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Exame de Ordem
Damásio Educacional
Sumário
ELEMENTOS ESSENCIAIS AO ENTENDIMENTO DO FENÔMENO JURÍDICO | DIREITO – CLASSIFICAÇÕES E
INTERPRETAÇÕES ..........................................................................................................................................................3
DIREITO E MORAL .........................................................................................................................................................5
1. Teorias ......................................................................................................................................................................5
2. Características...........................................................................................................................................................5
JUSTIÇA .........................................................................................................................................................................6
ORDENAMENTO JURÍDICO ...........................................................................................................................................9
LACUNAS E ANTINOMIAS ...........................................................................................................................................10
POSITIVISMO E NEOPOSITIVISMO – POSITIVISMO BRANDO .....................................................................................11
NORMATIVISMO JURÍDICO E CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA – HERMENÊUTICA ..................................................12
1. Normativismo Jurídico ............................................................................................................................................12
2. Características da Filosofia – Hermenêutica ..........................................................................................................12
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ELEMENTOS ESSENCIAIS AO ENTENDIMENTO DO FENÔMENO JURÍDICO | DIREITO – CLASSIFICAÇÕES E
INTERPRETAÇÕES
Introdução:
i) Finalidade:
Visa despertar reflexões em busca da verdade.
ii) Definição:
É um conhecimento que busca explicação através de todas as coisas através da razão.
iii) Elementos:
Direito e Justiça.
Direito:
Conjunto de normas.
Direito Natural:
• Antiguidade;
• Normas não criadas pelo homem, mas de compreensão universal;
• Normas intersubjetivas (visões diferentes sobre o mesmo fato jurídico);
• Direito imutável;
• Princípios Superiores.
Direito Positivo:
• Sociedade Moderna;
• Direito escrito, positivado, posto (é o oposto de normas intersubjetivas);
• Direito criado pelo homem, as leis, os códigos;
• Direito passível de alterações;
• Direito local.
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Características do direito natural e direito positivo:
Dialética de complementariedade.
Intepretação:
a) Hans Kelsen
b) Kant
Conjunto de condições, vontades estão de acordo com as vontades de ambos.
c) Chaim Perelman
Tentativa de conciliar leis e valores de seu tempo, flexibilidade do direito.
d) Ihering
Busca pela Paz.
e) Savigny
Procedimento histórico (Escola histórica, representam movimento).
Volksgeist, Volks lembra Carro, carro do povo um “fusca” geist lembra espírito juntando os dois Volksgeist
= Espírito do POVO, o direito decorre do Povo, e não do Estado.
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DIREITO E MORAL
1. Teorias
Teoria do Mínimo Ético: O Direito está dentro da Teoria Miguel Reale: O Direito não está dentro da
Moral, sendo que a Moral é mais ampla. Diante da Moral e a Moral não é mais ampla do que o Direito,
teoria, existe a possibilidade de o Direito ser mas em determinado ponto eles se encontram.
considerado amoral? Existe a possibilidade de o Direito ser considerado
Não, pois não existe a possibilidade do Direito ser amoral?
“amoral”. Em determinados pontos, sim.
MORAL
MORAL DIREITO
DIREITO
2. Características
Direito Moral
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JUSTIÇA
Jusnaturalismo:
Reconhece o direito natural e o direito positivo, conferindo mais importância ao direito natural. Observa os
princípios superiores.
a) Na história:
• Antiguidade: direito às leis universais – A vontade de uma autoridade não sobrepõe às leis
universais (Platão, Aristóteles, Cícero);
• Idade Média: Igreja – surgimento de Universidades, visão dos filósofos, cristianismo, teocentrismo,
sobretudo, direito às leis de Deus (São Tomás de Aquino, Santo Agostinho);
• Idade Moderna: Rompimento com a Teocracia – Direito = Razões do homem e conteúdo racional
(Calvino, Hugo Grócio);
Sofistas:
Aqueles primeiros advogados da história, que tinham conhecimento amplo da doutrina, dominavam a arte
da retórica, do convencimento, não tinham compromisso com a verdade (não admitiam não verdade única)
contradição qual verdade deverá permanecer.
