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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS IV

CURSO DE EXTENSÃO “DIREITO PARA TODOS”

RILDO SANTOS

AILLEN LOPES; BRENDA ESTER DE ANDRADE SILVA; GUALTER CARNEIRO; KLYSLANNE LIMA;
SABRINA RIOS; YASMIN MOREIRA;

18 DE NOVEMBRO DE 2020

Relatório de aula do dia 18.11.2020

Na aula do dia 18 de novembro de 2020, foi tratado a relação da forma como deve ser
cobrada dívidas, previsto no art. 42 do Código de Defesa do Consumidor, na qual nunca o
consumidor deve ser levado ao ridículo ou ser constrangido.

Veio à tona o exemplo de instituições de ensino, que não podem mais proibir a entrada ou a
realização de atividades do aluno por conta do não pagamento das mensalidades; o aluno em
hipótese alguma pode ser constrangido por conta de inadimplência.

Foi esclarecido, exemplos referentes a situações do parágrafo único do art. 42 do CDC que
prevê “Parágrafo único - o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição
do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipóteses de engano justificável.” O valor que vai ser
reinstituído será apenas o valor pago indevidamente, o que foi pago devidamente, não entra
no calculo da restituição; questões como essa podem ser pegadinhas em questões de prova.

O art. 43 esclarece que o cadastro sobre os consumidores não pode ter informações negativas
anteriores a 05 anos; mas esse assunto já foi tratado em outras aulas e por isso não irei me
aprofundar;

Enfatizar o fato de nunca assinar documentos ou contratos sem ler ou sem a devida
interpretação.

O art. 47 quer dizer que a interpretação protege na relação quem é hipossuficiente que no
caso é o consumidor, que se compara ao in dubio pro réu que na duvida em favor do réu, a
parte mais frágil da relação.

O art. 49 não se aplica a todos os contratos. Muitas vezes contratamos serviços ou produtos
pela internet (não apenas por telefone ou a domicílio), ou seja, você não teve contato ou
acesso ao produto até que ele chegue na sua casa, sendo assim, o prazo de 07 dias só começa
a contar do dia que o produto chega na sua casa e se tem o contato com o produto ou serviço.
Até porque o código é dos anos 90, época que não tinha ainda tanta interação tecnológica.

Quando o produto é comprado direto na loja, o art. 49 não se aplica. O chamado prazo do
arrependimento, é quando você compra e não tem contato direto com o produto e ao chegar
você usa e se adapta aquele produto e esse é o tempo pra caso o consumidor perceba que o
produto ou serviço, não se aplica ao interesse pra o qual foi comprado/contratado.

O art. 50 fala a desrespeito a garantia, existem dois tipos de garantia, a legal e a contratual. A
legal é garantida pela lei a todos os produtos que são comercializados e tem duração de 03
meses; contratual é complementar a legal, é aquela que a empresa oferece ao consumidor
como uma forma de boa relação. A garantia estendida não existe, isso é um seguro, algumas
empresas de forma errônea, induzem ao consumidor ao erro. No contrato virá especificado
que será uma garantia do seguro, mas o termo garantia estendida não existe.

Sobre cláusulas abusivas:

O contrato não pode ser genérico, tem que ser especifico e particular pra evitar clausulas
abusivas, o que não é proibido é permitido, por isso é necessário a especificidade.

Exemplo: o fornecedor oferece desconto no produto ao abrir mão da garantia, o que não é
permitido de forma alguma, foi a garantia é um direito consolidado do consumidor.

Todos os incisos do art. 51 do CDC são autoexplicativos.

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