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VITÓRIA MARINHO
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&
Vitória Marinho
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Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Epílogo
Resumo
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Capítulo 1
meu lugar.
Desde que me conheço por gente meu pai
me fala desse dia, uma data especial para eles, mas
para mim o medo do desconhecido.
Logo que viemos para cá, fui preparada
para esse dia, o dia que eu conheceria o homem ao
qual fui prometida, o príncipe Zair Salim El
Mustafá, o filho mais velho da família real.
Para os padrões nortes americanos um
absurdo tal coisa, mas isso é muito comum no rico
país chamado Catar.
Isso é muito comum na lá fora. Mas aqui?
Não sei por que meu pai concordou em
manter esse acordo mesmo sabendo que irei morar
tão longe deles.
Bem, na verdade sei. Meu pai é muito
amado pela família real, e acho que foi uma
maneira de recompensa-los por todos os benefícios
que ele teve desde que eles investiram nele. Meu
pai foi apadrinhado por essa família. Estudou com
os recursos da família real e tão logo conquistou
seu diploma, começou a trabalhar para eles.
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agitado em revolta.
—Agora lave esse rosto e encare sua
realidade de frente, com cabeça erguida. Por Allah!
Você não está indo para um matadouro. Você irá se
casar com um príncipe do nosso povo.
—Aywa! (Tudo bem!) E se eu não for uma
boa esposa? —Pergunto, ousadamente.
—Claro que será uma boa esposa. Você terá
servas, será servida, não servirá. A única coisa que
precisa fazer é procriar. —Eu fecho os punhos com
as palavras dele. A minha tristeza deu lugar à
resignação e a rebeldia. —Espero você na sala.
Assinto com um leve aceno de cabeça. Ele
me olha por um tempo e sai do meu quarto.
A verdade é que meus pais apreciam demais
as coisas boas da vida, então para eles, eu me
casando com um homem arquimilionário, amando
ou não meu marido, estou indo para o paraíso.
Eu me levanto. Vou até o banheiro. Olho
meu vestido negro de enterro, pronta para o
sacrifício. Caminho em direção a sala de cabeça
baixa, pensativa.
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ao seu cumprimento.
Meu pai surge ao lado dele.
—Não é linda minha Aysha?
Ele passa os olhos pelo meu rosto como se
tivesse comprando algo.
—Muito.
Meu pai, tosse, constrangido.
—Bem, eu minha esposa deixaremos vocês
um pouco à sós.
Eu vejo meu pai se afastar arrastando minha
mãe em direção à cozinha.
Os olhos penetrantes de Zair passam
ligeiramente por mim e a impressão que tenho é
que minhas pernas estão presas a duas bolas de
chumbo.
—Então, você é Aysha Bar Jair...
—Sim.
— Vamos nos sentar? — Eu o convido,
ousadamente, mostrando o sofá de três lugares.
Zair não diz nada, age. Caminha até lá e se
senta majestoso e espera eu me sentar. Arrogância
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canela.
Bem, ao menos ele é sincero.
—Não posso esquecer de colocar isso na
minha lista de boa esposa. —Digo debochada.
Meu pai tenta me dar um chute, mas erra e
acerta o príncipe que olha debaixo da mesa.
—Desculpe-me. —Meu pai diz sem graça.
Eu baixo o rosto para não rir e bebo meu
café. Quando ergo o rosto observo Zair com os
olhos fixos de mim. Mantenho meus olhos nos
dele, observo enquanto sua expressão endurece,
seus olhos se tornam tão frios que eu não consigo
mais mantê-los nos dele e abaixo meus olhos.
Mas que droga! Já me sinto dominada por
esse homem.
Aproveito para reparar na extravagante
mesa que mamãe juntamente com a orientação da
nossa expert cozinheira, arrumou. Ela caprichou
realmente. Está impecável em decoração como nos
quitutes distribuídos, mas sei que isso não deve
impressionar o príncipe. Ele deve estar acostumado
a mesas melhores, maiores, e com tudo que há de
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bom.
Mamãe se junta a nós e logo em seguida
surge minha irmã com carinha de sonhadora,
olhando o príncipe, demonstrando seu
encantamento. Ela se senta obediente ao meu lado.
Comemos em silêncio.
O ambiente na mesa aos poucos vai ficando
pesado. O silêncio faz isso quando não se tem
intimidade com uma pessoa. Ele se torna até
opressivo. Intranquila eu olho de soslaio para meu
futuro esposo. Ele é tão arrogante, penso enquanto
o observo erguer a xícara e tomar o café árabe. Mas
ao mesmo tempo, Zair é instigante, charmoso e
exala sensualidade e testosterona por todos os
poros.
Meu pai parece desconfortável também.
Mas nossos costumes não permitem conversas
quando estamos ao redor da mesa. Comer é um ato
sagrado.
Mamãe finalmente o quebra, oferecendo um
quitute a ele. Zair educadamente sorri para ela, mas
vejo ali um sorriso enfadado, ele o pega como se
estivesse cumprindo um protocolo.
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tão...
Allah! Mas minha negativa seria uma
sentença de desgraça para a minha família. Como
negar a eles todo esse luxo que os cerca, do qual
eles estão acostumados?
Meu destino: Aceitar Zair para a felicidade
da família.
—Bem, como agora está tudo acertado, vou
para o meu quarto. —Falo amarga, segurando meu
choro por causa de minha irmã. Não quero assustá-
la, tirar o encanto dessa carinha, mesmo porque,
não nos veremos com frequência e não quero que
ela tenha a imagem que estou infeliz. Eu me
levanto do sofá.
— Não tem curiosidade de saber mais de
seu noivo?
—O que o senhor pode me dizer que eu não
saiba? Ele é rico, futuro sheik de Doha. Único filho
homem do soberano sheik Omar e tem uma irmã.
Tem mais alguma coisa?
—Sim.
Eu engulo em seco.
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Capítulo 2
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Capítulo 3
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Zair
Sim, eu estou me casando para a alegria de
todos.
Estou sentado no trono ao lado de minha
noiva. Estou no meio do salão cerimonial que já
testemunhara uma vez meu casamento com Amina.
Vestido nos trajes cerimoniais que nunca pensei
que eu fosse usar novamente. Todos os membros da
família real, os Anciãos, todos os emissários estão
com seus olhos focados em nós.
Só que esse casamento é diferente para
mim. Ele tem um sentido diferente. Eu bloqueei
todo o meu sentimento com ele. Hoje impera a
frieza e não o calor, a razão ao invés da ilusão do
amor.
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Aysha
Relanceio os olhos para Zair. Ele está com o
semblante pensativo e pela expressão de seu rosto,
seus pensamentos não parecem nada bons. Deve
estar pensando nela, deve estar sofrendo por ela...
isso me incomoda, a ponto de apertar meu coração.
