre o solo da flores-
ta. Ao receber a mínima pressão, ela morde o pé de um aven-
1D20 Encontros de Terreno tureiro à escolha do narrador. A mordida causa 9 (2d8) pontos
1-2 Abrigo de dano de veneno e pode ser evitada com uma Salvaguarda
de Destreza CD 12. A planta pode ser percebida e identificada
3-4 Bolor Marrom com um teste de Inteligência (Natureza) ou Sabedoria (Sobre-
5-6 Córrego vivência) CD 15.
7-8 Fissura
9-10 Tesouro
Ponte de Corda
Uma ravina com 12 metros de largura e 6 metros de profun-
11-12 Gases Naturais didade corta através do caminho do grupo, dividido por uma
13-14 velha ponte de corda. A ponte só suporta duas criaturas mé-
Planta Carnívora dias, quatro pequenas ou uma grande por vez. A queda causa 7
15-16 Ponte de Corda (2d6) pontos de dano contundente. Um teste com ferramentas
de marcenaria ou Inteligência (Investigação) CD 15 nota a fra-
17-18 Ruínas gilidade da ponte e o limite de criaturas.
19-20 Sons Horríveis
Ruínas
Os aventureiros se deparam com uma ruína dos antigos ocu-
Abrigo pantes da ilha. Ao procurarem na área, encontram um esquele-
O grupo encontra uma caverna bem protegida e facilmente de- to vestindo uma Capa do Acrobata que concede +2 em testes
fendida. Eles encontram um Bracelete Mágico (role na Tabela de Acrobacia.
de Braceletes do Escudo do Mestre) perdido no abrigo e se os
personagens acamparem aqui, eles podem terminar um Des- Sons Horríveis
canso Longo sem problemas. Por horas, a viagem do grupo é atormentada por terríveis gri-
tos, gemidos e grunhidos incoerentes ecoando da densa nebli-
Bolor Marrom na no centro da ilha. Cada personagem deve ser bem-sucedido
em uma Salvaguarda de Sabedoria CD 11 (vantagens contra
Conforme os aventureiros passam por uma relva de mato alto, medo também se aplicam neste teste). Se falhar, o personagem
bolor marrom se prende aos pés de quem está na frente do gru- fica perturbado, sofrendo -2 em todas as rolagens de ataque e
po. Ele deve realizar uma Salvaguarda de Constituição CD 12, Salvaguardas. A penalidade dura até o fim de um Descanso
sofrendo 10 (2d10) pontos de dano de frio, ou metade desse Longo.
dano se obtiver sucesso. Um teste de Sabedoria (Percepção ou
Sobrevivência) CD 12 nota o bolor antecipadamente.

Córrego Encontros de Criaturas

Uma via fluvial com 6 metros de largura corta o caminho do
grupo. O córrego é raso e pode ser facilmente atravessado, e os
personagens podem beber água fresca e renovar seus estoques
de água. Animais aquáticos e mamíferos frequentam o cór-
rego. Qualquer tentativa de encontrar comida nesta área têm
Vantagem.
26
Mantenha a força do grupo em mente quando estiver crian-
do estes encontros e permita que os personagens recuem ou
evitem um encontro que seja um desafio muito grande. Além
disso, sinta-se livre para equilibrar os encontros de acordo com
o desempenho dos aventureiros. Se o grupo estiver muito for-
te, aumente o número de criaturas. Para um grupo mais fraco,
diminua.
 1D20 Encontros de Criaturas
Corpo em Decomposição
Um corpo humanoide está empalado no tronco de uma árvore
1-2 Javali Gigante por um enorme chifre quebrado. Os jogadores encontram uma
3-4 Cão da Morte (2 criaturas) poção de cura maior (4d4+4) no corpo.
5-6 Carniçal (2 criaturas) Enxame de Insetos
7-8 Cobra Constritora Gigante Um zumbido quase ensurdecedor é seguido por duas nuvens
9-10 Corpo em Decomposição de insetos peçonhentos que brevemente escurecem o céu e
voam na direção dos aventureiros (pág. 73).
11-12 Enxame de Insetos (2 enxames)
13-14 Ankheg Ankheg
15-16 Monstro da Ferrugem (2 criaturas) Emergindo subitamente do chão, um insetóide com um chia-
do estridente avança sobre o grupo com poderosas mandíbulas
17-18 Vespa Gigante (4 criaturas) pingando ácido (pág. 74).
19-20 Zumbi (4 criaturas)
Monstro da Ferrugem
Duas estranhas criaturas com grandes antenas próximas as
Javali Gigante suas mandíbulas, saem do meio dos arbustos e correm na dire-
ção dos jogadores estalando suas presas (pág. 74).
Um grunhido selvagem ecoa da floresta enquanto uma criatura
peluda investe na direção do grupo (pág. 72).
Vespa Gigante
Cão da Morte Pousadas sobre rochas próximas, quatro enormes insetóides
Rosnados raivosos se aproximam do grupo, revelando duas levantam voo e se preparam para defender seu território (pág.
criaturas que são uma espécie de cão com duas cabeças. Seus 73).
olhos vermelhos brilham enquanto eles atacam o grupo (pág.
73). Zumbi
Carniçal As folhagens próximas balançam abruptamente quando quatro
Do meio da névoa surgem duas grotescas criaturas. Elas são corpos humanóides em decomposição se revelam. Suas formas
esguias e esbranquiçadas, com olhos famintos e assassinos decadentes estão vestidas como piratas e murmurando, avan-
(pág. 73). çam na direção do grupo (pág. 74).

Cobra Constritora Gigante

Enrolada em um galho, do alto de uma árvore, uma grande
cobra escondida pendula sua musculosa cauda como um anzol
para tentar enroscar e constringir um aventureiro (pág. 73).

Mistério na Ilha da Neblina

27
28
Mistério na Ilha da Neblina

A Busca do Cálice
Sagrado
Os jogadores podem encontrar Gelder Navar Residindo em
uma cabana em Byrk. Ao chegarem no local, leia:
“A cabana à sua frente parece bem mantida. Ao
baterem na porta, vocês sentem o encarar de olhos
vindos da janela, seguido de um questionamento:
- Quem está aí!? Quem são vocês!?”
Quando Gelder entender que se trata de um grupo de aven-
tureiros, ele mudará a abordagem desconfiada para uma mais
receptiva, abrindo a porta e colocando eles para dentro.
“Vocês veem um humano magricela, com não
mais do que 70 anos, abrindo um matreiro sorriso
em sua cara enrugada de nariz pontudo. Suas
roupas entregam que possui algum ouro e seus
gestos vendem a imagem de um negociador. De
braços abertos, ele diz:
- Amigos! Amigos! Sejam bem-vindos! Entrem
aqui, por favor!”
Gelder precisa de um grupo de aventureiros para recuperar um
artefato que busca há muito tempo e suas pistas mais recentes
apontaram para a densa névoa da Ilha da Neblina.
Ele fala para os jogadores que “é apenas um velho mercante”
e está atrás de uma relíquia de família: o cálice dourado de seu
falecido avô.
Graças ao uso de uma magia divinatória, Gelder conseguiu a
seguinte profecia:
“Sob a densa névoa do usurpador,
entre as paredes de uma torre maldita,
o cálice que era do avô,
Artefato de sua família.”
Ele já estudou essas palavras e todas as fontes que consultou
apontaram para a montanha enevoada no centro da ilha.
Apesar de contar essa história, Gelder sabe que o tal cálice
se trata de um poderoso artefato chamado Cálice da Mácula
Divina e não tem nada a ver com seu avô.
Se os aventureiros desconfiarem da história de Gelder, enche-
rem ele de perguntas, não quiserem fazer a missão ou forem
bem-sucedidos em um teste de Sabedoria (Intuição) CD 20,
percebem que a história está “mal contada”.
Gelder revela então a real natureza do artefato e profecia:
“Sob a densa névoa do usurpador,
entre as paredes de uma torre maldita,
o cálice que busca anuncia a dor,
Artefato da mácula divina.”
A Localização do Cálice
O Cálice da Mácula Divina está localizado no laboratório da
torre de Krezzax, no Capítulo 4 desta campanha.
Recompensas
Como recompensa, Gelder promete dar um Anel de Proteção
+1 e 200 PO.
Gelder Navar faz parte da missão pes-
soal do Ladino e se ele estiver no grupo,
considere as seguintes mudanças nesta
missão.
Quando for questionado sobre sua
relação com a Guilda dos Recuperadores e sua su-
posta “traição”, ele se defenderá imediatamente:
- Não, não! Calma aí! Traição? Como assim traição?
O objeto que eu tinha que recuperar ainda tá comi-
go, mas não deu tempo de entregar! Tô preso aqui,
pô! Tem o peixão lá no mar e tudo mais!
Ele apresenta um anel (o mesmo que ele promete
como recompensa para a missão do cálice).
Ele também se compromete a acompanhar o Ladino
até a Guilda dos Recuperadores para se explicar,
mas só depois que recuperarem o cálice.
- Colosimus
Mistério na Ilha da Neblina
Nem sempre os jogadores vão confiar nos
personagens que encontrarem nas aven-
turas, podendo assumir posturas inespe-
radas ou agressivas que induzam a um
combate não previsto.
É importante que você, sendo o narrador,
não se sinta incomodado com os jogadores
tomando atitudes que você não previa.
Sinta-se confortável para improvisar a cena e
desenvolvê-la da forma mais divertida
possível.
No caso de Gelder, por exemplo, se for
atacado, ele foge usando suas habilidades de
ladino experiente e pede ajuda pela vila
usando de sua lábia.
- Tio Gruntar
29

Dança com Lobos
Mistério na Ilha da Neblina
Enquanto estiverem passando perto do Empório da Raposa,
os aventureiros veem um grupo de humanos com mutações
lupinas atacando o local. Leia o trecho a seguir:
“Um grupo de habitantes de Byrk, tomados por
selvageria e com mutações lupinas como
garras e presas, está destruindo uma pequena
loja com tendas coloridas e prateleiras cheias
de poções e outras quinquilharias.
Há alguns metros da confusão, uma humana
com mutações de raposa, trajada com vestido e
avental, grita por ajuda.
- Estão destruindo as minhas coisas! Por favor,
me ajudem!”
Esse grupo de 4 “lupinos” (Pág. 74) tiveram seus corpos e
mentes tomados pela natureza animalesca da maldição. Nem
sequer se lembram de quando eram humanos.
Assim que os aventureiros lidarem com eles, Claris Feer se
mostrará muito grata, até mesmo chorando e abraçando os ob-
jetos que sobreviveram de seu empório.
Recompensas
Claris Feer reúne duas poções que sobreviveram ao ataque e
entrega aos aventureiros como recompensa, com grandes olhos
chorosos, esperando que seja o suficiente:
1 antídoto (remove a condição Envenenado).
1 poção revigorante (remove 1 nível de exaustão).
Todas as poções para os aventureiros custarão meta-
de do preço.
Comprando e Vendendo no Empório
Um dia após o ataque, Claris Feer é capaz de reerguer seu em-
pório, voltando aos negócios.
30
Os aventureiros podem comprar qualquer quinquilharia, ingre-
diente e ferramenta relacionada a alquimia ou herbalismo que
custe no máximo 5 PO.
Além disso, podem comprar poções de cura (50 PO), antídotos
(50 PO) e poções revigorantes (50 PO). Por semana, ela só
consegue produzir duas de cada e não produz sobressalentes
enquanto não vender.
Fungos Fantásticos
Leia a caixa de texto a seguir:
“Ao se aproximarem do Templo da Vida de Byrk,
vocês veem uma grande estrutura retangular de
pavimento único, com muitas janelas e leitos,
rodeada por um belo jardim.
Vocês escutam os gemidos de um grande número
de pacientes. A clériga local limpa os ferimentos
e conjura milagres sobre os doentes e feridos.
Sob as vestes brancas que combinam com a
pintura do local, é possível ver mutações felinas
como orelhas e cauda. Apesar de estar
obviamente exausta, ela recebe vocês com um
sorriso.”
May Roroy é uma Meio-Elfa, nativa da vila, e a única curan-
deira ainda viva no momento.
Durante esse encontro, ela requisita aos aventureiros que aju-
dem-na em uma tarefa de suma importância: May precisa de
Cogumelos do Sol, grandes e raros, para produzir medicamen-
tos que usa nos tratamentos dos feridos e doentes da vila.
Com o número de feridos aumentando graças a maldição, ela
não tem mais tempo para ir atrás deles e precisa de ajuda. Ela
descreve os Cogumelos do Sol em detalhes (grandes como
maçãs, com chapéus dourados sempre voltados para o sol) e
explica que eles não nascem em um local específico, podendo
ser encontrados durante qualquer exploração da ilha.
Os aventureiros podem fazer, duas vezes por dia, testes de Sa-
bedoria (Sobrevivência) ou Inteligência (Natureza) CD 15. Se
forem bem-sucedidos, encontram e recolhem 1 cogumelo. Ao
recolherem 3 cogumelos, podem retornar para May Roroy.
Não se esqueça de lembrar os jogadores de que eles precisam
estar ativamente procurando os Cogumelos do Sol.
Recompensas
Em troca dos Cogumelos do Sol, apesar de muito ocupada,
May oferece seus serviços como clériga:
Ela pode curar 2d8+2 PV em todos os aventureiros.
Ela pode remover uma maldição.
Ela pode remover uma doença ou uma condição de
cegueira, envenenamento, paralisia ou surdez.
Os aventureiros só podem usufruir de uma das opções acima e
apenas uma vez por dia.
 Se for pedido a clériga May para remo-
ver a maldição do item Butim do Tolo, ela
informará que o caso o faça, eliminará
também os benefícios dados pelo item.
Além disso, May não é capaz de remover a maldição
das mutações na ilha.
- Beholder TV
Caverna do Lamento
Ao chegarem na caverna, leia a caixa de texto a seguir:
“A caverna tem uma entrada tortuosa, parecendo
com uma grande bocarra com estalactites e
estalagmites como dentes. A cada
rajada de vento que passa pela entrada, um som
lamuriante ecoa.”

Irmã Ursa
Leia a caixa de texto a seguir:
Este túnel continua em uma descida íngreme na diagonal até
atingir o fundo, 30 metros abaixo da superfície, e terminar em
uma caverna de 15 metros de raio.

“Erguida em pedra e metal, esta estrutura mais Pequenas Estalactites

parece um iglu cinzento com uma dezena de
metros de raio do que uma moradia da vila. A
entrada, uma grande porta dupla, está sob uma
enorme placa no topo do batente com a frase
“Forja da Úrsula”. Ao lado, se ergue uma
chaminé que cospe fumaça.
Vibrações muito intensas na caverna, como um combate, fa-
zem algumas pequenas estalactites caírem na área.
Uma vez por rodada, uma estalactite cai, causando 4 (1d8)
pontos de dano perfurante em um aventureiro que esteja lu-
tando nesta área. Salvaguarda de Destreza CD 13 evita o dano.

Ao cruzarem as portas e ouvirem o som de um Rochas de Rubrinite

sino grave ecoar pelo local, vocês se veem em
uma caverna cinzenta, cheia de prateleiras e
mesas expondo suprimentos à venda.
Atrás do balcão, uma ursa marrom apoiada em
duas patas está inclinada e visivelmente desani-
mada enquanto recebe vocês.”
A caverna se trata do ninho contendo 4 Mantos Sinistros(Pág.
73), camuflados e preparados para atacar os aventureiros as-
sim que eles botarem os pés no fundo da caverna, onde está a
jazida de Rubrinite.
Após vencê-los, os aventureiros conseguem extrair o minério
de um grande veio localizado nas paredes da caverna.

Gohrar IatomealU, mais conhecida como Úrsula pelos locais,

é uma anã de Syr que estudou e se formou na academia Forja
de Mãos e Mentes antes de ir viver aventuras pelos reinos.
Depois de se formar, foi para Byrk e se amigou do ancião Mill.
Não demorou muito para que a maldição começasse a afetá-la,
deixando-a com traços de urso e isso foi o suficiente para ape-
lidarem-na de Úrsula.
Recompensas
Com a entrega do minério, Úrsula ficará empolgada com o
novo desafio e passa a contar com Durkar para fazer o que ela
não consegue com suas patas. A chama foi acesa!
Após três dias, ela entrega a Cota de Talas de Rubrinite.

Completamente transformada pela maldição, ela conta com
Durkar, seu irmão mais novo e ainda não afetado pelas mu-
tações, para continuar forjando o básico para o dia a dia do
vilarejo.
Com o passar dos anos e as dificuldades trazidas por sua nova
forma, Úrsula perdeu a paixão pela arte da forja, sendo tomada
Cota de Talas de Rubrinite
Cota de Talas (CA 17) - Armadura pesada - Desvantagem na
furtividade
Especial: Todo o dano cortante, perfurante ou contundente que
o portador da armadura receber é reduzido em 2.

Mistério na Ilha da Neblina

por uma depressão profunda.

Durkar acredita que o trabalho cotidiano seja a causa da tris-

teza de sua irmã, e argumenta que um metal raro, chamado
Rubrinite, seja o suficiente para motivá-la e reacender essa
paixão.

Lendo os estudos de Úrsula, Durkar descobriu que havia uma

jazida de Rubrinite ao norte de Byrk, na Caverna do Lamento
(referência no mapa), e pede para que os aventureiros a recu-
perem.

Com esse metal em mãos, Durkar promete que Úrsula forjará

uma Cota de Talas de Rubrinite e a presenteará ao grupo..

31

Gohrar Iatomeal, conhecida como Úrsula,
Mistério na Ilha da Neblina
faz parte da missão pessoal do Bruxo e se
ele estiver no grupo, considere as seguin-
tes mudanças nesta missão.
Ao ouvir sobre essa habilidosa ferreira,
leia:
A voz sinistra e familiar de seu patrono inunda sua
mente: “Você alcançou o seu destino… Ela
forjará a adaga que eu exigi… Entregue os
materiais e ela saberá o que fazer…”
O patrono se refere ao Rubrinite e ao tecido dos
corpos dos Mantos Negros. Com os dois
ingredientes, Úrsula sentirá que sabe o que fazer,
como se fosse instintivo, concordando em forjar
a adaga como se fosse ideia dela. Ela entregará a
adaga do Bruxo, agora chamada de Presa Escarlate,
juntamente com a armadura.
No primeiro descanso longo após a posse da
adaga, o Bruxo tem um encontro onírico com seu
patrono. Leia:
Você se vê envolto em chamas, no alto de uma co-
lina fervente, com um enorme demônio oculto pelo
fogo em sua frente. Com um largo sorriso, ele se
mostra satisfeito: — Muito bem, lacaio… Você está
um passo mais perto de cumprir o nosso acordo…
Quando você acorda está coberto de suor e a adaga
desapareceu.
- Colosimus
Peixe Grande
O Pacumã do Bico Roxo é uma das grandes ameaças da Ilha
da Neblina. Sua presença nas águas salgadas e doces do local
prejudica a pesca e torna quase impossível a viagem para Syr.
Antes um simples peixe como qualquer outro nas águas da
Ilha, o Pacumã foi magicamente mutado e deformado pelos re-
síduos mágicos dos terríveis experimentos feitos por Krezzax,
o Suserano da Corrupção.
Em algum momento em que os aventureiros estiverem na ta-
verna, Azuraliz comenta sobre a monstruosidade e pede a aju-
da para eliminar a ameaça.
Leia a caixa de texto a seguir:
“- Pelo que ouvi falar, vocês já tiveram um
encontro com o nosso Pacumã! Acho que está
na hora dessa criatura parar de atormentar a
nossa vila! O que vocês me dizem!? Eu acho que
sei como pescá-la!”
Azuraliz explica para os aventureiros que costuma cozinhar
um delicioso carneiro com fortes especiarias que Lafken traz
de Syr.
32
Nas idas e vindas da cidade grande, Lafken usa o carneiro
como isca, atirando-o na baía Espelho das Águas Doces. En-
quanto o Pacumã come o carneiro, Lafken aproveita para partir
e esta artimanha funcionava sempre.
Se concordarem, ela entregará o carneiro pronto no dia seguin-
te, com um enorme anzol feito por Durkar, aprendiz de Úrsula.
Se perguntarem sobre, ela explica que já planejavam pescar o
Pacumã há tempos, mas precisavam de aventureiros para isso.
O grupo pode usar o carneiro para atrair o Pacumã para o Es-
pelho das Águas Doces (legenda 2 no mapa). Por possuir águas
tranquilas, eles podem montar armadilhas ou usarem outras
ideias engenhosas no local para pescar o monstro.
Baía Espelho das Águas Doces
“Ao chegarem na baía, vocês sentem a brisa úmida
que balança lentamente suas águas cristalinas.
Árvores tropicais crescem ao redor, criando uma
miniatura de “paraíso tropical”. Apesar da visão
agradável, todos sentem um calafrio quando notam
uma sombra enorme na superfície da água do mar,
rente a entrada da baía.”
A continuidade da missão está nas mãos dos aventureiros. Eles
podem armar armadilhas ou pensar em outros planos engenho-
sos antes de atirar o delicioso carneiro na água.
Quando o fizerem, o Pacumã (Pág. 75) investirá na direção do
carneiro com violência, dando início a um combate ou a um
Desafio de Perícias.
Desafio de Perícias
Esse desafio é uma série de testes para a resolução de um
encontro (combates, armadilhas, perseguições ou outras
ameaças), resultando em uma sequência cinematográfi-
ca.
Durante essa mecânica, os aventureiros precisam ser
bem-sucedidos em três testes de perícia antes de acumu-
larem três falhas.
Cada teste representa uma etapa da pesca do Pacumã:
ETAPA 1 - Jogar a isca corretamente: É permi-
tido usar as perícias Percepção, Natureza ou So-
brevivência nesta etapa.
ETAPA 2: Fisgar o Pacumã: É permitido usar as
perícias Sobrevivência, Adestrar Animais e Pres-
tidigitação nesta etapa.
ETAPA 3: Puxar o Pacumã: É permitido usar
as perícias Atletismo, Acrobacia e Intuição.
Todos os testes devem ser feitos contra a CD 13.
Se os aventureiros falharem três vezes antes de alcan-
çarem três sucessos, o Pacumã come a isca e rompe a
corda, levando o anzol consigo.
Essas são apenas sugestões, mas os jogadores podem ter
outras ideias com o uso de Perícias diferentes. Contudo,
evite que a mesma Perícia seja usada três vezes durante
todo o desafio.
Com a aparição do Pacumã, leia a caixa de texto a seguir:

“Alguns segundos após arremessarem a isca,

vocês veem a enorme sombra se aproximando e
surgindo na superfície da água com violência,
jogando respingos para todas as direções.

O Pacumã é um peixe de corpo largo e

achatado, com escamas que se assemelham a
placas de pedra e com mais de sete metros de
comprimento. Seus grandes olhos vermelhos se
agitam caoticamente, enquanto seus bigodes
chicoteiam no ar!”

Recompensas
Azuraliz reúne 100 PO com a maioria dos habitantes do vila-
rejo para pagar os aventureiros.

Além disso, os aventureiros podem realizar um teste de Sabe-

doria (Percepção) CD 13 para perceberem um brilho vindo do
interior da boca da criatura. Se investigarem, encontrarão um
Bracelete de Raio Ardente.
Na missão do Peixe Grande, os jogadores
podem vencer o Pacumã do Bico Roxo em
combate ou sendo bem-sucedidos no
Desafio de Perícias.
Esse é um exemplo de soluções alter-
nativas para encontros e desafios. O
narrador pode escolher qual solução irá usar antes
da sessão ou pode perguntar aos jogadores qual
método eles preferem.
- Tio Gruntar
O Pacumã do Bico Roxo faz parte da
missão pessoal do Bárbaro. Ao vencer o
embate com a fera, leia:
- A enorme carcaça do Pacumã está à
sua frente. Você sente um orgulho enorme preen-
cher seu peito. Seus ancestrais estão satisfeitos. A
última coisa que falta é recolher uma prova de sua
conquista para eternizá-la!
Tesouro de uma paixão
Ao chegarem no Armazém da vila, leia o texto a seguir:
“Vocês param ne frente de uma estrutura que se
ergue em madeira e pedra, se aproveitando de
ruínas de versões antigas deste assentamento.
É composta por dois andares e parece grande o
bastante para ser ocupada por uma dezena de
pessoas.
Do lado de dentro, uma meio-elfa com
mutações de morcego, como orelhas e focinho,
está trajada com roupas grossas para trabalho
braçal e com os cabelos pretos ondulados presos
em um coque. Ela ajeita um amontoado de
objetos diversos em uma prateleira.
Enquanto solta os objetos, ela olha para vocês
com simpatia e diz:
- Bem-vindos ao Armazém das Brumas.”
Jay Danridnya já foi uma temida loba-do-mar com tino para
negócios, que não queria ficar arriscando o pescoço em mis-
sões perigosas a vida toda. Ela também era parceira e amante
de Garret Caolho, líder dos bandidos da Irmandade dos Afoga-
dos, até abandonar esta vida e seguir para Byrk.
Seus planos iam de vento em popa até que, há um ano, ela tam-
bém foi vítima da maldição da ilha. Em apenas três semanas,

Mistério na Ilha da Neblina

Aqui é uma oportunidade para você, narrador, enco-
a rufiona já não era mais quem conhecia, tendo sua aparência
rajar o jogador a pegar uma parte da criatura como
tomada pelos traços de morcego e eventualmente perdendo
troféu para seu personagem.
grande parte de sua memória.

O Pacumã do Bico Roxo faz parte da missão pessoal

Uma das poucas memórias preservadas por Jay diz respeito
do Druida. Ao vencer o embate
aos tesouros que ela possuía ao chegar na Ilha. Ela lembra de
com a fera, leia:
enterrar suas Peças de Ouro e outras joias nos Charcos Ilumi-
nados (referência no mapa). O lugar era bastante seguro, mas
- Agora que você pode observar a carcaça com
agora estava cheio de ameaças com as quais Jay não consegue
calma, você tem uma certeza: Este era um peixe co-
lidar sozinha.
mum, antes das anormalidades mágicas desta Ilha
transformarem-no nesta monstruosidade. Você
Ela pede ajuda aos aventureiros para ser escoltada até o Charco
sente a dor dele…
Iluminado e reaver seu tesouro, prometendo a eles parte dos
espólios.
- Colosimus

33
 “Uma figura humanoide, coberta por cracas e
Jay faz parte da missão pessoal do Pa-
Mistério na Ilha da Neblina

carapaças e com pinças serrilhadas no lugar das

trulheiro e se ele estiver no grupo leia a
seguir:
Apesar de sua aparência completamente
mudada, o tom da voz, a altura e os tre-
jeitos não te enganam: Jay é a sua irmã perdida.
Afetada pela maldição da ilha, Jay não se lembra de
sua irmã(o) e fica relutante em aceitá-la(o). Ela diz
que com seu tesouro está também o que ela lembra
vagamente de ser seu diário, isso pode ajudá-la a
lembrar de sua irmã(o).
- Colosimus
Charcos Iluminados
Após a viagem, ao chegarem nos Charcos Iluminados, leia a
caixa de texto a seguir:
“Apesar das longas piscinas naturais de água doce,
densa e escura entre trechos de solo lamacento cober-
to de vegetação rasteira, o charco só não é um pân-
tano pela ausência de árvores. A vegetação mais alta
são moitas cheias de raízes magricelas e espinhentas
que brotam entre um lago e outro.
Toda essa visão é uma dedução de sombras e si-
lhuetas, uma vez que a neblina se torna ainda mais
espessa nessa região. A umidade e o clima abafado
são quase palpáveis.
O que dá nome aos charcos são esferas de chama
azulada que ficam borradas através da névoa, dan-
çando, subindo e descendo, bruxuleantes até sim-
plesmente apagarem espontaneamente, apenas para
surgir em outro lugar.”
mãos, investe descontroladamente na direção de
vocês!”
Recompensas
Jay desenterra seu antigo baú da terra úmida e abre-o usando
um pingente como chave. Em seu interior, se encontram anti-
gos objetos de suas aventuras, incluindo um Martelo de Guerra
+ 1 e 30 PO (que entrega aos aventureiros), ficando com todo
o resto.
Jay faz parte da missão pessoal do
Patrulheiro. Ao abrir o baú e pegar seu
diário em mãos, leia a seguir:
Enquanto o restante de seu grupo admira
os tesouros do baú, Jay pega o surrado
diário em suas mãos. Suas feições se alteram e
ela bota uma das mãos na cabeça como se fosse
informação demais para lembrar de uma vez só.
Ela abaixa a cabeça e em seguida levanta-a com
os olhos cheios de lágrimas: - Eu me lembro… Eu
me lembro de você… Um longo e apertado abraço
abafa qualquer outro som ao redor de vocês dois e
o mundo para por um instante.
- Colosimus
Cara, Cadê meu Filho?
Mintz, o responsável pelo Orfanato de Byrk, cuida das muitas
crianças que perderam os pais para a maldição e os monstros
da Ilha. Ele busca os aventureiros pedindo ajuda para encon-
trarem um das criança, que infelizmente está desaparecida.

Na companhia de Jay, os aventureiros conseguem evitar a

ameaça dos Fogo-Fátuos com suas indicações.

Neste trecho da ilha, além do Terreno Difícil, a neblina é

muito mais densa. Qualquer elemento visual há menos de 3
metros se torna apenas uma silhueta escura e disforme que
pode gerar confusão, além de favorecer criaturas furtivas.

Sons Horríveis: No interior da neblina mais densa, os

aventureiros são atormentados por terríveis gritos, gemi-
dos e grunhidos incoerentes, que ecoam da densa neblina.
Cada personagem deve ser bem-sucedido em uma Sal-
vaguarda de Sabedoria CD 11 (Vantagens contra medo
também se aplicam neste teste). Se falhar, o personagem
fica perturbado, sofrendo -2 em todas as rolagens de
ataque e Salvaguardas. A penalidade dura até o fim de
um Descanso Longo.

Durante o processo de desenterrar o baú apontado por

Jay, um dos sons horríveis, semelhante ao de ruídos, ge-
midos, lamentos, se aproxima dos aventureiros (Grotes-
co Blindado, Pág. 74).

