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Direito, literatura e a construção do saber jurídico:

Tobias Barreto e o positivismo jurídico


CAIO HENRIQUE LOPES RAMIRO*

Resumo
Neste artigo nos ocuparemos basicamente de investigar a possível relação entre
direito e literatura como outro método de abordagem do direito, como forma de uma
construção do saber jurídico desvinculada da perspectiva reducionista da leitura dos
códigos legais. O esforço de reflexão se concentrará na leitura de um pensador
brasileiro, desse modo, Tobias Barreto será o referencial teórico do texto, sendo que
a presente análise se concentrará em sua resistência ao positivismo jurídico que à
época se desenvolvia na escola do Recife. Por fim, pretende-se demonstrar que há
possibilidade de uma formação jurídica integral e cultural sem a redução da
educação jurídica à perspectiva exegético-formalista.
Palavras-chave: Filosofia do direito; Direito; Literatura; Tobias Barreto.
Abstract
In this article we will deal basically with the investigation of possible relationship
between law and literature as another approach to the law, such as a construction of
knowledge divorced from legal perspective reductionist reading of legal codes. The
reflection will focus on a Brazilian thinker, thereby Tobias Barreto is the theoretical
text, and this analysis will focus on its resistance to legal positivism that was
developing at the time of Recife in school. Finally, we intend to demonstrate that
there is a possibility of a full legal training and cultural education without reducing
the legal exegetical perspective - formalist.
Key words: Philosophy of law; Right; Literature; Tobias Barreto.

*
CAIO HENRIQUE LOPES RAMIRO é Mestrando em Teoria do Direito e do Estado pelo
UNIVEM - Marília/SP; Bolsista CAPES e Advogado.

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I. Direito e literatura: interfaces enquanto, no segundo, a própria forma
necessárias narrativa da obra pode servir para
melhor compreender a narrativa
Inicialmente, considera-se que o jurídica, como, por exemplo, as
movimento direito e literatura apresenta sentenças que os juízes constroem.
interessantes contribuições e abordagens
no que diz respeito à tematização da lei Neste linear, parece que a aproximação
pelo viés literário, de análise dos discursos entre direito e literatura no passado não
e, em especial, do discurso normativo. O parecia tão problemática. Em textos
referido movimento tenta uma abordagem considerados como clássicos da literatura
da lei através da literatura, ou seja, há um universal é possível identificar temas
esforço de compreensão do jurídico e sua muito caros ao universo jurídico, o que
linguagem. Neste sentido, segundo parece demonstrar que o afastamento do
Arnaldo Godoy (2012), direito e literatura selo direito e literatura se dá devido a
caracterizados como dinâmicas que se uma determinada racionalidade jurídica,
desenvolvem pela atuação humana, que enclausura o jurídico dentro de uma
mediante técnicas de comunicação perspectiva de objetividade normativa, ou
(escritas, faladas, etc.) tradicionalmente seja, a lei contém todo o direito.
caminhavam próximas, já que “o homem
Conforme destaca Arnaldo Godoy é
das leis o era também de letras”. Porém, a
possível identificar que deste debate
racionalização formalista do direito, a
podem surgir interações frutíferas,
burocratização superlativa do judiciário,
conduzindo a uma releitura e uma reflexão
bem como suposta busca de objetividade
no que tange às possibilidades e limites de
podem ter afastado essas fontes do saber.
compreensão do jurídico. A partir do
“Ao direito reservou-se entorno técnico, à
momento em que os estudos literários,
literatura outorgou-se aura estética”
originalmente centrados na natureza e na
O escritor italiano Claudio de Magris função da literatura alcançam maior
(2012, p. 1) tem especial interesse pela número de manifestações humanas,
relação entre direito e literatura, sendo que formam-se os cultural studies,
investiga a origem poética do direito, bem oportunidade em que o direito é eleito
como o conflito entre leis codificadas e como campo privilegiado para a apreensão
não escritas (Antígona) e a colisão dos contextos sociais. (GODOY, 2012, p.
valorativa quando os “homens do direito” 2)
não escutam os corações humanos.
Neste sentido, mostra-se importante uma
Vera Karam Chueiri (2006, p. 234) breve síntese a respeito do movimento
entende que: direito e literatura, sendo oportuno
Direito e Literatura podem dizer mencionar que tal tradição de estudos se
respeito tanto ao estudo de temas inicia nos Estados Unidos da América
jurídicos na Literatura, e neste caso com a publicação, em 1908, de A list of
estar-se-ia referindo ao Direito na legal novels, de John Henry Wimore. Em
Literatura; como à utilização de solo europeu, destaca-se o trabalho
práticas da crítica literária para pioneiro de Hans Fehr, com a publicação,
compreender e avaliar o Direito, as
instituições jurídicas, os
em 1931 e 1936, respectivamente, de Das
procedimentos jurisdicionais e a Recht in der Dichtung e Die Dichtung in
justiça, e neste caso, estar-se-ia Recht. Ainda, em Itália, no ano de 1936
referindo ao Direito como Literatura. vem a público La letteratura e la vita Del
No primeiro caso, é o conteúdo da diritto, de Antonio d’Amato, sendo que tal
obra literária que interessa ao Direito, período pode ser encarado como a