Não tenho tempo de pensar sobre isso, pois de
repente o clima da festa muda e os bumbos tocam
animadamente.
Zair se levanta e estende a mão para mim,
eu a pego com relutância sem olhar nos olhos dele.
E ele então me ajuda a me levantar, e me conduz
até o meio do salão. Caminhamos devagar,
passando pelos convidados movimentando seus
lenços em círculos, logo estamos dentro dessa roda
e Zair começa a dançar para mim. Seu sorriso é
frio, não toca seus olhos. Com toda a espécie de
emoções conflitantes, eu fico parada ali, sem
dançar, o encarando enquanto ele dança de um jeito
envolvente. Sua expressão muda e ele sorri de um
jeito diabólico que engulo em seco. Ele parece estar
se divertindo em me ver sem ação ali, estática.
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Zair dá um sorriso.
Seus dentes são lindos! Allah!
—Eu penso que sim, se eu achasse que não,
não teria me casado com você.
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super gato.
—Zair, podemos dar um jeito.
Ele cruza os braços no peito e abre as
pernas.
—Que jeito?
Eu e lambo meus lábios.
—Apresentar algo a eles.
—Você está sugerindo que eu retire meu
sangue e burle sua inocência?
Eu dou um leve aceno, concordando com a
cabeça, quase imperceptível. Os olhos de Zair vão
ficando mais duros.
—Estou achando que você não é virgem.
Eu estremeço.
Eu sei muito bem o que representa isso
para essa corja machista.
—Claro que sou!
—Então prove!
— Eu...
—Temos a noite inteira. — Ele diz
ofegante. — Vá até o banheiro, tome um banho,
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Zair
Allah! Eu me senti um crápula quando ela
chorou e ela tem sido mestre em me fazer sentir
assim ultimamente. O sentimentalismo é uma
fraqueza que há muito eu deixei para trás. Agora há
em mim a determinação, a coragem, a firmeza.
Qualidades que um homem de negócios precisa ter.
Hoje me fortaleci com esses sentimentos. A
realidade precisa ser enfrentada, por isso hoje sou
comedido, pois conheço as consequências da
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entrega.
—Mas que Diabos! Eu não deveria ter me
casado com essa mulher!
Allah! Forçar uma situação não faz parte do
meu carácter.
Vou até a escrivaninha que está num canto
do quarto e abro a gaveta. Pego uma adaga e
erguendo meu kandoora, corto o interior da minha
coxa direita, a ardência só aumenta minha
frustração por não fazer imperar minha vontade.
Tampo o corte com o lenço nupcial.
Aonde eu estava com a cabeça quando a
escolhi para esposa. Nunca imaginei que ela fosse
tão rebelde. E ao mesmo tempo isso me fascina, de
um jeito estranho, que eu nem sei explicar.
E o pior, isso realmente eu não esperava.
Essa mulher não se sente atraída por mim.
Sapo?
Ou ela me disse isso para me atingir, me
afastar dela?
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Aysha
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Arrogante!
Eu caminho com passos relutantes até ele.
Meu coração está agitado, minhas mãos estão
geladas. Eu me sento na cama e lhe dou as costas.
Sinto seus dedos desbotoando meu vestido,
o mais leve toque deles é o suficiente para me
provocar arrepios, mas fico firme, aparentando uma
calma que não sinto. Quando o vestido começa a
deslizar, eu o seguro com as mãos.
Eu me levanto, seu rosto é impassível.
—Obrigada.
Ele afasta o lençol, eu pisco quando o vejo
só de cueca.
Lindo! Digo no meu interior quando me
deparo com seu corpo exposto, os pelos cheios no
peito que vão se estreitando até sumir na cueca.
Quando percebo que estou comendo-o com os
olhos, assustada, desvio meus olhos do corpo
moreno e procuro seu rosto. Ele dobra o joelho e
abre a perna, eu fecho os olhos, estranhando seu
gesto.
—O..que...você está fazendo?
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—Abra os olhos.
Ofegante, eu os abro com relutância. Zair às
vezes parece louco e com louco não se discute.
—Está vendo isso aqui. —Ele diz, seco. E
aponta a perna. Só então vejo o corte. Meu coração
salta no peito. —Isso aqui é a marca da sua forjada
inocência.
Perplexa, eu engulo em seco.
Então ele se cortou!
Zair se levanta da cama e vai se
agigantando conforme ele vai se aproximando de
mim. Quando bem próximo, ele para. Eu ergo meus
olhos e dou com os profundos olhos negros sobre
meu rosto.
—Não quero que jamais mencione essa
noite. —Ele diz com a respiração entrecortada.
Ofego.
—Tudo bem. —Digo, quase engasgada.
—Agora some da minha frente. —Ele diz
de um jeito irado.
Sumir?
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Zair
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Aysha
Zair
Aysha
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responda.
Num ímpeto de coragem, eu o encaro.
—Isso é uma coisa que você não irá saber.
Zair não se perturba com as minhas
palavras. Sua expressão permanece a mesma, então,
sem aviso, ele estende sua mão e pega meu queixo
possessivamente, forçando-me a olhar para ele
enquanto ele fita meus olhos. Eu engulo em seco,
chocada com o calor de suas mãos.
—A minha experiência no departamento
"mulheres" me diz que esse controle todo é
fachada, escondendo a mulher ardente que é.
Arrogante, não?
—Então, você acha que estou louquinha por
você?
Ele sorri e solta meu queixo.
—Isso, o tempo irá dizer. —Ele então se
levanta da cama. —Bem, troque-se. Nós
tomaremos café e partiremos.
—E Samira? Irá conosco?
Ele me olha por um tempo calado.
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Zair
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Capítulo 4
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escrava.
Por um momento o silêncio fica entre nós e
ele sorri diabólico.
— Não seria má ideia.
— Pare com isso! Sou apenas uma esposa
de opinião.
—E sem juízo. Lembre-se que agora somos
eu e você.
—Lembre-se também, que seu pai deve ter
algum informante em Bahrein, que deve reportar
tudo a respeito de nós.
Zair se vira para mim.
—Você está me ameaçando?
Eu respiro fundo.
—Não, mas ambos conseguimos nossos
objetivos, de vermos nossas famílias felizes. Meu
pai empregado e seu velho pai despreocupado.
Ele passa os olhos pelo meu rosto.
—Falta um objetivo ainda. Você me dar um
filho.
Isso me irrita e eu me lembro da cena dele
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com a filha.
—E correr o risco de ter uma menina e você
trata-la como trata Samira?
Zair me olha com sangue nos olhos.
—O que você quer dizer com isso?
Ofego, sentindo aquele frio na barriga e
meu estômago se contorce. Solto o ar dos pulmões.
Então ergo o meu queixo. Não serei uma covarde.