Leia o texto a seguir:

34

“Vocês veem um humano alto, agitado e
esbaforido se aproximar de vocês. Ele está
trajado como um aldeão e parece muito
preocupado.
- Vocês são os novos aventureiros que
chegaram aqui, né? Por favor, me ajudem! Um
dos meus filhos, Eldrin, está desaparecido e o
inútil do Erieth não faz nada.
Eu não tenho tesouros para oferecer, mas nossa
família ficará eternamente grata a vocês! Por
favor, imploro por sua ajuda! Essas crianças já
sofreram demais!”
O dono do orfanato explica que um de seus órfãos viu Eldrin
sendo desafiado a ir até as Ruínas do Macaco Louco e voltar
sozinho. As ruínas, apelidadas pelas crianças, ficam ao sul de
Byrk.
As Ruínas do Macaco Louco
Chegando nas ruínas, leia:
“O que chamaram de ruínas não se encaixa exa-
tamente com o que vocês esperavam encontrar. No
local existe, na verdade, uma vila recentemente
abandonada.
As madeiras utilizadas nas casas não estão nem
perto de apodrecer. Os telhados estão pouco danifi-
cados e as pedras mal estão cobertas com musgo e
sujeira.
Toda a área está tomada por um silêncio sepulcral,
mas assim que vocês se aproximam um grito agudo
toma o ar!
Ao olharem para a origem do som, vocês veem um
grande macaco, no alto das árvores ao redor, com
algo nas mãos: um bolo marrom e fétido que ele
atira na direção de vocês!”
Este macaco, com aparência semelhante a de um babuíno, so-
freu mutações graças a maldição de Krezzax, o que deixou-o
completamente caótico e imprevisível. Caso os aventureiros
queiram continuar investigando a região, deverão assustar o
macaco com um teste de Carisma (Intimidação) CD 15, ou te-
rão que suportar os ataques de bolos fecais do símio enquanto
permanecerem na área da vila abandonada.
Os ataques do macaco não causam dano físico nos aventurei-
ros, apenas a humilhação. Além disso, qualquer tentativa de
atacar o macaco no alto das árvores é inútil, pois a criatura
usa de sua esperteza e velocidade para se evadir facilmente de
qualquer ameaça. As mutações também ajudam-na a não ser
afetada por magias.
Assim que conseguirem investigar, os aventureiros encontram:
Um estilingue jogado no chão, cercado por pegadas
recentes. Algumas marcas são fáceis de distinguir e
parecem pertencer a uma criança. As outras pegadas
são bizarras, tendo formas completamente desco-
nhecidas, mas que pelos espaços entre elas parecem
ser de uma única criatura.
As trilhas de pegadas parecem levar para a densa né-
voa no meio da Ilha.
Essa investigação para por aqui, mas continua no Capítulo
4. Eldrin foi levado por uma das criaturas de Krezzax e será
encontrado futuramente, quando a névoa central for acessível
com o uso da Lanterna da Revelação.
Caverna dos Traidores
Enquanto retornam de uma das missões secundárias (Fun-
gos Fantásticos, Peixe Grande, Tesouro de uma Paixão ou
Irmã Ursa) ou se os aventureiros estiverem explorando a Ilha
a esmo, uma série de pegadas e rastros chamam a sua atenção
em direção à entrada de uma caverna.
“Vocês veem uma série de pegadas que
obviamente não se encaixam. Cada marca
parece pertencer a uma pata diferente, mas elas
seguem ritmadas, como se pertencessem a
mesma criatura.
As pegadas levam até a entrada de uma gruta
circular na rocha da encosta. A água salgada do
mar adentra a abertura, criando uma pequena
baía escondida. A caverna é escura e pouco
profunda.”
No interior da caverna, encontra-se um pequeno e misterioso
porto escondido.
Esta caverna era usada por Lafken e Erieth como entreposto
para a entrega das criaturas sequestradas ao terrível Krezzax.
Investigando a área, os aventureiros encontram:
Sacas de especiarias com o mesmo cheiro e odor dos
temperos usados por Azuraliz na taverna.
Tufos de pelos alaranjados e rajados como os de um
tigre em frente a uma cela de prisão.
Um teste de Sabedoria (Percepção) CD 13 revela
um pingente com o mesmo formato do pingente de
Vrum: um dodecaedro dourado (pertencia a Trum,
seu irmão).
Um teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 13 per-
mite que o aventureiro siga as pegadas para longe da
caverna, descobrindo que elas levam para a névoa
densa no centro da ilha.
Mistério na Ilha da Neblina
Um teste de Inteligência (Arcanismo) CD 13 reve-
la um símbolo arcanoU em um ponto no chão que
permite comunicação mágica, mas apenas o símbo-
lo não é suficiente para ativá-lo. Existe um encaixe
vazio na forma de uma meia-lua (o mesmo símbolo
presente no anel de Lafken e no pomo da espada de
Erieth).
Se os aventureiros procurarem por Lafken e Erieth em Byrk,
não vão encontrá-los, pois eles partiram escondidos para um
acampamento nas ruínas do Monastério Narati.
35

O Símbolo Arcano faz parte da missão
Mistério na Ilha da Neblina
pessoal do Mago. Logo após notar o sím-
bolo, leia a caixa a seguir :
“Este símbolo arcano desperta seu in-
teresse. Ele é bem peculiar e até mesmo
diferente das coisas que você aprendeu até hoje.
Se você conseguir acesso à como foi feito, pode
desvendar um conhecimento arcano único!”
- Colosimus
O Retorno do Prefeito
Quando o narrador estiver satisfeito com a exploração da ilha
e as missões secundárias, Mill Bandoald, o prefeito de Byrk,
retorna ao vilarejo.
Vrum, diferente dos aventureiros, estava esperando ansiosa-
mente o prefeito esse tempo todo. Ao notar a chegada de Mill,
ele reúne o recém-chegado com os personagens dos jogadores
na Taverna da Arara Careca.
Ao se encontrarem com o prefeito Mill, leia:
“Mill Bandoald é um anão de barba grisalha e
vestes vermelhas de mangas curtas, com mutações
caprinas como pernas de bode e pupilas quadradas.
Sua perna está com um grande curativo improvisado
que o ajuda a andar.
- Vocês precisam me ajudar! Acho que descobri algo
importante! Enquanto procurava os desaparecidos,
fui até as ruínas do Monastério NaratiU e descobri
algo interessante: encontrei registros sobre uma lan-
terna mágicaU capaz de abrir caminho pela neblina
do centro da ilha!”
Mill dedicou sua vida em Byrk para encontrar soluções para
as maldições e desaparecimentos da Ilha, tomando a segurança
de todos como sua responsabilidade.
Em sua busca mais recente, alcançou o Monastério Narati (re-
ferência no mapa) e encontrou registros que informam sobre a
localização da Lanterna da Revelação, guardada no navio Ca-
ção Sanguinário.
36
Segundo os pergaminhos, esta embarcação foi atingida por
uma das mudanças geográficas mágicas da Ilha, ficando en-
calhado na região que hoje chamam de Charcos Iluminados.
O Prefeito Mill descobriu que o capitão do navio, Drakkhar,
enviou piratas para pedir ajuda aos monges do monastério, ofe-
recendo a Lanterna da Revelação como recompensa. Contudo,
antes de conseguir recolher os registros, Mill foi atacado por
uma monstruosidade humanoide de garras e pinças. Ele esca-
pou, mas pergaminhos com a localização do Cação Sanguiná-
rio ficaram no Monastério.
Ele voltaria até lá, mas o ferimento grave em sua perna o im-
pede de fazê-lo. Assim, ele pede aos aventureiros para irem até
o local para reaver esses registros.
O Monastério Narati faz parte da missão
pessoal do Monge. Logo após falar o nome
do monastério leia:
“Você tem um sentimento agridoce, uma
mistura de tristeza e alegria. De um lado,
tristeza por saber que o monastério está em ruínas,
do outro, alegria por saber que você está tão perto
do seu objetivo.”
A Lanterna da Revelação faz parte da missão
pessoal do Clérigo Anão. No momento que achar
apropriado, leia para o jogador:
“A descrição de Mill bate diretamente com o artefa-
to que você busca. Você está chegando perto do seu
objetivo. Falta pouco!”
- Colosimus
As Ruínas de Narati
Depois de sua jornada, os aventureiros alcançam as ruínas do
Monastério de Narati, local que serviu por décadas como um
reduto de peregrinação monástica.
Assim que os aventureiros se aproximarem, leia:
“No alto de um monte, as ruínas do monastério
se erguem. Torres abobadadas cercam a nave
central, toda erguida em pedra. Algumas estátuas
ladeiam os portões de entrada destruídos, tão altas
quanto os muros do local.
Contudo, a visão estonteante termina quando
vocês notam a vegetação engolindo as paredes
arruinadas. Escombros estão por toda parte e as
janelas estão destruídas. A neblina invade cada
brecha, dificultando ver mais detalhes.
O monastério não é a única construção no local,
mas todas as outras estruturas, provavelmente
casas, celeiros e oficinas, foram destruídas.”
Salão de Comungar
Após passarem pelos portões tombados e outros cômodos
difíceis de definir por estarem completamente arruinados, os
aventureiros alcançam esta câmara. Assim que entram nesta
sala do templo, leia o texto a seguir:
“Este salão oval tem paredes de pedra com
pinturas e escrituras em alto relevo descascadas
devido ao tempo. Além disso, restos de mobília,
como bancos e mesas, estão jogados por toda
sala. O salão continua através de um arco ao
fundo, onde deveria haver uma porta, mas resta
apenas seu batente.”
Há uma década, os monges foram brutalmente atacados pe-
las criações grotescas de Krezzax. O Suserano da Corrupção
decidiu exterminar todo o Monastério antes que os Monges
descobrissem e atrapalhassem seus planos.
Alguns esqueletos em pedaços estão espalhados pelo salão,
além de marcas de sangue seco pelas paredes e restos de rou-
pas rasgadas. Armas simples estão sob os escombros ou junto
aos corpos, enferrujadas e tortas.
Krezzax não desperdiça nenhum recurso: todos os corpos das
monstruosidades mortos pelos monges foram recolhidos e le-
vados para serem reutilizados em sua torre.
No arco ao fundo do salão, um amontoado de ossadas está es-
palhado e os restos da porta estão entre os corpos despedaça-
dos.
Enquanto investigam este cômodo, leia:
“Vocês conseguem escutar burburinhos enquanto
se aproximam do arco no fundo do salão. Entre
essas falas, vocês distinguem uma parte da
conversa.
- Infelizmente, não conseguimos trazer ninguém
esta semana, pois o barco de Lafken foi
destruído. Mas prometo trazer duas pessoas na
próxima semana, lorde Krezzax!
A resposta dessas falas entrecortadas vem
através de uma voz distorcida, que parece
oscilar.
- Dois espécimes não são o suficiente e eu
precisava de um Draconato imediatamente. Sua
esposa é uma Draconata, estou certo, Erieth?”
A conversa continua, mas muito baixa, com resmungos de
Erieth sobre a citação de sua esposa. Para continuarem ouvin-
do com clareza, os aventureiros precisam se aproximar.
A Câmara da Iluminação
Os aventureiros adentram uma câmara perfeitamente circular,
com uma iluminação advinda de uma abertura no teto. Toda a
estrutura está carcomida pelo tempo.
Leia imediatamente após a aproximação dos aventureiros:
“A voz de Erieth se altera em um rompante de
fúria contra aquele que ameaçou sua esposa!
- NÃO KREZZAX! FIQUE LONGE DELA, SEU
DESGRAÇADO!
Com a aproximação, vocês veem Erieth se atiran-
do sobre uma projeção arcana.
A ilusão projeta um ser magro e esguio que os-
tenta vestes sombrias. Seus braços são exagerada-
mente compridos para um humano. A única coisa
visível em seu rosto, sob um longo capuz, é uma
espécie de pedra brilhante, em forma de meia-lua,
cravejada em sua testa. Depois de gargalhar, a
ilusão responde:
- Cansei de você… De todos vocês… Fim do
acordo…
Logo depois, uma das paredes se rompe em um
estrondo. Murmúrios horríveis e dolorosos ecoam
pelo monastério enquanto, da poeira erguida pela
destruição, uma monstruosidade surge!
A ilusão desaparece enquanto um combate se inicia: O Gro-
tesco Blindado ImpenetrávelU (Pág. 75) tem como alvo Erie-
thU e Lafken (se este estiver vivo), com a intenção de nocau-
teá-los e capturá-los. Contudo, não vai hesitar em atacar os
aventureiros se ficarem em seu caminho.
Desenvolvimento
Se os aventureiros não intervirem ou forem derrotados, o Gro-
tesco irá vencer e capturar Erieth e Lafken, levando-os para a
neblina densa no centro da ilha. Mesmo seguindo o Grotesco,
os aventureiros ainda se perdem na neblina como explicado em
“A Neblina”.
Se os aventureiros forem bem-sucedidos em vencer o Grotes-
co, precisam decidir o que fazer com Erieth e Lafken.
A dupla de sequestradores se entrega de imediato, contando
que tinham um pacto de colaboração com Krezzax e assumem
a culpa por tudo que fizeram. Eles ainda argumentam que ten-
tavam evitar pessoas da Vila de Byrk fossem sequestradas.
O símbolo de projeção arcanaU no chão possui um encaixe
Mistério na Ilha da Neblina
vazio na forma de uma meia-lua (o mesmo símbolo presente
no anel de Lafken e no pomo da espada de Erieth). Se os aven-
tureiros utilizarem o símbolo para tentar se comunicar com
Krezzax, ele reaparece brevemente avisando:
“- Vocês não fazem ideia do quão importantes
para Phantyr são os meus experimentos! Parem
agora ou irão se arrepender!”
Ele desaparece ao fim da frase e corta a conexão com aquele
ponto mágico.
A única saída deste cômodo, além do arco por onde os aventu-
reiros entraram, é uma passagem secreta que já foi aberta pelo
prefeito Mill no passado.
37
 Cômodo Secreto
Mistério na Ilha da Neblina
Ao olharem pela passagem secreta, leia:
“Vocês veem um pequeno cômodo que fica ainda
menor com a quantidade de estantes e pratelei-
ras tomada por tomos e pergaminhos. A grande
maioria dos itens está deteriorada, mas o Prefeito
afirmou que as informações que vocês buscam
estão por aqui em algum lugar.”
Ao investigarem o local, os aventureiros encontram a vasta his-
tória do monastério registrada em pergaminhosU. O que cha-
mou a atenção de Mill foram os últimos eventos: Eles falam
sobre o aumento nos pedidos de ajuda por toda a Ilha. Vila-
rejos destruídos, pessoas desaparecidas, surgimento de mons-
tros, mudanças místicas na geografia como a densa neblina e a
aparição dos Charcos Iluminados.
Os monges pareciam estar investigando esses acontecimentos
e buscando uma solução para o problema. A vinda dos piratas
rendeu uma nova pista.
Com o navio Cação Sanguinário ficando preso nos Charcos
Iluminados, o capitão Drakkhar enviou alguns de seus homens
para pedir ajuda aos monges, oferecendo em troca um artefato
mágico, capaz de dissipar a densa neblina no centro da ilha.
O artefato era intitulado como A Lanterna da Revelação. Nos
registros, foi fornecida a localização do barco encalhado. Os
registros se interrompem em uma última frase escrita às pres-
sas:
“A qualquer momento, as monstruosidades irão
invadir a Câmara da Iluminação. Uma sombra
paira sobre essa Ilha e, ao investigarmos, a alerta-
mos sobre nossas intenções. Eles estão aqui!”
Tesouro
Em meio aos registros, os aventureiros também encontram:
Arco Curto de Narati, que causa 1d6+1 pontos de
dano radiante.
Pergaminho de Compreender Idiomas.
Pergaminho de Coroa da Loucura.
Grimório Perdido.
Grimório Perdido
Este antigo e empoeirado grimório contém as seguintes magias:
Magias de 1º Círculo:
Comando, Enfeitiçar Pessoa, Mãos Flamejantes, Mísseis Mágicos.
Magias de 2º Círculo:
Nublar, Nuvem de Adagas
38
O Grotesco Blindado Impenetrável faz
parte da missão pessoal do Druida.
Logo após derrotarem a criatura, leia:
“Seu sangue ferve. Este é o motivo da
natureza neste lugar urrar por ajuda. A
Figura encapuzada é a responsável por estas atro-
cidades e deve ser parada.”
Erieth (e Lafken) fazem parte da missão pessoal do
Paladino. Logo após os dois se entregarem, leia:
“Em sua mente ecoam as palavras de seu mestre:
- Lei e Justiça devem ser preservadas acima de
todo mal. Estes dois, apesar de suas atrocidades,
devem ser julgados pelos moradores de Byrk.”
O Cômodo Secreto faz parte da missão pessoal do
Monge. Quando recolherem os tesouros do local, leia
:
“Seus olhos correm por todos os livros guardados
nesse cômodo secreto. São séculos de sabedoria à
sua frente. Porém, um título específico chama sua
atenção: A Luz de Narati. Estudar seu conteúdo
pode torná-lo ainda mais capaz.”
O Símbolo de Projeção Arcana faz parte da missão
pessoal do Mago. Quando achar apropriado, leia:
“Ao ver o símbolo, várias perguntas voam em sua
mente: Seria aplicável com outra magia? Quão
longe o mago que falou está daqui? Qual o potencial
desta descoberta? São muitas perguntas e apenas
um jeito de respondê-las: achando os estudos por
trás do símbolo.”
- Colosimus
O Que vem a Seguir?
Com posse da localização do Cação Sanguinário e a infor-
mação de que a Lanterna da Revelação é capaz de dissipar a
neblina, os aventureiros devem prosseguir na campanha, indo
diretamente para os Charcos Iluminados atrás do Cação San-
guinário.
Mas antes, é recomendado que eles retornem para Byrk para
descansar e reunir recursos antes de seguirem viagem.
É importante lembrar que Lisbeth mencionou um bracelete
dourado incrustado com uma jóia azul de muito valor que tam-
bém estaria no Cação Sanguinário. Assim, o grupo conseguiria
resolver dois grandes problemas de uma só vez!
Evoluindo de Nível
Ao final desta parte da aventura, caso o grupo de personagens
ainda não tenha alcançado o nível 3, ele deve evoluir agora.
 Capítulo 3
A Lanterna da
Revelação
A baía onde hoje estão os Charcos IluminadosU era o
principal esconderijo dos piratas mais habilidosos em
desviar dos corais, que seguiam até a Ilha da Neblina em
busca de fugir da marinha de Syr.
Ainda assim, se perder é um risco sério na névoa e os viajantes
podem perambular em círculos sem saber. O personagem que
estiver guiando o grupo na viagem deve fazer um teste de Sa-
bedoria (Sobrevivência) CD 14 conforme orientado a seguir: o
primeiro teste deve ser realizado no início da jornada, direcio-
Com o grande desastre geográfico que formou os Charcos, foi nando o grupo, e outro deve ser realizado após um descanso
o fim de um navio de guerra intitulado Cação Sanguinário, que longo a ser realizado no meio da longa jornada.

Mistério na Ilha da Neblina

foi pego na deformação mágica da área enquanto se escondia
na região. Com dois sucessos, eles alcançam o Cação Sanguinário sem
contratempos.
Buscando salvar sua embarcação, o violento capitão Drakkhar Se houver uma falha, os aventureiros entram em combate con-
forçou seus homens além dos limites, fazendo com que vários
deles sucumbissem ao esforço ou aos diversos perigos dos re-
cém-formados Charcos Iluminados.

Nas semanas que se seguiram, a tensão no navio aumentou.

Além do trabalho árduo não render frutos, as tentativas de
buscar ajuda foram um fracasso. Preso na lama, a situação do
Cação se tornou insustentável, o que resultou em um motim
contra o capitão Drakkhar e a morte de todos os tripulantes.

Em Busca do Cação Sanguinário

Com as orientações encontradas no mosteiro e as indicações
de Mill, os aventureiros têm boas informações para encontrar o
Cação Sanguinário no meio dos Charcos Iluminados.

39
 tra dois Fogos-Fátuos (Pág. 75). Vencendo o combate, eles
não precisam realizar mais nenhum teste, chegando no Cação
Sanguinário algumas horas depois.
Mistério na Ilha da Neblina
O Cação Sanguinário
Assim que o grupo encontrar os destroços do navio, leia a cai-
xa de texto a seguir:
“Com 40 metros de comprimento, o Cação Sanguiná-
rio está preso no charco contra a sua vontade. Mesmo
destroçado pelo tempo, ele ainda se mantêm imponen-
te. Aproximando-se o bastante para que a névoa não
atrapalhe a visão, fica mais fácil notar o estado fúne-
bre do navio: tomado por umidade, fungos e bolores
que mancham sua madeira, deixando-a deformada e
cheia de rangidos.
Além disso, um forte odor percorre toda a embarca-
ção, carregado pelo cheiro dos mortos. Qualquer um
que se aproxime sente o estômago revirar, enquanto
respira o ar cadavérico. É como se o navio todo fosse
uma grande criatura se decompondo. Apesar disso,
vocês estranhamente não veem um único inseto voan-
do na podridão.
As velas ainda existem, em frangalhos, sem movimen-
to, enquanto a antiga e temida bandeira do Cação
SanguinárioU — uma cabeça de tubarão banhada
em sangue — já foi quase totalmente decomposta.
Na ponta frontal do navio, onde deveria haver uma
carrancaU, há apenas restos de madeira quebrada.
Apesar do estado da embarcação, o casco não tem
nenhuma abertura pela qual vocês conseguem entrar.
Contudo, há várias cordas soltas que facilitam uma
escalada até a proa do navio encalhado.”
Os Charcos Iluminados fazem parte da
missão pessoal do Clérigo Humano. Logo
após falar o entrarem nos Charcos leia:
“As partes do augúrio que sua Mestra
te deu começam a fazer um pouco mais
de sentido. Luzes à sua frente iluminam o charco.
As almas atormentadas que clamam por liberdade
devem estar próximas.”
O Cação Sanguinário faz parte da missão pessoal
do Guerreiro. Após mencionar a falta da carranca,
leia:
“Finalmente você encontrou o Cação Sanguiná-
rio! Mas onde estará a carranca? Será que ela foi
roubada?”
O Cação Sanguinário também faz parte da missão
pessoal do Clérigo Anão.
Após mencionar chegar ao Cação, leia:
“À sua frente está o navio que você estava procu-
rando. O Artefato está próximo e sua fé o faz ter
certeza de que ele será encontrado aqui dentro.”
- Colosimus
40
Apesar de haver uma indicação óbvia de
que os aventureiros devem começar a ex-
ploração subindo pelas cordas que levam
ao Convés Principal, existem diversas
possibilidades para os jogadores inicia-
rem a incursão no navio.
Eles podem utilizar o caminho sugerido, escalando
o casco, ou propor soluções criativas para ultra-
passar as paredes da embarcação, além de outras
ideias.
Você, como narrador, pode incentivar essas ideias,
interagindo com as ações dos jogadores, propondo
testes de perícias condizentes com as sugestões e
posicionando eles em locais plausíveis do navio.
- Tio Gruntar
Características Gerais do Cação
Sanguinário
Ao fim de sua jornada, os aventureiros alcançam a antiga em-
barcação que conta com algumas características recorrentes
que se repetem em sua extensão, salvo indicação contrária:
DIMENSÕES: O casco do navio tem aproximada-
mente 40m de comprimento, 12m de largura e 12m
de altura. Os corredores e cômodos variam muito em
largura, mas todos têm a mesma média de 3 metros
de altura.
ESTRUTURA: Os cômodos, corredores e as esca-
darias deste local são feitos de madeira escura, úmi-
da e barulhenta, coberta de musgo e manchada pela
umidade.
INCLINAÇÃO: O Cação Sanguinário está leve-
mente inclinado devido ao formato convexo do cas-
co. Consequentemente, é considerado Terreno Di-
fícil, devido a necessidade de manter o equilíbrio.
Sempre que um aventureiro quiser se deslocar nor-
malmente ignorando o terreno difícil, precisa fazer
um teste de Destreza (Acrobacia) CD 10. Se falhar,
ficará caído.
PORTAS E JANELAS: Cada porta é um objeto de
madeira velha e úmida. Cada janela é um objeto de
vidro quebrado. Se estiver trancada, exige teste com
ferramentas de ladrão de Destreza CD 10 para abrir
ou teste de Força (Atletismo) CD 10 para arrombar.
Convés Principal
Subindo pelas cordas, os aventureiros alcançam o Convés
Principal. O navio se encontra em um estado de equilíbrio al-
cançado com anos de adequação do seu corpanzil ao charco.
Ao subirem no Cação Sanguinário, Leia a caixa de texto a se-
guir:
“Ao colocarem os pés no convés, fica fácil notar
que a inclinação do navio vai tornar o caminhar
mais difícil.
A madeira range e ameaça ceder a qualquer
momento sob seus pés e, além disso, vocês sentem
a embarcação afundando lentamente enquanto
vocês caminham por ela, despertando sentimentos
de urgência.”
 Castelo de Proa na frente do navio.
Botes próximos ao mastro central.
Ao lado do mastro central está a escadaria que desce
para a área “C7. Canhões” no Convés de Armas.
Popa do Deque nos fundos do convés principal.
Castelo de Popa na traseira do navio
Durante o processo de exploração existem
diversos possíveis caminhos para
alcançar uma região.
É importante que você como narrador
entenda e esteja preparado para estas
possibilidades pois a exploração do
navio pode não ser linear.
Além das marcações do mapa, existem referências
no texto para lhe auxiliar a entender todas as
possíveis rotas de exploração.
- Tio Gruntar
C1. Botes
Leia a caixa de texto a seguir:
“No convés principal, próximo ao mastro central,
estão dois botes para dez pessoas cada, posicio-
nados lado a lado. Quase todos os resquícios das
pinturas amarela e vermelha se foram. Sob os dois
está o acesso de carga para o interior do navio.”
Apesar do estado deplorável, os botes ainda se sustentam intei-
ros. Um teste de Sabedoria (Percepção) CD 15 revela a fragi-
lidade da grade do acesso de carga que está quase quebrando.
Armadilha: Acesso de Carga
Qualquer um que se aproxime dos botes, ficando sobre a grade
do acesso de carga, fará a madeira ceder. A vítima poderá cair,
atingindo a grade de acesso no Convés de Armas logo abaixo.
Esta também irá se quebrar com o impacto e o aventureiro po-
derá cair mais um andar, se chocando contra a grade de acesso
do Convés Inferior.
Independentemente do personagem despencar ou não, os botes
irão cair, quebrando tudo no caminho até alcançarem o Convés
Inferior.
O personagem pode fazer duas Salvaguardas de Destreza CD
13 para evitar a queda se segurando em uma das bordas do
acesso de carga. Uma das salvaguardas deve ser feita quando
cair do convés principal e a outra quando cair do convés de
armas. Cada falha resulta em um impacto com a queda, que
causa 7 (2d6) pontos de dano contundente. Essa armadilha
abre caminho para os aventureiros usarem de cordas e, com
cuidado, se deslocarem de um andar para o outro. Descendo
do Convés Principal, os aventureiros chegam na área “C6. Es-
toque da Proa” do Convés de Armas. Se continuarem descendo
pelo acesso de carga do Convés de Armas, os aventureiros che-
gam na área “C10. Armazém de Animais” do Convés Inferior.
C2. Popa do Deque
Leia a caixa de texto a seguir:
“Duas escadarias, uma em cada extremidade, so-
bem para a parte traseira do convés principal que
sustenta o timão, o mastro traseiro e a claraboia
que permite a entrada de luz natural e ventilação
para os deques inferiores.”
Qualquer volta dada na roda do timão irá interagir com todos
os mecanismos do navio tentando mover o leme sob o charco.
O timão oferecerá resistência de início, mas se o aventureiro
insistir, sendo bem-sucedido em um teste de Força (Atletismo)
CD 13, irá quebrá-lo, causando uma reação em cadeia em toda
a madeira podre dos mecanismos. Uma rachadura ganha pro-
porções rapidamente, andando pelo convés principal, até al-
cançar o mastro principal, terminando com um estalo violento.
O mastro quebra de imediato, caindo como uma árvore sobre
o aventureiro que quebrou o timão causando 7 (2d6) pontos de
dano contundente. Uma Salvaguarda de Destreza CD 13 evita
o dano. Se isso acontecer, leia:
“O timão se quebra, ficando em suas mãos. Em
seguida, todos ouvem uma sequência de estalos
enquanto toda a estrutura treme. Vocês são joga-
dos no chão enquanto o mastro principal rompe
em um último estalo, caindo como um tronco de
árvore!”
Removendo a grade da claraboia, é possível descer até a área
“C8. Cabrestante” no Convés de Armas. São 7,5 metros abai-
xo, portanto, é necessário que os jogadores descrevam exata-
mente como vão fazer essa descida. Uma queda direta causa 10
(3d6) pontos de dano contundente.
Castelo de Proa Mistério na Ilha da Neblina
Estrutura com quartos acima do convés principal localizada na
parte extrema a frente de um navio, acessível por uma escada-
ria no convés principal.
41
 C3. Aposentos dos Oficiais
Mistério na Ilha da Neblina
Leia a caixa de texto a seguir:
“Quatro camas estão dispostas contra as pa-
redes do cômodo diminuto. No centro, há uma
mesa com quatro cadeiras em volta. Em uma das
paredes, vários caixotes e sacos empilhados estão
tombados, tudo tão podre quanto a estrutura. Na
mesa, um corpo se decompõe.”
Este cômodo pertencia aos oficiais de serviço do navio. É onde
dormiam, planejavam e bebiam longe da bagunça da tripula-
ção. Só há um único corpo aqui. Ele está sentado, com o tronco
e os braços sobre a mesa. Um sabre enferrujado atravessa seu
peito. Ainda há carne em seus ossos, mas decomposta, cinza,
inchada e cheia de bolhas com fungos.
Um teste de Sabedoria (Medicina) CD 13 deixa óbvio que ele
foi atingido no peito de surpresa. Teste de Inteligência (Investi-
gação) CD 13 revela que, em uma de suas mãos fechadas sobre
a mesa, há restos de um papel. Se retirado com cuidado, ainda
é possível ler:
“Essas paredes têm ouvidos, capitão Drakkhar. A
tripulação está se amotinando. Estão impacientes.
Tome atitudes assim que ler esta carta.”
Qualquer interação com o corpo como tocá-lo, desperta o ofi-
cial morto-vivo como um Zumbi (Pág. 74).
Devido ao estado deplorável do navio, não há nada a ser sa-
queado aqui.
Castelo de Popa
Estrutura com quartos acima do convés principal, localizada
na parte extrema do fundo do navio, acessível por uma escada-
ria no convés principal.
C4. Navegação
Leia a caixa de texto a seguir:
“Além do tapete que já se decompôs e se tornou
um com a madeira, há uma cadeira tombada
e uma mesa com mapas, penas, potes de tinta,
compassos e outros objetos cartográficos, todos
aparentemente destruídos. Esta pequena sala tem
duas portas, uma à sua direita e outra ao fundo.”
Assim que o primeiro aventureiro entra na sala, a mesa e o
material sobre ela começa a se desmontar e cair. Tudo no navio
está por um fio e deve ser tratado com o devido cuidado. As
portas neste cômodo encontram-se arrombadas e levam para
os aposentos do imediato à direita e do capitão ao fundo. Tudo
no aposento do imediato foi saqueado e destruído, algo facil-
mente observável pela porta entreaberta.
C5. Aposentos do Capitão
Leia a caixa de texto a seguir:
42
“O cômodo como um todo parece mais valioso
pela presença de armários, baús, estantes e uma
escrivaninha.
Apesar da aparente riqueza, a degradação sobre-
natural do ambiente se reflete na madeira podre,
nas cortinas rasgadas e em um enorme quadro
na parede, restando apenas a arte de uma enorme
ave de rapina. Além disso, há um busto esculpido
em madeira de uma bela gnoma.
Também é fácil notar que todo o quarto se tornou
um campo de batalha. Há marcas de cortes e
perfurações por todos os lados que indicam a
presença de mais do que apenas os seis corpos
estirados no chão. Destes, um está com roupas
mais adornadas, como o chapéu tricorne,
indicando ser o imediato do navio.”
Os seis mortos são Zumbis estirados no chão e atacam assim
que os aventureiros entram. Se os aventureiros observarem o
local com calma, leia:
“Vocês observam uma grande quantidade de mó-
veis próximos da porta, indicando uma barricada
destruída. Os ferimentos nos corpos e demais
marcas de cortes no ambiente afirmam o conflito.
As várias gavetas jogadas no chão, armários tom-
bados e objetos espalhados pela sala revelam que
os amotinados procuravam um item escondido no
local.”
Com um teste de Inteligência (Investigação) ou Sabedoria
(Percepção) CD 13, o aventureiro encontra um compartimento
secreto entre as tábuas do assoalho que não foi encontrado pela
tripulação motineira. No interior do compartimento há uma
chave grande com símbolos geométricos em seu corpo dou-
rado.
A chave é mágica, reagindo a efeitos como a magia Detectar
Magia. Ela não se encaixa em nenhum dos baús do cômodo,
servindo para abrir o baú mágico do capitão escondido no fun-
do do porão.
Convés de Armas
Convés inferior ao convés principal, onde as principais bate-
rias de canhões são armazenadas. As três formas de se chegar
nesse convés são caindo pelo acesso de carga (C1. Botes), pe-
las escadarias próximas ao mastro central (C1. Botes) ou pela
clarabóia (C2. Popa do Deque).
Aqui foi onde o grosso do motim aconteceu: Piratas a favor ou
contra o capitão se enfrentaram enquanto outros tentavam re-
colher itens valiosos e fugir. Corpos estão espalhados por toda
parte e o local está completamente revirado. Há um total de 30
mortos em todo o convés de armas. Alguns foram esmagados
pelos canhões, outros por caixotes, outros atingidos pelas cor-
rentes do cabrestante, mas a maioria foi morto pelas lâminas
uns dos outros. Nem todos os cadáveres são Zumbis, mas os
aventureiros não sabem disso.
C6. Estoque da Proa
Leia a caixa de texto a seguir:

“As redes de dormir presas às paredes, próximas
do que restam desses sacos e caixotes destruídos,
deixa óbvio que este era o estoque de bens comuns
e pessoais da tripulação.
Contudo, nada parece intacto e os responsáveis
por essa destruição são cadáveres espalhados por
todo o convés.”
Há pelo menos 16 mortos nesta área do convés e nenhum deles
é um Zumbi. Um teste de Sabedoria (Percepção) ou Inteligên-
cia (Investigação) CD 15 no estoque revela que um dos tripu-
lantes escondia um Bracelete Dourado de Joia Azul (Brace-
lete mágico de Escalada de Aranha).
Este é o bracelete de ouro incrustado com uma rara joia azul
que a Academia de Forja de Mãos e Mentes tem procurado.
Lisbeth deu ordem para os aventureiros encontrarem-no e de-
volver a ela no fim de sua missão com Vrum.
C7. Canhões
Leia a caixa de texto a seguir:
“Enferrujados e cheios de cracas, os canhões
se tornaram armas de esmagamento. Algumas
de suas cordas foram cortadas propositalmente
enquanto outras arrebentaram com a inclinação
do navio e, ao saírem desgovernados pelo convés,
fizeram vítimas.
Inesperadamente, uma voz abafada grita com tom
metálico: “Cães sarnentos! Marujos inúteis! Me
tirem daqui!”
Estes gritos pertencem ao esqueleto do papagaio chamado
Murav (veja adiante). Ele está preso dentro de um dos ca-
nhões que se soltou e tombou, ficando com a boca contra uma
das paredes do convés.
Os canhões estão completamente inutilizados devido a umi-
dade e a ferrugem. Há pelo menos dez mortos nesta área do
convés e destes, cinco são Zumbis(Pág. 74) e um é um Zumbi
Afogado(Pág. 75) que irão atacar os aventureiros assim que
se aproximarem da voz de Murav. No meio desse convés há
as escadarias que sobem para a área “C1. Botes” no Convés
Principal ou na área “C10. Armazém de Animais” no Convés
Inferior.
Canhão Desgovernado
Um dos canhões ainda amarrados está há poucos fiapos de se
soltar e sair deslizando pelo convés.
No começo da segunda rodada de combate contra os Zumbis,
peça para todos os jogadores realizarem um teste de Sabedoria
(Percepção) CD 16 para perceber o canhão prestes a se soltar.
Na rodada seguinte, o canhão irá atravessar o convés, atrope-
lando tudo no caminho com suas várias centenas de quilos até
atravessar a parede do outro lado do convés e cair no charco.
Qualquer criatura no trajeto deve fazer uma Salvaguarda de
Destreza CD 13. Em caso de falha, o aventureiro é atingido
e sofre 7 (2d6) pontos de dano contundente. Se falhar por 5
ou mais, é carregado pelo canhão, sofrendo 7 (2d6) pontos de
dano contundente adicionais ao atravessar a parede e cair no
charco do lado de fora enquanto o canhão cai dramaticamente
ao lado de sua cabeça e afunda lentamente. Ele demorará uma
rodada para retornar ao combate.
Murav, o Papagaio Sacripanta
A magia é imprevisível e Murav é a prova disso. Ele era um
ardiloso e inteligente papagaio que servia ao Capitão, mas ao
tentar fugir durante o motim, acabou preso pelo canhão des-
governado e morreu. Diferente dos demais que se tornaram
monstros mortos-vivos, Murav manteve a inteligência.
Murav é o esqueleto de um papagaio, caótico e neutro. Sua
personalidade é cômica, curiosa, às vezes muito tagarela e ma-
liciosa. Ele pode conceder algumas informações aos aventu-
reiros:
Contar sobre a sua morte terrível e o quanto ele era
valoroso para a moral do Capitão e tripulação.
Contar a história do motim do Cação Sanguinário
descrita no início do “Capítulo 3. A Lanterna da Re-
velação”.
Contar sobre como perdeu a noção do tempo e não
sabe a data de quase nada do que viveu.
Contar que a voz do capitão Drakkhar ainda ressoa
pelo fundo no navio, atrás do tesouro mágico.
Murav ainda é capaz de voar e vai acompanhar os aventureiros,
quer eles queiram ou não. Se algum aventureiro atacar Murav,
ele vai evitar o ataque e fugir por qualquer buraco do navio,
mas não antes de insultar cada um deles.
Murav é um PDM com a função de quebrar
o ritmo tenso da aventura e servir de
respiro, trazendo boas risadas.
O narrador pode usá-lo como preferir
para fazer piadas, comentários sar-
Mistério na Ilha da Neblina
cásticos e observações engraçadas, tirando sarro
inclusive da própria situação cadavérica.
Durante o resto da campanha, Murav pode se tor-
nar um companheiro fiel ao grupo, acompanhando
os personagens em suas explorações.
- Beholder TV
43

C8. Cabrestante
Mistério na Ilha da Neblina
Leia a caixa de texto a seguir:
“O cabrestante, local onde a grossa e enferrujada
corrente da âncora se enrola, está nas últimas. Há
rachaduras em toda sua estrutura e a corrente que
se espalha pelo convés, presa em roldanas, está
tensa e muito enferrujada.”
Duas portas ao sul do cômodo levam para a sala de Reunião
dos Oficiais.
Armadilha: Correntes Mortais
Há um corpo preso nas correntes contra o cabrestante, abra-
çado a uma bolsa cheia de ouro. Se puxarem a bolsa sem o
devido cuidado, um tremor desestabilizará o cabrestante, que
estoura os apoios de madeira. A corrente perde seu suporte e,
puxada pelo peso da âncora, começa a estourar as roldanas e
chicotear por todo o convés antes de escoar totalmente para
fora do navio.
Todas as criaturas em pé no convés são atingidas, sofrendo 7
(2d6) pontos de dano contundente e ficam caídas. Sendo bem-
-sucedido em uma Salvaguarda de Destreza CD 13, o aven-
tureiro pode se atirar no chão, ficando caído, para escapar da
corrente. Um teste de Sabedoria (Percepção) CD 13 permite
ao aventureiro notar a fragilidade do cabrestante. Para pegar a
bolsa sem causar o desastre, é necessário um teste de Destreza
(Prestidigitação ou Acrobacia) CD 13, ou qualquer outra ideia
engenhosa dos aventureiros.
Tesouro
No interior da bolsa do cabrestante estão 40 PO.
C9. Reunião dos Oficiais
Leia a caixa de texto a seguir:
“Com nada mais do que uma mesa, seis cadeiras
e alguns tapetes grudados no assoalho podre, este
cômodo parecia destinado a reuniões. Quatro
corpos cadavéricos, cada um ocupando uma das
cadeiras, estão debruçados sobre seus pratos de
comida e agarrados às suas canecas de algum
vinho que fede muito.
Esqueletos de ratos sobre a mesa, próximos dos
pratos e canecas, e vermes espalhados pelos cor-
pos, estão tão mortos quanto os próprios oficiais.”
Se livrar dos oficiais do capitão Drakkhar era essencial para o
motim dar certo e, com medo de enfrentá-los diretamente, a
tripulação preferiu envenená-los.
44
Um teste de Sabedoria (Medicina) ou Inteligência (Natureza)
contra CD 13 revela que o veneno não só matou os oficiais,
mas também acabou com os vermes e ratos que foram se servir
deles depois.
Com o tempo e a necromancia do local, o veneno só ficou mais
perigoso. Qualquer aventureiro impulsivo que toque na comi-
da, no vinho dentro das canecas ou nos corpos deve fazer um
Salvaguarda de Constituição CD 13 ou fica envenenado até ter-
minar um descanso curto ou longo.
Tesouro
Como consequência do caos, nem tudo nas posses dos oficiais
foi levado. Cada um deles ainda têm joias ou moedas que to-
talizam 12 PO.
Convés Inferior
Convés inferior ao convés de armas, onde se localizam animais
e cômodos especializados.
As duas formas de se chegar nesse convés são caindo pelo
acesso de carga (C1. Botes) ou pelas escadarias (C7. Canhões).
C10. Armazém de Animais
Leia a caixa de texto a seguir:
“Essa área do convés está dividida em baias de
madeira e haras improvisados onde os animais do
navio eram armazenados.
O fedor é ainda pior do que qualquer outra parte
do navio. Toda a matéria orgânica espalhada na
forma de feno, ração e dejetos se misturou aos res-
tos dos animais que morreram aqui e, com a umi-
dade, o tempo e o ar macabro, se tornaram uma
massa marrom-acinzentada deplorável espalhada
entre as cercas dos bichos.”
Toda a área, principalmente no lado para onde o navio está
inclinado, está coberto dessa massa grotesca. Qualquer um que
a observe com calma ainda consegue distinguir bicos de aves,
patas de porcos e outros pedaços de animais.
Grande parte das cercas ainda estão fechadas e os animais fo-
ram ignorados pelos piratas durante o motim, ficando presos e
condenados a uma morte lenta.
A enorme ave de rapina do capitão estava sob cuidados da
tripulação desta área quando o motim aconteceu, mas a ne-
cromancia da região não permitiu que seu corpo encontrasse
descanso.
Sob o lodo está a enorme Ave da Carniça (Pág. 76) e, assim
que colocarem os pés nesse convés, a criatura agita suas asas
de poucas penas, ergue-se e ataca os aventureiros. Ainda nessa
área, existem três portas. A porta à oeste leva para “C11. En-
fermaria”, a porta à leste leva para “C12. Carpintaria” e a porta
à sul leva para “C13. Cozinha”. No meio do convés, escadarias
descem para o “Porão” do navio.
C11. Enfermaria
Leia a caixa de texto a seguir:
“Este pequeno cômodo já foi uma sala de cura, o
que fica óbvio pelas macas, ataduras, potes com
emplastros, ferramentas e peças para membros
decepados como serras, pernas de pau e ganchos.
Todos estes itens já foram úteis, mas agora estão
destruídos e espalhados pelos cantos da sala
devido a inclinação. Alguns corpos parecem ter
tentado se arrastar até aqui, mas morreram antes
de alcançar qualquer cura para suas feridas.”
Nenhum dos corpos aqui é um monstro e a porta a oeste da sala
ainda funciona, podendo ser fechada e barricada.
Além de poder ser usada como uma sala segura, onde podem
se fechar e descansar, se necessário, também podem procurar
por itens de cura que ainda funcionem. Com um teste de Sa-
bedoria (Percepção) ou Inteligência (Investigação) CD 10, o
aventureiro encontra 1 poção de cura (2d4+2).
C12. Carpintaria
Leia a caixa de texto a seguir:
“Pilhas de madeira e de ferramentas como serras,
martelos e pregos, estão jogados pela sala. O mofo
se estendeu por toda parte, transformando toda a
madeira em uma argamassa verde muito densa.
Após ouvirem murmúrios e lamentos, a silhueta
de uma sereia esculpida em madeira, mas encima-
da por uma grotesca cabeça de tubarão, chama a
atenção de vocês. Ela está buscando por ferra-
mentas e peças para se consertar.
Em suas costas, farpas e restos de madeira
quebrada que mantinham-na presa no fronte do
barco, revelam que se trata da carranca do Cação
Sanguinário.”
Desenvolvimento
Se os aventureiros continuarem se aproximando sem oferecer
ajuda, ela ataca, iniciando um combate. Se oferecerem ajuda,
precisam ser bem-sucedidos em um teste de Carisma (Persua-
são ou Enganação) CD 14 para que ela não ataque-os. Em caso
de falha, a Carranca ataca.
Um personagem pode fazer um teste de ferramentas de mar-
cenaria de Destreza CD 14 para consertar a Carranca. Se o
teste falhar, ela se enfurece, atacando-os. No quarto do capitão
há um busto de Gnoma de madeira que poderia ser colocada
no lugar da cabeça de tubarão. Alternativamente, eles podem
pedir para ela esperá-los fora do navio e, quando retornarem
para Byrk, podem levá-la até o Prefeito Mill para que alguém
na vila conserte-a.
A Carranca faz parte da missão pessoal
do Guerreiro.
Após os aventureiros ouvirem os lamen-
tos da criatura, leia:
“Este é o momento, esta é a Carranca do
Cação Sanguinário. Sua mente viaja, revivendo a
cena do príncipe que te passou essa missão. Mas
ela… está viva?”
Independentemente da solução, leia:
“Você fez aquilo que todos julgavam ser impossível,
achou um barco perdido e agora, em suas mãos
está, não só um troféu que mostra seu valor, mas
que também demonstra o seu amor. Você divaga
por um momento, sonhando com a cena do seu
retorno ao seu amado Príncipe.”
- Colosimus

A CarrancaU (Pág. 76) ganhou vida como consequência da

Mistério na Ilha da Neblina

instabilidade mágica da região, causada pelos experimentos de
Krezzax.

Ela está tentando, de forma inapta e atrapalhada, consertar seu

corpo cheio de partes quebradas. Contudo, o constante fracas-
so tem deixado-a irritada.

Quando os aventureiros entram, ela fala de maneira agressiva:

“- Saiam daqui! Eu preciso consertar meu corpo!”

Ela se volta para as ferramentas e continua murmurando:

“- Não consigo… Não consigo… Essas coisas não

funcionam… Essa maldita cabeça não ajuda em
nada!”

45
 C13. Cozinha
Mistério na Ilha da Neblina
Leia a caixa de texto a seguir:
“Podridão é pouco para descrever o estado deste
cômodo: a fornalha na parede norte, os caixotes
improvisados como mesas e os barris de comida
estão imersos ou boiando em um acúmulo grotes-
co de material orgânico.
O odor é tão intenso que chega a trazer o sabor
de comida estragada na boca e uma forte ânsia de
vômito.
Há um dos piratas, morto-vivo, preso pelas madei-
ras, grunhindo e estrebuchando, com joias entre
seus restos. Assim que vocês entram no cômodo,
ele se arrasta para fora dos destroços com as
mãos, rasgando seu abdome e deixando seus in-
testinos e pernas para trás, sob a madeira pobre.”
Apesar de não conseguir se levantar do chão, já que só tem
metade do corpo, o Zumbi ainda tentará usar seus resquícios
de memórias para arremessar, sem nenhuma precisão ou força,
as facas, garfos e nojeira nos aventureiros.
Nos restos de seu corpo que ficaram sob o lodo, jóias que ele
mesmo assaltou antes de correr para este cômodo e morrer.
Nem todos os inimigos são uma ameaça
para os aventureiros experientes. Cenas
como essa podem ser desenvolvidas de
forma narrativa, onde você questiona
como os personagens querem eliminar o
zumbi que, sem as pernas, não oferece
uma ameaça real.
- Beholder TV
Qualquer aventureiro que se atreva a vagar por este cômodo,
com as canelas inundadas em nojeira, precisa fazer uma Salva-
guarda de Constituição CD 10. Se falhar, ele fica muito enjoa-
do e vomita, sofrendo penalidades como na condição Envene-
nado até realizar um descanso curto.
Tesouro
As joias são compostas por dois colares perolados (25 PO
cada), quatro anéis incrustados (20 PO cada) e um par de brin-
cos de rubi (80 PO cada brinco).
Porão
Último convés, onde a carga pesada, munição e tesouros são
armazenados.
A única forma de chegar ao porão é pelas escadarias (C10. Ar-
mazém de Animais) que levam para “C14. Carga de Lastro”.
C14. Carga de Lastro
Leia a caixa de texto a seguir:
46
“Enormes barris com palavras como “água” ou
“rum” pintadas em suas laterais, estão espalhados
por essa área. Graças às suas proporções, pare-
cem ter resistido aos impactos. O lodo aqui é mais
denso e mais alto, encharcando acima dos joelhos
e ocultando qualquer corpo ou objeto menor sob o
lodaçal. No fundo deste convés escuro e apertado,
portas duplas parecem a única saída.”
Esta carga tem baixo valor e é destinada ao uso da tripulação e
ao equilíbrio interno do navio. Nenhuma água, bebida alcóoli-
ca ou qualquer suprimento guardado dentro deles é útil e pode
adoecer quem se propor a ingerir. Além disso, projéteis para os
canhões e cargas de pólvora inúteis também estão espalhadas
em caixotes e barris menores sob o lodo.
Apegado às tradições que diziam “um capitão sempre afunda
com o seu barco”, o espírito de Drakkhar 🙃 ainda vaga por essa
área, desesperado pelo seu pertence mais valioso.
Sabendo que não poderia confiar em sua tripulação, Drakkhar
escondeu um poderoso artefato mágico pelo qual estava aficio-
nado em um pequeno baú que só poderia ser aberto por uma
chave mística. Enquanto a chave está oculta em seus aposen-
tos, ele mesmo escondeu o baú no Fundo do Porão, um lugar
onde nenhum pirata buscaria por tesouros.
Quando os aventureiros andarem em direção ao Fundo do Po-
rão, irão se deparar com um eco fantasmagórico. Leia a caixa
de texto a seguir:
“O que parece ser parte da névoa invadindo a em-
barcação se trata de algo ainda mais sobrenatu-
ral. Seus corpos tremem com um calafrio dos pés
à cabeça enquanto a temperatura parece baixar.
A névoa, que antes parecia apenas um borrão,
assume uma forma humanoide, semitransparente
e sutilmente luminescente.
Vestindo um sobretudo, camisa bufante e chapéu
tricorne, o aparente capitão está cheio de perfu-
rações e cortes pelo corpo, expondo seus ossos e
órgãos. Ele caminha, desesperado, de um lado
para o outro, gritando:
“Meu precioso! Meu precioso! Eu escondi! Eu
escondi de vocês, seus malditos! Seus traidores
imprestáveis! É meu! Meu baú dourado! No fun-
do! Escuro! Sim! Na parte mais funda do navio!
Ninguém vai tirá-lo de mim! Meu precioso!”
O fantasma segue resmungando e qualquer interação com ele
é inútil.
Em sua fala, ele se refere ao Fundo do Porão, após as portas
duplas ao sul do cômodo.
 O Espírito de Drakkhar faz parte da mis- A Lanterna da Revelação faz parte da
são pessoal do Clérigo Humano. missão pessoal do Clérigo Anão.
Após avistá-lo leia: Após os aventureiros abrirem o baú leia:

“Uma aparição! A ganância deste ser é
o que está prendendo todas as outras
almas neste navio. Enquanto esta criatura estiver
de pé, este local estará maculado. O Augúrio da
Mestra do Santuário se repete em sua cabeça: Syr,
Charcos Iluminados, Almas agonizantes, uma
prisão flutuante. Tudo se encaixa.”
- Colosimus
“Por um breve instante, você é capaz de
sentir a presença de sua divindade ao
seu lado. À sua frente está o poderoso artefato
perdido: A Lanterna da Revelação. Seu peito se
enche de orgulho por ter cumprido seu
chamado divino.”
- Colosimus

C15. Fundo do Porão Drakkhar,

Leia a caixa de texto a seguir:
“Este cômodo é ainda menor e mais escuro do que
o anterior. Não há saída e pilhas de cordas, teci-
dos e materiais sobressalentes para manutenção
do navio, estão espalhados pelo lugar.
Com o gradual afundar nos Charcos, o lodo infil-
trou no navio e se acomodou em um pequeno lago
nojento que tomou este porão.”
o Amaldiçoado
Tendo o baú ou a Lanterna em posse, os aventureiros provo-
cam a ira do temível capitão Drakkhar, o Amaldiçoado (Pág.
76) que surge da névoa em sua forma fantasmagórica e ataca o
grupo em “C14. Carga de Lastro”, gritando:
“- FILIBUSTEIROS! SACRIPANTAS! MEU
PRECIOSO! ELE É MEU! ELE VEIO ATÉ
MIM!”

Este é o cômodo destinado a suprimentos sobressalentes para

manutenção, que equilibram o peso interno do navio com a Sendo um fantasma, ele é incorpóreo e não pode ser atingido
Carga de Lastro. normalmente, como descrito em suas estatísticas. Contudo,
um dos usos descritos na Lanterna é eficiente contra Drakkhar,
O pequeno baú dourado está escondido sob o assoalho inun- tornando-o tangível para ser ferido por golpes não-mágicos.
dado, mas para procurá-lo, é necessário mergulhar cômodo
adentro. Quando Drakkhar for derrotado, o narrador deve ir imediata-
mente para “A Fuga do Cação Sanguinário”
Os aventureiros podem encontrar o baú facilmente,
mas enquanto procura, o aventureiro fica submerso
em lodo grotesco. Ao sair, ele faz um Salvaguarda
de Constituição CD 13. Se falhar, fica enjoado e
vomita, sofrendo penalidades como na condição
Envenenado até realizar um descanso curto.

Tesouro
O baú dourado está trancado e pode ser
aberto com a chave mágica do cômodo do
capitão ou com um teste de ferramentas
de ladrão de Destreza CD 20 para abrir

Mistério na Ilha da Neblina

ou teste de Força (Atletismo) CD 20
para arrombar. Em último caso, é pos-
sível abrir o baú com a ajuda do povo
de Byrk.

O baú é ornamentado e vale 100 PO.

Se for destruído, perde seu valor.

Em seu interior está a poderosa Lan-

terna da RevelaçãoU.

47
 A Fuga do Cação Quando eles estiverem do lado de fora, todo o resto da embar-
cação será tragada para o fundo do charco. Com a ausência
do poder mágico da lanterna, a energia necromântica que en-
Sanguinário
Mistério na Ilha da Neblina

volvia o navio e os mortos-vivos é expelida e os personagens

podem ver um redemoinho de espíritos que foram libertos se
Leia a caixa de texto a seguir: dissipando nos céus.

“Vocês escutam todos os corpos do navio, ressoan-

O Espírito de Drakkhar faz parte da mis-
do com os gritos do capitão. Suas vozes se tornam são pessoal do Clérigo Humano.
a voz de Drakkhar. Após fugirem do barco, leia:

— NEM MESMO A MORTE FOI CAPAZ DE
ME SEPARAR DO TESOURO! EU VOU AFUN-
DAR TUDO E VOCÊS NÃO LEVARÃO UMA SÓ
MOEDA!
O navio começa a afundar mais rápido do que
nunca.”
Esta é uma cena de fuga. Não há a neces-
sidade de testes ou mecânicas que dis-
traiam os jogadores do pânico. Deixe
claro para eles que não há mais tempo
para explorar o navio ou investigar. É
uma fuga urgente.
Tudo o que eles precisam fazer é
propor a maneira mais rápida de
sair do Cação Sanguinário, antes
que ele afunde e arraste todos char-
co adentro.
Seus atos são dignos de seu santuário.
As almas atormentadas pela ganância do
capitão foram libertas e encontraram seu caminho
para a paz. Ecoando em sua mente, surge a voz da
Mestra do Santuário:
— Você entrou neste navio como um acólito, mas sai
dele como um Cavaleiro do Crepúsculo, Parabéns
(nome do personagem)!
- Colosimus
O Que vem a Seguir?
Com a Lanterna em mãos, os aventureiros podem retornar para
Byrk, fazendo o caminho de volta sem depender de nenhum
teste.
Uma vez na vila, além de poderem descansar, gastar seu ouro
e comemorar, deverão começar os planejamentos para a próxi-
ma parte desta jornada onde irão levar a Lanterna até a base da
Montanha Enevoada.

Lanterna da Revelação Evoluindo de Nível

Esse artefato mágico possui os seguintes poderes en- Ao final desta parte da aventura, o grupo de aventureiros deve
quanto empunhada: evoluir para o nível 4.
Sua luz mágica pode ser ligada e desligada com
uma Ação Bônus e ilumina uma área de 18 metros
de raio.
Uma vez por dia, com uma Ação, a lanterna re-
move as resistências à dano de uma criatura que
esteja na área de efeito da luz por 1 minuto.
Uma vez por dia, com uma Ação, a lanterna dis-
sipa qualquer efeito de ilusão em uma área de 18
metros de raio.

Durante esta cena, você deve narrar aos

jogadores como o navio treme de forma
violenta enquanto afunda, os corpos de
mortos-vivos se agitando com a energia
necromântica e a fuga desesperada dos
personagens.

