Você está na página 1de 8

10/05/2022 17:42 ConJur - Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade digital

Boletim de notícias ConJur: cadastre-se e receba gratuitamente. Login

Apoio
Capa
Seções
Colunistas
Blogs
Anuários
Anuncie
Apoio cultural

TV ConJur
Loja
Boletim Juridico
Web Stories
Estúdio ConJur

CONHEÇA

GARANTIAS DO CONSUMO

Metaverso e vulnerabilidade digital


24 de novembro de 2021, 8h00 Imprimir Enviar

Por Guilherme Mucelin

Possua propriedades virtuais

 Ouvir: Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade dig 0:00


mapeadas ao mundo real.

Construa, negocie, venda por $$$.


Upland Upland
Abrir
Você no Metaverso NFT

Vive-se, contemporaneamente, uma quarta revolução: não só aquela ligada às


novas tecnologias, aos potenciais mercadológicos e industriais disruptivos e à
economia em geral — que já não são mais novidade —, mas, especialmente,
uma que retrata nosso entendimento enquanto pessoa ambientada nesse novo
mundo que se forma. Comecemos pelo último. LEIA TAMBÉM
Desde o surgimento da internet, mais GARANTIAS DO CONSUMO

utilizada como ferramenta para Inversão do ônus da prova como


comunicação, o seu conceito e suas regra de instrução público
finalidades evoluíram. Ciberespaço ganhou
GARANTIAS DO CONSUMO
cor e forma, posto que colonizamos o
O dano moral e a superação da tese
ambiente virtual, notadamente com nossas
do 'mero aborrecimento'
conexões e redes sociais, trabalho,
relacionamentos afetivos, consumo, GARANTIAS DO CONSUMO
exercícios etc. — para qualquer coisa, A disrupção da Lei do
haverá um app disposto a te ajudar em cada tarefa diária, do amanhecer ao Superendividamento e os novos
monitoramento do sono... Claro, pagando um pequeno preço ou, se "gratuito", paradigmas
fornecendo uma imensa gama de dados de diversas naturezas que será utilizada
GARANTIAS DO CONSUMO
para as mais variadas finalidades (e que nem sempre são especificadas).
Proposta de regulamentação do CDC
Mas, hoje, apesar de improvável, ainda temos a opção de estar fora do por decreto presidencial
ciberespaço, mesmo que seja difícil conceber uma vida totalmente deslogada
— a pandemia, nesse sentido, catalisou processos da transformação digital —, Facebook Twitter
já que estar online é condição, nos lembrou o Supremo Tribunal Federal no
Linkedin RSS
https://www.conjur.com.br/2021-nov-24/garantias-consumo-consideracoes-metaverso-vulnerabilidade-digital 1/8
10/05/2022 17:42 ConJur - Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade digital

famoso caso do IBGE, para a completa fruição da vida em sociedade e para o


gozo de direitos fundamentais.

E isso, afirma Hoffman-Riem [1], dá causa ao entrelaçamento entre as áreas


online e offline, em que as tecnologias penetram no espaço físico da sociedade.
O autor traz como exemplo a internet das coisas, em que haverá a conexão e
comunicação digitalizada de tudo e de todos, demarcando a onipresença do
digital. Podemos perceber que o digital, aqui, se espalha pela sociedade.

Caminho de sentido inverso também pode ser percebido: a sociedade se


espalha (ou se espelha) pelo digital. O metaverso (e congêneres) é um bom
exemplo: com experiências imersíveis, realidade aumentada, realidade virtual,
hologramas e o que mais vier, a sociedade, de certa forma, completará sua
migração fundamentalmente para o ambiente digital. É uma via de mão dupla:
a sociedade se digitaliza e o digital se socializa, até que o ambiente simbiótico
[2] (fusão do analógico e digital) esteja totalmente integrado.

Tudo isso, agregado à progressiva invisibilidade de interfaces tecnológicas, faz


que as fronteiras entre o aqui (analógico) e o lá (digital), entre o corpo MBA USP em IA e
(carbono) e o perfil individual (bits), se esmaeçam (não é justamente essa uma
das propostas do metaverso?) até estarem fadadas ao desaparecimento, pelo BigData
menos em termos de efeitos, inclusive jurídicos, nas esferas individuais.