—Você pensa que eu não reparei como
você trata sua própria filha? Por quê? Porque ela é
uma menina?
Ele se inclina em minha direção, mas eu não
recuo. Embora sou tomada pelo nervosismo, o
encaro sem tirar meus olhos dos dele.
Poderoso, ameaçador, envolto em uma
nuvem de perigo e masculinidade. Minha mente
fica confusa pela tensão. Percebo que sinto cada
vez mais aquela atração animal por ele.
—Não quero que fale comigo nesse tom.
Você está sendo insolente, falando de coisas que
não sabe. —Ele diz ofegante. — Você está
parecendo uma criança mimada, birrenta e que fala
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Zair
Allah!
Trinco meus dentes quando vejo a
expressão de tristeza no rosto de Aysha. Ela olha
para mim sem se mover. Quieta, olhando para os
meus olhos, querendo ler minha alma e tudo que se
passa em minha mente. Luto para manter meu rosto
frio, extirpando de dentro de mim toda a bondade,
toda compaixão que eu possa ter.
Foco! Não perca seu foco! Não foi fácil
chegar até aonde chegou!
Eu fiz uma viagem até o inferno que me
permitiu voltar com esse escudo de frieza
sentimental. Ressurgi das cinzas, mais fortalecido,
mais embrutecido. Mulher nenhuma vai tirar esse
escudo que ergui com tanto sofrimento. Por isso,
não posso vacilar com meus sentimentos.
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Capítulo 5
Aysha
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sua atenção.
—Tudo bem, estou aqui para isso.
Eu pego a pasta que ele me estende.
Trata-se de um relatório das falhas na
captação do fraturamento hidráulico. Abro e leio:
Ele diz que o processo se iniciou com uma
perfuração de 3 km de profundidade, onde a
tubulação foi numa trajetória horizontal. Ao se
deparar com as formações rochosas, é iniciado o
fracking, através da tubulação e foi despejado uma
mistura de grandes quantidades de água e solventes
químicos comprimidos. Só que isso não está
fragmentando a rocha como deveria.
—Você falou com o geólogo?
—Ele disse que o problema não é o solo.
Respiro fundo, enquanto ouço a explanação
do Sheik supremo.
Allah! Eu estou hospedado aqui não para
divertimento, mas por causa do meu trabalho e sei
que isso tem urgência!
Respiro fundo, não quero deixar Aysha
sozinha. Já estamos numa situação complicada, por
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Aysha
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horas sairemos?
—Depois do almoço.
Aceno com a cabeça e me levanto. Saio da
sala me sentindo esvaída de minhas forças. Brigar é
como dar murro em ponta de faca. É uma luta
desleal.
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Capítulo 6
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não sinto.
—Tudo bem, Zair. —Digo com um suspiro.
—Agora, me dê licença que vou me trocar.
Podemos nos encontrar na sala?
—Sua bagagem é esse aí? —Ele aponta a
mala que fiz ontem.
—É.
—Ótimo. Vamos tomar café juntos, depois
quero dar uma circulada na casa em companhia de
minha linda esposa.
—Faz parte da encenação? —Questiono.
Ele ri, mas seu sorriso não toca seus olhos,
sempre frio.
—Quero que se acostume comigo. Estive
pensando e acho que você tem razão. Devemos
passar o tempo mais juntos.
—Eu ouvi bem? Você disse que eu tenho
razão?
Zair não responde e se levanta.
—Te espero na sala.
Quando ele sai, eu passo a mão na testa em
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também.
—Nada. —Digo, meu nervosismo
aumentando mais um ponto. —O que pretende
fazer agora?
—Eu não. Nós. Pensei em andarmos pelo
palácio. Zenaide me disse que tem um lindo
orquidário seguindo pelo corredor externo.
Ele está tão gentil que meu coração se agita,
e isso me deixa mais alerta. Se ele pensa que irá me
conquistar por estar mais receptivo comigo, ele
pode esquecer!
Eu quero esse homem por inteiro. Preciso
sentir sua entrega. Só então vou abrir meu coração,
e me lançar nessa relação, entregando meu coração,
meus sentimentos e meu corpo.
Zair pega meu braço e me conduz por um
instante até a parte externa. Eu estremeço com seu
gesto. Ao mesmo tempo, não me sinto à vontade
com ele e meu nervosismo aumenta.
—Gostou do palácio? —Ele me pergunta.
—Muito lindo.
—Gosta de flores?
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Eu fungo.
—Gosto.
—Esse orquidário tem todas as espécies. O
Sheik é um colecionador. Tem orquídeas de todo o
mundo.
—Incrível! —Digo com um ânimo que não
tenho.
Sinto os olhos de Zair em mim enquanto
caminhamos.
—Você sabia que novas integrantes, podem
levar doenças ou fungos para todo o orquidário?
—Não!
— Aysha, assim fica difícil. Estou aqui,
tentando me aproximar de você, mas você só me
vem com monossílabos.
Eu paro no meio do caminho e encaro Zair.
Sim, um lindo palácio. Ambientes
maravilhosos se revelam ao meu redor, uma
conversa interessante, mas isso se o nosso
casamento fosse normal.
— Difícil? Eu não quero saber sobre
botânica. Você poderia começar me contando o que
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Mundo machista!
Será que seu eu não fosse ele me jogaria ao
vento?
Um arrepio corre a minha espinha.
Não, nem pensar. Eu seria humilhada e
meus pais me trancariam em casa. Eu acabaria uma
velha solitária.
Ele olha para mim mais duro a cada
segundo.
— Eu te falei que era meu primo e mesmo
assim você quis falar com meu pai. —Digo irada.
Seus olhos observam minhas mãos
trêmulas. Imediatamente eu as coloco atrás do meu
corpo. Eu não quero que ele veja o quanto estou
abalada.
—Baixe seu tom de voz. Acalme-se. —Ele
me diz passando os olhos pelo meu rosto vermelho.
—Vou me acalmar, se você sair do meu
quarto.
—Tudo bem. Hoje almoçaremos mais cedo,
depois partiremos. — Ele diz com o queixo
erguido.
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Esse ar superior...
Quero dar na cara dele. Experimento uma
raiva tão grande que cruzo os braços para me
controlar e não esganar esse pescoço arrogante.
—Está certo.
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Capítulo 7
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Contive a risada.
—É seu cara de pau.
Ele cruza os braços.
—É assim agora? Falará comigo em
códigos?
Eu não consegui deixar de rir.
—Estou cansada Zair.
—Deve ter me chamado de algo bem rude e
grotesco.
— Eu diria que é ser honesta.
Ele respira fundo.
—Honesta? Seja clara, aí sim verei
honestidade.
Eu fungo.
—Significa sakhir. Ou seja, cínico.
—Está certo. —Ele começa rir e abrir os
botões da camisa. Então puxa o zíper da calça.