Caso os jogadores insistam em explorar ou lutar,

reforce que esta é uma cena narrativa, pedindo
para que eles descrevam sua escapada heróica.
- Tio Gruntar

48
 Capítulo 4
A Torre da
Corrupção
A Montanha Enevoada é o ponto final desta jornada, local
onde o grupo de aventureiros poderá, enfim, descobrir
o motivo do desaparecimento de Trum e das outras pes-
soas de Syr.
Foi nas suas faces rochosas que o responsável por todos os de-
sastres da Ilha, Krezzax, ergueu seu laboratório. Acreditando
que estava combatendo um grande mal vindouro, o temível ar-
cano fez tudo ao seu alcance para experimentar artefatos mís-
ticos destrutivos, encantamentos capazes de moldar a natureza
a sua vontade e feitiços que distorcem o corpo e alteram o
comportamento das criaturas.
Krezzax chegou à ilha há mais de um século atrás, iniciando
ali suas pesquisas longe das leis. Para ocultar sua torre dos
diversos navios que circulavam pela região, expandiu e inten-
sificou a neblina que deu nome à ilha, trabalhando em paz du-
rante décadas.
O mago nunca se preocupou com os moradores da ilha, inclu-
sive sequestrando-os quando necessário para seus experimen-
tos. Quando Krezzax acreditava que os moradores de determi-
nado assentamento se aproximavam demais de seus domínios,
ele liberava algumas de suas Aberrações sobre o local ou agia
diretamente com suas magias, devastando por completo toda
a população.
O mesmo quase aconteceu a Byrk quando, há alguns meses,
Lafken se aproximou demais do laboratório. Aprisionado por
Krezzax e levado para servir de cobaia, o marinheiro conse-
guiu fechar um acordo: em troca da sua vida e da vida das
pessoas com quem se importava em Byrk, Lafken sequestraria
desconhecidos pela ilha. Quando o número de opções diminiu,
ele passou a sequestrar pessoas de Syr também.
Mistério na Ilha da Neblina
Krezzax aceitou a proposta, pois assim contaria com constan-
tes cobaias para seus experimentos sem precisar se afastar de
seus domínios. Concedeu a Lafken e seu futuro parceiro Erie-
th (este, também capturado por Krezzax) amuletos para que
pudessem se comunicar com ele e, então, iniciaram a parceria
que só se encerrou com a chegada dos aventureiros.
Utilizando a Lanterna da Revelação
Com a Lanterna da Revelação em mãos, descansados e prontos
para partir, o prefeito Mill e Vrum seguirão com os aventurei-
ros até as proximidades da Montanha Enevoada, onde o artefa-
to poderá ser utilizado.
Chegando em uma colina próxima do local, nos limites da
maior concentração da névoa, Mill indica que os aventureiros
podem usar da Lanterna agora.
Ao usarem a Lanterna, leia a caixa de texto a seguir:
49

“Assim que vocês se concentram no artefato, a
Mistério na Ilha da Neblina
energia mística emitida por ele assume a forma
de raios de luz em todas as direções, afastando
a névoa que recua como se estivesse fugindo da
lanterna.
Após algum tempo de caminhada neblina adentro,
a lanterna revela uma sombria estrutura: incrus-
tada na face rochosa da montanha, se ergue uma
incrível torre arcanaU com mais de trinta metros
de altura, feita com pedras tão escuras que pare-
cem absorver a luz ao redor! Seu topo abobadado
se projeta sobre vocês e o tamanho dessa constru-
ção enche seus corações de medo ao imaginarem
o responsável por erguê-la!”
A Entrada da Torre
da Corrupção
Várias pegadas deformadas e rastros de carroças na selva ao
redor da Montanha Enevoada vão em direção à entrada da tor-
re. Como a neblina impedia acessos indesejados, aqueles que
seguiam para o local não se preocupavam em esconder seus
rastros.
Alcançado a entrada, leia a caixa de texto a seguir:
“Vocês interrompem sua caminhada quando
alcançam uma rampa de muitos metros de com-
primento, que se encerra em um par de portas
estonteantes e ameaçadoras.”
A Torre da Corrupção faz parte da missão
pessoal do Mago.
Logo após os aventureiros avistarem as
portas duplas leia:
“Aqui está o responsável pelos símbolos.
Dentro desta torre você terá as respostas que
tem buscado.”
A Torre da Corrupção faz parte da missão pessoal
do Feiticeiro.
Logo após entrarem na torre leia:
“Seu artefato ressoa impacientemente, como se
te puxasse para dentro da torre. Ele anseia por
encontrar sua metade. Anseia estar completo.”
- Colosimus
Assim que os aventureiros colocarem os pés no ponto mais
alto da rampa, estarão há poucos metros das portas. Contudo,
no caminho, um símbolo de projeção arcana estampa o chão.
Este símbolo é o mesmo apresentado em “Ruínas de Narati”
e os personagens podem identificá-lo como o mesmo que pro-
jetou Krezzax.
50
Antes deles investigarem o local, o símbolo se ativa de imedia-
to, revelando uma distorcida ilusão da figura encapuzada do
Suserano da Corrupção que ergue sua voz com prepotência:
“O símbolo volta a projetar a mesma figura enca-
puzada, com braços compridos e pedra brilhante
em forma de meia-lua na testa.
- Vejam só! Conseguiram dissipar minha névoa
com essa maldita lanterna! Se acham muito
capazes? Por favor, entrem! Usar os corpos de
vocês para os meus experimentos vai compensar
o tempo que me custará para refazer o ritual da
neblina!
A projeção some em seguida, com as portas abrin-
do magicamente, como se recepciona-se vocês
para dentro de suas próprias tumbas.”
Krezzax está certo do seu sucesso. Por
isso, ele age de forma imprudente. É
importante entender a personalidade e as
motivações de um vilão ao interpretá-lo.
Nesse caso, sua arrogância se reflete em
sua fala e decisões.
Todo “bom vilão” possui uma estrutura narrativa
construída previamente. Durante toda essa campa-
nha, Krezzax foi prenunciado, tendo sua presença
inserida em vários momentos, para que os aventu-
reiros pudessem conhecer seus feitos, sua persona-
lidade e suas motivações.
Mesmo que Krezzax tenha motivações nas quais
acredita para fazer atos terríveis, ele ainda é o
vilão desta história. Todos esses momentos pré-
vios ajudam a criar uma conexão de ódio e rancor,
importantes para que os aventureiros lutem até o
fim para derrotá-lo.
- Beholder TV
Características Gerais da Torre
Uma vez do lado de dentro, a torre conta com algumas carac-
terísticas recorrentes que se repetem em sua extensão, salvo
indicação contrária:
DIMENSÕES: Cada cômodo tem suas próprias lar-
guras, mas a altura de 6m se repete em todos eles.
ESTRUTURA: Apesar de utilizar parcialmente a
estrutura de uma montanha, as paredes são tão retilí-
neas quanto o corredor de entrada. Tudo foi erguido
com escuras pedras magicamente alinhadas em ân-
gulos perfeitos.
PORTAS E JANELAS: Cada porta é um objeto
de pedra adornada e os ambientes não contam com
janelas. As portas estarão abertas, a não ser que a
descrição do ambiente diga o contrário.
 L7
Passagem
L6

L5

L3 L4
L1 - Salão de Entrada
L1 L2
L2 - Depósito Desenvolvimento
L3 - Morada dos Grotescos Ao fim do combate, os aventureiros podem investigar a sala e
L4 - Prisão encontrar:
L5 - Laboratório
L6 - Aposentos Pessoais O mapa da Ilha da Neblina, com marcações de vilas
L7 - O Caos Aprisionado arruinadas, rotas dos sequestros e pontos de interesse
como o Monastério Narati e a caverna dos traidores
de Erieth e Lafken. As anotações mais recentes estão
em Byrk e seus arredores.
Um manifesto que conta sobre um experimento bem-
L1. Salão de Entrada -sucedido enviado recentemente. Não há explicações
do que se trata o experimento, mas há o destaque para
Assim que passarem pelas portas da entrada, os aventureiros o termo “Experimento 293” e o endereço de envio
chegam em um amplo salão. para uma cidade chamada Meride.

Leia a caixa de texto a seguir:

Tesouro
“Carroças e correntes estão espalhados por este Entre as caixas e barris que estão empilhados próximos das
grande salão. Marcas de sangue mancham chão e carroças, os aventureiros podem encontrar:

Mistério na Ilha da Neblina

paredes e, no centro, uma cadeira adornada está
atrás de uma ampla mesa onde mapas e tinteiros
repousam.
Há uma porta na parede à esquerda e escadarias
que sobem na parede à direita, mas antes que
possam alcançar qualquer uma dessas saídas,
criaturas bestiais rosnam e atacam vocês.”
Este é o cômodo usado pelas abominações para trazer as co-
baias de Krezzax, prendê-las em grilhões e receber novas or-
dens do Suserano da Corrupção.
Contudo, antes que possam ver mais detalhes, duas abomina-
ções já estavam esperando por eles, atacando-os imediatamen-
te.
Essas abominações são dois Grotescos Paquidermes (Pág. 76)
com um dos braços em forma de tromba, pele como couro de
elefante e face deformada por duas grandes presas.
1 poção de renovação mágica menor. (restaura um
espaço de magia de 1o ciclo)
Botas Élficas, que concedem vantagem em testes de
Furtividade, para mover-se silenciosamente.
Um dos Grotescos Paquidermes possui um molho de
chaves que abre a porta gradeada que leva para “L4.
Prisão”.
L2. Depósito
A porta à esquerda em “L1. Salão de Entrada” traz para este
cômodo.
Suas paredes acumulam estantes e caixas de todo tipo, abarro-
tadas de itens dos mais variados.
Leia a caixa de texto a seguir:

51
 “Diversas estantes e caixas tomam as paredes,
abarrotadas de pergaminhos, papéis, livros, pe-
Mistério na Ilha da Neblina
nas, tinteiros, mapas, compassos, réguas, ábacos
e muitos frascos guardando diversos líquidos de
cores diferentes, além de componentes arcanos.
No centro há uma grande mesa de carvalho que
traz listas de controle de estoque, além de ba-
lanças e medidores de todo tipo, utilizados para
retirar do estoque as medidas necessárias para
trabalhos alquímicos dos mais variados.”
Tesouro
Os aventureiros podem realizar um teste com ferramentas de
herbalismo ou alquimia de Inteligência. Se bem-sucedido, o
personagem encontra ingredientes e prepara rapidamente uma
poção. Se passar em CD 12, prepara a poção de cura (2d4+2),
mas se passar em CD 15, prepara a poção de cura maior
(4d4+4).
Não há outras saídas nesse cômodo.
L3. Morada dos Grotescos
A escadaria à direita em “L1. Salão de Entrada” traz para este
cômodo. Assim que sobem as escadas, chegam a um cômodo
insalubre. Leia a caixa de texto a seguir:
“O fedor é a primeira coisa a atingir vocês. Em
um canto do apertado cômodo, veem um amonta-
do de carcaças e restos de animais mortos. Objetos
velhos como ferramentas quebradas e roupas
rasgadas se acomodam nas paredes, parecendo
improvisar camas. As escadas continuam subindo,
mas do outro lado da sala há uma porta gradea-
da.”
Este é o cômodo onde os GrotescosU descansam e aguardam
por ordens, enquanto garantem a segurança da porta gradeada
que leva à prisão que está trancada (podendo ser aberta com o
molho de chaves que está com um dos Grotescos Paquidermes
ou com um teste de ferramentas de ladrão de Destreza CD 15).
Investigando o local, encontram uma série de objetos pessoais,
provavelmente relacionados as vidas anteriores as deforma-
ções arcanas que sofreram.
A Morada dos Grotescos faz parte da
missão pessoal da Barda.
Ao avaliarem os pertences dos Grotescos
leia:
“Dentre os pertences dos Grotescos, você
encontra uma Ocarina, similar às utilizadas pela
Ordem da Liberdade e Emancipação. Na parte de
trás, está escrito o nome de sua dona, Varishja. Seu
sangue ferve. Um desses Grotescos que você aca-
bou de derrotar era um membro da ordem.”
Após liberarem Elara em L4, leia:
“Esta vitória vem com um gosto agridoce. Você não
chegou a tempo de salvar Varishja, mas conseguiu
salvar sua companheira Elara. Você honrou seu voto
com a sua Ordem.”
- Colosimus
52
L4. Prisão
A porta gradeada em “L3. Morada dos Grotescos” traz para
este cômodo.
Os sequestrados que ainda não foram levados para o labora-
tório são aprisionados aqui. Além disso, Krezzax também usa
este cômodo para encarcerar seus experimentos animalescos.
Leia a caixa de texto a seguir:
“O fedor de restos de comida cheio de moscas ao
redor ocupa as celas de metal escuro, algumas
vazias, outras com tristes prisioneiros de todo tipo.
Antes mesmo de vocês verem cada prisioneiro em
detalhes, uma voz de menino chama a atenção
para uma gaiola pendurada sobre suas cabeças.
- Ei, ei, vocês aí! Vocês têm cara de heróis! Foram
vocês que fizeram aquela barulheira lá embaixo?
Me tirem daqui!”
Estão presos nesse ambiente insalubre as seguintes vítimas:
ELDRIN é o garoto desaparecido descrito na missão
secundária “Cara, Cadê meu Filho?” no Capítulo 2.
ELARA, uma patrulheira Elfa. Elara e sua amiga
Varishja foram aprisionadas por Lafken quando, ao
buscar no porto de Syr por um transporte até a região
de Bhorg’dra, foram convencidas pelo pescador a se-
guir com ele. Ela faz parte da Ordem da Liberdade e
Emancipação e sua companheira foi levada e nunca
mais voltou. Elara está na mesma cela que Andrus e
vários outros humanoides.
ANDRUS, um construtor de barcos do porto de Syr,
é um dos raríssimos prisioneiros que foram levados
até o laboratório e trazidos de volta. Após sofrer os
experimentos, Andrus se tornou um infiltrado na pri-
são. Sem saber o que foi feito com seu corpo, ele se
sente desconfortável o tempo todo. Os experimentos
programaram Andrus para agradecer e abraçar a pes-
soa que abrir a cela com intenção de libertá-lo. Ao
realizar o abraço, seu corpo irá derreter em ácido bor-
bulhante enquanto grita, causando 13 (4d6) pontos
de dano necrótico. Uma Salvaguarda de Constituição
CD 13 reduz à metade. Se os aventureiros conversa-
rem com Andrus antes de abrir a cela, podem realizar
um teste de Sabedoria (Intuição) CD 13 para notar
que tem algo errado com ele, recebendo vantagem na
Salvaguarda de Constituição.
Além dos humanóides, animais foram transformados em
monstruosidades, ocupando várias celas e gaiolas. Entre eles,
estão aves-lagartos, morcegos-mosquitos, polvos-sombras en-
tre outras combinações experimentais.
Cada uma das jaulas e gaiolas conta com um pesado cadeado.
Um teste de Destreza (Ferramentas de Ladrão) CD 10 permite
que sejam abertas, libertando o encarcerado.

O que os prisioneiros sabem:
Após serem levados das celas, eles não voltam mais
como eram antes, sendo transformados em Grotes-
cos sem memórias. Contudo, existem exceções como
Andrus.
O último prisioneiro, levado há algumas horas atrás,
foi um gnomo chamado Trum.
Eles são alimentados por Grotescos que aparecem em
rondas imprevisíveis.
Eles ouviram Krezzax gritar para os Grotescos na
sala ao lado que “levassem os imensos grilhões para
o topo da torre”. Esses são os grilhões usados no dra-
gão em “L7. O Caos Aprisionado.”
Após serem transformados em Grotescos, as pessoas
perdem as memórias.
Os prisioneiros não possuem nenhum item ou riqueza. Se fo-
rem libertos, aproveitarão que a neblina mágica foi dispersa
para encontrar seu caminho para a vila.
L5. Laboratório
A escadaria à direita em “L1. Salão de Entrada” traz para este
cômodo que está acima de “L3. Morada dos Grotescos”.
As cobaias são trazidas da prisão para este lugar amplo e
cheio de equipamentos, onde Krezzax faz seus experimentos
sinistros. O local é uma materialização de um pesadelo, com
criaturas vivas, mortas e distorcidas e misturadas durante os
experimentos do mago insano.
Leia a caixa de texto a seguir:
“Um pesadelo se mostra a vocês assim que as
portas deste cômodo são abertas. Diversas mesas
estão cobertas por frascos, ferramentas e pedaços
de todo tipo de animal e humanoide, nos mais
diversos estados de decomposição, enquanto cria-
turas encontram-se presas em jaulas e macas, a
mercê dos doentios projetos do proprietário deste
lugar.
Tão logo vocês entram, um pequeno Gnomo
começa a gritar por ajuda: ele é Trum, irmão de
Vrum, e encontra-se preso em um aquário no
centro do cômodo, com tubos de cobre saindo do
chão e se conectando a ele.
- Me ajudem! Me tirem daqui! Ele vai me
matar!”
Os aventureiros podem entrar no laboratório, mas assim que
ficarem a 3 metros do aquário, dois eventos acontecem:
Entre as muitas jaulas, há um Loboceronte (Pág. 77),
uma mistura grotesca com grandes partes de rinoce-
ronte e pelagem e presas lupinas. A grade de sua cela
abrirá imediatamente, libertando-o. Ele atacará, dan-
do início a um combate.
Os tubos de cobre conectados ao aquário começam
a cuspir um líquido viscoso e esverdeado ao redor de
Trum.
Os aventureiros percebem facilmente que, com base no volu-
me de substância que está inundando o aquário, eles têm 4 ro-
dadas até que Trum seja completamente coberto pelo líquido.
O que eles não sabem, é que ao fim dessas 4 rodadas e se não
conseguirem libertá-lo, ele se transformará em uma monstruo-
sidade, como os Grotescos, ficando inconsciente.
Para libertá-lo, os aventureiros precisam realizar um teste de
Inteligência (Arcanismo), Inteligência (Investigação) ou Sabe-
doria (Percepção) CD 15.
Ao ser bem-sucedido, o personagem nota que os tubos de co-
bre, apesar de entrarem no chão, surgem novamente sob dois
cantos distintos da sala, abaixo de bancadas. Sobre cada uma
das duas bancadas há um botão que parece estar conectado a
um dos tubos mais finos.
Se os aventureiros não procurarem nada ou se falharem em
todos os testes até o final da segunda rodada, Trum, desespe-
rado, irá gritar que viu Krezzax mexendo em uma bancada em
um dos cantos da sala enquanto um monstro elefante mexia em
outro. Isso concede aos personagens a permissão de refazerem
os testes com vantagem tentando encontrar os botões.
Os dois botões nos cantos distintos da sala precisam ser pres-
sionados ao mesmo tempo. Se apenas um deles for pressio-
nado, o botão irá travar e emitir uma leve luminescência que
também brilhará no outro botão, indicando que ambos preci-
sam ser apertados juntos.
Quando os dois forem pressionados juntos, o líquido para de
escorrer e uma porta se abre no aquário, permitindo a saída
de Trum.
Uma cena em que os personagens se
safam por um triz é muito memorável,
porém uma em que eles falham misera-
velmente é ruim.
Em momentos de tensão como este, é
importante você equilibrar a condução
da cena. Não se trata de deixá-la mais fácil ou
mais difícil, mas sim de adaptá-la para o estilo de
jogo dos seus jogadores.
Os aventureiros precisam sentir a tensão do
momento, mas ao mesmo tempo é interessante que
eles participem de maneira efetiva. Algumas ações
por parte dos jogadores podem facilitar ou dificul-
tar a busca pela solução da cena.
Mistério na Ilha da Neblina
Se eles tiverem boas ideias e descobrirem facil-
mente os botões que soltam Trum, vão resolver a
situação rapidamente. Nesse caso você não precisa
facilitar a percepção das pistas e nem a solução
do problema. Caso os jogadores tenham muita di-
ficuldade de entender a ameaça, você pode utilizar
artimanhas para ajudá-los discretamente, por
exemplo, Trum pode gritar uma pista direta sobre
a localização dos botões.
- Tio Gruntar
53

Mistério na Ilha da Neblina
Desenvolvimento
Ao fim do combate, se os aventureiros falharem em salvar
Trum, ele estará transformado em um Grotesco e inconscien-
te. Caso contrário, irá agradecer incessantemente por ter sido
salvo:
“- Obrigado! Obrigado! Tomem cuidado! Esse
mago é insano! Ele me prendeu aqui dentro,
ativou essa armadilha, e saiu às pressas!”
Se questionarem a razão de Trum estar na vila, ele explica que
é um aventureiro nato e veio para Byrk para investigar os desa-
parecimentos, ajudando o Prefeito Mill. Contudo, foi derrota-
do por um Grotesco e capturado.
Quando não tiverem mais o que conversar com ele, Trum irá
dar no pé, querendo reencontrar seu irmão agora que a nebli-
na macabra foi dispersa. Investigando o local, os aventureiros
encontram um equipado laboratório com diversas bancadas,
prateleiras e aparatos científicos. Frascos de formas incomuns,
fornos, utensílios de ouro entre outras ferramentas ocupam os
armários. Dentre todo esse material, destacam-se:
Um frasco de vidro com um belíssimo líquido trans-
parente que lembra águas cristalinas. No frasco está
incrustado o símbolo de Illynara, interpretada como
a deusa da natureza. Um teste de Sabedoria (Religião)
CD 20 revela que o líquido é originado do Oásis do
Pranto Silvestre, um local mitológico e sagrado, co-
nhecido por ter surgido na Era dos Milagres, cuja len-
da diz ser capaz de curar qualquer ferimento.
Pequeno frasco com um líquido rubro-negroU que
traz calafrios. No frasco está incrustado o símbolo de
Hieldy, interpretada como a deusa da morte. Um teste
de Inteligência (Arcanismo) CD 20 revela que o fras-
co contém uma mistura de uma simulação artificial
do sangue de Hieldy com uma substância original
criada por Krezzax.
54
Ao lado dos frascos, estão pergaminhos com anota-
ções laboratoriais. Se estudados, revelam que Krez-
zax usava da água do Oásis, somada às substâncias
artificiais, para criar suas aberrações. Nas notas, ele
reforça que tal experimento é necessário para impedir
que uma das 12 profecias se cumpra, mas não há nada
sobre elas ou do que elas se tratam.
Em uma das bancadas ao lado de um dos botões,
estão pergaminhos sobre o uso de runas arcanas em
um experimento denominado “293” que aborda con-
trole mental. Ao lado, uma anotação diz: “Enviar à
Kubashito”.
Ao lado da jaula do Loboceronte, pergaminhos com
grafia que parece diferente da de Krezzax, ensinam
como criar a monstruosidade. Anotações apontam
que essas informações são tiradas do livro de Dra-
siazus e há uma assinatura de Kubashito ao final.
Os aventureiros podem fazer um teste de Inteligência (Histó-
ria) CD 20, para saber que Kubashito é um antigo elfo arcanis-
ta, pesquisador de criaturas e planos de existência.
A única saída deste cômodo, além da escadaria que usaram
para entrar, é através de uma porta na parede esquerda do la-
boratório que dá para uma nova série de escadas que sobem.
Tesouro
Os aventureiros encontram uma poção de cura maior (4d4+4)
e uma armadura de couro batido especial, a Carapaça do De-
funto.
Carapaça do defunto
Armadura leve (CA 12 + DES)
Essa armadura foi feita com couro de um morto-vivo. Ela con-
cede vantagem em Salvaguardas que causem dano necrótico.
O frasco com líquido rubro-negro faz par-
te da missão pessoal do Druida.
Ao investigarem ele, leia:
“Na presença deste líquido rubro-negro,
você entende tudo que estava sentindo
de errado nesta região. É uma energia pútrida e vil,
que aos poucos, contamina o ambiente ao seu
redor. Isto é o catalisador dos experimentos, o
responsável pelas mutações.
Isto deve ser destruído.”
Após a destruição o frasco, leia:
“A sensação de incômodo e inquietação do
ambiente some no exato momento que o frasco é
destruído. Agora, sem intervenções mágicas, o ciclo
da natureza pode seguir seu curso.”
- Colosimus
L6. Aposentos Pessoais
A escadaria à esquerda em “L5. Laboratório” traz para este
cômodo.
Estes são os aposentos pessoais de Krezzax, local onde o mago
insano descansa entre suas pesquisas sinistras e guarda suas
principais riquezas e pertences pessoais.
O final da escadaria dá para uma porta trancada, podendo ser
aberta com um teste de ferramentas de ladrão de Destreza CD
15 ou com um teste de Força (Atletismo) CD 15.
Ao abrirem a porta, leia a caixa de texto a seguir:
“Luxo é a palavra que descreve o local. Tapetes de
pelagens de animais estampam o chão. As paredes
estão repletas de livros e pergaminhos guardados
em estantes adornadas, além de móveis diversos
como cama, espelhos e armários. Tudo é muito
opulento.
Uma confortável poltrona aveludada está atrás de
uma larga mesa onde uma maquete está posicio-
nada, além de documentos e tinteiros.
Na parede à direita, um grande quadro com
moldura dourada belíssima chama a atenção, por
estar completamente branco.”
Ao investigarem o local, os aventureiros podem fazer um teste
de Inteligência (Arcanismo) ou Inteligência (Investigação) CD
13. Se forem bem-sucedidos, percebem que há efeitos mágicos
de ilusão protegendo o quadro.
Se a Lanterna da Revelação for utilizada no quadro, a branqui-
dão é dissipada, revelando uma linda pintura:
“O quadro como um todo é uma obra dramáti-
ca apegada às formas, borrões e curvas que se
assemelham muito à realidade, sendo quase uma
apresentação teatral em movimento.
No centro do quadro, há um lago de águas crista-
linas rodeado por uma densa floresta.
Acima do lago, deitada, uma mulher de pele
parda, vestida em folhas e musgo, chora. Suas
lágrimas escorrem pela face corada até pingarem
nas águas.
Na extremidade esquerda do lago, outra mulher,
pálida, coberta por panos sombrios que parecem
fumaça, fere a própria mão com uma lâmina
curva. O sangue escorre da palma e pinga nas
águas, projetando uma mácula avermelhada que
contamina o lago.
Na extremidade direita do lago, monstruosidades
como os Grotescos que vocês viram, se arrastam
para fora das águas com dor e agonia, até se er-
guerem e marcharem como uma exército bizarro.”
Há um pergaminho escondido atrás do quadro que pode ser en-
contrado com um teste de Inteligência (Investigação) ou Sabe-
doria (Percepção) CD 15, enquanto os aventureiros vasculham
o cômodo. No pergaminho se encontra uma das 12 profecias
que diz:
“A bestialidade incontrolável se alastrará nas terras
verdes quando a piscina de água salgada for batiza-
da com o sangue da morte. Desse leito, antes fonte
de vida, se tornará nascente de horrores.”
Finalmente, sobre a mesa central, está uma pequena maquete
com elementos mágicos de um altar. No centro da maquete há
uma grande coluna ritualística, com um dragão aprisionado
sobre ela. Ao seu redor, ergue-se uma redoma mística energi-
zada por raios mágicos que partem de duas estátuas humanoi-
des feitas de pedra. Qualquer interação com as estátuas faz a
redoma desaparecer.
Tesouro
No cômodo, os aventureiros encontram:
Pergaminho de Névoa Obscurecente.
Pergaminho de Flecha Ácida.
Poção de renovação mágica maior. Restaura um
espaço de magia de 2o ciclo.
O Cálice da Mácula Divina descrito na missão secun-
dária “A Busca do Cálice SagradoU” no Capítulo 2.
Objetos de arte e gemas que valem 200 PO, além de
uma bolsa moedas que totalizam 50 PO.
Diversos estudos de Krezzax sobre o símbolo de pro-
jeção arcanaU.
A única saída do cômodo, além da porta pela qual entraram, é
uma pesada porta de mármore que dá para uma opulenta ponte
suspensa que leva montanha adentro.
A Busca do Cálice Sagrado faz parte da
missão pessoal do Ladino.
Após vasculhar o tesouro e pegarem o
cálice, leia:
“Este é o Cálice que Gelder pediu. Falta
apenas um passo para você completar sua missão
com a Guilda dos Recuperadores.”
O Símbolo de Projeção Arcana faz parte da missão
pessoal do Mago.
Mistério na Ilha da Neblina
“Este conjunto de estudos explica detalhadamente
como Krezzax fez para expandir e ampliar o poder
arcano das runas do símbolo.
Isto é de um valor imensurável! Há muito conheci-
mento presente nestes manuscritos que precisarão
de tempo para serem estudados!”
- Colosimus
L7. O Caos Aprisionado
A opulenta ponte suspensa de saída em “L6. Aposentos Pes-
soais” cruza o alto das montanhas, sendo atingida por rajadas
de vento. Ao atravessarem ela, alcançam um arco de pedra que
serve de entrada para uma caverna.
Ao entrarem, leia:
55
 Com os Protetores derrotados, a redoma desaparecerá e Krez-
“Após cruzarem a ponte, um arco de pedra dá zax interrompe seu ritual para enfrentar os aventureiros.
passagem para um gigantesco e alto ambiente
Mistério na Ilha da Neblina

abobadado de paredes tortuosas. Um enorme cone
de luz se projeta da abertura no teto, revelando o
maquiavélico ritual que está sendo realizado.
Um enorme pilar cheio de símbolos e runas
incrustadas está no centro da caverna, sob a luz,
com dezenas de metros e correntes que sobem por
ele e se amarram a um gigantesco dragão azul
aprisionado sobre o pilar.
Krezzax, ao lado do ritual, projeta palavras
mágicas com berros potentes, protegido por uma
enorme redoma mágica.
Duas grandes estátuas humanoides, golens de pe-
dra, projetam raios de energia mágica de cristais
em seus troncos que alimentam a redoma.”
A redoma energizada pelos golens é intransponível e protege
Krezzax (Pág. 77) contra tudo.
Ambos os golens, Protetores da Corrupção (Pág. 77), preci-
sam ser derrotados para que a redoma pare de funcionar.
Os Protetores atacam se os aventureiros tentarem se aproximar
da redoma, dando início a um combate. Nesse momento, Kre-
zzax nota a presença deles, gritando:
“- Seus idiotas! Vocês fizeram bem em chegar até
aqui, mas assim que eu terminar de dominar este
temível dragão, vocês estarão condenados!”
Antes do combate com o Suserano da Corrupção começar, o
enorme dragão azul com a bocarra acorrentada fala mental-
mente com os aventureiros:
“- Bípedes inferiores! Soltem-me destas correntes
e Krezzax sentirá minha fúria!”
Os aventureiros tomam imediata percepção de que grilhões
pesados de metal bem feito impedem que o dragão possa ser
libertado facilmente. Contudo, as mordaças de couro estão
sendo sustentadas por apenas duas correntes que mantêm a
bocarra do dragão fechada.
Cada uma das duas correntes ao redor da mordaça está presa
em um dos lados do pilar ritualístico. Para romper a corrente,
é necessário um teste de Força (Atletismo) CD 15 ou um tes-
te com ferramentas de ladrão de Destreza CD 15. A corrente
também pode ser atacada, tendo 15 PV.
Enquanto estão em combate com Krezzax, os aventureiros po-
dem tentar libertar a cabeça do temível dragão azul. Se forem
bem-sucedidos, imediatamente após se soltar, a fera emitirá
um sopro em Krezzax que causa 66 (12d10) pontos de dano
elétrico se falhar, ou metade do dano em caso de sucesso em
uma salvaguarda de Destreza CD 19. Ele não poderá soprar
novamente durante o combate, estando cansado e ferido.

O ritual que está sendo realizado por Krezzax irá se concluir

em 10 rodadas. É o tempo que os aventureiros têm para derro-
tar os golens.

Ao final da décima rodada, o ritual se encerra e os aventureiros

fracassam. Krezzax liberta o dragão dos grilhões, que agora
está sob seu controle. Antes que o dragão destrua todos os
aventureiros, há uma curta janela de tempo para que os perso-
nagens dos jogadores fujam. Com o dragão sob seu comando,
Krezzax reafirma seu controle sobre a Ilha da Neblina.

