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Que entre saber na teoria e aplicar na prática existe uma grande diferença é algo

que já pode mesmo ser considerado um truísmo. Mas na educação essa realidade é
ainda mais evidente, dado o altíssimo nível de imprevisibilidade do ambiente e das
pessoas.
Outro truísmo é que saber de algo e saber ensinar são coisas diferentes. Mas para
nós, professores, o quão bem ou mal podemos estar em nossa capacidade didática só a
prática pode dizer, a qual também certamente nos será fundamental para desenvolvermos
nossas próprias estratégias particulares de ensino. A construção da didática é um
processo permanente por ser adaptativo.
O que nos leva também a questão da socialização em sala de aula, da disciplina e
da manutenção da ordem. Os alunos possuem as mais diversas socializações dentro e
fora da escola, e a gama de razões que podem estar lhes levando a atrapalhar uma aula
é imensa. Cabe ao professor ter empatia, mas resolver esse tipo de situação vai requerer
a experiência do contato humano no ambiente escolar.
A experiência com a escola enquanto organização institucional e política também é
fundamental nesse processo de desenvolvimento de estratégias pedagógicas em sala de
aula, isso porque nossa atuação como docentes depende muito de entendermos até onde
vai nossa autoridade e quais são nossas rotas institucionais de ação diante dos conflitos
que surgem diariamente na escola.
Dessa forma, embora professores, é preciso admitir sempre que somos também
eternos alunos. Nosso compromisso com o auto aprimoramento, tanto em sentido técnico,
quanto social é para a vida toda. Só se aprende a ser professor… sendo!

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