—Allah! O que está fazendo? —Pergunto,
dando as costas para ele.
—Vim aqui para trabalhar, estou vestindo
as roupas de trabalho. À propósito, você terá que
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cozinhar.
Eu esqueço que ele está se vestindo e me
viro.
—O quê?
Ele está só de cueca, e eu assustada lhe dou
as costas novamente. Mas antes disso vislumbro o
sorriso de Zair achando graça da minha atitude.
—Latahi altaeam. (Cozinhar)
—Eu entendi a palavra. —Digo com raiva.
—Não sei se vou me dar bem nessa cozinha.
—Pronto, habibi, pode se virar.
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Tamally Maak
Tamally maak We law hata ba eed any, Fe
alby hawak.
Tamally maak tamally fe baly we fe alby
Wala bansak Tamally waheshny, Low hata akoon
waiak.
(Eu sempre estou com você. E até mesmo
quando você está longe de mim. Seu amor está em
meu coração. Eu sempre estou com você. Você
sempre está em minha mente e em meu coração. Eu
nunca a esqueço. Eu sempre sinto falta de você. Até
mesmo se eu estou com você.)
Avanço.
Dayman Maak (sempre com voce) - Tamer
Hosny
Zair
Blasfemo.
Justo agora essa merda toca!
No visor, minha mãe.
—Oi, mamãe. Algum problema? —
Questiono, ofegante.
—Algum problema? Eu que te pergunto?
Liguei para o palácio e me disseram que você
viajou com Aysha a trabalho.
Mas que merda!
—Sim.
—Não tinha como adiar isso?
—Não, eu precisei estar no local, e ainda
não resolvi o problema.
—Não me diga que você a levou para esse
lugar horroroso em sua lua de mel?
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—Hum hum.
—Zair! Fi sabil Allah! (Pelo amor de Deus).
Você nunca levou Amina para um lugar desses! O
que deu em você para levar Aysha até aí?
Talvez esse tenha sido meu erro, enquanto
eu viajava e me matava de trabalhar, ela se
encontrava com seu amante.
—Achei errado deixa-la sozinha.
—Mas tem hotéis, sei que não muito
próximos, mas não custaria nada você se deslocar,
perder um tempo a mais.
—Ela queria conhecer o deserto.
Minha mãe funga do outro lado.
—Conhecer o deserto? Aí nem tem dunas,
só um monte de areia junta!
—Mãe!
— Tudo bem, se ela quis, está bem.
—Mãe preciso desligar.
Allah! Mas que droga! Penso em frustração.
Desligo o ar condicionado. No deserto de dia é 40
graus para mais e a noite a temperatura inverte,
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Aysha
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Zair
Allah! Tive que deixá-la. Tive que provar
para mim mesmo que eu posso, que eu a tenho e a
liberto quando quiser. Que ela não será para mim
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Capítulo 8
Aysha
o fôlego.
Estremeço quando mãos viajam pelo meu
corpo, me percorrendo, me apertando, me
apalpando. Tudo isso, me faz arder em desejo.
Agora sou eu que gemo de prazer.
Ergo minhas mãos e o puxo mais para mim,
correspondendo seu beijo com ânsia e paixão. Zair
geme na minha boca quando sente a minha entrega.
Em seguida ele a mordisca como se fosse a coisa
mais gostosa do mundo. Ele então aprofunda o
beijo, sua língua visita a minha tremulando sobre
ela.
Quando ele se afasta, eu o olho como se
tivesse fora de mim. Tentando entender por que ele
parou de me beijar.
—Tire suas roupas, Aysha. —Zair me fala
no árabe.
Tremendo me livro da minha camisola.
Meus seios ficam expostos. Estremeço com o olhar
que Zair se dirige a eles.
Fascinado.
Ele então busca meus olhos e, com
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de mim.
Quando tudo finaliza. Zair joga seu corpo
ao meu lado na cama. De barriga para cima, seu
peito sobe e desce com a respiração entrecortada,
os batimentos cardíacos agitados, tanto que dá até
para ver pela sua jugular.
Ele fecha os olhos com força e fica assim
até se acalmar, então olha para o teto.
Agora ele parece pensativo, consigo ver seu
rosto transtornado antes de ele se levantar e abrir o
criado mudo e pegar uma caixa de lenço umedecido
e se limpar.
Fecho os olhos esperando o que vem a
seguir. Eu o sinto se agitar ao meu lado. Ele então
sai da cama. Ofego e viro meu rosto para o outro
lado, enterrando no travesseiro e escuto o som dele
se vestindo.
Seus passos pesados desaparecem para fora
do alojamento, e um momento depois, ouço a porta
se fechar.
Quando ele sai, eu me sento na cama. Há
uma mancha de sangue no lençol.
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Zair
lado.
Allah!
No velho fogão, coloco a água para
esquentar, abro os armários procurando os
utensílios para fazer um café forte. Minhas mãos
ainda tremem. Eu praticamente fugi da presença de
Aysha, minha cabeça está tão desarrumada, meus
pensamentos tão caóticos.
O que eu vivi com ela momentos atrás foi
muito além que sexo, foi tão intenso, que aquele
sentimento doloroso de tudo que vivi com Amina,
brotou de dentro de mim no segundo que tudo
terminou, minha razão me cobrando que estou me
doando demais, que estou incorrendo no mesmo
erro.
Nem com Amina eu senti o que senti com
Aysha.
Foi tudo tão intenso que eu não consegui
encará-la.
Allah! Eu a tratei como uma qualquer a
deixando lá.
Mas se eu ficasse, ela me leria minhas
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abrir.
Com o coração agitado, abro a porta, varro
o alojamento à procura de Aysha e a encontro, ela
está fazendo as suas malas. Ela ergue seus olhos
verdes, eles são tão frios que meu coração baqueia.
—Esqueceu alguma coisa? —Ela pergunta
de um jeito seco.
—O que está fazendo? —Eu a questiono.
Ela sorri.
—Missão cumprida! Você conseguiu o que
queria. Estava esperando você chegar e me levar ao
palácio. Ou pedir para algum servo fazer isso.
Allah! Vou baixar seu topete já.
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aqui.
Ela funga e joga a mala em um canto com
força.
—O que você veio fazer aqui?
Meu corpo inteiro fica tenso. De repente
sinto como se todo brilho que vivemos aqui mesmo
tivesse ido, e uma nuvem negra invadisse tudo.
Sinta-se orgulhoso, você provocou tudo
isso.
Consolo-me dizendo para mim mesmo que
é melhor assim.
Allah! Ela não pode saber do meu
sentimento de culpa.
—Tive que passar para pegar uma
ferramenta no galpão.
—Ótimo, foi bom você estar aqui. Eu fique
aqui pensando, acho que você tem razão. Nós não
deveríamos nos envolver sentimentalmente.