56
O combate acaba com a derrota de Krezzax.
Com a magia do Suserano da Corrupção não mais presente, o
dragão azul, Thalassar, o Vigia do Abismo, é capaz de reunir
as suas forças para se libertar das correntes, caso os jogadores
se recusem a fazê-lo. Se o dragão azul se libertar sozinho, este
método é destrutivo para o ambiente, uma vez que está furioso,
devastando toda a caverna enquanto os aventureiros fogem.
Tesouro
Investigando o corpo do mago, os aventureiros encontram:
Manto do Deslocamento
Cajado da Corrupção
Fragmento misterioso U.
Manto do Deslocamento
Enquanto vestir este manto, ele projeta uma ilusão sua que
dificulta seus inimigos te localizarem. Jogadas de ataque contra
você tem Desvantagem. Se você sofrer dano, a propriedade
deixa de funcionar até o início do seu próximo turno.
Esta propriedade é suprimida enquanto você estiver incapacita-
do, contido ou, de alguma outra forma, incapaz de se mover.
Cajado da Corrupção
Pode ser utilizado por bruxos, druidas, feiticeiros ou magos.
Você tem resistência a dano necrótico enquanto estiver segu-
rando esse item.
O cajado tem 10 cargas. Enquanto o estiver segurando, você
pode usar uma ação para gastar 1 ou mais cargas para conjurar
uma das seguintes habilidades:
Toque da corrupção (2 cargas) Ataque corpo a corpo:
(Bonus de atributo +2) para acertar, Dano: 3d10 necró-
tico.
Raio da corrupção (3 cargas) Ataque à distância (18
metros): (Bonus de atributo +2) para acertar, Dano: 3d10
necrótico.
Bruma corrupta (4 cargas) Ataque em área (esfera de
6 metros de raio) à no máximo 18 metros de distân-
cia: Cada criatura na área sofre 3d10 pontos de dano
necrótico ou metade se forem bem sucedidas em uma
salvaguarda de Constituição DC 14
O cajado recupera 1d4+3 cargas gastas diariamente ao ama-
nhecer.
O Fragmento Misterioso faz parte da
missão pessoal do Feiticeiro.
Quando estiverem procurando os tesouros
de Krezzax, leia:
Novamente seu artefato ressoa incessantemente.
Mas desta vez ele sai de sua posse e começa a flu-
tuar no meio da sala. Outros pequenos fragmentos
começam a voar, vindo de algumas mesas próximas.
Aos poucos, todas as peças vão se unindo em uma
forma esférica.
Elas se conectam em um sonoro clique, projetando
um flash de luz para logo em seguida, você sentir
algo pousando em suas mãos.
É o artefato, agora completo. A Orbe do Flagelo
Místico.
A volta para a vila de Byrk faz parte do final da
missão pessoal do Ladino.
Quando for abordar Gelder Navar ele responderá:
“— Olha só quem está de volta! E com a missão
completa ainda! O Cálice em mãos, que beleza!
Você honrou a sua palavra e eu, como não sou
nenhum tipo de traidor, como fui falsamente
acusado, retornarei para Syr com vocês!”
- Colosimus
Os aventureiros, heroicamente, foram bem-sucedidos em aca-
bar com Krezzax e libertaram a Ilha da Neblina de sua ma-
léfica presença. Muitas ameaças foram eliminadas e a trama
descoberta revela as verdades sobre profecias e as maldições.
Com o fim de Krezzax, a vila de ByrkU estará livre da incer-
teza que tomava o local e, com o tempo, crescerá como entre-
posto comercial.
Caso Erieth e Lafken tenham sobrevivido, eles serão aprisio-
nados, pagando assim por seus crimes. Caso Trum sobreviva,
Vrum ficará feliz com o retorno de seu irmão, se dispondo a
levar o grupo de aventureiros de volta ao continente.
O prefeito Mill e os demais moradores agradecem imensamen-
te ao grupo e os convida para permanecer por alguns dias na
Mistério na Ilha da Neblina
vila, desfrutando da paz e da tranquilidade do lugar.
Alguns aventureiros, provavelmente possuem algumas pontas
soltas para serem resolvidas na cidade de Syr. Cabe a você,
narrador, finalizar essas pontas soltas.
Esta campanha acaba aqui, mas caso queira, Phantyr ainda
trás ameaças muito maiores e muitas outras oportunidades de
aventura! Como, por exemplo, o Embaixador Draconato e Syr,
que se encontram nos apêndices deste livro.
Nos vemos no Livro de Campanha Phantyr!
Evoluindo de Nível
Este é o final da campanha. Se você e seus jogadores ainda
quiserem continuar, podem evoluir os personagens para nível
5, usando o Livro do Jogador 5E.
57
 Apêndices
Mistério na Ilha da Neblina
Syr – Cidade Grande
População: 23,700 (Humanos 42%,
Anões 31%, Draconatos
12%,Elfos 5%, Halflings 2%,
outros 8%)
Governo: Conselho
Religião: Culto ao deus Gawelin
Clima: Temperado
Defesa: Pequena guarda Local
Importação: Grãos, Laticínios, Frutas,
Vegetais, Madeira e Metal.
Exportação: Armas, Armaduras e Ferra-
mentas, Manufaturados de couro e Joias.
Syr, o Porto das Lâminas, é uma das principais cidades livres
do oeste de Phantyr. Atua como um grande centro comercial,
atraindo comerciantes e compradores de todo o mundo. Suas
armas e armaduras foram utilizadas em praticamente todos
conflitos ao longo do último século.
Dois fatores foram essenciais para o Porto das Lâminas tor-
nar-se um gigante comercial. O primeiro é sua localização es-
tratégica na Costa do Sol Escarlate, facilitando o escoamento
de mercadorias para diversos reinos de Phantyr. O segundo e
talvez o mais importante, é a existência da Universidade Forja
de Mãos e Mentes na cidade, que forma alguns dos melhores
profissionais de Phantyr.
Anualmente, a instituição forma 20 de seus mais habilidosos
estudantes, que após anos de estudos e uma rigorosa prova final
de talento, graduam-se como ferreiros capazes de forjar armas
e armaduras de qualidade excepcional. Esses itens, juntamente
com muitos outros produzidos pelos aprendizes durante seu
tempo na escola, financiam suas atividades da Universidade,
sem mencionar os inúmeros patrocínios do Conselho da Cida-
de e outros parceiros.
58
História da Fundação
até os Dias Atuais
A história recente de Syr começou quando Taurdros, um dra-
conato que liderava as terras a oeste da Cordilheira Volakas,
enfrentava uma grande crise. Suas tribos estavam sob ataque
de criaturas extraplanares nunca antes vistas, ameaçando a
própria existência de seus domínios.
Para enfrentar essa situação, Taurdros prometeu riquezas a
quem armasse seus homens rapidamente. Syrvarun Forja In-
cansável, líder de um clã nômade de anões, aceitou o desafio.
O desafio consistia em armar 1300 draconatos em três meses
de inverno, e o clã Forja Incansável manteve suas forjas acesas
dia e noite. Ao término do período, os machados finais foram
entregues aos soldados de Taurdros, possibilitando que o exér-
cito expulsasse as criaturas de suas terras.
No momento de honrar sua dívida, Taurdros propôs ouro e
joias como pagamento, mas Syrvarun tinha outras intenções.
Cansado da vida nômade, o líder anão desejava um novo lar
para seu povo. Ele pediu, então, um pedaço de terra para que
sua gente pudesse se estabelecer e criar raízes.
Comprometido pela dívida de honra, Taurdros se viu obrigado
a aceitar a proposta. Assim, nasceu Syr!
Com o novo território, o líder anão iniciou sua verdadeira mis-
são de criar um espaço para preservar e aprimorar a arte da
forja, onde artesãos de todas as raças compartilhassem conhe-
cimento. Este local, na parte alta de Syr, tornou-se rapidamen-
te uma renomada escola, com Syrvarun como seu primeiro
mestre: a Universidade Forja de Mãos e Mentes.
Atraindo talentosos ferreiros, a cidade se tornou rapidamente
uma grande fornecedora de armas para as principais potências
do mundo.
Em seus mais de 230 anos, Syr sofreu um único ataque em
2805, pela frota da pirata gnoma Neska Sombra Sinistra, que
almejava transformar a cidade em sua base de operações. Pela
primeira vez, as forjas se silenciaram: ferreiros e artesãos tro-
caram suas bigornas por martelos de guerra, mercadores usa-
ram espadas de seus mostruários e até bandidos enfrentaram
os piratas. O evento é celebrado anualmente com a cidade apa-
gando suas forjas por dois dias e promovendo um festival com
música, dança e bebidas.
Syr vive uma era de prosperidade, mas, como toda grande ci-
dade, enfrenta desafios. Disputas por minerações, atividades
de cultistas, conflitos políticos entre facções e desaparecimen-
tos frequentes mantêm a população em alerta.
Descrição
Syr destaca-se como uma cidade costeira, com uma baía a
oeste capaz de abrigar 23 grandes navios de carga em espera,
enquanto o porto possui capacidade para receber simultanea-
mente até 5 embarcações distintas para carga e descarga. Ori-
ginando-se nas montanhas a leste, o Rio Presas corta a cidade
e flui para o mar. Devido à violência de suas águas, irregulari-
dade do curso e às “presas de pedra” em seu leito, é impossível
navegar com grandes embarcações. Porém, o rio é vital, pois
suas correntezas movem os moinhos que alimentam as forjas e
outras estruturas produtivas na região.
No extremo leste da cidade, afastado do mar, está a Colina
da Tortura. Recebeu esse nome pelos desafios diários que os
estudantes precisam superar para alcançar a escola localizada
no topo, situada a mais de 200 metros acima do nível do mar.
Na direção sudoeste, os portões da cidade dão acesso à Estrada
Liberdade, bem conservada e que segue a costa sul, oferecendo
uma rota segura para a maioria dos viajantes.
Mais a leste, fora dos limites da cidade, situam-se as Colinas
de Ferro, onde um grupo de minas suprem as inúmeras forjas
da cidade.
Syr abriga uma população diversificada, acolhendo todas as
raças de Phantyr. Humanos e anões são majoritários, mas é
comum ver representantes de todos os outros povos, principal-
mente na região portuária.
O clima em Syr é temperado, com claras variações entre as
quatro estações. As chuvas variam de moderadas a intensas e
ocorrem ao longo do ano de forma equilibrada.
O Conselho Regente, formado por seis líderes de Syr, reúne-se
semanalmente para decidir o futuro da cidade. Eles represen-
tam as principais guildas: Escola dos Ferreiros, Guilda dos
Recuperadores, Guilda Mercante, Torre Arcana, Federação do
Trabalho e Associação dos Produtores Rurais. O Clã do Ma-
chado e a Guilda de Caçadores “Ruína dos Predadores” tam-
bém têm assentos no Conselho, mas sem direito a voto.
A religião em Syr é diversa, mas o culto a Gawelin predomina
com templos distribuídos por toda a cidade e altares reserva-
dos nas forjas e oficinas.
Para garantir a segurança, cerca de 250 soldados compõem a
guarnição. Eles costumam patrulhar em grupos de quatro sol-
dados bem equipados, acompanhados por um noviço de Gawe-
lin, realizando rondas ou protegendo pontos cruciais da cidade.
Além disso, uma pequena marinha, com dois galeões, resguar-
da o porto, embora raramente precise realizar ações mais in-
tensas do que coordenar o fluxo de embarcações para o porto.
Distritos
A cidade de Syr divide-se em nove distritos, cada qual com
suas peculiaridades: Forja de Mãos e Mentes, Centro Co-
mercial Anão Varejista, Centro Administrativo de Syr, Forjas
Incansáveis, Docas Peça de Ouro, Praça da Cultura, Ruas de
Mármore, Área Rural e as favelas Adaga Sem Gume e Torno
do Rio.
1 Forja de Mãos e Mentes
Esta região é o coração pulsante de Syr e o centro da atividade
educacional. Repleta de prédios de ensino, oficinas, laborató-
rios, bibliotecas e áreas de apoio, sua importância é vital para o
comércio da cidade, e os habitantes estão cientes disso.
O atual reitor da Forja de Mãos e Mentes, Beldhur, o Martelo
do Porto, é um anão de barba e cabelos escuros e alisados. Ele
é uma das pessoas mais influentes de toda a cidade.
Ocupando a cadeira reservada à Escola de Ferreiros no Con-
selho, Beldhur conquistou sua posição através de inteligentes
esquemas e artimanhas políticas.
r BIBLIOTECA OFICIAL: Com três pavimentos, esse
grande prédio foi construído com as mais avançadas técnicas
arquitetônicas anãs. Feito predominantemente de tijolos de pe-
dra cortada, armações de metal e amplos vitrais decorados, a
estrutura se destaca entre as demais ao seu redor.
As paredes da biblioteca resguardam mais de 12 mil livros,
abrangendo temas que variam de técnicas artesanais até ro-
mances e poesia. O Bibliotecário mestre, o elfo Elgorith Dis-
tress, proíbe que estudantes retirem os livros do local, pois toda
pesquisa deve ser feita na própria biblioteca. Porém, exceções
são feitas com um pedido do reitor da faculdade.
Rumores sobre o sinistro destino de quem danifica os livros e
uma absurda história sobre uma estranha forma de preservação
dos livros ecoam pelos corredores do local.
r SALÕES DE AULA: Cada estrutura é adaptada conforme
suas necessidades educacionais. A área das forjas, por exem-
plo, ocupa um vasto espaço, sustentado por colunas que ele-
vam uma grande estrutura coberta de telhas de barro negro,
sem paredes ao redor.
Já a sala dos ourives, uma estrutura com mais de 10 cômodos
divididos em salões de trabalho e armazéns, é povoada por
bancadas altas com suporte para as costas dos artesãos que
trabalham de forma arqueada sob suas obras.
Os anfiteatros teóricos são edifícios com construções acústicas
mobiliadas com centenas de mesas e cadeiras, onde os estu-
dantes são instruídos nos mais diversos cursos oferecidos pela
faculdade.
Mistério na Ilha da Neblina
r REFEITÓRIO BANDEJÃO DOURADO: Grandes me-
sas de pedra foram dispostas, de forma circular, em volta da
cozinha local. Os cozinheiros trabalham pesado para oferecer
três refeições a um preço acessível para funcionários e alunos.
O chef orc Rordon Gamsay comanda o local e, mesmo com
orçamento limitado, mantém a qualidade da comida. Ele bus-
ca um grupo para aventurar-se nos arredores de Syr atrás de
ingredientes raros.
r A REITORIA: Este prédio administrativo é a sede do cor-
po docente e central burocrática da universidade. Aqui, estu-
dantes pagam mensalidades, requisitam créditos e solucionam
questões administrativas. Curiosamente, o Reitor é raramente
visto no local, pois passa a maior parte do tempo em reuniões
políticas.
Aqui também é o local onde aventureiros recebem e entregam
missões ligadas à universidade.
59
60
Mistério na Ilha da Neblina
r GRANDE DORMITÓRIO: Este prédio circular de cinco
andares é feito de pedra branca brilhante com ornamentos e
detalhes dourados. Suas janelas em arco têm vidros coloridos
que iluminam os corredores com várias cores.
Cada quarto do dormitório é uma câmara individual, com teto
baixo e janelas gradeadas. Móveis de madeira antiga e envelhe-
cida, como escrivaninhas de estilos diversos e camas de dossel
sombrias, compõem a decoração. A atividade no local é cons-
tante durante o dia, contrastando com o silêncio sepulcral que
prevalece à noite.
Os monitores do dormitório têm recebido reclamações sobre a
qualidade da água do local e buscam um grupo de aventureiros
para investigar o problema.
Centro Comercial
2 Anão Varejista
Esta é a alma comercial de Syr, com constante fluxo de moedas
e mercadorias que fortalecem a economia local. Suas baru-
lhentas ruas nunca estão vazias, os estoques nunca estão cheios
e os clientes, sempre satisfeitos.
Os comerciantes gritam por atenção nas estreitas ruas reple-
tas de lojas e tendas coloridas, dispostas de forma ordenada,
oferecendo uma vasta variedade de produtos. Clientes podem
encontrar armas, armaduras, equipamentos, ferramentas, uten-
sílios domésticos, roupas, jóias e artefatos mágicos.
O anão Dolgram Olhos Dourados é o líder da Guilda Mercan-
te. Ele ocupa uma das cadeiras no Conselho e é responsável
pela organização de toda a região.
r LOJA DO AVENTUREIRO VELHO: Um dos estabe-
lecimentos mais famosos entre aventureiros que visitam a ci-
dade, a loja fica próxima ao parque, na parte central da região.
Seu primeiro andar está abarrotado com o mostruário de ar-
mas, armaduras e outros acessórios, enquanto o segundo andar
abriga o estoque da loja.
Seu proprietário, um anão chamado Faryn Olho de Vidro, pro-
cura aventureiros para a recuperação de uma carga misteriosa.
r O PENHOR DA TYNA: Essa pequena loja tem só um
andar, feito de pedra e madeira. É o melhor lugar para os fre-
quentadores do Centro Comercial trocarem seus tesouros por
outros itens.
Tyna, uma gnoma de idade avançada, é conhecida por ser uma
negociante dura mas honesta. Ela está sempre aberta a nego-
ciações, aceitando de bom grado itens de real valor que os per-
sonagens queiram negociar em troca de seus tesouros.
r TAVERNA GANSO DE PRATA: Esse local tem uma
atmosfera acolhedora e rústica. A construção é feita de madei-
ra resistente e pedra, com um telhado de palha. As janelas de
vidro manchado permitem que uma luz suave penetre no inte-
rior, criando uma sensação aconchegante e convidativa. O bar
é construído com madeira escura e polida, e mesas com bancos
de carvalho acomodam os clientes. Há uma grande lareira no
centro, que mantém o ambiente aquecido nas noites frias. Uma
coleção de objetos curiosos, como armaduras enferrujadas, es-
padas antigas e bandeiras desgastadas, decora as paredes.
A Taverna Ganso de Prata é famosa por sua comida farta e
bebidas reconfortantes. Os clientes podem saborear guisados,
frango assado, pães frescos e queijos locais. A seleção de bebi-
das inclui cerveja, hidromel, vinho e uma variedade de coque-
téis especiais. O hidromel da casa é especialmente renomado,
com um sabor doce e suave.
A taverna proporciona entretenimento noturno com músicos
locais tocando alaúdes, flautas e tambores. Além disso, ofere-
ce jogos de azar, como dados e cartas, para quem quer testar
a sorte.
O local é administrado pelo casal Adam e Marie Ornand, dois
humanos de meia-idade que ficarão felizes em indicar as me-
lhores lojas do bairro a aventureiros curiosos.
Adam está sempre atento e tem diversas informações, rumores
e dicas para aventureiros. Ele compartilha seu conhecimento
com quem gasta bem em sua taverna ou lhe oferece algumas
moedas de ouro.
A última informação que ele obteve refere-se a roubos miste-
riosos na cidade. Acredita-se que um ladrão mascarado, dei-
xando enigmas como assinatura, esteja por trás deles.
Centro
3 Administrativo de Syr
Local onde se encontra o centro do poder político de Syr. Aqui
Mistério na Ilha da Neblina
estão os prédios governamentais, como a Câmara Regente e
os escritórios administrativos. A arquitetura é imponente, com
grandes edifícios de pedra que refletem a autoridade e o prestí-
gio do governo local. Burocratas e nobres transitam pelas ruas
vigiadas por inúmeros guardas, enquanto os cidadãos vêm
tratar de assuntos relacionados a impostos, licenças e outras
questões
r SALÃO DE JUSTIÇA. Esse grande prédio construído em
pedra é a única corte da cidade, atendendo casos criminais e
civis. Com 5 salas de audiência, cada uma acomoda cerca de
40 espectadores e é presidida por um dos 12 juízes. Infratores
podem ficar detidos de 2 a 9 dias até sua audiência. Atualmen-
te, o elfo Elsalor Fentoris, Juiz comumente responsável por
presidir os casos relacionados a brigas e pequenas confusões
na cidade, parece ter ficado extremamente rigoroso em suas
sentenças depois do desaparecimento de sua coleção de togas.
Caso os aventureiros causem problemas, talvez eles possam se
safar descobrindo o ladrão de togas.
61
 r A CÂMARA REGENTE: Um dos mais opulentos prédios
de Syr, é uma grande estrutura esculpida em pedra e revestida
Mistério na Ilha da Neblina
em mármore negro. Com quatro andares, é um dos locais mais
protegidos da cidade, com guardas em seus reluzentes portões
prateados e rondas frequentes nas ruas adjacentes.
Apesar da segurança nas ruas, os membros regentes preferem
chegar à Câmara de forma oculta, utilizando seus túneis indi-
viduais e secretos que ligam as guildas a este local.
Este é o local onde as leis da cidade são propostas e votadas
pelas seis cadeiras regentes do conselho. Impostos, gastos de
recursos da cidade, questões estratégicas e tudo mais relacio-
nado à administração da cidade. Em caso de empate, o voto
decisivo é do representante da Universidade.
Audiências na Câmara Regente são raras. Contudo, os perso-
nagens, com o apoio de uma guilda reconhecida, podem ser
ouvidos em uma sessão extraordinária. Além disso, a humana
Sidonia Itzel, comandante da guarda especial da Câmara, anda
preocupada com rumores de estranhos sons e cheiros prove-
nientes das saídas dos túneis secretos.
r QUARTEL GENERAL DA GUARDA DE AÇO: Um
grande conglomerado murado de estruturas compõe o Quartel
da Guarda, contendo um pátio de treinamento, uma central tá-
tica e administrativa, um prédio com cantina e dormitório dos
guardas, uma prisão com 10 celas e um arsenal.
Sob o comando do um jovem tiferino, Comandante Oznon Ve-
raz, a guarda local tem apresentado bons resultados, apesar
de sua frustração constante no contínuo embate contra as ati-
vidades da Guilda dos Recuperadores. Oznon está disposto a
recompensar qualquer informação que possa levar a uma acu-
sação formal contra os Recuperadores.
62
Bairro das Forjas
4 Incansáveis
Localizado ao sul de Syr, o bairro foi nomeado em home-
nagem ao Clã de Anões fundador da cidade. É reconhecido
como o epicentro da metalurgia e do artesanato em ferro e aço,
abrigando ferreiros formados na universidade Forja de Mãos
e Mentes.
Ruas estreitas se espremem entre robustas construções de pe-
dra, e a fumaça das forjas paira perpetuamente no ar. Brasões
de ferreiros adornam as fachadas das lojas, mostrando as es-
pecializações de cada uma. O constante calor dos fornos e o
inconfundível ressoar metálico dos trabalhos em andamento
criam uma trilha sonora única e onipresente, composta pelo
som dos martelos batendo no metal.
r METALÚRGICA MENTAL: Às margens de uma rua
estreita do bairro, destaca-se este histórico edifício de pedra. A
respeitável Metalúrgica Mental já foi responsável por produzir
diversas armas e armaduras para grandes heróis de Phantyr.
O anão Fardren Braço Pesado, um dos primeiros alunos da
Universidade Forja de Mãos e Mentes, comanda o local. A ida-
de avançada não comprometeu nem sua vitalidade física nem
sua habilidade na criação de obras-primas. Porém, atualmente,
Fardren prefere orientar seus aprendizes na produção.
Os aventureiros podem buscar a forja para adaptar, aprimorar
ou personalizar seus itens. Dependendo da complexidade do
serviço e raridade dos materiais, Fardren pode solicitar que os
personagens realizem missões.
r CATEDRAL DO DIVINO FERREIRO: Há cinquenta
anos, foi construída uma majestosa catedral dedicada a Gawe-
lin, venerado como o deus do conhecimento focado na meta-
lurgia. O templo é uma obra-prima de arquitetura anã, edifica-
do com grandes pedras perfeitamente cortadas e ornamentado
com intrincadas gravuras em metal. Seu interior é ricamente
decorado com esculturas de antigos mestres ferreiros. O sa-
lão principal apresenta o símbolo de Gawelin: um imenso baú
aberto, forjado em aço polido.
Reynold Drexel é um jovem sacerdote humano recém-chega-
do em Syr. Ele lidera a Catedral do Divino Ferreiro. Apesar
de ter a perna direita amputada e usar uma muleta de metal
para se locomover, sua postura é surpreendentemente ereta e
confiante.
O templo oferece serviços ligados à sua divindade. Qualquer
pessoa sem recursos financeiros para frequentar a universidade
pode solicitar a ajuda dos sacerdotes para adquirir conheci-
mentos relacionados às diversas manufaturas. Além de ofere-
cer serviços ligados a remoção de maldições em objetos.
r TAVERNA BODE DE FERRO: Talvez a maior das ta-
vernas de Syr, foi construída com paredes de pedra robusta.
Seu teto elevado é sustentado por vigas de carvalho enegreci-
do, e impressionantes lustres de ferro fundido derramam uma
luz calorosa sobre o vasto salão. As paredes da taverna são
decoradas com pinturas de ferreiros locais. No centro do salão,
uma lareira moldada como uma forja de ferreiro está sempre
acesa.
Canecão é o apelido do anão que toma conta do lugar. Está
sempre vestindo um avental de couro com bolsos cheios de
utensílios de taverneiro. Com um dom para contar histórias
e uma memória afiada para nomes e bebidas preferidas, ele é
adorado pelos clientes.
O proprietário, percebendo o desgaste dos clientes após longas
horas nas forjas escaldantes, vem tentando criar uma bebida
extremamente gelada. Para isso, precisa que alguém desen-
volva uma técnica que mantenha seu armazém refrigerado.
Canecão recompensará generosamente quem solucionar seu
problema.
5 Docas Peça de Ouro
As Docas de Syr são um porto movimentado, localizado a les-
te, na parte mais baixa da cidade, onde o rio encontra o mar e
as oportunidades se espalham como a maresia pelas ruas.
Navios mercantes descarregam alimentos e mercadorias de
outras cidades e partem com diversos produtos fabricados em
Syr. O local é barulhento e caótico, com marinheiros traba-
lhando incansavelmente nas embarcações.
Já o norte da baía é utilizado pelos pescadores locais que atra-
cam seus pequenos barcos e vendem aos gritos os mais diver-
sos peixes e frutos do mar.
r TAVERNA BABA DE CACHORRO: Localizada na par-
te leste do bairro, a taverna é um prédio modesto e discreto,
em meio a tantos outros ao longo das docas. Sua estrutura foi
construída com tijolos cinzentos e madeira escura. A taverna é
bastante movimentada, especialmente por ser a sede provisória
do Clã do Machado.
Fundada pelo amor do pai do atual taverneiro por cachorros,
uma piada comum sobre o local é que há “mais cachorros de-
baixo das mesas do que clientes sentados ao redor delas”.
Passando o Tempo na Taverna: Os clientes podem participar
de várias atividades no local:
• Atuar: Talentos do entreterimento podem fazer apresen-
tações, como música ou performances. Os espetáculos são
apreciados e os artistas podem ganhar elogios ou mesmo
algumas moedas.
• Beber: À medida que as canecas de cerveja ou garrafas de
vinho são esvaziadas, a resistência dos clientes à bebida é
posta à prova.
• Jogar: Aventureiros podem participar de jogos de dados
ou cartas na taverna. As apostas variam, e desafios de des-
treza determinam o vencedor.
• Ouvir: Ao conversar com frequentadores ou ouvir os diá-
logos ao redor, os aventureiros podem obter informações
sobre os recentes acontecimentos na cidade..
Cachorrão, o Taverneiro, é um humano grande, peludo e bar-
budo. Ele é responsável por receber os clientes e servir be-
bidas. Há anos não utiliza seu próprio nome, pois herdou o
apelido de “Cachorrão” de seu pai e o ostenta com orgulho.
Babento é um enorme mastim, parecido com o ilustrado na
placa da taverna. Com pelagem manchada e propensão a lam-
ber bebidas derramadas, é querido pelos frequentadores do
local.
Grum, a Leão-de-chácara, é uma Meio-Orc ainda mais alta
do que o Cachorrão, responsável pela segurança do local há
anos. De poucas palavras, aprendeu a intimidar somente com
seu olhar
r SEDE DO ALMIRANTADO: O imponente edifício per-
to da marinha é o centro de controle das atividades portuá-
rias, supervisionando a chegada e partida de navios mercantes.
Com arquitetura sólida e tijolos robustos, possui uma torre de
observação que se ergue majestosamente sobre as docas.
A principal função dos funcionários da Sede do Almirantado
é garantir que a atividade no porto ocorra de maneira organi-
zada, eficiente e segura. Eles registram as chegadas e partidas
dos navios mercantes e contam com um destacamento da guar-
da para proteger embarcações e mercadorias.
Thurbek Bigode Dourado é um anão de rosto fechado e ca-
belos amarelados que responde como chefe das operações na
Sede do Almirantado. Como antigo e experiente comerciante,
comanda o local com autoridade, assegurando que as ativida-
des portuárias sejam executadas com precisão e eficiência.
Yohana Gimpus é uma idosa gnoma de sorriso cativante que
já foi capitã de um navio mercante chamado Grinalda dos Ven-
tos. Ela agora dedica seus talentos e experiência à organização
das docas, trabalhando incansavelmente aos serviços da Sede
do Almirantado.
Nas últimas semanas, o desaparecimento de carregamentos
tem deixado Thurbek e Yohana desconfiados de seus próprios
funcionários. Ambos estão dispostos a recompensar quem en-
contrar o responsável pelo roubo de mercadorias.
r MERCADO PASSARELA DAS PRESAS: A larga pon-
te sobre o Rio Presas, perto das docas, abriga um intrigante
mercado. Barracas e tendas coloridas se espalham na extensão
da ponte e pelas praças adjacentes. Especiarias exóticas, jóias
reluzentes, tecidos vibrantes e uma variedade de itens artesa-
nais de Syr estão à venda. Moradores, viajantes e aventureiros
se misturam à multidão, encantados com as ofertas únicas des-
te mercado ribeirinho.
Kelrec Norram é um meio elfo de aparência jovem e graciosa,
com olhos verdes e cabelos castanhos ondulados. Ele é o dono
de uma extensa tenda colorida que exibe produtos como tape-
tes, utensílios de cerâmica artesanal, tecidos de alta qualidade,
instrumentos musicais e especiarias exóticas.
Os Irmãos Gavlin são dois meninos humanos com cabelos
bagunçados e roupas surradas. Trote é o apelido do mais alto,
enquanto Truque é o mais baixo e animado. Eles se apresentam
como guias turísticos para visitantes, oferecendo passeios pe-
las maravilhas da cidade e contando histórias fascinantes sobre
sua história e cultura.
Mistério na Ilha da Neblina
Nesse mercado os personagens podem encontrar itens mais
exóticos, excelentes como presentes ou oferendas.
63
 6 Praça da Cultura
Mistério na Ilha da Neblina
A Praça da Cultura é um bairro nobre e tranquilo da cidade,
onde o conhecimento e a arte florescem. Estudiosos discutem
filosofia e ciência enquanto artistas exibem suas obras. A re-
gião possui uma coleção de museus e galerias de arte com
obras de toda Phantyr. Os visitantes podem desfrutar de per-
formances de música e teatro ao ar livre, participar de pales-
tras e debates e mergulhar nas maravilhas da criatividade e
aprendizado.
r MUSEU DOS METAIS MAGNÍFICOS: Uma notável
estrutura de pedra polida ergue-se a leste do bairro. Suas fa-
chadas são adornadas com detalhes em metal trabalhado e
grandes janelas permitem a entrada de luz natural. O museu
exalta a arte do trabalho em metal e os visitantes podem ex-
plorar uma incrível coleção de obras-primas, desde escultu-
ras de artistas famosos até peças de armas e armaduras orna-
mentadas. Uma atração de destaque é a exposição “A Forja da
Eternidade”, exibindo armas lendárias e armaduras icônicas
feitas por mestres ferreiros do passado, incluindo amostras dos
antigos machados produzidos pelo Clã de Syrvarun Forja In-
cansável, anteriores à fundação de Syr.
Dalthran Bigorna de Pedra é um anão com o rosto marcado
pelas rugas do tempo. Ele veste roupas elegantes e, como cura-
dor-chefe do museu, dedicou sua vida a preservar e exibir as
obras-primas do local.
O museu está sempre em busca de novas peças para renovar
suas exposições. Personagens dedicados à arte da forja podem
lucrar vendendo suas obras aqui, e exploradores negociar relí-
quias descobertas.
r PRAÇA DA CULTURA: A praça que dá nome ao bairro
é um refúgio para a celebração do conhecimento e da arte. No
centro, uma majestosa fonte esculpida em mármore branco jor-
ra água cristalina, cercada por bancos de pedra clara dispostos
em um jardim verdejante. É neste local que estudiosos e pen-
sadores se reúnem para discussões animadas sobre filosofia,
ciência e história.
Artistas locais frequentemente montam suas tendas, criando
uma atmosfera vibrante e colorida. Um altar ao ar livre, no
canto nordeste da praça, serve como palco para performances
de música e teatro, onde apresentadores encantam o público.
Palestras e debates são realizados em um anfiteatro de pedra
no lado sul da praça, onde pessoas de mente aberta se reúnem
para compartilhar ideias e aprendizado.
Graldus, o Ancião, é um anão erudito amplamente respeitado
na praça por seu vasto conhecimento em diversas áreas. Ele
costuma ministrar palestras e está sempre disposto a comparti-
lhar sua sabedoria com os visitantes.
Eloisa Drellen é uma humana de cabelos castanhos curtos com
uma voz melodiosa e cativante. Ela faz apresentações de canto
e teatro na praça e é uma verdadeira mestra da arte do entre-
tenimento.
Nesse local personagens como bardos ou com habilidades ar-
tísticas podem fazer suas apresentações para a alta sociedade
da cidade.
64
7 Ruas de Mármore
As Ruas de Mármore são o nome dado a uma região nobre
e elegante de Syr, onde residem os mais ricos e influentes
da cidade. As mansões são imponentes, com grandes jardins
e muros altos, oferecendo privacidade e segurança aos seus
moradores, sempre sob o olhar atento de um grande número
de patrulhas e soldados contratados. As ruas são largas, bem
cuidadas e iluminadas magicamente, com calçadas de granito
branco que parecem mármore, que dão o nome a região. Aqui,
os residentes desfrutam de uma vida de luxo e conforto, com
lojas exclusivas, restaurantes sofisticados e clubes privados,
inacessíveis à grande maioria da população de Syr.
r VIA DA ELEGÂNCIA: A rua possui várias lojas requin-
tadas, entre elas a Elegância Real, uma butique de alta costura
que vende roupas sob medida, o Empório da Forja, uma loja de
alimentos gourmet que vende iguarias raras, a vidraria Cristal
Puro, que vende gemas e cristais de alta qualidade, porcelana
fina e utensílios de mesa luxuosos.
Alderic Duvalier, um humano de cabelos grisalhos, faz parte
de uma família nobre que lhe confere riqueza e grande influ-
ência política em Syr. Ele é um proeminente comerciante na
cidade, controlando diversos lucrativos estabelecimentos. Sua
mansão, uma das maiores e mais bem protegidas da região,
frequentemente abriga festas extravagantes e eventos sociais
que atraem membros da alta sociedade da cidade.
Um rico oponente de Alderic procura um grupo de aventurei-
ros para infiltrar-se em uma das festas deste, com o objetivo de
sabotá-la.
8 Favelas
Infelizmente, nem todos em Syr têm o privilégio de viver nas
elegantes mansões das Ruas de Mármore ou desfrutar de uma
vida confortável. As favelas, que se estendem pelas regiões no-
roeste, conhecida como Adaga Sem Gume, e sudeste, chamada
Torno do Rio, abrigam aqueles que enfrentam condições pre-
cárias e lutam diariamente para sobreviver.
As casas são construídas com materiais simples, como madeira
e restos provenientes dos outros bairros. Ruas apertadas e sujas
serpenteiam entre as construções, com casas frequentemente
se apoiando umas nas outras para evitar desmoronamentos.
Apesar das dificuldades, os habitantes dessas favelas são a es-
pinha dorsal de Syr, embora o Conselho da Cidade costume
ignorá-los. Recentemente, pequenos focos de revolta surgiram,
liderados por um antigo clérigo do Deus Skaddof, exausto dos
constantes abusos sofridos pelo povo que sustenta Syr.
r ALAMEDA DOS ESQUECIDOS: Inúmeros casebres, a
maioria de madeira, se amontoam ao redor da principal rua
que atravessa a região da favela Torno do Rio. O lixo se espalha
pela terra batida e o cheiro de esgoto impregna o lugar.
Apesar das aparências, o local está longe de ser um centro cri-
minoso de Syr. No entanto, onde existem oportunidades, sem-
pre surgem aproveitadores. No caso da Alameda, uma dupla
de delinquentes explora os habitantes locais: um draconato
chamado Valdrak Quebra-Perna e o Kobold chefe, Lor Cau-
da-de-Prata. Lor fica feliz em deixar que todos acreditem que
Valdrak é o líder da dupla, quando na realidade, é ele quem dá
as cartas. Eles se envolvem em extorsões, sequestros e roubos
não registrados pela guilda.