Isso significa, como nos ensina Floridi [3], que as tecnologias de comunicação
MBA Em IA E BigData Do
e de informação moldam nossa visão de mundo e tornam nossas experiências
ICMC - USP
informacionais, de modo que passamos a "viver" na infosfera, a qual "denota
todo o ambiente informativo constituído por todas as entidades MBA IA e BigData USP
informacionais, suas propriedades, interações, processos e relações mútuas
(...) e que também inclui espaços informacionais offline e analógicos".

Falar em infosfera é falar em realidade interpretada em termos informacionais,


posto que se equivalem — afinal, este texto, as suas ações na internet e no
Abrir
smartphone, os softwares e apps... Não são todos códigos computacionais? O
que é real é informacional e o que é informacional é real, nos ensina Floridi, e
todos nós nos tornamos read/write e nossas ações/decisões lembram mais um
"executar" de um programa de computador. Não veremos mais o mundo pela
tela, mas faremos parte dessa tela e deslogar será mais uma punição que uma
opção (exemplo atual são as decisões automatizadas que excluem um
consumidor/prestador de serviços de determinada plataforma).

A visão externa do mundo, ou nosso entendimento sobre ele, quando muda,


também tem a potencialidade de mudar nossas concepções internas,
modificando a consciência de quem somos — e aqui entram as três revoluções
predecessoras à quarta que mencionei no início.

Em um primeiro momento, Copérnico foi o responsável pelo início de uma


revolução ao estabelecer a cosmologia heliocêntrica, tirando a Terra do centro
do universo e fazendo-nos reconsiderar nossa condição humana (e que rendeu
à ciência do Direito, tempos depois, uma verdadeira virada). Contudo,
mantivemos a crença de nossa centralidade na Terra. Coube a Darwin a outra
(r)evolução: todas as espécies de vida evoluíram a partir de ancestrais comuns

https://www.conjur.com.br/2021-nov-24/garantias-consumo-consideracoes-metaverso-vulnerabilidade-digital 2/8
10/05/2022 17:42 ConJur - Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade digital

por meio da seleção natural, o que nos fez perder o senso de primordialidade
do reino biológico.

Na terceira revolução, muito embora não mais estivéssemos no centro do


universo ou do reino animal, ainda éramos a espécie no comando de nossos
pensamentos, centralizando-nos na percepção de mundo através da mente.
Penso, logo existo, famosa frase de Descartes, é interpretada por Floridi [4]
como "nosso lugar especial no universo teve que ser identificado não
astronômica ou biologicamente, mas mentalmente, com nossa capacidade de
autorreflexão consciente, totalmente transparente e com controle de si
mesma". Foi Freud que acabou com essa ilusão cartesiana, nos deslocando,
mais uma vez, de nossa centralidade.

Então, o que nos tornaria únicos seria a inteligência, a lógica, o processamento


de informações. No entanto, essa concepção também é desafiada pelas novas
tecnologias, especialmente considerando a inteligência artificial, parte da
quarta revolução no entendimento de nós mesmos. Floridi, nesse sentido,
sustenta que não somos os únicos que habitam os ambientes informacionais,
mas, sim, somos parte de um ecossistema (infosfera) compartilhado com
outros agentes informacionais, naturais e artificiais — logo, também não temos
centralidade nos ambientes digitais. O que significa, então, sermos humanos?

Não é que nos tornaremos ciborgues ou que a tecnologia se incorporará sob


quaisquer condições — apesar de que muitas de nossas "tipicidades" são
transferidas para aparatos tecnológicos que, ao mesmo tempo, aumentam nossa
dependência em relação a eles. O que está em pauta, em verdade, é que a
tecnologia está modificando e criando os ambientes em que vivemos,
superando-nos em diversos aspectos (inclusive em termos de inteligência) —
não é a transformação, a bem dizer, de nossos corpos físicos, mas a nossa
compreensão enquanto organismos informacionais que são afetados por outros
agentes que operam no ambiente digital — com consequências jurídicas!