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primeira fase do movimento. (SANSONE; destaque para os estudos realizados em
MITICA, 2008, p. 3) países de língua francesa.

Entre 1940 e 1980 se dá a fase Em terras brasileiras é possível se


intermediária, sendo que nos Estados identificar os trabalhos de juristas que
Unidos da América há um escreviam textos literários, como é o caso,
aprofundamento dos trabalhos por exemplo, de Rui Barbosa e Tobias
investigativos e, em Europa, há uma Barreto, autor que tentaremos uma
proliferação dos estudos. abordagem neste texto.
É interessante notar que os elementos que
Na perspectiva européia, Cláudio Magris podem aproximar direito e literatura são a
(2012, p. 2) destaca o papel alemão para a linguagem e, para Dworkin, a
aproximação entre direito e literatura: interpretação. Com relação à primeira, a
partir de uma leitura de Hart, podemos
Es sobre todo en Alemania donde se
ha verificado, especialmente en el
observar que a linguagem jurídica é um
Romanticismo, una singular alianza, constructo da racionalidade do direito, ou
casi una simbiosis entre poesía y seja, a princípio há uma linguagem natural
derecho -entendido como derecho que vai tomando a forma de um discurso
consuetudinario y no como "lex ligado ao universo jurídico.
positiva"-. Los hermanos Grimm,
Para Antônio Pietroforte (2002, p. 28):
grandes filólogos y literatos, eran
juristas. Recogiendo sus célebres Voltando aos discursos jurídicos e
fábulas pretendían salvar el gran poéticos, podem-se verificar, à luz de
patrimonio del "buen y viejo alguns dos tópicos de análise do
derecho", es decir, de las costumbres, discurso [...] as suas diferenças e
tradiciones, usos locales del pueblo semelhanças enquanto formas
alemán en su coralidad; patrimonio distintivas de discursos sociais.
que, a través de los siglos, había sido Enquanto realizações discursivas,
conservado por la literatura popular. ambos estão subordinados aos
En la misma época estalla en mecanismos que fazem funcionar o
Alemania una interesantísima aparelho formal da enunciação, de
polémica jurídica entre Thibaut, que modo que, uma forma de distingui-los,
propugna para Alemania, sobre el é verificar os usos que cada um faz
modelo napoleónico, un código civil desse mesmo aparelho formal e seus
unitario y unificador, apto para hacer a respectivos efeitos de sentido.
todos los ciudadanos iguales ante la
ley y para barrer los privilegios Ainda, destaca Pietroforte com relação à
feudales, y Savigny, que quiere, en pretensão de objetividade do discurso
cambio, defender la variedad, las jurídico e do direito (2002, p. 32):
diversidades locales, las diferencias y O discurso poético, a literatura, as
desigualdades del antiguo derecho artes, enfim, todas as formas de
común consuetudinario, expresión del expressão artística gozam de, pelo
Sacro Imperio Romano, porque ve en menos, duas conotações sociais na
el código único un instrumento de medida em que, ou são considerados
nivelación autoritária. frutos da genialidade ou são
consideradas falsificações do real. [...]
A partir dos anos oitenta (terceira fase – A arte tem a propriedade de, por meio
1980 em diante) a corrente de investigação das estratégias discursivas de que se
direito e literatura se afirma como vale, fazer complexificações que
tradição de pesquisa expandindo as outros discursos não podem fazer. O
fronteiras européias, com especial discurso poético opera com figuras de