Os moradores locais, membros da Guilda dos Recuperadores

ou da Guarda de Aço, possuem motivos diversos para contratar
aventureiros para dar cabo dos meliantes.

r BAZAR DAS RUELAS: Este mercado clandestino flores-

ce em meio à desordem da favela Torno do Rio, um centro vital
de comércio para os habitantes que lutam para sobreviver. Ele
prospera em meio ao caos, operando à margem da lei, e uma
variedade de produtos imensa é oferecida, desde itens do dia
a dia até mercadorias roubadas e ilegais. As barracas se ani-
nham em becos estreitos, oferecendo sombra e anonimato aos
comerciantes e compradores. A segurança é mantida por bru- patriarca da família, ele supervisiona os aspectos práticos da
tamontes contratados pelos líderes do crime local, que mantêm produção da fazenda.
a ordem e garantem a tranquilidade dos negócios no mercado.
Sua filha, Brolva Elmo Dourado, é uma jovem anã dedicada à
Gograr Mão de Martelo, um anão corpulento que não possui administração do lugar. Ela desempenha um papel crucial nas
a orelha direita, comanda as operações do Bazar das Ruelas negociações e vendas dos produtos da propriedade no mercado
com astúcia. da cidade.
Noele Tagarela, uma halfling com cabelo encaracolado e sel- Recentemente, em meio a uma de suas plantações, Dalrak des-
vagens, vende itens ilegais no Bazar, além de ter a fama de cobriu um grande e misterioso buraco que parece ter surgido
conhecer cada segredo sórdido da cidade de Syr. da noite pro dia. Preocupado com a segurança de sua fazenda,
o anão fez um pedido ao clã do machado.
A constante queda de braço entre o Bazar da Ruela e a Guilda
dos Recuperadores parece prestes a se transformar em um con-
flito aberto pelas ruelas da favela. Para evitar derramamento de
sangue, Gograr está em busca de pessoas neutras para atuarem
Organizações
como intermediários no conflito. A cidade de Syr abriga uma complexa rede de guildas e organi-
zações que influenciam o cotidiano de seus habitantes.

r TEMPLO DE SKADDOF: Situado em uma parte ele- Escola dos Ferreiros

vada da favela Adaga Sem Gume, o templo é uma modesta
construção feita de pedra áspera e madeira envelhecida. Sua
única torre se destaca na região, projetando sombra nas casas
ao lado.
Rahmar Lucret é um homem de meia-idade, careca, com uma
barba ainda escura apesar de seus anos vividos e sempre ves-
tindo uma armadura simples. Como líder do templo de Skad-
dof, ele é o catalisador da chama da revolta nas favelas de Syr.
Rahmar encoraja a comunidade a lutar contra a opressão dos
mais ricos e tomar o destino da cidade em suas próprias mãos.
Nas últimas semanas, uma série de cartas ameaçadoras à vida
de Rahmar foram encontradas no templo. Temendo pela segu-
rança do homem santo, a comunidade procura protetores.
A Forja de Mãos e Mentes é uma instituição única. Fundada
por Syrvarun Forja Incansável, a universidade nasceu de seu
desejo de aprimorar as habilidades de ferraria e forja, tornan-
do-se uma respeitável escola que atrai talentos de todo o mun-
do.
• OBJETIVO: A universidade se dedica ao ensino, orien-
tação e desenvolvimento de jovens ferreiros, proporcio-
nando educação de qualidade na arte da forja.
• LOCALIZAÇÃO: Seu campus se estende a nordeste da
cidade e está situado no distrito da Forja de Mãos e Men-
tes.
FIGURAS IMPORTANTES:

9 Área Rural
Ao nordeste do centro de Syr existe uma expansão de terra
exuberante que é o coração da produção agrícola da região,
abastecendo a cidade e exportando até mesmo alguns produtos
mais raros. Caracterizada por diversas fazendas espalhadas em
colinas ondulantes e vastos campos de cultivo, essa área rural
é um refúgio tranquilo em contraste com a agitação da cidade.
Normalmente as casas da região são modestas, construídas
com madeiras e pedras. Elas possuem cultivos, celeiros, gali-
nheiros e pastagens para animais.
r FAZENDA TRIGO DOURADO: No centro da área rural
de Syr ergue-se uma impressionante fazenda, com vastos cam-
pos de trigo que são essenciais para a produção de alimentos
da cidade. A sede da fazenda é uma mansão de um único an-
dar, construída com madeira envelhecida e pedra local.
Beldhur Martelo do Porto é um anão de estatura média, com
cabelos grisalhos e uma barba bem cuidada. Ele é o novo reitor
da universidade e está em uma campanha para modernizar as Mistério na Ilha da Neblina
práticas de ensino no local.
A professora Arbelle Ferro Moldado é uma jovem anã com
longos cabelos ruivos. Ela lidera o departamento de forja avan-
çada e se tornou uma opositora natural da reitoria, uma vez
que suas técnicas têm forte apoio na história e na tradição das
antigas forjas.
• GANCHOS: A universidade contrata aventureiros para
missões que envolvem a busca por minérios raros ou a
investigação de técnicas de forjamento perdidas.

Dalrak Elmo Dourado, um anão de poucas palavras, exibe ru-

gas que contam a história de anos de trabalho sob o sol. Como

65
 Guilda dos Recuperadores • LOCALIZAÇÃO: A sede da Guilda encontra-se em um
edifício de três andares no bairro Anão Varejista, estando
Publicamente, o grupo se disfarça como uma guilda de pro- próximo da interseção com as docas e o Centro Adminis-
Mistério na Ilha da Neblina

fissionais especializados em recuperar valiosos itens roubados
ou perdidos. No entanto, por trás dessa fachada, a maioria dos
contratos que a guilda aceita envolvem atividades ilícitas co-
metidas por seus próprios membros.
Essa faceta sombria da organização opera secretamente, man-
tendo um punho de ferro sobre a rede de criminalidade na ci-
dade.
• OBJETIVO: Muitos dos rendimentos da guilda provêm
dos roubos realizados e posteriormente “recuperados”
pelo braço “legítimo” da organização, gerando um ciclo
vicioso no submundo do crime. Contudo, objetos de va-
lor excepcional frequentemente encontram compradores
externos e, com isto, são considerados permanentemente
desaparecidos.
• LOCALIZAÇÃO: Sua sede oficial fica no bairro Comer-
cial Anão Varejista, um edifício de pedra de dois andares.
Uma grande placa de madeira na fachada exibe o símbolo
da guilda, que consiste em um par de mãos onde uma de-
las segura uma chave e a outra uma moeda. No entanto, o
verdadeiro epicentro de suas operações criminosas reside
em uma intrincada rede subterrânea de túneis e salas se-
cretas cujo acesso fica oculto atrás de uma modesta oficina
de ferramentas nas entranhas da favela Adaga sem Gume,
ao norte da cidade.
FIGURAS IMPORTANTES:
trativo. Na fachada, algumas pequenas estátuas represen-
tam mercadores e artesãos. O local proporciona espaço
para reuniões, escritórios e um salão onde os membros da
guilda podem se encontrar e discutir negócios.
FIGURAS IMPORTANTES:
Dolgram Olhos Vermelhos é um jovem anão com cabelos
ruivos e grossas sobrancelhas. Extremamente carismático, ele
lidera a Guilda Mercante.
Glim Sifanoa é uma gnoma experiente, com cabelos grisalhos,
responsável por organizar as exportações da guilda, garantindo
que os produtos dos membros alcancem os mercados além de
Syr.
Shokrarr Nesrakas é um draconato de escamas verdes escu-
ras, com presença imponente e grande carisma. Ele é conhe-
cido por suas conexões comerciais com a Soberania Poente,
que proporcionam valiosas oportunidades de negócios com os
draconatos.
• GANCHOS: As missões com a Guilda dos Mercante
podem incluir a proteção de caravanas ou navios carre-
gados de mercadorias em suas jornadas. Além disso, os
aventureiros podem ser contratados para investigar casos
misteriosos de sabotagem ou para recuperar itens valiosos
roubados.

Gulgram Caminho Certo é um anão de meia idade com barba

Torre Arcana
cinzenta. Ele é conhecido por sua notável habilidade em forjar A sociedade da Torre Arcana é especializada em encantamen-
documentos e estabelecer contatos legítimos, que asseguram tos mágicos. Eles são mestres em aprimorar e encantar armas
as aparências da sede oficial da guilda. Como mestre da ma- e armaduras vindas da universidade, além de outros objetos
nipulação e diplomacia, Gulgram é responsável por manter o únicos que necessitem de melhorias. Em menor escala, ofere-
equilíbrio sutil entre o submundo do crime e a sociedade civi- cem a venda de pergaminhos, braceletes e itens mágicos. Seus
lizada, garantindo que a guilda não atraia atenção indesejada. trabalhos são altamente valorizados por toda Phantyr.
Merver Horlan é um halfling de olhos verdes. Sua astúcia e
agilidade o tornam um líder impiedoso nas atividades crimino-
sas da guilda. Ele é o principal responsável pelo planejamento
de roubos e na manutenção da ordem entre os membros da
organização.

• GANCHOS: A Guilda dos Recuperadores pode tentar

incriminar os aventureiros em um roubo ou contratá-los
para trabalhos que exijam membros externos. A descon-
fiança de um conselheiro da cidade em relação às ope-
rações do grupo pode levar os aventureiros a investigar
indícios de atividades criminosas nas favelas.

Guilda Mercante
A Guilda Mercante é uma sólida e influente organização que
contribui para a prosperidade de Syr. Formada por talentosos
artesãos e comerciantes, a guilda desempenha um papel vital
na economia da cidade. Ao longo dos anos, a Guilda Mercante
estabeleceu-se como um contraponto independente à Universi-
dade Forja de Mãos e Mentes, atendendo a uma variedade de
necessidades comerciais e de produção que diferem da ênfase
acadêmica da universidade.

• OBJETIVO: A Guilda Mercante protege e promove os

interesses de seus associados dentro de Syr, formando
uma rede de apoio e garantindo que seus membros possam
prosperar e realizar negócios sem obstáculos. A guilda
também desempenha um papel fundamental na organiza-
ção dos estabelecimentos comerciais da cidade, resolven-
do disputas e facilitando o escoamento dos produtos para
outras regiões do mundo.
66
• OBJETIVO: O trabalho na Torre Arcana se dedica à
pesquisa, prática e aprimoramento das artes mágicas, des-
vendando os segredos de aprimoramentos em diversos
objetos.
• LOCALIZAÇÃO: A torre é um prédio impressionante
de 30 metros, incrustado no centro da Rua de Mármore.
Ele abriga uma grande biblioteca, salas de estudo e la-
boratórios onde os membros da ordem conduzem experi-
mentos mágicos e aprimoram encantamentos em armas,
armaduras e outros objetos.
FIGURAS IMPORTANTES:
A Sociedade é liderada pelo Mestre Caelis Zorvathil , um an-
tigo e sábio elfo de olhos profundos, conhecido por sua habi-
lidade em encantamentos mágicos.
Mestra Elara Asterlumi é uma humana de traços delicados.
Ela é a responsável pela área de aprimoramentos em armas e
armaduras na Torre Arcana
• GANCHOS: A guilda oferece missões que envolvem a
pesquisa de antigos artefatos mágicos e a coleta de ingre-
dientes raros para aprimoramentos.
Os devotos de Xylothar
O culto ao Devorador das Marés é uma organização misteriosa
que cultua uma entidade marítima fantástica. Sua existência
é uma mera lenda urbana para a maioria dos moradores de
Syr, mas para os cultistas o nome Xylothar desperta medo e
devoção. A organização emergiu recentemente nas sombras da
cidade e dedica-se a realizar sessões secretas de adoração a
esse suposto deus.
• OBJETIVO: Os cultistas buscam obter conhecimento
proibido e poderes ocultos. Através de sacrifícios e rituais,
o grupo deseja acumular os poderes oriundos da entidade
maligna, enquanto tentam mantê-la nutrida e dormente
em seu descanso profundo.
• LOCALIZAÇÃO: O santuário principal dos Devotos de
Xylothar situa-se numa caverna escondida nas escarpas
ao norte da costa de Syr. Dentro dela, há uma estátua de
pedra que representa o Devorador das Marés. Além do
santuário, os Devotos se reúnem regularmente em locais
discretos dentro da cidade para cultos menores. Um des-
ses locais é o Porão Enegrecido, um antigo porão de uma
casa abandonada na favela Adaga sem gume.
FIGURAS IMPORTANTES:
Gildrick Lorame é um gnomo com um bigode perfeitamente
aparado que atua como líder dos Devotos de Xylothar. Gildrick
era um capitão de navio mercante que, há dois anos, perdeu
toda sua tripulação em um terrível acidente. O gnomo afirma
ter sido salvo pelo Devorador das Marés e escolhido para lide-
rar seu culto, o que ele faz com grande eloquência e convicção.
Zalara Trill é uma zongari de cabelos coloridos e uma brilhan-
te marca em sua testa. Seguidora da deusa Illynara, acredita
que Xylothar é uma manifestação de seu poder nas profunde-
zas do mar. Conselheira espiritual do culto, guia outros mem-
bros em busca da conexão entre sua fé e a adoração a Xylothar.
Qizana Cordalor é uma elfa com longos cabelos prateados.
Ela é a sacerdotisa encarregada do santuário na caverna. Qiza-
na é a guardiã dos rituais e das tradições do culto, assegurando
que as cerimônias sejam realizadas com perfeição e dedicação.
• GANCHOS: Os aventureiros podem ser contratados para
investigar o desaparecimento de um ente querido que se
juntou aos Devotos de Xylothar. Ou se envolver na busca
por uma relíquia marítima, disputada pelos cultistas.
Ruína dos Predadores
Guilda de renome que opera em todo o mundo de Phantyr,
dedicando-se à caça de criaturas monstruosas. Sua filial em
Syr oferece apoio às expedições no temível Fosso Atroz, uma
profunda e misteriosa fenda que serve como berço de criaturas
monstruosas localizada ao norte da cidade.
• OBJETIVO: As caçadas têm uma série de finalidades
dentro da Ruína dos Predadores. A mais óbvia delas é a
destruição de criaturas monstruosas que ameaçam as pes-
soas, mas a guilda também coleta componentes raros para
a criação de itens especiais, captura monstros para serem
exibidos em zoológicos particulares ou caçados em am-
bientes controlados e organizam expedições para pessoas
que desejam experimentar a emoção de caçar uma criatura
monstruosa.
• LOCALIZAÇÃO: Situa-se na região das Docas, em
uma grande casa de madeira com fachada em estilo rús-
tico. Detalhes esculpidos na entrada lembram as criaturas
monstruosas caçadas pela guilda. Troféus de caça, como
garras e presas, adornam as paredes do saguão principal,
juntamente com pinturas e tapeçarias que retratam cenas
de caçadas épicas.
FIGURAS IMPORTANTES:
Gralnak Dente Sangrento é uma meio-orc alta, com várias
cicatrizes de batalhas. Ela é a líder da Ruína dos Predadores
em Syr.
Karlius Telmar é um humano de cabelos castanhos, cortados
em estilo moicano. Ele é o mestre das negociações da guilda,
encarregado de lidar com compradores, colecionadores e mer-
cados de componentes de criaturas.
• GANCHOS: A Ruína dos Predadores busca a ajuda de
aventureiros para estabelecer relações diplomáticas e fa-
zer um jogo político com o objetivo de receber autoriza-
ção na abertura de uma arena de caçada na cidade.
Arredores de Syr
A região próxima a Syr oferece uma incrível variedade de
Mistério na Ilha da Neblina
aventuras, permitindo que os personagens trabalhem na solu-
ção de diversos problemas.
O Casarão da Lenha Partida
Ao norte da cidade, estende-se a exuberante Floresta Nigaza,
que em suas margens abriga uma pequena vila chamada Casa-
rão da Lenha Partida. Sua principal atividade é a extração de
madeira para aquecer as forjas de Syr. A organização do local
é responsabilidade do meio-elfo Balraion Zhor, que equilibra o
abastecimento entre as necessidades da Universidade Forja de
Mãos e Mentes e a Guilda Mercante.
Com cerca de mil moradores, a localidade possui diversas ma-
deireiras e fornos de carvão. Sua única taverna chama-se Tatu
Peludo e é bastante frequentada. A guilda Ruína dos Predado-
res estabeleceu uma cabana nos arredores da vila para servir
como ponto de partida para expedições na floresta.
Os moradores da Lenha Partida estão acostumados a lidar com
67
 as feras selvagens, mas recentemente a região tem enfrentado
uma ameaça curiosa: um temível Urso Coruja de grande porte
e inteligência fora do comum tem emboscado os trabalhadores
Mistério na Ilha da Neblina
na floresta. Uma recompensa está sendo organizada para eli-
minar essa ameaça.
As Colinas de Ferro e Gomoldur
A leste de Syr, as Colinas de Ferro se estendem até a Cordi-
lheira Volakas. Em suas profundezas, os moradores de Syr es-
tabeleceram minerações que extraem metais essenciais para as
forjas da cidade. Uma pequena vila de apoio, conhecida como
Gomoldur, opera na encosta das colinas, recebendo a produção
das minerações e enviando-a para Syr. O anão Tharkad Pica-
reta Blindada administra as operações da região, negociando
diretamente com cada mineração.
Cerca de duas mil pessoas habitam a região, mas sua grande
maioria não reside em Gomoldur, mas em acampamentos im-
provisados nas próprias minerações. Os poucos que têm suas
residências fixas na vila trabalham no processo de escoamento
dos minérios extraídos. A taverna Grifo Barbudo e o santuário
de Gawelin chamado Forja da Montanha são pontos de inte-
resse locais.
Os mineiros relataram aparições espectrais no topo das colinas
à noite. Esses espíritos parecem estar vigiando as passagens,
mas não haviam apresentado perigo. Porém, um grupo de tra-
balhadores sumiu e as pessoas estão preocupadas de que as
aparições tenham sido responsáveis.
O Entreposto Militar da
Soberania Poente
Na região sudeste de Syr, a aproximadamente quatro dias de
viagem e bem distante dos limites da cidade, encontra-se um
entreposto militar.
Construções como essa são torres altas e fortificadas e estão
espalhadas pelo território da Soberania Poente, o império dos
draconatos, sendo conhecidas como “Espiral dos Asas”.
No local, 50 soldados estão alocados e são responsáveis pela
segurança da área. Eles atuam sob o comando do Asa Koltrezz
Gorabor, um draconato de escamas cinzentas. Ele é conhecido
por participar de algumas patrulhas utilizando seu Bahberuss,
a poderosa montaria alada do exército dos draconatos.
Koltrezz recebeu a denúncia de que terroristas halflings, per-
tencentes à Grande Insurgência e inimigos dos draconatos, es-
tão clandestinamente dentro de Syr. Como ele não pode atuar
com seus soldados para investigar a dentro da cidade, está con-
siderando pedir assistência a aventureiros.
Perigo vindo do Mar
Quilômetros a leste da principal baía da cidade, marinheiros
avistaram uma faixa de terra que emergiu recentemente. No
centro da ilha, parece existir uma estátua de pedra desgastada,
representando uma figura humanoide com diversos tentáculos
saindo de suas costas.
Até o momento, ninguém ousou se aproximar do local, mas
os devotos de Xylothar começam a ver essa aparição como um
sinal de seu deus.
A Estrada Liberdade
A movimentada rota ao sul da cidade é vital para as conexões
de Syr com o mundo, onde uma ampla variedade de merca-
68
dorias é importada e exportada. A segurança ao longo dessa
rota é garantida por destacamentos especiais de soldados até
os limites da cidade. Além desse ponto, os viajantes precisam
garantir sua própria segurança ou contar com as patrulhas dos
draconatos na região.
Nas proximidades da estrada, encontra-se uma construção de-
teriorada conhecida como Forte Encharcado. Após a derrota
da Irmandade dos Afogados por um grupo de aventureiros, o
local foi ocupado por Goblins que estão realizando ataques
contra caravanas menos protegidas. Eles são liderados por um
astuto comandante chamado Pog e empregam táticas de guer-
rilha para evitar confrontos diretos.
Sequência de Aventuras
Existem vastas oportunidades de aventuras na cidade e nos ar-
redores de Syr.
Projeto Ferreiro Formado
Tharrus Bigorna Flamejante é um aluno que está se formando
na Universidade Forja de Mãos e Mentes. Para concluir seu
curso, ele necessita de um projeto final grandioso e está bus-
cando a ajuda de aventureiros para concretizá-lo.
• Passo 1: Tharrus precisa da esquemática de criação de um
escudo especial. Ele está ciente de que o Mestre Thraion
Martelo Firme, da Torre Arcana, possui os detalhes ne-
cessários para esse projeto. No entanto, não consegue con-
vencer o anão a ajudá-lo e, por isso, precisa de aventurei-
ros para obter a esquemática.
• Passo 2: Caso os aventureiros optem pela recuperação de
forma diplomática, o mago detentor pede um favor em
troca: ele precisa que alguém elimine um experimento que
deu errado em sua sala de experiências.
• Passo 3: Com a esquemática em mãos, Tharrus precisa
reunir todos os materiais necessários. Ele pede ajuda aos
aventureiros para coletar amostras de sangue de um mons-
tro extraplanar, uma aberração mágica.
• Passo 4: A produção do escudo mágico é um processo
que exige extrema precisão e Tharrus convida os aventu-
reiros a auxiliá-lo no projeto, permitindo que eles utilizem
suas diversas perícias e conhecimentos para contribuir.
Não é a Mamãe
A Ruína dos predadores precisa de ajuda para concluir uma
entrega de criaturas.
• Passo 1: Enquanto andam nos arredores de Syr, os aven-
tureiros escutam sons de combate e se deparam com uma
caravana da Ruína dos Predadores sendo atacada por Hal-
flings da Grande Insurgência. Os personagens precisam
defender os caçadores.
• Passo 2: A principal criatura da caravana, um exótico
Girallon de Seis Braços, escapou em meio a confusão e
fugiu na direção da floresta de Nigaza. Após serem salvos,
os caçadores contratam o grupo para rastrear e recuperar a
monstruosidade viva.
• Passo 3: Ao encontrarem o Girallon, os aventureiros são
interceptados pelos druidas protetores da floresta. Agora,
precisam negociar a recuperação da criatura com os Pro-
tetores, que não querem deixar o Girallon ser recapturado,
pois ele acabou de parir um filhote.
• Passo 4: Caso convençam os druidas ou os vençam em
combate, os aventureiros devem levar a Monstruosidade
de volta à Ruína dos Predadores
 Aventura
O Embaixador Draconato
Sumário
Os aventureiros são recrutados mais uma vez pelo Clã do Ma-
chado para esclarecer o enigmático desaparecimento de um
Embaixador Draconato na cidade.
Graças a este sumiço, a tensão está aumentando em Syr e os
personagens devem desvendar esse mistério antes que a situa-
ção saia de controle.
Conduzindo a Aventura
Os aventureiros têm a missão de cumprir diversos objetivos
para desvendar quem está por trás do sumiço do Embaixador
Draconato. Os objetivos da aventura são:
• Investigar o Desaparecimento - Na exploração de uma
taverna, os jogadores devem buscar pistas, interrogar tes-
temunhas e coletar informações.
• Descobrir a Conspiração - À medida que a história avan-
ça, os personagens têm a missão de identificar uma trama
oculta relacionada ao sumiço do embaixador.
• Resgatar o Embaixador - A equipe precisa resgatar o
Embaixador Draconato e expor a realidade por trás de seu
sequestro.
Introduzindo os
Jogadores
Lisbeth os chama para uma reunião com Beldhur, reitor da
Forja de Mãos e Mentes e um dos membros do Conselho Re-
gente de Syr.
Leia a caixa de texto a seguir:
“Sentado ao lado de Lisbeth está um anão com
barba e cabelos escuros e alisados. Ele parece
preocupado, toma um longo gole de sua cerveja e,
em seguida, se dirige a vocês.
- Bom dia, heróis do Clã do Machado! Enfren-
tamos um grande problema. Na última noite, o
Embaixador Draconato Brekoth desapareceu de
seu quarto na Taverna Cacatua Dourada. Nossos
homens já começaram as buscas, mas o Coman-
dante Orax, responsável pela escolta especial do
embaixador, fez questão de contar com aventurei-
ros especializados nesta missão. Por isso, procurei
Lisbeth.”
Lisbeth explica que os personagens devem ser rápidos e preci-
sos. Seu trabalho é encontrar o embaixador Brekoth e trazê-lo
em segurança.
Ela acertou um contrato com Beldhur, estipulando 200 PO
para cada aventureiro e um bônus de 200 PO caso os responsá-
veis pelo desaparecimento sejam entregues vivos às autorida-
des. Se desejarem fazer perguntas, Beldhur está apto a fornecer
as seguintes informações:
• Não é a primeira vez que o Embaixador vem a Syr, mas
ele nunca desapareceu dessa forma;
• O embaixador desapareceu na noite anterior, na taverna
Cacatua Dourada, que fica no Centro Administrativo da
cidade;
• O Comandante Orax já escoltou Brekoth diversas vezes.
Ele está na taverna aguardando um desfecho para a situ-
ação;
• O embaixador está na cidade para fazer uma nova enco-
menda de armas para o Exército Draconato.
Depois de esclarecer as dúvidas dos aventureiros, Beldhur
agradecerá o empenho dos heróis e informará que estará na
reitoria da Universidade Forja de Mãos e Mentes caso neces-
sitem de algo
O Caminho até a
Cacatua Dourada
A Taverna Cacatua Dourada está localizada ao norte da Região
Administrativa, perto da entrada que conduz à favela Adaga
Sem Gume. Após cerca de trinta minutos caminhando pela
cidade, o grupo alcança o estabelecimento. Leia o trecho a se-
guir:
“Normalmente, a esta hora do dia, o local é agita-
do, frequentado por uma variedade de comercian-
tes e moradores da região. Contudo, hoje notam-
-se poucas pessoas na taverna. A atmosfera está
carregada de tensão, e na entrada estão posicio-
nados dois soldados da Guarda de Aço, indicando
Mistério na Ilha da Neblina
claramente que o estabelecimento está fechado ao
público.”
Investigando a Taverna
Cacatua Dourada
Os guardas barram os aventureiros, que devem argumentar
para poder avançar. Ao se identificarem como membros do
Clã do Machado e mencionarem que investigam o caso a pedi-
do do conselheiro Beldhur, são autorizados a entrar na taverna.
Leia o trecho a seguir:
69