Sócrates:
Ele observa virtudes (se descobre com a prática do bem), sabedoria, temperança, justiça, coragem e
piedade, os operadores do direito devem observar como ele. Busca o conhecimento através da dialética (indagação)
já nasce com o homem. “Só sei que nada sei”. Não deixou escritos, através de seus discípulos.
Platão:
Mundo da perfeição, amor platônico, principal discípulo de Sócrates. A justiça de Platão, é a justiça social -
a justiça do homem, não é a perfeita.
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Aristóteles:
Hábito é a justiça (a maior virtude é a justiça), coisa voltada para o tempo, dar aquilo que é seu, ser justo,
a balança da justiça, equilíbrio ou meio termo entre dois pontos, mediania, equidade.
b) Justiça social:
2 estágios:
• Organização/ordem;
• Produzir/progredir.
c) Justiça Espécies:
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• Humana: Justiça do homem, passiva de alterações.
• Justiça comutativa: Entre particulares, ocorre diante de uma justiça corretiva ou retificadora.
Igualdade simples, aritmética.
Intepretação do Direito por quem detém esta Juízo de valor, opinião própria. É a justiça do
competência perante a sociedade, como por exemplo, indivíduo.
pelo juiz, que ao final profere uma sentença,
objetivando uma justiça objetiva.
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ORDENAMENTO JURÍDICO
• Norberto Bobbio:
Teoria do ordenamento jurídico, não só como norma, mas, também, como sistema.
O Ordenamento Jurídico é formado por normas de comportamento e de estrutura, o que afasta a ideologia
do positivismo e reconhece o direito como uma ciência.
Positivismo ético:
Sanções:
• Moral: interna (culpa, arrependimento) pouca eficácia.
• Social: externa ao indivíduo (aplicada pelo grupo social, lixamento, isolamento) passível de
injustiças.
• Jurídica: externa ao indivíduo, institucionalizada, que vai estabelecer não só a sanção, mas os limites
e principalmente as pessoas encarregadas para sua execução.
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LACUNAS E ANTINOMIAS
Lacunas espécies:
• Lacuna Real: autêntica ou própria, não encontramos na lei não traz a resposta, não traz a solução
(ausência de uma norma jurídica).
• Lacuna Ideológica: não autêntica ou impropria, a lei traz a solução, mas a solução não é satisfatória,
ou justa.
Antinomias:
É quando existem duas normas com comandos contrários (para que haja antinomia é necessário que as
duas normas pertençam ao mesmo ordenamento e que as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade:
temporal, espacial, pessoal e material).
O ser humano é conduzido pelo prazer e pela dor, de modo que as decisões pessoais e públicas devem ser
tomadas à luz do princípio da utilidade que consiste em buscar o maior prazer para o maior número de pessoas,
com a menor quantidade de dor.
A lei será justa quando promover o bem-estar e a felicidade ao maior número possível de pessoas.
A pena seria um mal, mas seria admissível para evitar um mal maior, ou seja, em prol da coletividade.
i) Caso uma pena seja mais gravosa do que o ato que a motivou (desproporção);
ii) A ausência de motivo, porque o ato não foi prejudicial;
iii) A ineficácia da punição, pois ela não evita o prejuízo que já foi cometido; e
iv) A desnecessidade da punição, pois o prejuízo cessa por si mesmo.
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POSITIVISMO E NEOPOSITIVISMO – POSITIVISMO BRANDO
a) Positivismo:
É a capacidade racional limitada pela experiência, sua repercussão no universo jurídico culminou com a
valorização da norma jurídica positiva, entre detrimento ao direito natural.