As palavras dela falham meu coração numa
batida. Sei que forcei isso, mas por que eu não
consigo reagir como o esperado? Acho que lá no
fundinho eu esperava que um milagre acontecesse,
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Aysha
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engane.
— E então? Ainda quer que eu prove o
quanto está errada? E demonstre o quanto somos
compatíveis na cama?
Fiquei sem ação, imóvel. Eu posso ver nos
olhos dele que ele está louco para eu provar o
quanto estou enganada. Como eu não respondo,
Zair amplia seu sorriso.
—Foi o que pensei. Bem, até à noite,
habibi.
Desvio meu olhar, em silêncio.
Sim, é mais fácil falar do que provar com
minhas ações.
Allah!
Quando ele sai, me sento na cama e tento
não dar valor ao fato de meu corpo clamar tanto
pelo dele.
O que me preocupa não é isso. Somos
casados, claro que ele não iria aceitar minha
condição, não depois de termos provado um ao
outro. Fora que na nossa cultura a um peso muito
grande nesse aspecto no casamento. Inclusive é
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Capítulo 9
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salada.
Resolvo ralar a cenoura, a beterraba, depois
ajeitar tudo com alface e tomate. Escuto ele sair da
banheira. Morro de vontade de dar uma olhadinha,
mas fico firme ali, preparando tudo.
Quando estou terminando de ajeitar tudo no
prato, ele surge ao meu lado. Olho de relance para
ele, mas trato de tirar os olhos quando percebo que
ele está só de calção.
Hum, está tão perfumado.
Ele abre a geladeira.
—Está tudo congelado. Você não tirou
nenhuma carne para descongelar?
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agasalho.
—Está certo!
—Boa menina.
—Falando assim, me sinto uma criança tola.
Zair fixa seus olhos no meu rosto e vai
passando pelo meu corpo.
—Você não me lembra em nada uma
criança, Aysha.
Meu coração se agita e eu fico sem graça,
Zair desvia seus olhos dos meus e se senta na
poltrona coloca a meia e os sapatos, com muita
agilidade. Deve estar morto de fome.
Eu até teria peninha dele se ele não tivesse
sido tão insensível de sair daquele jeito depois do
momento mágico que tivemos.
Pelo jeito a magia foi só eu que vi.
—Se troque, já volto.
Quando ele sai eu me troco rapidinho,
coloco uma abaya preta e um lenço preto cobrindo
meus cabelos, por cima um casaco preto.
Me olho no pequeno espelho do banheiro.
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intenso.
Alucinada, não consigo tirar meus olhos
dele. E todo tipo de sentimento como luxúria,
paixão, admiração e amor me arremessam nesse
momento, me fazendo reconhecer que meus
sentimentos se tornaram profundos e com certeza
não é só sexo que me liga a esse homem.
Minutos depois eu rendo ao tão esperado
prazer, apertando os lençóis, fechando os olhos,
gemendo e virando minha cabeça para o lado. Zair
vem logo depois, com um gemido rouco se rende
também. Deita sobre mim um pouco, respirando
pesado no meu ouvido. Ele então se afasta e se
deita ao meu lado, ofegante.
Eu puxo as cobertas e fico imóvel ao lado
dele. Zair se vira para mim e me observa.
—Sinto dizer que está em apuros, quero
isso toda noite.
Quase me sinto lisonjeada com o
comentário.
—Verdade? —Digo, voltando ao meu
estado normal. A da mulher que quer muito mais
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que sexo.
Zair respira fundo e fica sério.
— Meu comportamento foi repreensível,
quando sai hoje de manhã sem me despedir.
Eu fungo. Aquele sentimento de raiva volta
novamente. Hoje de manhã me deu vontade de
pisoteá-lo com saltos agulhas.
— Sem comentários.
— Quero lhe pedir desculpas.
Ele pedindo desculpas? Talvez já seja um
progresso.
— Não sei o que deu em mim.
—Tudo bem.
—Bem, então vamos dormir, estou morto
de cansado. E amanhã teremos que enfrentar essa
estradinha.
Zair se vira para o outro lado. Típico de um
homem que liberou toda a testosterona armazenada
dentro daquele saco.
Ele dorme logo, ouço sua respiração pesada.
Aos poucos vou relaxando e apago também.
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Capítulo 10
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Zair
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cabeça?
Sim, eu a amava e ela me traiu!
Eu a confrontei e ela confessou com muito
choro e arrependimento. Eu não quis ouvir, e
cheio de ira disse que iria chamar o conselho e
repudiá-la na frente de todos. Amina então revela
que está grávida.
Allah! Aquilo foi como uma facada no meu
peito. Eu, que queria me livrar do problema, estava
com outro nas mãos. Eu tinha duas opções, me
separar dela e humilhá-la ante a todos, ou
aguardar o término de sua gestação e só então nos
separarmos.
Resolvi então esperar ela ter a criança e
depois fazer um exame de DNA. Não foi fácil
conviver com ela todo aquele tempo vendo sua
barriga crescer, e eu naquela mistura de dor e
raiva, sabendo que o filho poderia ser de outro.
Então ela morre no parto e eu resolvo me
calar, não difamar a imagem dela, porque resultou
num final triste.
—Pai, logo estarei longe daqui.
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no chão.
Allah! Quem diria que esse homem fosse
quente desse jeito!
Não. Eu não estou me sentindo orgulhosa
por ele me desejar, quero muito mais que seu
corpo, meu alvo é seu coração.
Zair sobe na banheira e me faz entrar nela.
Ele se acomoda e me faz deitar com ele. Fico no
meio de suas pernas, minhas costas apoiadas em
seu peito. Um gemido involuntário escapa de meus
lábios quando ele começa a me tocar. Mãos
mágicas viajam meu corpo, visitando todos os
lugares que ele alcança. Seus lábios mordiscam a
minha orelha, meu pescoço. Eu respiro
irregularmente. Ele está ofegante também, deve
estar sentindo prazer em me dar prazer.
Minutos passaram e suas mãos já me
alisaram em todos os lugares, sua boca beijou,
sugou, mordicou sem parar. Isso só me deixa mais
excitada, tanto que já está começando a me
incomodar. Preciso dele dentro de mim e é
impossível extravasar nosso desejo na banheira. Ela
é muito estreita.
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transando.
Sabia! O ser problemático tem dificuldade
com as palavras.
Antes que ele fale mais alguma coisa que
me fira, eu digo:
—Tudo bem. —Ergo-me na cama. —
Vamos almoçar? Estou morrendo de fome.
Ele assente.
— Eu também.
Saio da cama e entro no banheiro. Enxugo
algumas lágrimas que agora insistem em cair com
essa situação. Depois de me recompor, eu me troco
e abro a porta. Zair está trocado colocando a mesa.