Esse entendimento, podemos cogitar, é um bom start para (re)pensarmos a


proteção das pessoas, compreendidas também pelo viés informacional. Em
princípio, tudo isso pode parecer abstrato demais e desligado do Direito.
Porém não o é... Daqui já se podem retirar inúmeras reflexões: identidade e
personalidade, autonomia, crimes, propriedades e, mais geral, a própria noção
de um ordenamento privado digital, a configuração de direitos fundamentais
nas big techs (não é a infosfera um serviço prestado por privados?) e a possível
proliferação da proceduralização do Direito (como no caso da lei alemã das
fake news ou de um devido processo informacional [5]).

Uma das intenções do metaverso é que se viva também (ou talvez


principalmente) por meio de avatares — a construção do nosso "eu" por meio
de dados (pessoais, sensíveis, não pessoais, pessoalizáveis) e metadados
captados, fornecidos, cedidos, comprados — possivelmente até mesmo
padrões neuronais serão captados, conforme Zuckerberg. Nem precisamos ir
tão longe no futuro. Parte desse processo já iniciou e talvez nem tenhamos
percebido propriamente: a criação de perfis hiperpersonalizados por decisões
automatizadas e técnicas de inteligência artificial já é uma realidade. Inclusive,

https://www.conjur.com.br/2021-nov-24/garantias-consumo-consideracoes-metaverso-vulnerabilidade-digital 3/8
10/05/2022 17:42 ConJur - Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade digital

a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais traz em seu artigo 20, sobre perfis,
o direito à revisão e, potencialmente, à explicação.

Por meio da perfilização, é possível construir um sósia/uma extensão da pessoa


em ambiente digital (ou avatar), o qual carrega consigo atributos
personalíssimos, identificados nem sempre por dados cujos atributos sejam
diretamente reconhecíveis [6], mas por proxies. Por exemplo: uma pessoa pode
ser classificada como portadora de determinada doença não pelo acesso da
plataforma a algum exame médico, mas pela pesquisa feita pela pessoa na
internet sobre remédios específicos ou mesmo pelo histórico de compras de
farmácia.

Essas informações podem servir para inúmeras finalidades, boas e ruins: desde
marketing, como recomendar remédios novos ou especialistas perto da área
onde se reside; passando por aspectos políticos para incentivar polarizações
(candidato de determinada posição política é contra políticas públicas de saúde
e o outro é a favor); até a análise da conveniência, por parte dos fornecedores,
no estabelecimento de relações de consumo e de suas estipulações, como
precificações injustificadamente diferenciadas ou discriminatórias ou o assédio
ao consumo, ou mesmo por parte dos empregadores no estabelecimento de
relações de emprego, de modo a obstaculizar o acesso ao mercado de trabalho.

Vulnerabilidades são, em última instância, se abusivamente aproveitadas e não


proativamente tuteladas, obstáculos ao pleno desenvolvimento do indivíduo
em diversas esferas que não só o consumo.

Além das vulnerabilidades "tradicionais" identificadas em Direito do


Consumidor (técnica, jurídica/científica, fática, informacional), as quais
entendo serem perfeitamente possíveis de serem transpostas ao ambiente
digital (processo de codificação de vulnerabilidades), outras potencialmente
são identificadas como sendo típica ou prioritariamente desse ambiente, tanto
no que concerne à pessoa (perfil) ou a uma situação específica, quanto a
estruturas e outros fatores gerais que determinam uma assimetria entre as
partes [7], como a tremenda opacidade pelas quais operam os algoritmos.

Para Micklitz e colaboradores[8], "vulnerabilidade digital descreve um estado


universal de impotência e suscetibilidade a (exploração de) desequilíbrios de
poder que são o resultado da crescente automação do comércio, das relações
consumidor-vendedor informadas e da própria arquitetura dos mercados
digitais".

Prosseguem afirmando que "as empresas contemporâneas não se limitam a


identificar e a visar vulnerabilidades claramente observáveis e já presentes",
de modo que "a verdadeira vantagem competitiva reside na capacidade de
identificar e direcionar as circunstâncias pessoais e características que
tornam uma pessoa vulnerável (...) mas que ainda não resultaram em
vulnerabilidades reais e ocorrentes".