Hans Kelsen estuda a norma jurídica e sua estrutura formal e não o seu conteúdo, pois o conteúdo das
normas jurídicas varia de acordo com a localidade.
Extirpava a moral do direito para obter sua natureza científica, técnico-normativa, ou seja, rejeita qualquer
teoria do direito pautada na noção de justiça. Justiça possui valor relativo e não um valor científico, motivo pelo
qual não pode ser ciência do direito.
Deste modo, sua teoria busca fundamentar a validade do ordenamento jurídico, partindo da norma
hierarquicamente superior, e fundamentando a própria constituição na norma hipotética fundamental a qual
garante o seu fundamento de validade.
A capacidade racional é limitada pela experiência, sua repercussão no universo jurídico culminou com a
valorização da norma jurídica positiva, entre detrimento ao direito natural.
É um movimento que traz críticas ao positivismo jurídico, tendo como nomes de destaques Karl Marx, para
ele, a razão pode, em determinado momento, pode ser refém de um ideal, se tornando algo perigoso, não podendo
o direito ser fundamentado unicamente na razão.
Ainda, Freud traz questões sobre o inconsciente, no sentido de que o inconsciente é o que domina o
consciente; vontades e razão. Assim, por este pensamento, não poderia ser o direito fundamentado unicamente
na razão, uma vez que não temos o pleno domínio da razão.
Dentro do neopositivismo temos a escola da livre investigação científica do direito ou escola científica, com
nome de destaque, François Geni. Esta escola reconhecia a importância da Lei, mas não afasta aspectos sociais,
econômicos, dos costumes, da doutrina e da jurisprudência.
Temos também, Hart, um positivista falecido em 1992, ou seja, trouxe uma visão moderna do positivismo.
Verificou a imprevisibilidade, a indeterminação das Leis, sendo que nem todas as respostas estão nas Leis, assim os
princípios morais, os valores também deveriam ser observados como critérios de validade jurídica.
Assim, Hart ficou conhecido pelo positivismo brando. Para ele há a necessidade da discricionariedade do
julgador, que é uma atribuição legislativa limitada ao julgador, diante da ausência de previsão de determinado caso
concreto na legislação (o que justifica a discricionariedade do julgador é a ausência da norma jurídica).
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NORMATIVISMO JURÍDICO E CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA – HERMENÊUTICA
1. Normativismo Jurídico
Dentro do normativismo jurídico, temos a escola do direito livre, que tem como nome de destaque,
Hermann Kantorowicz, que adotou um posicionamento oposto ao da escola da Exegese.
A escola livre reconhece a lacuna da Lei, conferindo liberdade ao juiz para aplicar a justiça ao caso concreto.
Pode o direito ser questionado através da sua eficácia, conforme adotou Chain Perelman, considerando a
argumentação.
a) Conceito
A hermenêutica é uma palavra de origem grega que significa arte ou técnica de interpretar, esclarecer,
revelar o sentido dos livros e textos sagrados.
Nesse contexto, a palavra interpretação sugere a extração do sentido que está entranhado na norma.
“Hermenêutica é a teoria científica da arte de interpretar”.
b) Escolas:
c) Interpretações de Métodos:
Não existe hierarquia entre eles; podem ser aplicados em conjunto, ou não.
• Interpretação autêntica:
É a interpretação oriunda da própria pessoa que redigiu a regra. A interpretação autêntica apresenta no
texto legal a mens legis (espírito do legislador) que serviu de inspiração para o dispositivo legal.
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• Interpretação doutrinária:
É a interpretação oriunda da doutrina, isto é, pelos estudiosos do direito. Tais estudiosos inserem os
dispositivos legais em diversos contextos, como no escopo histórico, no entendimento jurisprudencial,
entre outros.
• Interpretação jurisprudencial:
É aquela que é resultado do conjunto de acórdãos, súmulas, sentenças e enunciados pronunciados e que
são baseados no argumento legal ou litígio que se reflete na regra a ser compreendida.
d) Resultado:
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