“O salão da taverna é aconchegante, iluminado por
Mistério na Ilha da Neblina
lanternas nas vigas de madeira. Paredes de pedra
ostentam tapeçarias coloridas de paisagens exóti-
cas. A mobília robusta inclui mesas de madeira e
cadeiras almofadadas. Apenas soldados, funcio-
nários e combatentes draconatos estão presentes, e
todos voltam os olhares para vocês ao entrarem.”
Um draconato de escamas vermelhas marcadas por batalhas
se aproxima. É o comandante Orax, encarregado da escolta
do embaixador. Foi ele que solicitou ajuda dos aventureiros
e auxiliará os personagens, garantindo acesso à taverna e aos
funcionários. Orax também pode fornecer as seguintes infor-
mações:
• O embaixador não saiu a noite inteira e seu quarto está
intocado;
• A comitiva chegou à cidade no dia anterior ao desapare-
cimento;
• Seus homens não tem jurisdição dentro da cidade de Syr;
• O embaixador viajaria para Bhorg’Dra, capital dos draco-
natos, após as reuniões em Syr;
• Brekoth não é um embaixador comum. Ele é primo de
sangue do Predak Khrarziri, o regente da Soberania Po-
ente;
• Os draconatos pediram à guarda da cidade para investigar
a casa de Durnak, proprietário da taverna, que também
está desaparecido.
Se os jogadores interrogarem os funcionários da Taverna, to-
dos confirmam a história de que o embaixador foi para seu
quarto na noite anterior e, quando foram verificar pela manhã,
ele havia desaparecido. Ninguém ouviu barulhos suspeitos ou
viu alguém entrar ou sair de seu quarto durante a noite.
Com um teste de Persuasão ou Intimidação CD 15, os funcio-
nários podem contar que, três semanas antes, outro hóspede
sumiu no mesmo quarto que o embaixador. O dono da taverna,
Durnak, ocultou o ocorrido para não afugentar clientes.
O quarto de Brekoth fica no segundo andar. Os personagens
encontrarão uma cena aparentemente normal. A cama está
arrumada, não há sinais de arrombamento e nem de luta. Ne-
nhum objeto de valor parece ter sido roubado.
Com um teste de Investigação ou Percepção CD 12, os aven-
tureiros notam marcas no chão, como se o armário da parede
tivesse sido arrastado. Ao movê-lo, descobrem uma passagem
secreta com um túnel estreito e uma escada. Se os jogadores
entrarem na passagem, leia o texto a seguir:
“Um túnel estreito e mal iluminado se estende à
frente, trazendo uma sensação de confinamento.
Depois de alguns passos, uma escada de madei-
ra com degraus desgastados revela sinais de uso
recente e leva a uma pequena sala com paredes de
tábuas”
Esta sala claramente esconde uma passagem para a rua. Com
um teste de Investigação ou Percepção CD 12, os aventureiros
percebem madeiras soltas que levam a um beco escuro atrás da
70
taverna. Eles também notam um curioso símbolo entalhado na
parede. Um emaranhado de tentáculos que parece sair do mar.
O beco seria um lugar perfeito para sair com o Embaixador
Brekoth sem que ninguém percebesse. Com um teste bem su-
cedido de Sobrevivência ou Percepção CD 13, os aventureiros
podem seguir os rastros que levam na direção norte da cidade,
até a mansão de Durnak.
A Investida na Mansão
de Durnak
Se desconfiarem de Durnak ou seguirem os rastros, os aven-
tureiros podem chegar à sua mansão próxima à Favela Adaga
Sem Gume em menos de dez minutos. Ao chegarem, leia o
trecho a seguir:
“A mansão de Durnak é protegida por uma mura-
lha de pedra cinza e um portão de ferro decorado
com dragões e runas antigas. Do lado de dentro,
um casarão de dois andares em pedra se ergue,
com telhas vermelhas, janelas de vitrais coloridos
e uma varanda elegante no andar superior.”
O portão está trancado e o muro tem três metros de altura. A
propriedade parece deserta e ninguém responde aos chamados
dos jogadores. No pátio, há indícios de combate recente, como
grama revirada e marcas de sangue. Não há corpos, mas sinais
indicam que algo foi arrastado para dentro da casa.
O prédio tem entradas pela porta da frente, dos fundos e ja-
nelas. Todas estão trancadas, mas podem ser quebradas ou ar-
rombadas com um teste de Atletismo ou Ferramenta de Ladrão
CD 14.
A mansão é protegida por 6 Seguranças (Pág. 77) que embos-
carão os aventureiros em algum cômodo favorável, no meio da
investigação do local.
Derrotando os seguranças
Se vencerem os inimigos, poderão investigar a mansão livre-
mente. Caso prendam algum dos oponentes, poderão obter
informações importantes com um teste bem sucedido de Per-
suasão ou Intimidação ND 15.
• Durnak mantém a segurança pessoal para proteger sua
mansão e escoltá-lo em caminhadas noturnas pela cidade;
• Os seguranças construíram uma passagem secreta na ta-
verna a três meses atrás;
• Durnak fazia reuniões constantes em um quarto escondi-
do no segundo andar da casa;
• Há duas horas, Durnak saiu apressadamente com sua car-
roça levando um draconato refém e acompanhado por uma
pessoa encapuzada. Ele seguiu pela estrada norte, rumo à
saída da cidade.
Recuando ou Fugindo
Caso os aventureiros recuem ou fujam do local, deverão en-
contrar outra forma para avançar na história. Isto pode deman-
dar tempo fazer com que eles cheguem tarde para impedir os
sacrifícios. Veja o final CHEGANDO TARDE DEMAIS.
Investigando a Mansão
O casarão é ricamente decorado com souvenirs de diversos
pontos de Phantyr. Ao investigar o local, os aventureiros en-
contram três membros da Guarda de aço que estão mortos. Os
corpos foram ocultados no depósito da mansão.
O escritório de Durnak no segundo andar abriga uma sala de
reuniões secretas, atrás de uma estante. Ela está entreaberta e
pode ser facilmente vista pelos aventureiros.
O Primeiro jogador que atravessar a passagem é atingido por
uma saraivada de agulhas envenenadas disparadas das paredes,
causando 12 (4D6) pontos de dano de veneno. Uma salvaguar-
da de Constituição CD 15, reduz esse dano pela metade. Caso
os jogadores procurem por perigos, um teste de Percepção ou
Investigação CD 15 revela a armadilha que pode ser facilmente
desativada.
Se entrarem na sala secreta, leio o texto a seguir:
“A sala tem paredes escuras que imediatamen-
te fazem o ambiente pesar em seus corações. O
local está bagunçado, indicando que foi deixado
às pressas. Existem alguns papéis e um cálice de
madeira sujo no chão. Uma mesa circular de ma-
deira se destaca no centro, cercada por cadeiras
rústicas.
Encostada em uma das paredes, existe uma ban-
cada com pergaminhos e algumas ferramentas.
Acima da bancada, uma grande tapeçaria ocupa
quase toda a parede. Ela retrata uma imensa
criatura marinha, com tentáculos saindo de suas
costas.”
Na bancada lateral, diversos elementos podem ser encontra-
dos:
• Um mapa de Syr mostra locais marcados: a mansão de
Durnak, uma casa no distrito das forjas, dois pontos não
identificados na favela Adaga Sem Gume e uma caverna
no litoral norte da cidade;
• Diversos pergaminhos estão escritos em uma língua des-
conhecida. Um teste de Arcanismo ou Religião CD 15
revela referências a rituais em honra ao Devorador das
Marés;
• Duas poções de cura menor (2d4+2) e uma pequena saco-
la com um punhado de pérolas negras no valor de 50 POs;
• Um amuleto em forma de um emaranhado de tentáculos.
Um teste bem sucedido de Religião ou História CD 15
revela que o amuleto é um símbolo de uma antiga criatura
chamada Xylothar, o Devorador das Marés.
• Cartas trocadas entre duas pessoas identificadas como
“D” e “Q” mencionam informações sobre a viagem do
Embaixador, primo do Predak Khrarziri. A carta no topo
da pilha tem a seguinte mensagem:
“D,
Assim que capturar o tributo de sangue real,
traga-o até nosso santuário na caverna. As marés
anseiam por devorar seu maior sacrifício.
Q.”
Os aventureiros podem se dirigir até a caverna identificada no
mapa. Se procurarem rastros, podem identificar o caminho da
carroça que segue para a estrada norte com um teste bem suce-
dido de Sobrevivência ou Percepção ND 13
Um Ritual Maldito
Guiados pelas pistas, os aventureiros seguem até a caverna à
beira-mar no litoral norte da cidade de Syr. O local está prestes
a ser utilizado para realizar o ritual em honra do Devorador
das Marés. Ao se aproximarem, leia a caixa de texto a seguir:
“No meio de várias pedras costeiras, cobertas pela
espuma das ondas, vocês podem ver uma fenda
localizada à beira de um rochedo escuro. Vocês
escutam um grito de dor que se perde no som das
ondas.
Ao se aproximarem, percebem que o túnel se alar-
ga depois de alguns metros, revelando um salão
com luz fraca e uma névoa misteriosa que emana
de seu interior. Uma voz feminina ecoa pelo local,
entoando um cântico ritualístico, seguido de outro
grito de dor que é ouvido por todos. Um pensa-
mento terrível assola suas mentes. Pessoas estão
sendo sacrificadas.”
No centro da caverna, cinco draconatos estão presos a uma
estátua de pedra e, entre eles, o embaixador Brekoth. Dois cor-
pos nas extremidades acabaram de ser sacrificados e estão sem
vida.
Várias pessoas formam um círculo ritualístico em torno da
grande estátua. À frente delas uma elfa de cabelos prateados
segura uma adaga cerimonial.
Ao entrarem na caverna, os aventureiros são confrontados por
Durnak, que se revela como um paladino a serviço de Xylothar,
o Devorador das Marés.
Junto a Durnak (Pág. 78) estão três cultistas (Bandidos au-
mentando seu HP para 30) e a sacerdotisa Qizana Cordalor
(Pág. 78).
Os cultistas atacam os aventureiros enquanto Qizana prosse-
gue com os sacrifícios. Ao iniciar o combate, acompanhe a ini-
ciativa da sacerdotisa. Ela sacrifica um prisioneiro por rodada,
reservando o embaixador para o final (terceira rodada). Após
sacrificar Brekoth ou caso os aventureiros consigam interrom-
per Qizana, ela se juntará ao combate.
Evitando o Ritual
Se o grupo conseguir impedir o ritual, eles poderão libertar o
Embaixador Brekoth.
Mistério na Ilha da Neblina
Extremamente abalado, ele expressa sua gratidão oferecendo
uma generosa recompensa de 100 PO para cada aventureiro e
promete relatar o fato ao próprio Predak Khrarziri, exaltando
o Clã do Machado.
Os outros draconatos são moradores de Syr sequestrados ante-
riormente. Derrotar Durnak e interromper o ritual é um revés
para os Devotos de Xylothar. As autoridades de Syr começam
investigações para eliminar qualquer vestígio do culto na ci-
dade.
Chegando Tarde Demais
Caso os aventureiros demorem muito e não cheguem a caverna
a tempo, os cultistas terão concluído o ritual e desaparecido,
deixando para trás apenas os corpos dos draconatos que apre-
sentam uma consistência curiosa, meio liquefeitos.
71
 Até o final do turno de um alvo Contido, ele ou um aliado, podem
Goblin da Irmandade usar uma Ação para quebrar a crosta de gelo que se formou em
Mistério na Ilha da Neblina

Humanoide pequeno
volta do alvo. Se isso acontecer, ele recebe 5 (2d4) de dano.
Classe de Armadura: 13 (Armadura de Couro) Um alvo que termine seu próximo round Contido, precisa refa-
Pontos de Vida: 7 zer a Salvaguarda de CON com CD 12 ou fica congelada, como se
Deslocamento: 9 metros estivesse Paralisado
Iniciativa: +2 Um aliado, pode usar uma Ação para quebrar o gelo que se
formou em volta da vítima. Se isso acontecer, a vítima recebe 9
(2d8) de dano.
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Bônus: -1 +2 0 0 -1 -1
Salvaguarda: -1 +2 0 0 -1 -1

Perícias: Furtividade +4 Garret Caolho

Humanoide médio
Ação | Ataque Corpo a corpo com Espada Curta: +4 para acertar,
Classe de Armadura: 15 (Armadura de Couro Batido)
Dano: 5 (1d6+2) cortante
Pontos de Vida: 70
Ação | Ataque à distância com Arco curto: + 4 para acertar,
Deslocamento: 9 metros
Dano: 5 (1d6+2) perfurante
Iniciativa: +3

Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR

Bônus: +3 +3 +2 +2 0 +2
Salvaguarda: +5 +5 +2 +2 0 +2
Bandido da Irmandade
Humanoide médio Perícias: Atletismo +4, Furtividade +5, Intimidação +4,
Enganação +4
Classe de Armadura: 12 (Armadura de Couro)
Pontos de Vida: 11
Ofensiva Alucinada: Garret luta o tempo todo com uma fúria
Deslocamento: 9 metros
alucinada. Todos os seus ataques são feitos com vantagem.
Iniciativa: +1
Além disso, todos os ataques feitos contra ele também possuem
vantagem.
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Bônus: +0 +1 +1 0 0 0 Ação |Ataques Múltiplos: Com uma ação, Garret faz dois ata-
ques com sua Espada ou dois ataques com sua Besta.
Salvaguarda: +0 +1 +1 0 0 0 Ataque Corpo a corpo com Espada Longa: +5 para acertar,
Dano: 7 (1d8+3) cortante.
Perícias: Furtividade +3, Intimidação +2 Ataque à distância com Besta: + 5 para acertar, Dano: 7 (1d8+3)
perfurante.
Ação | Ataque Corpo a corpo com Cimitarra: + 3 para acertar,
Dano: 4 (1d6+1) cortante Ação Bonus | Ataque Corpo a corpo com Adaga Garra
Ação | Ataque à distância com Besta leve: + 3 para acertar, Dano: Abatedora: + 5 para acertar, Dano: 7 (1d4+5) cortante
4 (1d6+1) perfurante
Reação | Contra Ataque: Quando uma criatura que Garret pode
ver erra um ataque corpo a corpo contra ele, Garret contra ata-
ca imediatamente fazendo um Ataque Corpo a corpo com sua
Adaga Garra Abatedora.
Basilisco Gélido
Monstruosidade grande

Classe de Armadura: 14
Pontos de Vida: 55 Javali Gigante
Deslocamento: 9 metros Fera grande
Iniciativa: +0
Classe de Armadura: 12
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR Pontos de Vida: 42
Deslocamento: 12 metros
Bônus: +3 0 +2 -4 -1 -2 Iniciativa: +0
Salvaguarda: +3 0 +2 -4 -1 -2
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Perícias: Atletismo +5 Bônus: +3 0 +3 -4 -2 -3
Resistência (recebe metade do dano): Gelo
Salvaguarda: +3 0 +3 -4 -2 -3
Ação | Ataques Múltiplos: Com uma ação, o basilisco ataca com
sua mordida e usa seu Olhar Congelante. Carga: Se o javali correr ao menos 6 metros antes de ser bem
Ação | Ataque Corpo a corpo com Mordida: +5 para acertar, sucedido em um ataque. O alvo sofre 7 (2d6) pontos de dano
Dano: 7 (1d8+3) perfurante, mais 3 (1d6) gelo. cortante adicionais. O alvo deve ainda ser bem-sucedido em
Olhar Congelante: O Basilisco escolhe um alvo que pode ver, uma salvaguarda de Força CD 13 ou fica Caído.
dentro de 9 metros de distância. Ele precisa ser bem sucedido Incansável: A primeira vez que os pontos de vida do Javali fo-
em uma Salvaguarda de CON com CD 12 ou fica Contido come- rem reduzidos a 0, em vez disso ele fica com 1 ponto de vida.
çando a congelar magicamente.
Ação | Ataque Corpo a corpo com Presas: +5 para acertar,
Dano: 10 (2d6+3) cortante.

72
 Cobra Constritora Gigante
Cão da Morte Fera enorme
Monstruosidade média
Classe de Armadura: 12
Classe de Armadura: 12 Pontos de Vida: 60
Pontos de Vida: 39 Deslocamento: 9 metros, 9 metros nadando
Deslocamento: 12 metros Iniciativa: +2
Iniciativa: +2
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Bônus: +4 +2 +1 -5 0 -4
Bônus: +2 +2 +2 -4 +1 -2
Salvaguarda: +4 +2 +1 -5 0 -4
Salvaguarda: +2 +2 +2 -4 +1 -2
Perícias: Percepção +2
Duas Cabeças: Vantagem em testes de Sabedoria (Percepção)
e em salvaguardas contra ficar amedrontado, atordoado, cego,
Ação | Ataque Corpo a corpo com Mordida: +6 para acertar,
enfeitiçado, surdo ou cair inconsciente.
Dano: 11 (2d6+2) perfurante
Ação | Constrição - Ataque Corpo a Corpo: +6 para acertar,
Ação | Ataques Múltiplos: Com uma ação, o Cão da Morte faz Dano: 13 (2d8 + 4) contundente. O alvo é agarrado (CD 16 para
dois ataques com sua mordida. escapar). Até o agarramento terminar, a criatura fica contida, e a
Ataque Corpo a corpo com Mordida: +4 para acertar, Dano: cobra constritora não pode usar constrição em outro alvo.
5 (1d6+2) perfurante. O alvo deve ser bem-sucedido em uma
salvaguarda de Constituição CD 12 contra doença ou fica Enve-
nenado até que a doença seja curada.

Enxame de Insetos
Fera média
Vespa Gigante Classe de Armadura: 12
Fera média Pontos de Vida: 22
Deslocamento: 6 metros, 6 metros voando
Classe de Armadura: 12 Iniciativa: +1
Pontos de Vida: 13
Deslocamento: 3 metros, 15 metros voando
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Iniciativa: +2
Bônus: -4 +1 0 -5 -2 -5
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR Salvaguarda: -4 +1 0 -5 -2 -5
Bônus: 0 +2 0 -5 0 -4
Resistência a dano: Contundente, Cortante e Perfurante
Salvaguarda: 0 +2 0 -5 0 -4
Imunidade a condição: agarrado, amedrontado, atordoado,
caído, contido, enfeitiçado, paralisado, petrificado.
Perícias: Percepção +2 Bando: O enxame pode ocupar o espaço de outra criatura e vi-
ce-versa. Também pode mover-se através de qualquer abertura
Ação | Ataque Corpo a corpo com Ferrão: + 4 para acertar, grande o suficiente para um inseto passar.
Dano: 5 (1d6+2) perfurante. O alvo deve ser bem-sucedido em
uma salvaguarda de Constituição CD 11, sofrendo 10 (3d6) vene- Ação | Ataque Corpo a corpo com Mordida: +3
noso em uma falha, ou metade do dano em caso de para acertar, Dano: 10 (4d4) perfurante.
sucesso.

Manto Sinistro
Carniçal Monstruosidade pequena
Morto-vivo médio

Mistério na Ilha da Neblina

Classe de Armadura: 11
Classe de Armadura: 12 Pontos de Vida: 22
Pontos de Vida: 22 Deslocamento: 3 metros / 9 metros voando
Deslocamento: 9 metros Iniciativa: +1
Iniciativa: +2
Atributos: FOR DEX CON INT SAB CAR
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR Bônus: +3 +1 +1 -4 0 -3
Bônus: +1 +2 0 -2 0 -2 Salvaguarda: +3 +1 +1 -4 0 -3
Salvaguarda: +1 +2 0 -2 0 -2
Perícias: Furtividade +3

Imunidade a dano: Venenoso Camuflagem: Enquanto permanecer imóvel, é indistinguível de

Imunidade a condição: Enfeitiçado, envenenado, exausto uma estalagmite ou estalactite.

Ação | Ataque Sufocante Corpo a corpo: + 5 para acertar, Dano:

Ação | Ataque Corpo a corpo com Garra: +4 para acertar, Dano:
7 (1d6+3) contundente. Se acertar o ataque, engolfa a cabeça do
7 (2d4+2) cortante. O alvo deve ser bem-sucedido em uma sal-
alvo, deixando-o cego e incapaz de respirar. Enquanto estiver
vaguarda de Constituição CD 10 ou fica Paralisado por 1 minuto.
preso ao alvo, tem vantagens nos próximos ataques sufocantes,
Ele pode repetir a salvaguarda no final de cada um dos seus
mas não pode atacar outro alvo. Uma vítima pode utilizar uma
turnos, encerrando o efeito em caso de sucesso.
ação para fazer um teste de For / Des (Atletismo / Acrobacia
CD 13) para se soltar. Enquanto estiver sufocando uma vítima,
metade de todo o dano causado no Manto Sinistro também é
causado na vítima sufocada. 73
 Ankheg Zumbi
Mistério na Ilha da Neblina

Monstruosidade grande Morto-vivo Médio

Classe de Armadura: 14 Classe de Armadura: 8

Pontos de Vida: 39 Pontos de Vida: 22
Deslocamento: 9 metros, 3 metros escavando Deslocamento: 6 metros
Iniciativa: +0 Iniciativa: -2

Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR

Bônus: +3 0 +1 -5 +1 -2 Bônus: +1 -2 +3 -4 -2 -3

Salvaguarda: +3 0 +1 -5 +1 -2 Salvaguarda: +1 -2 +3 -4 0 -3

Imunidade a dano: Venenoso

Ação | Ataque Corpo a corpo com Mordida: +5 para acertar,
Imunidade à condição: Envenenado
Dano: 10 (2d6+3) cortante mais 3 (1d6) ácido. O alvo fica agarrado
(CD 13 para escapar). Até este agarramento terminar, o ankheg
Fortitude de Morto-Vivo: Quando o zumbi recebe dano que re-
pode morder apenas a criatura agarrada e tem vantagem na
duz seus pontos de vida para 0, ele deve fazer uma salvaguarda
jogada de ataque.
de Constituição com CD 5 + o dano sofrido, a não ser que este
Ação | Jato Ácido (Recarga 6). O ankheg cospe ácido em uma
seja radiante ou derivado de um acerto crítico. Se for bem-suce-
linha de 9 metros de comprimento e 1,5 metro de largura, desde
dido, em vez disso o zumbi fica com 1 ponto de vida.
que ele não esteja agarrando nenhuma criatura. Cada criatura
na linha deve fazer uma salvaguarda de Destreza CD 13, sofren-
Ação | Ataque Corpo a corpo com punho: + 3 para acertar,
do 10 (3d6) pontos de dano ácido se falhar, ou metade do dano
Dano: 4 (1d6+1) contundente.
em caso de sucesso.

Lupino Monstro da Ferrugem

Monstruosidade média
Humanoide médio
Classe de Armadura: 14
Classe de Armadura: 13 Pontos de Vida: 27
Pontos de Vida: 18 Deslocamento: 12 metros
Deslocamento: 12 metros Iniciativa: +1
Iniciativa: +2
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Bônus: +1 +1 +1 -4 +1 -2
Bônus: +1 +2 +1 -1 -1 -1
Salvaguarda: +1 +1 +1 -4 +1 -2
Salvaguarda: +1 +4 +1 -1 -1 -1
Enferrujar Metal: O monstro da ferrugem corrói qualquer arma
Perícias: Percepção +1, Furtividade +4 não mágica feita de metal que o acerte. Após causar dano, a
arma sofre uma penalidade permanente e cumulativa de - 1 nas
Ação | Ataques Múltiplos: Com uma ação, o Lupino faz dois
jogadas de dano. Se a penalidade cair para -5, a arma é destruída
ataques com suas garras
Farejar Ferro: O monstro da ferrugem pode identificar precisa-
Ataque Corpo a corpo com Garra: +4 para acertar, Dano: 5
mente, através do faro, a localização de metais ferrosos a até 9
(1d6+2) cortante
metros dele.
Reação | Mordida Lacerante: Se o Lupino acertar os dois
ataques com suas garras, ele usa sua reação fazendo um Ataque Ação | Ataque Corpo a corpo com Mordida: +3 para acertar,
Corpo a corpo com as presas +4 para acertar, Dano: 5 (1d6+2) Dano: 5 (1d8+1) perfurante
perfurante. Ação | Antena. Seu toque corrói metal a sua volta. O jogador
faz uma salvaguarda de Destreza CD 11 para evitar o toque do
monstro da ferrugem. Se o objeto tocado for uma armadura
ou escudo de metal, este sofre uma penalidade permanente e
cumulativa de -1 na sua CA. Armaduras que tenham a CA redu-
zida a 10 e escudos que tenham seus bônus reduzidos para +0
são destruídos. Se o objeto tocado for uma arma de metal, ela
enferruja conforme descrito na característica Enferrujar Metal.

Grotesco Blindado
Monstruosidade grande

Classe de Armadura: 15
Pontos de Vida: 60
Deslocamento: 9 metros
Iniciativa: +1

Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR

Bônus: +3 +1 +2 -1 -1 -3
Salvaguarda: +3 +1 +4 -1 -1 -3

74
Perícias: Intimidação +6 Grotesco Blindado Impenetrável
Carapaça Espinhenta: Atacantes bem sucedidos em um ataque Monstruosidade grande
corpo a corpo contra o Grotesco sofrem 2 (1d4) de dano perfu-
rante dos espinhos em sua carapaça. Classe de Armadura: 16
Pontos de Vida: 95
Ação | Ataques Múltiplos: Com uma ação, o Grotesco ataca Deslocamento: 9 metros
duas vezes com suas pinças. Iniciativa: +1
Ação | Ataque Corpo a corpo com Pinça: + 5 para acertar, Dano:
9 (1d12+3) cortante. Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Bônus: +4 +1 +3 0 0 -2
Salvaguarda: +4 +1 +5 0 0 -2

Perícias: Intimidação +6
Pacumã do Bico Roxo Carapaça Espinhenta: Atacantes bem sucedidos em um ataque
Monstruosidade grande corpo a corpo contra o Grotesco sofrem 2 (1d4) de dano perfu-
Classe de Armadura: 14 rante dos espinhos em sua carapaça.
Pontos de Vida: 80
Ação | Ataques Múltiplos: Com uma ação, o Grotesco ataca
Deslocamento: 3 metros / 12 metros nadando
duas vezes com suas pinças.
Iniciativa: +1
Ação | Ataque Corpo a corpo com Pinça: + 6 para acertar, Dano:
10 (1d12+4) cortante.
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR Ação | Tempestade de espinhos (1/Dia): O Grotesco gira seu
Bônus: +4 +1 +3 -4 -1 -5 corpo e diversos espinhos presos em sua carapaça são lançados
Salvaguarda: +4 +1 +5 -4 -1 -5 em um Cone de 4,5 metros. Cada criatura na área afetada deve
fazer uma salvaguarda de Destreza CD 13, sofrendo 7 (2d6)
Ação | Ataque Corpo a corpo com Mordida: + 6 para acertar, pontos de dano perfurante se falhar, ou metade do dano em
Dano: 9 (1d8+4) perfurante. Se acertar o ataque, crava os dentes caso de sucesso.
na vítima deixando-a Agarrada.
Uma vítima pode utilizar uma ação para fazer um teste de For /
Des (Atletismo / Acrobacia CD 13) para se soltar.
Ação | Engolir: Se o Pacumã tiver uma vítima agarrada em sua
mandíbula, engole o alvo. Uma criatura engolida continua agar- Zumbi Afogado
rada e está cega. Ela é esmagada, recebendo 7 (2d6) de dano Morto-vivo Médio
contundente no início de cada turno do Pacumã.
Se o Pacumã sofrer 40 de dano enquanto tem uma vítima em Classe de Armadura: 12
sua barriga, não consegue mais mantê-la presa. A criatura esca- Pontos de Vida: 28
pa do corpo do Pacumã e fica caída em um espaço adjacente ao Deslocamento: 6 metros
monstro. Iniciativa: 0
Enquanto estiver com uma vítima em sua barriga, o Pacumã
passa a atacar com sua Cabeçada. Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Ação | Ataque Corpo a corpo com Cabeçada: + 6 para acertar, Bônus: +3 0 +3 -4 -2 -3
Dano: 11 (2d6+4) contundente.
Salvaguarda: +3 0 +3 -4 -2 -3

Imunidade a dano: Venenoso

Imunidade à condição: Envenenado
Corpo decomposto: Se um ataque infligir menos do que 5 de
Fogo-Fátuo dano, o zumbi não recebe dano nenhum. O afogado projeta seu
Morto-vivo pequeno corpo em cima do atacante que precisa ser bem sucedido em
Classe de Armadura: 19 uma Salvaguarda de CON com CD 12 ou receber 6 (2d6) de dano
Pontos de Vida: 22 de veneno.
Deslocamento: 15 metros voando Fortitude de Morto-Vivo: Quando o zumbi recebe dano que re-

Mistério na Ilha da Neblina

Iniciativa: +9 duz seus pontos de vida para 0, ele deve fazer uma salvaguarda
de Constituição com CD 5 + o dano sofrido, a não ser que este
seja radiante ou derivado de um acerto crítico. Se for bem-suce-
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
dido, em vez disso o zumbi fica com 1 ponto de vida.
Bônus: -5 +9 0 +1 +2 0
Salvaguarda: -5 +9 0 +1 +2 0 Ação | Ataque Corpo a corpo com punho: + 5 para acertar,
Dano: 7 (1d8+3) contundente.
Imunidade a dano: Elétrico e venenoso
Resistência a dano: Ácido, Gélido, Ígneo, Necrótico, Trovejante
e Contundente, Cortante, Perfurante de ataques não mágicos.
Imunidades a condição: agarrado, caído, contido, envenenado,
exausto, inconsciente, paralisado

Ação | Choque | Ataque Mágico Corpo a corpo: + 4 para acer-

tar, Dano: 9 (2d8) elétrico.

75
 Resistência a dano: Ácido, Elétrico, Gélido, Ígneo, Necrótico,
Ave de Carniça
Mistério na Ilha da Neblina

Venenoso, Trovejante e Contundente, Cortante, Perfurante de

Morto-vivo médio ataques não mágicos
Classe de Armadura: 14
Pontos de Vida: 58 Imunidade a condição: amedrontado, enfeitiçado, envenenado,
Deslocamento: 9 metros exausto, paralisado, petrificado
Iniciativa: +2
Trespassar Angustiante: Uma vez por turno, durante seu
deslocamento, Drakkhar pode se movimentar através de uma
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
criatura. Ao fazer isso, rouba sua energia vital. A vítima recebe 6
Bônus: +1 +3 0 -4 -1 -4 (2d6) de dano psíquico ou metade disso se for bem sucedido em
Salvaguarda: +1 +5 0 -4 -1 -4 uma salvaguarda de CON DC 13.
Ação | Ataques Múltiplos: Com uma ação, Drakkhar ataca duas
Perícias: Furtividade +4
vezes com sua espada angustiante
Imunidade a dano: Venenoso
Ataque Corpo a corpo com Espada Opressiva: + 5 para acertar,
Imunidade à condição: Envenenado
Dano: 7 (1d8+3) psíquico.
Grunhido enervante: No início de seu turno, a Ave de Carniça
Reação | Lufada Agoniante: Quando uma criatura acerta um
emite um grunhido estarrecedor que afeta todos os inimigos
ataque contra Drakkhar, ele pode lançar uma lufada espiritual
em um raio de 6 metros, causando 2 (1d4) de dano psíquico.
angustiante. O alvo precisa ser bem sucedido em uma salva-
guarda de CON DC 13 ou ficar com a condição Envenenado até o
Ação | Ataque Corpo a corpo com Bico: + 5 para acertar, Dano: final da sua próxima rodada.
7 (1d10+2) cortante.