Eu vou até a cozinha e aumento a quantidade de
salada.
Minutos depois estamos almoçando em um
silêncio desconfortável. Zair não chega a estar com
o semblante carregado, mas não está mais amistoso
como antes.
Quando vejo que ele finalizou a refeição, eu
pergunto:
—E agora que acabou seu trabalho?
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Permaneceremos em Bahrein?
Ele que estava brincando com o garfo,
procura meus olhos.Zair está com o semblante
carregado.
—Sim, ficaremos no palácio do Sheik.
Estamos em lua de mel. Terei quinze dias de
descanso, depois vou a campo ver a instalação das
máquinas em novos pontos de captação de petróleo.
— Ele fala como se não fosse algo bom isso.
Estremeço com as falas dele. Quinze dias
sozinhos...
—Entendo. Então depois de quinze dias,
Samira virá para cá?
Ele assente:
—Sim, a babá a trará. —Se levanta. —Bem,
vamos arrumar nossas coisas. Só as malas. O
alojamento eles cuidarão com a nossa saída.
—Mas iremos agora?
—Não, como eu disse, vamos descansar e
sair depois que baixar o sol. E falando em sol, está
calor, vou regular esse ar condicionado.
Pouco tempo depois eu arrumo a cozinha.
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Zair
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Que bom!
Aysha
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—Perdi a fome.
Caminho me sentindo infeliz para o meu
quarto.
Ando pelo palácio silencioso. No caminho
vejo empregados trabalhando, uns limpando, outros
molhando as plantas, mas nada de Zair.
No meu quarto eu me deito na cama e pego
meu celular. Há vários emojis de Layla no
messenger. ??????????❤?? ♂
Respondo para ela:
"Oi, como estão as coisas? Tudo bem?
" ??
Minutos depois ela escreve:
Oi, Aysha.
Está tudo bem aqui. E você? Como está
se sentindo como uma princesa?
Aperto meus lábios e me seguro para não
responder que é um lugar solitário.
Escrevo:
"Tudo bem, mas não se iluda, ser
princesa não é como você imagina. "
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Ela responde:
"Você fala assim para eu não ficar triste.
"
Eu fungo. Que me dera fosse isso.
"Quando você crescer mais, eu comprovo
minhas palavras. "
Ela escreve:
"Não acredito em você!
Seja uma boa esposa para eu me casar
com um príncipe também, papai me disse que o
Sheik prometeu que se você for eu terei o mesmo
destino".
Meu peito se aperta e o peso que eu sinto
por dentro aumenta. Dou um suspiro.
"Pode deixar. "
Ela coloca um emoji sorrindo. ?? Eu
escrevo:
"Bem, vou desligar. " ????
Ela questiona:
"O que você fará agora? "
Não respondo e desligo o celular, limpando
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nome no quarto.
Saio do banheiro.
Allah! Ele está um arraso. Usa um terno
negro, bem ocidental, camisa branca e gravata
preta. Ele segura uma caixa preta de veludo.
—Está pronta?
Aceno um sim com a cabeça. Ele passa os
olhos com um sorriso de apreciação.
—Isso para você. Quero que você brilhe ao
meu lado e ofusque o brilho de todas as outras
mulheres. —Diz e abre a a caixa na minha direção;
um lindo colar de esmeraldas e brincos combinando
são revelados.
Forço um sorriso:
—Lindo.
—Sabe quantas mulheres dariam tudo para
ter esse colar? E eu recebo um "lindo" tão
desanimado?
Eu o encaro.
—Meus valores são outros.
Zair, o abominável senhor das neves, funga.
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Capítulo 11
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Zair assente.
—Sim, Aysha.
—Prazer, vossa majestade. —Digo me
inclinando.
O Sheik passa os olhos pelos meus cabelos.
—Linda sua esposa.
—Sim, ela é linda. —Zair diz quase
contrariado.
—Zair disse que você não é Catariana, que
apenas seu pai é, que você nasceu no Estados
Unidos e sua mãe é americana.
Puxa, falaram de mim?
—Sim, vossa excelência. —Eu me inclino.
—Isso explica a cor de seus cabelos, são
lindos, e com o preto fica muito bem.
Sinto as mãos quentes de Zair nas minhas
costas.
— Acho melhor ela cobri-los. Ela trouxe o
lenço.
Eu dou um sorriso inocente para o velhinho.
—Preciso cobri-los?
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Ele pisca.
—Não, claro que não. Como viu, há um
misto de culturas aqui. Ninguém irá reparar. —Ele
olha para Zair. — Leve Aysha até as minhas
esposas e depois me faça companhia, vamos nos
socializar.
Zair assente. Ele praticamente me empurra,
me conduzindo até um grupinho de mulheres. Eu
relanceio um olhar para seu rosto. Ele está com os
lábios apertados ao meu lado, o rosto contorcido,
muito contrariado.
—Salaam Aleikum.
—Alaikum As-Salaam. —Elas respondem
em coro.
—Zeina, Selima, essa é Aysha, minha
esposa. Ela ficará aqui com vocês.
Allah! As mulheres do Sheik têm a minha
idade.
Puxa! O vovô não é fraco não.
Elas se inclinam.
—Claro, vossa alteza, fique tranquilo.
Olho as duas mulheres muito bem trajadas
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Zair
O Sheik elogia, diz que danço muito bem.
Eu sorrio e procuro com os olhos Aysha, mas ela
não está mais ali. Quando o Sheik é chamado por
alguém, ele me pede licença e se afasta. Eu,
imediatamente, varro o salão à procura dela. A
encontro e a observo atravessando o salão ao lado
das duas mulheres de Al Koul. É nítido que ela está
atraindo todos os olhares sobre si, mas ela parece
alheia a isso.
Claro! Nenhuma mulher chega perto
daquela cor de cabelos lindos e naturais, de um
castanho-dourado. Seu rosto, com as maçãs
salientes, é expressivo.
E seus olhos? Mesmo de longe, eles
parecem duas esmeraldas, grandes e brilhantes.
Não foi por acaso que escolhi esse colar para ela.
Exalo forte.
De repente me dou conta que Aysha,
comparada a Amina, sobrepuja em beleza. Essa
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Aysha
Sorrio.
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para dar.
Passo a mão nos lábios dele e confesso:
—Eu te amo, sabia?
Seu rosto muda, para torturado.
—Você não sabe o que está dizendo.
— Sei sim.
Ele desvia os olhos dos meus, eu puxo seu
rosto com as mãos e o faço olhar para mim.
—Já ouviu a música da Madona? Frozen?
—Digo meio grogue, com um meio sorriso.
Zair respira fundo, seus olhos estão atentos
aos meus, mas ele diz mal-humorado.
—Não!
