CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA: Educação PROFESSOR: Me. Aline A. Nobrega Rabay Física I TEMA: Corpo Ativo e Aptidão Física AULA 1: Atividade Física e Exercício Físico, qual a real diferença? OBJETIVO: Estabelecer a principal diferença entre atividade física e exercício Físico
Capítulo 1 – Definição e Aspectos Históricos da
Atividade Física
Passando pelo período que se inicia nos primórdios da humanidade,
pode-se dizer que durante o período que se convencionou pré-histórico o homem dependia de sua força, velocidade e resistência para sobreviver. Suas constantes idas e vindas em busca de moradia fazia com que realizasse longas caminhadas ao longo das quais lutava, corria e saltava, ou seja era um ser extremamente ativo fisicamente, com a evolução histórica, o desenvolvimento de máquinas e a modernidade essa necessidade foi ficando cada dia menor. Mais tarde, na antiga Grécia, a atividade física era desenvolvida na forma de ginástica que significava “a arte do corpo nu”. Estas atividades eram desenvolvidas com fins bélicos (treinamento para guerra), ou para treinamento de gladiadores. A atividade física escolar na forma de jogos, danças e ginástica surge na Europa no início do século XIX. No Brasil, especificamente, os programas de educação “atividade” física têm início alicerçados em bases médicas, procurando formar o indivíduo “saudável” com uma boa postura e aparência física. Posteriormente, com a implantação do estado novo, na década de 1930, surge a tendência militar nos programas de atividade física escolar, privilegiando a eugenia da raça. Em seguida, no final da década de 1940, inspirada no discurso liberal da escola-nova a Educação Física iniciou o seu ingresso na área pedagógica. Mais tarde, a partir dos anos 1970, influenciado pelo sucesso de algumas equipes desportivas no exterior, surge a tendência esportiva na Educação Física, em que o pressuposto básico era formar equipes desportivas competitivas. Percebe-se desta forma, que a atividade física relacionada à saúde nunca chegou a ser privilegiada no contexto da Educação Física nacional. Entretanto, quem viveu as últimas cinco décadas pode ser testemunha que fizeram com que o mundo, a cidade e a vida pessoal se transformassem de maneira jamais antecipada. As transições demográficas, epidemiológicas, nutricionais e tecnológicas fizeram surgir o que temos de melhor e pior do ponto de vista do bem-estar e qualidade de vida. O crescimento populacional, o aumento da expectativa de vida e a concentração nas áreas urbanas, fizeram com que as questões relativas ao estilo de vida ganhassem destaque, tanto na área de saúde pública quanto nas políticas de lazer. Das consequências mais alarmantes decorrentes dessas mudanças estão o aumento significativo das chamadas doenças da civilização (doenças crônicas não transmissíveis) e a valorização da promoção de saúde. Portanto a Atividade física, entra no contexto pois pode proporcionar bem estar e saúde, pois incentiva os indivíduos a modificar seus estilos de vida no sentido de saúde ideal, que se constitui num processo de engajamento em busca de um equilíbrio entre as dimensões física, emocional e social. Desta maneira entende-se a Atividade Física como qualquer movimento corporal, produzido pela musculatura esquelética, que resulta em gasto energético, tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, cultural e comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danças, esportes, exercícios físicos, atividades laborais e deslocamentos. A partir da era epidemiológica das doenças crônico-degenerativas surgem diversos estudos epidemiológicos relacionando atividade física como meio de promoção da saúde, sendo que nas últimas três décadas numerosos trabalhos têm consistentemente demonstrado que altos níveis de atividade física ou aptidão física estão associados à diminuição no risco de doença arterial coronariana, diabetes, hipertensão, osteoporose. Atividade física e aptidão física são duas diferentes, porém interrelacionadas formas de medida. A primeira é uma opção comportamental, enquanto que a segunda é parcialmente determinada por fatores genéticos, sendo que atividade física regular pode melhorar a aptidão física. Capítulo 2 – Exercício Físico
As atividades físicas, especialmente aquelas voltadas para educação
corporal, com preocupações para com a prática, com o pedagógico, o belo, eficiência motriz, saúde, performance, ludicidade, competição, dentre outras diferenciam-se e tomam forma e conteúdo autônomos, particulares, portanto torna-se Exercício Físico. Desta maneira Exercício Físico é considerado toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem como objetivo a melhoria e a manutenção de um ou mais componentes da Aptidão Física. Podemos definir também como uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva, resultando na melhoria ou manutenção de um ou mais variáveis da Aptidão Física. O exercício físico é concebido com objetivo prático-pedagógico, com variações com foco na qualidade e quantidade de movimentos humanos praticados. O caráter de prática da exercício pode ser notada quando indivíduos aplicam de forma objetiva, o que foi entendido anteriormente, como quando acontece em um jogo de futebol recreativo ou como forma de treinamento, ou como em treinamentos de força e flexibilidade ou até corridas de rua. Algumas investigações científicas confirmam a eficiência da atividade física como ferramenta protetora a saúde, quando as mesmas investigações são realizadas com Exercício Físico essa eficiência é ainda mais evidenciada. Os pesquisadores e profissionais de saúde confirmam uma relação causal positiva entre o exercício físico e a saúde, mais diretamente do ponto de vista fisiológico, os componentes cardiorrespiratórios que são relevantemente beneficiados com a prática, entretanto são identificados os benefícios mediante a boas condições de frequência, volumes e intensidades o que se difere da atividade física, já discutida anteriormente. REFERÊNCIAS
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Bras. Cien. e Mov, v.10, n.3, 2002.
NAHAS, Markus Vinicius; GARCIA, Leandro Martin Totaro. Um pouco de história,
desenvolvimentos recentes e perspectivas para a pesquisa em atividade física e saúde no Brasil. Revista brasileira de educação física e esporte, v, 24, p.135-148, 2010.
PEREIRA, Flavio Medeiros. Movimento, atividade e exercício físico. Kinesis, n. 7,
1991. BAGRICHEVSKY, Marcos; PALMA, Alexandre; ESTEVÕ, Adriana. A saúde em debate na Educação Física. 2018.