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linguagem [...]. Assim, objetivamente, Contudo, antes de analisarmos o
o discurso poético revela a pensamento de Barreto, convém
complexidade que existe entre os que contextualizarmos nosso referencial
fazem a lei e os que a sofrem. teórico. De acordo com a biografia de
nosso autor, constante no acervo da
Assim, conforme já mencionamos o Academia Brasileira de Letras1, Tobias
direito e o universo jurídico tem uma
Barreto de Meneses nasceu na vila
pretensão de objetividade, talvez imposta sergipana de Campos, a 7 de junho de
pelo formalismo jurídico exegético de
1839, sendo filho de Pedro Barreto de
origem francesa, tendo em vista a Meneses, escrivão de órfãos e ausentas da
confusão conceitual deste último com o
localidade. É o patrono da Cadeira nº 38
positivismo jurídico. O formalismo da Academia Brasileira de Letras.
jurídico de origem francesa, em apertada
Aprendeu as primeiras letras com o
síntese, defendia que aos juízes da França
professor Manuel Joaquim de Oliveira
não era permitida a interpretação do
Campos. Estudou latim com o padre
Código Civil de Napoleão, devendo os
Domingos Quirino, dedicando-se com tal
magistrados apenas aplicar a lei ao caso
aproveitamento que, em breve, iria ensinar
posto em juízo, sendo vedado qualquer
a matéria em Itabaiana.
tipo de exercício hermenêutico. Não
obstante, ao observarmos o positivismo Em 1861 seguiu para a Bahia com a
jurídico como uma categoria conceitual intenção de freqüentar um seminário mas,
poderemos verificar que há mais de uma sem vocação firme, desistiu de imediato.
forma de abordagem deste conceito, Sem ter prestado exames preparatórios
significa dizer que há outras formas de voltou à sua vila donde sairá com destino
positivismo jurídico que diferem do a Pernambuco. Em 1854 e 1865 o jovem
formalismo por permitir a interpretação Tobias, para sobreviver, deu aulas
das leis, inclusive, destacando a particulares de diversas matérias. Na
interpretação como um ato de vontade ocasião prestou concurso para a cadeira de
limitado pela norma jurídica, como é o latim no Ginásio Pernambucano, sem
caso de Kelsen. conseguir, contudo, a desejada nomeação.
Em 1867 disputou a vaga de Filosofia no
II. Notas sobre o pensamento filosófico- referido estabelecimento. Venceu o prélio
jurídico de Tobias Barreto em primeiro lugar, mas é preterido mais
uma vez por outro candidato.
Pois bem. Ao tocarmos no assunto que se
Para ocupar o tempo entrega-se com
refere ao positivismo jurídico, tentaremos
afinco à leitura dos evolucionistas
uma abordagem de Tobias Barreto ao
estrangeiros, sobretudo o alemão Ernest
invés do jurista de Viena citado na
Haeckel que se tornaria um dos mais
epígrafe anterior, para verificar a recepção
famosos cientistas da época com seus
de tal teoria no Brasil. Mas, por que tal
livros "Os Enigmas do Universo" e "As
referencial?
Maravilhas da Vida". No campo das
Segundo João Maurício Adeodato (2005, produções poéticas passou Tobias a
p. 3) o pensamento brasileiro tem sido competir com o poeta baiano Antônio de
negligenciado pelos juristas. A Filosofia, Castro Alves, a quem superava, contudo,
entre vários outros papéis, também tem no lastro cultural. O fato de ser mestiço
por função consolidar a identidade de uma
1
cultura. E pode-se dizer que hoje o Brasil
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/
já tem um passado jusfilosófico.
start.htm?infoid=799&sid=339