Eu ergo meu braço que parece ter uma
tonelada e passo a mão nos cabelos dele:
—Ela diz que o amor é uma ave, ela precisa
voar. Deixe toda a dor dentro de você morrer. Você
fica congelado, quando seu coração não está aberto.
—Aysha, deite-se.
Ele força meu corpo para eu me deitar no
travesseiro.
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Zair
Zair
De madrugada deixo Aysha dormindo e vou
para o meu quarto. Dormir ao lado dela é ter uma
intimidade que ainda não estou preparado.Eu
preciso amortecer meus sentimentos para ter essa
intimidade. Mas trago comigo a lembrança da
textura suave da sua pele sob a minha, suas mãos
macias, seus lábios rosas no meu corpo e da
sensação quente de estar dentro dela.
Mas meu eu racional me acusa.
Sabe como eu me sinto?
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Capítulo 12
Aysha
Aysha
Minha cabeça dói muito. Sinto o gosto
amargo na boca. Abro meus olhos e imediatamente
sinto o incômodo da luz do quarto.
"Onde estou, o que aconteceu? "
Eu me ergo e me vejo no meu quarto, me
olho embaixo do edredom.
Estou nua.
Olho do lado e vejo o lugar vazio na cama.
Fecho os olhos tentando me lembrar do que
aconteceu ontem. Eu me lembro da festa até a parte
das meninas me colocarem no sofá. Depois flashes
de Zair no chuveiro e eu cantando algo, dançando
para ele. Depois lembro-me do rosto dele próximo
ao meu, de seus beijos. Sim, nós fizemos amor.
Não me admiro em nada que ele não esteja
ao meu lado.
Eu me sento e puxo o edredom no pescoço,
a dor de cabeça aumenta e junto com ela sinto
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vontade de vomitar.
Allah! Não deveria ter bebido!
Ouço a porta se abrir e Zair entra no quarto.
Lindo, uma visão e tanto. Ele está de jeans, e
camiseta branca. Ele parece estranho.
—Oi. —Digo sem graça.
— Sabāha l- ḫ air. (Bom dia) —Ele diz me
avaliando.
—O que aconteceu ontem?
—Não se lembra de nada? —Zair me
questiona.
—Algumas coisas.
Lanço um olhar apreensivo quando ele se
aproxima, com as mãos nos bolsos, sua expressão é
de quem tem algo sério a me dizer. Ele se senta na
cama. Isso me preocupa, ele parece mais taciturno.
Algo aconteceu.
Eu me adianto:
—Antes...que fale alguma coisa, quero que
me desculpe. Eu não me lembro muita coisa. Eu
não dei nenhum vexame, dei?
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mim.
—Está certo. —Digo como se tivesse
falando com meu chefe.
—Boa noite, então. —Ele diz me dando
uma última olhada.
—Boa noite. —Digo vendo-o sair do meu
quarto e passar em direção a porta de comunicação.
Zair
premeditado.
Enquanto o asno ia trabalhar, ela gostava de
foder com outro cara.
Ele confronta sua esposa. Ela nega no
princípio, mas ele pega o celular dela e vê
mensagens da verdade. O castelo que ele formou do
seu lado era de pedras, mas o dela era de areia e
desmoronou.
Dor dilacerante.
Humilhação.
Todo tipo de sentimento ruim o toma depois
disso.
Inclusive tirar sua própria vida.
Não, ela não merece que você sofra por ela,
ela não merece seu tormento, suas lágrimas. Essa é
sua razão dizendo, mas seu coração está preso em
uma gaiola e mesmo que ele queira se ver liberto,
sofre horrivelmente.
Concluindo a história: Esse homem se torna
mais frio, mas ao mesmo tempo não consegue
amenizar sua dor. Ele a ama, sua mente é viciada
em pensar nela, seu coração bate por ela. Como
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Aysha
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pensa!
O tempo funcionará para nos afastar ou nos
unir. Zair é tão imprevisível que não sei como isso
será trabalhado em seu coração.
Limpo algumas lágrimas quando me vem a
esperança que ele sinta a minha falta, pois com
certeza eu sentirei falta dele....
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Capítulo 13
Aysha
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Zair
situação.
Agora me pergunto se errei ao manda-la
para longe. E pensar que tenho ainda um mês e
meio pela frente até tudo se resolva aqui. Eu
construí uma teia e fiquei preso nela.
Enchi-me de trabalho, armei tudo para me
prender aqui, com medo de sucumbir à força
atrativa que Aysha tem sobre mim. Com medo de
ser fraco, de lagar tudo e ir atrás dela.
Prometi ao Sheik Al Koul que adiantaria as
instalações das máquinas em todos os poços de
captação. Até os produtos químicos que usamos, eu
me responsabilizei em procurar um fornecedor
melhor. Ele agora está contando com isso. Os
cifrões brilharam em seus olhos.
O ser humano é insaciável quando se pensa
em dinheiro, quanto mais tem, mais quer.
Conclusão: Estou preso ao trabalho e não
posso voltar atrás.
Allah! Sabe como eu me sinto, agora?
Preso na minha própria armadilha.
Subestimei meus sentimentos, achando que
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Aysha
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Capítulo 14
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Aysha
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ficar em Catar.
Ele é muito bom nisso! Ótimo com as
palavras, conta uma mentira como se fosse
verdade! E eu estou ficando mestre em distorcer as
verdades também. Estou aprendendo muito com
ele. Penso entortando meus lábios e meu nariz.
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Capítulo 15
Zair
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É um exercício de poder.
Quero Aysha.
Deixo Aysha.
Estou agora na sala com meu pai, acabei de
chegar. Estou agitado, e não gosto disso. Ver Aysha
sempre me deixa assim. Não estou me sentindo o
cara controlado agora.
Escuto o choro de Samira, me volto devagar
e meus olhos dão na figura de Aysha parada na
entrada da sala. Meu coração dispara de um jeito
que eu não gosto. Encantado passo os olhos por sua
figurinha sedutora com aquele vestido de algodão
branco, molhado em alguns pontos. Isso indica que
ela estava na piscina.
Aperto minhas mãos no corpo quando uma
onda de puro desejo me percorre por inteiro.
Congelo meu semblante, quando constato o quanto
ela ainda me afeta.
Allah! Eu estava tão bem. Mas que merda!
Não gosto dessa intensidade de sentimentos. Allah!
E eu que pensei que isso tivesse melhorado dentro
de mim!
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Aysha
momento.
—Lindo, obrigada. Muito atenciosos de sua
parte. —Digo, usando de educada ironia.
Ele retira a caixa das minhas mãos e as
coloca sobre o criado mudo. Vem na minha
direção.
—Bem, acho melhor você descansar da
viagem. —Digo, tentando sair do quarto.
Ele me intercepta e me envolve em seus
braços.
—Não estou cansado.