Grotesco Paquiderme
Carranca Monstruosidade grande
Constructo médio
Classe de Armadura: 16
Classe de Armadura: 12 Pontos de Vida: 80
Pontos de Vida: 68 Deslocamento: 9 metros
Deslocamento: 9 metros Iniciativa: 0
Iniciativa: 0
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Bônus: +3 0 +3 -1 -1 -3
Bônus: +3 0 +2 -1 -2 -3
Salvaguarda: +5 0 +5 -1 -1 -3
Salvaguarda: +3 0 +4 -1 -2 -3
Perícias: Atletismo +5
Imunidade a condição: amedrontado, enfeitiçado, envenenado,
exausto, paralisado, petrificado Ação | Ataque Corpo a corpo com Tromba: + 5 para acertar,
Dano: 7 (1d8+3) contundente. Em caso de acerto, ele agarra o
Vulnerabilidade: A carranca sofre dobro de dano ígneo alvo e pode arremessá-lo.
Ação | Ataque Corpo a corpo com Pisão: + 5 para acertar,
Fúria: Quando os pontos de vida da carranca chegarem a meta- Dano: 13 (3d6+3) contundente. O grotesco se desloca 3 metros
de, ela entra em fúria, fazendo todos os ataques com vantagem, na direção de um alvo, atropelando-o. A criatura atingida deve
mas também dando vantagem a qualquer ataque direcionado ser bem sucedida em uma Salvaguarda de FOR DC 13 ou ficar
a ela. caída.
Reação | Arremesso: O Grotesco arremessa uma criatura
Ação | Ataques Múltiplos: Com uma ação, a carranca ataca duas agarrada na direção de outro inimigo até 9 metros de distância.
vezes com sua mordida Ambos alvos precisam ser bem sucedidos em uma salvaguarda
Ataque Corpo a corpo com Mordida: + 5 para acertar, Dano: 8 de DES CD 12 ou ficarem caídos e receberem 6 (2d6) pontos de
(1d10+3) perfurante. dano contundente, metade caso sejam bem sucedidos.

Drakkhar, o Amaldiçoado
Morto-vivo médio

Classe de Armadura: 13
Pontos de Vida: 60
Deslocamento: 12 metros voando
Iniciativa: +2

Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR

Bônus: -2 +2 +2 -1 +2 +3
Salvaguarda: -2 +2 +2 -1 +2 +3

76
Loboceronte Perícias: Arcanismo +6, História +6, Enganação +4
Monstruosidade grande
Resistência a dano: Necrótico
Classe de Armadura: 16 Manto do Deslocamento: Este manto torna Krezzax difícil de
Pontos de Vida: 90 ser alvejado. Jogadas de ataque contra ele sofrem Desvanta-
Deslocamento: 12 metros gem. Essa propriedade deixa de funcionar até o início de seu
Iniciativa: +1 próximo turno se ele sofrer dano.
Resistência Lendária (3/Dia). Krezzax escolhe se quer ser bem
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR sucedido em uma salvaguarda que tenha falhado.
Bônus: +4 +1 +4 -4 -1 -3
Salvaguarda: +4 +1 +4 -4 -1 -3 Ação | Ataque corpo a corpo com Toque da corrupção: + 6
para acertar, Dano: 16 (3d10) necrótico.
Perícias: Atletismo +6 Ação | Ataque à distância com Raio da corrupção: + 6 para
acertar, Dano: 16 (3d10) necrótico.
Ação | Ataques Múltiplos: Com uma ação o Loboceronte ataca Ação | Bruma Corrupta (2/Dia): Ação | Bruma Corrupta (2/Dia):
duas vezes, uma com a mordida e outra com a chifrada Krezzax provoca uma explosão instantânea, feita de um gás
Ataque Corpo a corpo com Mordida: + 6 para acertar, Dano: 8 escuro em uma esfera de 6 metros de raio afetando cada cria-
(1d8+4) perfurante. tura na área à no máximo 18 metros de distância. Elas sofrem
Ataque Corpo a corpo com Chifrada: + 6 para acertar, Dano: 3d8 pontos de dano necrótico ou metade disso se forem bem
9 (1d10+4) perfurante. Em caso de acerto, o alvo deve ser bem sucedidas em uma salvaguarda de Constituição DC 14.
sucedido em uma salvaguarda de FOR CD 13 ou ser arremessado Ação Bonus (1/Dia) | Deslocamento arcano: Krezzax explode
para o alto, recebendo mais 6 (2d6) pontos de dano contundente em energia necrótica que o teleporta a até 9 metros para um
e ficar caído adjacente ao Loboceronte. espaço desocupado à sua vista. Qualquer inimigo adjacente no
Ação | Investida Implacável (1/dia): momento da conjuração recebe 6 (2d6) de dano necrótico.
O loboceronte avança até seu deslocamento com uma fúria Reação | Escudo mágico (3/Dia): Quando Krezzax é atingido por
implacável, atropelando todas as criaturas em seu caminho. Ele um ataque, ele cria uma proteção que aumenta sua CA em +5 e
pode pode passar por espaços ocupados por outras criaturas, dura até o início de seu próximo turno, possivelmente evitando
que sofrem um Ataque de Chifrada do loboceronte. o ataque.
Reação | Suserano Mental: No final do turno de um inimigo que
Krezzax possa ver, o Suserano impõe sua vontade, brevemente
controlando seu alvo, que precisa ser bem sucedido em uma
salvaguarda de SAB DC 14 ou utilizar sua Reação (se disponível)
para mover seu deslocamento e fazer um ataque corpo a corpo
Protetor da Corrupção contra um alvo a escolha de Krezzax.
Constructo médio

Classe de Armadura: 15
Pontos de Vida: 78
Deslocamento: 9 metros
Iniciativa: 0 Segurança
Humanoide médio
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Bônus: +3 0 +2 -1 -2 -3 Classe de Armadura: 16 (Camisão de Malha e Escudo)
Salvaguarda: +3 0 +4 -1 -2 -3 Pontos de Vida: 16
Deslocamento: 9 metros
Resistência a dano: Cortante e perfurante de ataques não Iniciativa: +1
mágicos.
Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Imunidade a condição: amedrontado, enfeitiçado, envenenado,
exausto, paralisado, petrificado Bônus: +2 +1 +1 0 0 0
Salvaguarda: +2 +1 +1 0 0 0
Ação | Ataque Corpo a corpo com Punho: + 5 para acertar,

Mistério na Ilha da Neblina

Dano: 7 (1d8+3) contundente. Perícias: Atletismo +4, Intimidação +3
Reação | Pulso de energia: Quando recebe dano, o Protetor Combate Tático: o Mercenário tem Vantagem nos ataques contra
pode revidar, descarregando parte de sua energia, causando 4 uma criatura se, pelo menos, um de seus aliados estiver a 1,5 me-
(1d8) de dano elétrico tro da mesma criatura e não estiver incapacitado.

Ação | Ataque Corpo a corpo com Espada Longa: + 4 para acer-

tar, Dano: 6 (1d8+2) cortante
Ação | Ataque à distância com Besta leve: + 3 para acertar, Dano:
4 (1d6+1) perfurante
Krezzax, Suserano da Corrupção
Humanoide médio

Classe de Armadura: 13
Pontos de Vida: 70
Deslocamento: 9 metros
Iniciativa: +2

Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR

Bônus: -1 +2 +1 +4 +2 +2
Salvaguarda: -1 +2 +1 +6 +4 +2

77
Mistério na Ilha da Neblina

Durnak, Paladino de Xylothar Qizana Cordalor

Humanoide médio Humanoide médio

Classe de Armadura: 20 Classe de Armadura: 15 (Camisão de Malha e Escudo)

Pontos de Vida: 52 Pontos de Vida: 28
Deslocamento: 9 metros Deslocamento: 9 metros
Iniciativa: +0 Iniciativa: +2

Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR Atributos: FOR DES CON INT SAB CAR
Bônus: +4 0 +2 0 +1 +2 Bônus: 0 +2 0 +2 +3 +2
Salvaguarda: +4 0 +2 0 +1 +2 Salvaguarda: 0 +2 0 +2 +5 +4

Perícias: Atletismo +7, Religião +4 e Intimidação +5
Ação | Ataque Corpo a corpo com Tridente +1: + 7 para acertar,
Dano: 8 (1d6+5) perfurante
Ação | Fúria Marinha (3/Dia): antes de atacar, Durnak envolve
seu tridente com a força maligna de Xylothar, causando 3d8 de
dano necrótico extra.
Reação | Contra-ataque: Durnak pode contra-atacar um alvo
que tenha sido bem sucedido em um ataque contra ele.
Perícias: Enganação +4, Medicina +5 e Religião +5
Conjuração: Qizana é uma clériga de 4º nível (CD de Salvaguar-
da 15, +5 para ataques mágicos). Ela possui as seguintes magias:
Truques (Sem Limite): Chama Sagrada, Luz e Taumaturgia.
1º Círculo (3): Curar Ferimentos, Escudo da Fé e Raio Guiador.
2º Círculo (2): Arma Espiritual e Oração da Cura.
Ação | Ataque Corpo a corpo com Adaga: + 5 para acertar, Dano:
4 (1d4+2) perfurante

Apoiadores do Financiamento Coletivo

Acauan Bispo, Adair Pinto de Oliveira Neto, Adalberto Marinho da Silva Júnior, Adrian Cavalcante de Moraes, Adriano Ayres Leite Araú-
jo, Adriano de Melo, Adriano Fortunato, Adriano Teixeira Gomes, Afrânio Ferreira Simões, Alair Ferreira Junior, Alan Nacade, Alan
Voiski, Alencar das Facas, Alesso Sartorelli, Alex Chang, Alex Gonçalves dos Santos Silva, Alex H. Santos, Alexandre Augusto de Pieri
Massari, Alexandre Costa, Alexandre Mattos, Alexandre Orge, Alexandre Rosa de Souza, Alexandro de Sousa Rodrigues, Aline Pereira,
Álvaro Leitão Pellegrino, Alyson Fernandes da Silva Ambrósio, Amauri Silva Lima Filho, Ana Caroline de Oliveira Lima, Anais Ferreira,
Anderson Leal Mozer Garcia, Anderson Nicodemos A. de Souza Santos, André A. C. Santos, André Caetano de Castro, André Castilho de
Oliveira, André Cipriano da Silva de Campos, André de Almeida e Freitas, André Luís Dantas, André Luna, André Rafanhin, André T.
Vasconcellos, Antônio Carlos Kieling Pedrazzi, Antônio Henrique, Antônio Sildenberg Vieira Ferreira, Araújo CAPSLOCK, Armando do
Egypto F. S. da Mata, Arthur Barbosa de Sousa, Arthur Cardoso Tolentino, Arthur Costa Mantovani, Arthur Kelsen de Oliveira Macêdo,
Arthur Nascimento, Arthur Noberto, Arthur Ribeiro dos Santos, Arthur Takashi K. Shimabukuro, Augusto Assad Luppi Ballalai, Augusto
Luchese, Aureo Souza Garcia, Bárbara Iara Hugo de Cabral e Carneiro, Bernardo Mauad Régnier, Billy Pedroso, Brayan Hemel, Breno
Mourão, Bruna Frider, Brunno Monteira Alves Rett, Bruno “Baiano” Sorati, Bruno Cezar Giroto Takaoka, Bruno Constantino, Bruno Cor-
radi Curioletti, Bruno Faria, Bruno Felipe, Bruno Henrique Braz dos Santos, Bruno Mello Teixeira, Bruno Sakai Costa, Bruno Santos,
Bruno Silva, Bruno Silva Souza, Bruno Stuckenbruck, Bruno Teixeira Maia, Bruno Vassalo da Silva, Bryan Santos, Caio Carvalho, Caio
Fábio Silveira Sousa, Caio Lisboa Santana, Caio Rezende, Caique Hirsch, Carlos Alicio, Carlos Bartolomeu M. Braga Junior, Carlos Edu-
ardo de Oliveira Silva, Carlos Gomes, Carlos Roberto Rocha de Sousa, Cassio de Lira Gomes, Celio Cesar Mendonça Costa, Celton de
Castro Pereira, César Augusto Dos Santos Dias, Cesar Milman Rizoma Cultural, Christian Lima Costal, Christopher Carvalho Oliveira,
Chrysthowam A. Santos, Chrystian Pereira Tapia, Cicero Alisson dos Santos, Claudimir Lourenço Rosa, Claudinei Dalla Vecchia, Cleber
Valgas Gomes Mira, Cleiton Gimenes Peres, Cristian Queiroz, Cristian Rodrigo Eggert de Oliveira, Cristiano Andrade, Cristiano Lopes
Lima, CuRTi :D, Cyntia de Resende, Daniel Bart, Daniel Borges Klitzke, Daniel Caprioli, Daniel Felipe Meireles de Souza, Daniel Nunes,
Daniel Reboucas Jaguaribe UFC, Daniel Savoia Biondi, Danillo Belkiman, Danilo de Souza Costa, Danilo Sanches Ferrari, Danrlei Jardel,
Dario Miranda, Davi Luz da Silva, David Lucas da Silva Benedicto, Decio Marques de Paiva, Deivson Luiz Matos da Silva, Dener Ikegami,
Dheybson Charles Alves Ferreira, Diego A. Lopes, Diego Aleksander, Diego Aragão, Diego Cezar Nascimento, Diego Fernando Baptista,
Diego Mascarenhas Ramos, Diego Soares de Lima, Diego Vinícius, Diek Scheffer, Diogo Alves de Oliveira, Diogo Augusto de Barros
Lopes, Diogo Mazetto, Douglas Floriano, Douglas Vasconcelos, Duds Panda, Duilio Carvalho Gomes, Dyego Whotom Faria, Eder Carlos,
Eder Scholz, Edgard Souza Araújo Junior, Edival Dan, Eduardo Cazorla Alves, Eduardo Costa Maciel, Eduardo Farias, Eduardo Feijó dos
Santos, Eduardo Ferrer, Eduardo Gales Adriano, Eduardo Henrique Fernandes Fonseca, Eduardo José Reis. Eduardo Ohashi, Eduardo
Palmeira Chicarino, Eduardo Pereira Dagagny, Eduardo Rafael Miranda Feitoza, Eduardo Santana, Elder Viana Oficial, Elvis de Lima,
Emanuel Eggers Turra, Emanuel Guilherme, Emerson Jose De Barros Da Cruz, Emerson Monteiro, Eminiales Messias, Ensinamentos do
Clã., Erasmo Alves, Erasmo Ferreira Ferreira, Eric Felipe Machado de Lacerda, Eric Lacerda, Érica Marçal, Erick Arpini, Érico Leite
Campos, Erik Carvalho Talon, Esley Da Silva Barboza, Ester Catarina Vera Jesus, EU, Everton Calegari, Fabio Berstecher Gehringer, Fabio
Cesar de Carvalho, Fábio Rodrigues de Moura, Fabio Ruiz, Fabricio Monteiro, Felipe Aguiar, Felipe Alves da Silva, Felipe M. Weber, Fe-
lipe Marquezelli, Felipe R. Batista, Felipe Tavares, Felipe Verlangieri, Felipe von Randow, Fellipe Schneider Maciel Schneeider, Fernandes
da Silva Mota Netto, Fernando Dantas, Fernando de Souza Junqueira, Fernando Monjardim, Fernando Mottin Maschmann, Fernando Pe-
reira, Fernando Rafael Serra Neves, Fernando Ribeiro, Fernando Sartori, Filho Eneas, Filipe Del Cesare Frazão de Lemos, Filipe Spindola,
Flavio Alessander Nunes, Flavio Junio Martins da Silva, Francwelligton Moreira de Lima, Frankyston Lins Nogueira, Frederico Lemos
Alvarenga, Gabriel Abreu, Gabriel Alves, Gabriel Arantes Carreira, Gabriel Araújo, Gabriel Barroso Mirço, Gabriel Estanislau Gama,
Gabriel Gomes, Gabriel José Bubniak Ribeiro, Gabriel Jurado de Oliveira, Gabriel Mareco, Gabriel Oliveira, Gabriel Santana, Gabriel
Souza Garcia, Gabriel Spencer, Gabriel T. Profeta, Gabriel Terra de Almeida, Gabriel Vilela de Sousa, George Figueira, Georgia Ferraz,
Geovane Loures, Gerson Alexandre da Silva Júnior, Glauber Monteiro, Glauco Guimaraes, Glauco Mordente Gonçalves Ferreira , Gleidson
Junior Meireles Rocha, Gottfried Engelbert Wolgien Junior, Guilherme Biage, Guilherme Couto Fernandes, Guilherme das Neves Teixeira,
Guilherme de Carvalho Marques, Guilherme Duarte, Guilherme Franco, Guilherme Gomes Basilio, Guilherme Mattioli, Guilherme Nan-

78
tes, Guilherme Oliveira, Guilherme Tamamoto, Guilherme Tiecher Figueiró, Gustavo Crippa Soares, Gustavo da Frota Simoes, Gustavo da
Silva Contini, Gustavo de Carvalho, Gustavo dos Santos Oliveira, Gustavo Enrique Mariano, Gustavo Frank, Gustavo Henrique de Oliveira,
Gustavo Henrique Schneider, Gustavo Mello, Gustavo Pazemeckas, Gustavo Veiga Copertino Niro, Hasshin, Heitor Vieira Freire, Hektor
Sthenos Alves Monteiro, Henri Adso, Henrique Augusto de Arruda Rizatto, Henrique Costa de Souza, Hippus, Hiran Silva, Hoffgan, Hugo
Antonietti Garcia Velasco Rosa, Hugo Cavalcanti, Hugo Gustavo Paim, Hugo Magalhães Faria, Hugo Souza Savioli, Iago Kaminari, Ian
Fernandes, Ice Maker (Zero), Ice Man, Igor Brandorff, Igor de Oliveira, Igor Flávio Barbosa Mello, Igor Gomes da Silva, Igor Mansur
Gomide, Igor Moura Barcelos, Ilreinhard Josue, Isaac Souza dos Santos, Isaias Balbino Sanches Junior, Isaias Martins, Ismael da Silva
Machado, Itanã Amaral de Almeida Volta, Ivan da Silva Turtera, Jalles Martins Maciel Ferreira, Janine Hirano, Jean Almeida, Jean Alves,
Jean Blum, Jean César Hilário, Jean Fabio Gomes Ferro, Jean Lucas Sgarbi Carassa, Jeferson Ribeiro Domingos, Jeferson Soares Guedin,
Jefferson Luís Bernardo, Jefferson Matheus, Jeosafa Santana, João Batista Mello Reis, João Bragantino, Joao Carlos C Guimaraes , Joao
Carvalho, João Eduardo Alves Kreusch, Joao Gabriel, João Lucas, João Luiz da Silva, João Masculino Vitor, João Paulo da Silva, João
Paulo Mora Carrillo, João Paulo Mostaço Chaves, João Victor Sabino Souto, João Vitor Barrado de Matos, Joao William Augusto Paes
Pereira Rachid, Joãozinho BR Pedro, Joga na Mesa, John Campos, Joline Garcia, Joluan Zucateli, Jonas Picholaro, Jonatas Baptista do
Nascimento, Jonatas Silva Rodrigues, Jonathan Medeiros, Jorge Augusto Silva Bastos, Jorge Luis Vieira da Silva, José Antonio dos Santos,
José Carlos Lisbôa Recarey Eiras, José Felipe Ricordi, José Mauro Nazareth Cardoso Neto, Jovaine Varella de Freitas, Juan Perez Menezes
Monteiro, Juliano Giaretta, Júlio Cesar, Júlio Cesar Santos Vieira, Júlio de Campos Cunha, Júlio Goes, Júlio Júnior, Júlio Monteiro, Junior
Belmiro, Kauê Mendonça, Keila Lais Schmidt, Kelvin Garcia Pinheiro, Kivimac Me, Lara Antunes, Leandro Campos, Leandro Meneguzzi,
Leandro Nantes, Leandro Ratton, Leek_5, Léo Pires, Leonam JM, Leonardo Alipio Ribeiro, Leonardo Felipe Santos de Oliveira, Leonardo
Freire de Oliveira Garcia, Leonardo Galdino, Leonardo Garrett, Leonardo Kenji Fujita, Leonardo Machado Waldison, Leonardo Magnus,
Leonardo Mendonça da Silva, Leonardo Pessoni Capel, Leonardo Simonetti Trevisan, Leonel Goulart, Leozinho40, Leticia Adrielli Luz,
Liano Santos Batista, Lilian Cazzulo, Linnara Diana Salazar LC e Rodrigues, Lino Donegá Junior, Lorenzo Rohrich da Fonseca, Lorrayne
de Aguiar Bicalho, Luan, Luan Marinho, Luan Rodrigues Olinda Mendonca, Lucas Barranco, Lucas Botigelli, Lucas Candido, Lucas dos
Santos Miranda, Lucas Gomes, Lucas Henrique, Lucas Korzune, Lucas Lacerda Araújo, Lucas Maba, Lucas Moreira, Lucas Rachide, Lucas
Rodrigues, Lucas Souza, Lucas Tosetto, Lucas Victor Cotta Correa, Lucas Westphal da Rocha, Lucas Xavier, Lucas Zanaki, Luciana Nie-
tupski, Luís, Luís Eduardo Witter Feliciano, Luís Felipe Ramos, Luís Filipe (lfmaster), Luís Henrique Siqueira Mendes, Luiz Carlos da
Silva Amaral Filho, Luiz Carlos de Paiva Júnior, Luiz Conrado (ElekTro), Luiz Eduardo da Silva, Luiz Felipe Lage Levy, Luiz Felipe San-
tamaria, Luiz Fernando de Souza, Luiz Fernando Romero, Luiz Fernando Tom, Luiz Frederico Jr., Luiz Gustavo Camargo, Luiz Gustavo
Rotta, Luiz Henrique Derenzi, Luiz Henrique Pascoli (zoster), Luiz Reis Nogueira Neto, Luiz Roberto Seixas da Ponte Neto, Luter Magi,
Luxter, LZem, M. Cequinel, M4neiro xD, Maikon Nora, Maira Regina Malhadas, Manoel Rocha, Marcel Oliveira de Melo, Marcelo Hen-
rique Dominguito de Castro Sena, Marcelo Jardim, Marcelo Pinazza Alves, Marcelo Quintanilha Pinto Gomes, Marcelo Salaar Facco,
Márcio Augusto de Almeida França, Márcio Borges, Márcio Martins Tonassi, Márcio Reis, Marcio Tavares, Marcone Ellis Brant Chamone,
Marcos André, Marcos Marques, Marcos Paulo Jaski, Marcos Venício da Mota Silveira Neto, Marcos Vieira, Marcus Domingos, Marcus
Garcia, Marcus Simonetti, Marcus Vinicius de Mello Oliveira, Mario Ateyeh Junior, Mariolando Almeida Santos, Martim Lucas Seidy
Rosa, Martisnhenrique00, Mateus de Freitas, Mateus Ferrari Dalberto, Mateus Rust Barcelos Souza, Matheus Abreu, Matheus Barreiros
Soré, Matheus César Figueiredo, Matheus de Paula Chaves, Matheus Guimaraes dos Santos, Matheus Kiszka Scheffer, Matheus Liokalos,
Matheus Moraes, Matheus Nascimento, Matheus Ribeiro, Matheus Rocha, Matheus Rodrigues, Matheus Roncetti, Matheus Souza Braz,
Matheus Veloso, Mauricio Martins, Maurilio Viotti Junior, Mauro Rodrigues Borges, Mauyr Alexandre Pereira, Maxwell Araujo Santiago,
Mayara Rodrigues, Maycon Douglas, Menino Jason, Micael Davi Lucena Gomes, Miguel Prata, Miguel Souza Silva, Miller de Oliveira
Lacerda, Milton Netto, Murilo Medeiros Florentino dos Santos, Natanael Freire, Nathan Shaday, Nícholas Daniel, Nicolas de Paula, Nicolas
Mello, Nilson de Moura Fé Neto, ObiwAnderson, Odenilson dos Santos Bonfim, Odilo Fernando Brito Lima, Orlando Rodrigues Maltaro,
Otávio Andrade, Otávio Guilherme Crispim de Oliveira, Otávio Mokarzel Lhamas, Pablo Denardi, Pablo Rodrigues, Panda Digital, Patric
de Oliveira Peres Casca, Patrick Keller, Patrik André Eufrazio, Paulo Biagi, Paulo César Félix, Paulo Cotta, Paulo Dorceli Pio de Oliveira,
Paulo Ferreira, Paulo Henrique Corrêa, Paulo Lupatelli, Paulo Ramon Nogueira de Freitas, Paulo Roberto Custodio, Paulo Sergio Santos
Lima, Paulo Sousa, Paulo Vinicius Lopes de Oliveira, Pedro Augusto Pereira H. dos Santos, Pedro Derbli, Pedro Freitas, Pedro Henrique
Castelani Dias Pires do Prado, Pedro Henrique Lopes Lima Costa, Pedro Henrique Munhoz Costa, Pedro Itaboray, Pedro Joseph Argenta
Nicoletti, Pedro Julio Soares Santos, Pedro Martins Martinez, Pedro Oliveira Torres de Andrade, Pedro Ordonez Daniel, Pedro Pascuotte
Neto, Pércio Jesus, Peterson Elias, Philipe William, Pietro Torturella Moschetta, Rafael Amaral, Rafael Balbi Neto, Rafael Canuto Da Silva,
Rafael Caon, Rafael Cibim, Rafael da Silva Caetano, Rafael Elias Fabris, Rafael Gonçalves, Rafael José Cavalcanti Licarião, Rafael Kepler,
Rafael Mininel, Rafael Panczinski de Oliveira, Rafael Queiroz, Rafael Siqueira, Rafael Trigueiro, Rafael Ujimori, Rafael Valadão, Raimun-
do Júnior, Ramon Siebra, Raoni Maciel, Raphael Luccas De Almeida Lazar, Raphael Mourao, Raphael Narcizo, Renan Alves Marques,
Renan de Gusmão Guimaraes, Renan Lamonato, Renan Machado dos Santos, Renata Canevaroli de Souza, Renata Magnoni Schmitd, Re-
nato Abreu Maia, Renato Gobet Uzun, Renato Karpinski, Rhawan Souza Neves, Rheyter Macaulysther, Rhummenigh Ost Machado, Ricar-

Mistério na Ilha da Neblina

do Baldin, Ricardo Cardoso, Ricardo Hidaka, Ricardo Kruchinski, Ricardo Monteiro dos Santos, Ricardo Morandi Soares, Ricardo Moura,
Ricardo Vargas, Richard “Gere” Ribeiro Teixeira, Roberson Diego Martinho do Valle, Roberto Larcher Moraes, Roberto Silva Levita, Ro-
berto Vandesteen Filho, Robinson Ryuzo Gattis, Robson Filho, Robson Soares, Robson Teixeira, Rodolfo Gonçalves Machado, Rodrigo
Alessandro Barbosa, Rodrigo Aparecido de Toledo, Rodrigo de Andrade Silva, Rodrigo de Lombo Provietti, Rodrigo Dias da Silva, Rodrigo
Germano, Rodrigo Golfeto, Rodrigo Guandalin Welter, Rodrigo Martins, Rodrigo Montecchio, Rodrigo Nascimento Lobo dos Santos, Ro-
drigo Oliveira Cerqueira, Rodrigo Pacheco, Rodrigo Resende, Rodrigo Rocha Rodrigues, Rodrigo Rodrigues, Rodrigo Ruiz Climaco Pereira,
Rodrigo Saldanha, Rodrigo T. Pasetchny, Rodrigo Urban de Morais, Rodrigo Valença, Rodrigo Yuji Koga Kuroda, Roger Oliveira, Rogério
Guivara, Rogério Leite, Rômulo Franco Pereira, Romulo Mendes, Rômulo Ponciano, Samuel Alves, Samuel Bastos dos Reis, Samuel For-
tes, Samuel Macedo Zanette, Sandro de Souza Simões, Sandro Duarte, Sandro Joner Vernetti, Santiago Diniz, Saulo Lima de Souza Berta-
ni, Sérgio Gomes, Sérgio J. Sousa, Shadi CC, Silvio Costa, Silvio Rodrigues de Azevedo Júnior, Slan Santos, Stephan Harkensee, Tábata
Gomes, Tácito Reis, Tatiana Barbirato, Tatiane Aparecida Stefanuto, Tauan Grass, Thais Somnitz, Thauann, Theodor Kozlowski, Thiago,
Thiago Clementino, Thiago Coutinho Lopes, Thiago da Costa Souza, Thiago Ingo Klock, Thiago Lima, Thiago Moreira, Thiago Neri Men-
des da Silva, Thiago Oliveira, Thiago Ratts, Thiago Thomaz Rolim, Thiago Valério Ruas, Thiago Veríssimo, Tiago Mesquita de Godoy,
Tiago Oliveira Santos, Tiago Silveira, Tiago Tonon, Torres, Túlio Meneses Carneiro, Ulisses Curti, Vanessa Carvalho, Vaniel Silva, Verdi-
nando Martins, Vicentin Thiago, Victor, Victor Borges, Victor Hugo Marques Stoppa, Victor Lucas Brito de Andrade, Victor Matias de
Souza, Vinicius Chulek, Vinicius dos Santos Ventura, Vinicius Freire, Vinicius Henrique Silva Oliveira, Vinicius Melo, Vinicius Nunes
Martins, Vinicius Oliveira Ueda, Vitor Alves Pessan, Vítor Ferreira Bem Silva, Vitor S. Dieter, Vitor ST, Vlamir Santo, Voney Fernando
Mendes Malta, Wagner Barros Da Silva Costa, Wagner Rezende, Welinton Marques, Wellersom Voigt, Wellington Garcia Corrêa, Wellin-
gton Valentin, Wesley Pizetta, Wilio Jr, William Ohnuma, Willian Cesar Diniz, Willian Jeferson Nunes, Willian Mosson, Willian Novaes,
Wladimir Liaffa Tiellet da Costa Oliveira, Yago Henrique dos Reis, Yan Ferreira Paulucci, Ygor Mota Viana, Yuri Costa, Yuri Couto.

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