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prejudicou-lhe a vida amorosa numa época trabalhadores; vigorava também um
cheia de preconceitos, conforme certo romantismo no plano intelectual,
testemunho de Silvio Romero. Ainda, e a mentalidade geral era
destaca-se que Tobias Barreto foi conservadora. Começa então, no dizer
e Sylvio Romero, “um surto de idéias
professor na Faculdade de Direito do
novas a assolar o país”, buscando os
Recife, onde no século XIX inicia-se o
jovens professores recifenses apoio no
movimento intelectual de estudos jurídicos positivismo de Augusto Comte e nas
conectado com as ideias das humanidades variações de Littré, Taine, Noiré e
conhecido como Escola do Recife, sendo outros.
que tal linha de investigação expandiu-se
até o início do século XX. No entanto, o professor recifense destaca
que Tobias Barreto foi um opositor
Segundo Miguel Reale (2012, p. 1) vigoroso das ideias comteanas na escola
O certo é que em pouco tempo a nossa do Recife, tendo em vista sua predileção
bibliografia filosófica cresceu pela filosofia metafísica, bem como sua
extraordinariamente, acrescida aos personalidade avessa ao materialismo e à
preciosos livros da chamada “Escola grande influência por ele exercida,
do Recife”, resultante da obra sobretudo nos jovens estudantes do
criadora, a cavaleiro dos séculos 19 e Nordeste, tal atitude faz com que o
20, de pensadores como Tobias positivismo mais ortodoxo não angarie
Barreto, Silvio Romero, Clóvis tantos adeptos quanto no Sul do país
Beviláqua e Graça Aranha. (ADEODATO, 2005, p. 4)
Paralelamente a essa Escola temos a
figura de Farias Brito como João Maurício Adeodato (2012, p. 4/5)
representante da corrente destaca que:
espiritualista, na qual sempre
No Brasil da época, de modo geral, só
estiveram presentes filósofos
eram estudados os autores e as
aristotélico-tomistas como o Pe.
culturas portuguesa e francesa. Havia,
Leonel Franca.
porém, da parte de Barreto, uma
Miguel Reale ainda destaca que a preocupação nítida em atualizar-se
aproximação dos estudiosos brasileiros frente às novas publicações da Europa
com o positivismo de Augusto Comte fez como um todo, para o que
com que não só se consolidassem os evidentemente se presta sua fluência
na leitura da língua alemã,
estudos com base em tal referencial, mas a
competência rara nos professores do
ideologia dominante foi a positivista, Recife. Ainda que influenciado pelas
como o demonstrou Ivan Lins, às vezes idéias européias, Tobias e seus amigos
confundindo a orientação científica com a não as encaravam como prontas e
religiosa, ambas tratadas por Augusto acabadas, sempre procurando
Comte. (REALE, 2012, p. 1) emprestar-lhes crivo crítico. [...] Esse
aspecto de não subserviência talvez
Analisando os referenciais teóricos e tenha sido o fator principal da
ideias reinantes na faculdade de Direito do originalidade que resultou do
Recife, João Maurício Adeodato destaca movimento recifense, em que pese seu
que: caráter periférico em relação aos
[...] Reinam na Faculdade o debates do centro mais desenvolvido.
espiritualismo aristotélico-tomista, [...] De toda forma, o grupo de Tobias
uma filosofia idealista e eclética, Barreto não se preocupa muito em
assim como as idéias monárquicas e a elaborar fichas de leitura fiéis de obras
tradição do feudalismo nordestino, dos de autores europeus, cuidando mais de
senhores de terras explorando os elaborar um pensamento próprio.

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Por óbvio que não se tem a pretensão de absorvidos pela juridicidade a partir do
esgotar aqui a temática do positivismo. pensador francês. Parece importante
Neste sentido, percebe-se que a filosofia mencionar que Barreto também foi um
positivista de Comte se apresenta como incansável combatente do jusnaturalismo
um paradigma cientifico, no entanto, de vertente católica que predominava na
talvez a principal modificação do faculdade de direito do Recife à época,
positivismo com relação à filosofia sendo que seus referencias são Darwin e
transcendental dos oitocentos seja sua Jhering, autores que autorizam o professor
maior aproximação do método das recifense a considerar o Direito como um
ciências naturais, ligado à ideia de ordem, produto cultural e histórico com origem na
progresso2 (estática e dinâmica sociais) e necessidade de convivência e
objetividade, sendo que o sistema impossibilidade desta última se
comteano exposto no curso de filosofia fundamentar, por exemplo, no amor
positiva, tem por fundamento a lei dos três (Adeodato, 2005, p. 19).
estados, que em síntese dispõe que, o
III. Considerações finais
espírito humano (a sociedade e a cultura)
passa por três estados, quais sejam: o Assim, parece que estamos diante de um
teológico; o metafísico e o positivo. autor do que se convencionou chamar de
culturalismo jurídico, movimento do qual
É interessante notar que a forma como se
também fizeram parte Miguel Reale e
concebe o positivismo jurídico em
Carlos Cóssio, por exemplo. Por fim, o
território nacional muitas vezes não leva
professor do Recife participou
em consideração uma possível influência
politicamente da campanha abolicionista,
do pensamento de Augusto Comte sobre o
fato este que fica demonstrado com seu
universo jurídico.
poema A escravidão, poeta inflamado e de
No entanto, ao analisar a obra comteana e oratória vibrante tinha uma postura de
a escola do Recife, Adeodato (2005, p. 9) crítica social e intelectual público,
ressalta que: formação intelectual formalmente recebida
O ser humano só pode conhecer o nos bancos da faculdade de Direito, para
positivo, isto é, o sensível; apenas este quem ao falar ao promotor Leandro
é objeto do conhecimento; somente o Borges:
sensível é real. A metafísica é Quando Deus formou o mundo,
impossível e só a ciência positiva é Pra castigo de infiéis:
possível. Esse é o dogma fundamental Deu ao Egito gafanhotos,
do positivismo filosófico de Comte. Ao Brasil deu bacharéis.
Ainda que o Direito não esteja entre 1859
suas preocupações principais, é digna
de nota sua influência sobre os
juristas, mormente sobre os juristas do Referências
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