Sinto um ligeiro rubor espalhando nas
minhas faces, e entreabro os lábios com a
respiração agitada. Num gesto involuntário,
umedeço meus lábios, e toda a minha lógica vai
para o espaço sideral quando esses olhos negros
estão sobre eles.
Ofego.
Zair abaixa a cabeça subitamente e tenta
apossar-se dos meus lábios. Eu instantaneamente
viro meu rosto e lhe dou minha face. Ele para
ofegante.
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Zair
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pensando.
Meu pai estreita os olhos.
—O que você quer dizer com isso?
—Ela vivia se insinuando para mim quando
Amina estava viva. E depois que ela morreu nós
transamos. É esse tipo de mulher que quer como
minha esposa? E mais, ela não era virgem.
—Você nunca me disse isso! —Ele me olha
furioso. —Como você transou com ela se estava em
luto? Não caio nessa! Você está falando isso só
porque não quer esse acordo!
—Não, pai. Eu estava revoltado com a vida
e dei a ela o que tanto ela pedia. —Digo o
encarando nos olhos, sem piscar. Revelando toda a
minha verdade.
—Allah! —Ele me olha abismado. —Isso
muda as coisas, então.
Eu me aproximo dele.
—Pai, tenha paciência. Eu e Aysha temos
muito tempo pela frente agora. Logo ela estará
grávida, o senhor vai ver. Se nos pressionar com
essa atitude, pode afetar Aysha psicologicamente. E
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Aysha
cuidadosa.
—Não precisa fazer essa cara mãe, está
tudo bem.
—Que bom. Seu pai está muito ansioso.
Saiba que eu desaprovo essa atitude dele. Aysha.
Não se preocupe, tenho certeza que logo teremos
um garotão, um herdeiro na família.
Se eu estivesse bem com Zair as falas dela
não me incomodariam tanto.
—Foi o que eu disse a ela. —Zair diz com
um sorriso olhando para mim. Ele então fita Zafira.
— E mamãe, diga ao baba que preciso falar com
ele. Quero que a senhora participe da conversa
Ela olha para nós dois, desconfiada.
—Tudo bem, eu digo. Algo importante?
—Sim, mas eu explico depois.
Ela observa Zair, tentando adivinhar o que
é, então sorri.
—Tudo bem, vou deixá-los às sós.
Eu encaro esse homem que está acostumado
a ser o centro das atenções, tudo sai sempre de
acordo com sua vontade. Bonito, riquíssimo,
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Capítulo 16
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Zair
Aysha
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ofegante.
—Desculpe-me, Zair, mas estou com dor de
cabeça.
Ele para e me olha, então ri amargo.
—Essa é uma desculpa clássica que as
mulheres inventam para não transar.
—Pelo jeito você é bem entendido nesse
assunto... —Mal acabei de dizer as palavras eu me
arrependo. Seu rosto se torna duro como uma
pedra. Eu desvio meus olhos dos dele e começo a ir
em direção ao banheiro. De repente, ele me segura
e isso me força a olhar para ele. Encaro seus olhos
tempestuosos sobre os meus.
—Eu não vivi isso, ela não me negava sexo.
Até nisso ela foi perfeita em sua encenação de
mulher apaixonada. Não fale o que você não sabe.
—Meu estômago revira com suas falas. No seu tom
de voz ele tem muitas palavras encobertas, e isso
deixa em mim uma ponta de curiosidade, descobrir
como foi essa relação entre eles. Mas
imediatamente tiro isso da cabeça.
Ele não irá me dizer. E a revolta nos olhos
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tudo?
Não!
Não se iluda!
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Capítulo 17
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vocês?
—Sim, claro.
Ele sorri.
—Eu vou.
Estremeço com suas falas.
—Que bom! —Digo séria, contendo minha
animação.
Ele me olha por um tempo.
—Bem, vou procurar um short de banho,
então.
—Ótimo. —Digo, contendo minha risada.
Quando ele sai começa a dançar como uma
louca. Ele vai na piscina! Ele vai na piscina!
Passos.
Eu paro de dançar. Zair surge bem na hora.
Olho para ele com cara de paisagem.
—Pensei de tomarmos café lá também.
—Um piquenique!
Ele sorri.
—Piquenique?
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nossa mesa.
O dia está lindo, está calor. O céu sem
nuvens. A piscina brilha convidativa me chamando
para entrar. Dou um sorriso quando vejo Samira
batendo as perninhas na água, com seu maio retrô
dos anos 60, preto com bolinhas brancas e um
babadinho nas pernas. Chapeuzinho branco. Um
charme.
—Você gosta muito dela, mesmo. —Ouço
Zair me dizer.
Eu procuro seus olhos.
—Sim, como se fosse minha. Ela é um
encanto de menina. Muito sorridente.
Ele assente e fica olhando Samira por um
tempo. Então procura meus olhos.
—Sabe nadar?
—Não.
Ele estende a mão.
—Vem, eu te ensino!
Como?
Sério isso? Pergunto-me, ainda não
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em mim?
Eu sorrio para ele.
—Sim, acho que confio em você. —Digo
com um meio sorriso.
—Confia ou não confia? Não existe meio
termo.
Oh! Isso se aplica a você, pois você não
confia em mim. Mas em calo e não digo o que
pensei, não quero estragar o momento, então
apenas digo:
—Confio.
—Ótimo, então largue o corpo como se
tivesse desmaiado. Não se preocupe que eu vou te
segurar.
Estremeço com medo de afundar. Aos
poucos tento me deitar, mas o temor de engolir
água é grande e falho.
—Vamos fazer o seguinte. Vem aqui.
Ele me puxa ao seu encontro, eu me arrepio
com o calor de suas mãos no meu braço. Ele então,
me faz ficar de costas para ele.
—Agora tente novamente, eu vou te
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Aysha
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Capítulo 18
Um ano de casados...
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Dia seguinte...
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Eu sorrio e o abraço....
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Epílogo
Zair
O EGÍPCIO
MUNDO ÁRABE
O Egípcio sedutor...
A linda inglesa...
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avassaladora.
Hassan tem uma vingança a cumprir.
Karina sua honra a defender. Ela não quer
ser mais uma na cama dele.
Hassan, com quarenta anos, nunca se ligou
a ninguém. Fora isso, a diferença cultural é muito
grande e tem mais um agravante, ele é quinze anos
mais velho que ela.
Muitas coisas os separam, mas Hassan não
pensa assim, ele a quer em sua cama.
E ele faz isso, com muito charme e sedução
a conquista, só que ele não imaginava ser
conquistado também.
E agora, ainda que seu racional diga para se
manterem afastados, ele está preso a Karina com
algemas do amor.
Com o passar do tempo Karina descobre
que Hassan na verdade é um homem marcado pela
dor, e por isso sempre se esquivou do amor.
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