Gaming é outra característica celebrada do metaverso e, como já tivemos a


oportunidade de defender [9], a gamificação de todos os aspectos da vida pode
ser relacionada à vulnerabilidade digital neuropsicológica e às vulnerabilidades
transpostas por meio de perfis. Atributos tão "pequenos", pessoais e
https://www.conjur.com.br/2021-nov-24/garantias-consumo-consideracoes-metaverso-vulnerabilidade-digital 4/8
10/05/2022 17:42 ConJur - Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade digital

aparentemente irrelevantes estão sendo utilizados amplamente para finalidades


também amplificadoras, já que a nossa transposição a avatares/perfis carregam
consigo vulnerabilidades que, às vezes, nem as pessoas "titulares" da
vulnerabilidade conseguem identificar.

Mas as big tech conseguem — e, mais do que isso, as utilizam como ativo
comercial e/ou as mercantilizam [10] com um consentimento aparente,
juridicamente possível nos termos e condições de uso (e políticas de
privacidade e políticas de coleta de dados etc.) que, quando lidas, nem sempre
são esclarecedoras ou compreendidas (uma prolixidade planejada) e escondem
tudo isso no "utilizamos seus dados para melhorar nossos serviços" e "seus
dados são cedidos a terceiros".

Que serviços? Que terceiros?

Vulnerabilidades estão sendo expostas, criadas e manipuladas por quem tem o


poder de direção do mundo digital. Assim como a minha privacidade é a sua
privacidade, a minha vulnerabilidade poderá ser a sua.

É tempo de escrever esse capítulo na dogmática jurídica, resgatar o princípio


da vulnerabilidade para além do consumo [11] — para contribuir, de modo
dinâmico e com plasticidade, aos desafios que enfrentaremos, enquanto seres
informacionais, no desenrolar tecnológico, a fim de oportunizar a
harmonização de interesses da sociedade, sem esquecer dos valores fundantes
constitucionalmente protegidos.

[1] HOFFMANN-RIEM, Wolfgang. Teoria geral do direito digital:


transformação digital, desafios para o Direito. Rio de Janeiro: Forense, 2021.

[2] Expressão originária do ministro do STJ Herman Benjamin (veja: REsp


1721669/SP, relator ministro HERMAN BENJAMIN, 2ª Turma, julgado em
17/04/2018, DJe 23/05/2018).

[3] FLORIDI, Luciano. The fourth revolution: how the infosphere is reshaping
human reality. Oxford: Oxford University Press, 2014. p. 40-41.

[4] FLORIDI, Luciano. p. 89.

[5] Sobre esses temas e outros correlacionados, veja obra fundamental:


ABBOUD, Georges; NERY JÚNIOR, Nelson; CAMPOS, Ricardo. Fake news
e regulação. São Paulo: RT, 2022.

[6] MARQUES, Claudia Lima; MUCELIN, Guilherme. Inteligência artificial e


"opacidade" no consumo: a necessária revalorização da transparência para a
proteção do consumidor. In: TEPEDINO, Gustavo; SILVA, Rodrigo da Guia.
O Direito Civil na Era da Inteligência Artificial. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2020. p. 411-439.

[7] MIRAGEM, Bruno. Princípio da vulnerabilidade: perspectiva atual e


funções no direito do consumidor contemporâneo. In: _____; MARQUES,
Claudia; MAGALHÃES, Lúcia Ancona. Direito do Consumidor: 30 anos do

https://www.conjur.com.br/2021-nov-24/garantias-consumo-consideracoes-metaverso-vulnerabilidade-digital 5/8
10/05/2022 17:42 ConJur - Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade digital

CDC — da consolidação como direito fundamental aos atuais desafios da


sociedade. Rio de Janeiro: Forense, 2020. p. 243-271.

[8] MICKLITZ, Hans-W.; HELBERGER, Natali; STRYCHARZ, Joanna et al.


EU consumer protection 2.0: Structural asymmetries in digital consumer
markets. Bruxelas: BEUC, mar. 2021.

[9] MUCELIN, Guilherme; STOCKER, Leonardo. Relações trabalhistas ou


não trabalhistas na economia do compartilhamento. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2021.

[10] As vulnerabilidades codificadas e as tipicamente digitais são, em si, um


"valor" latente. Seu uso, sua destinação é que poderá decretar potencialmente
uma abusividade e desequilíbrios nas relações. Nesse sentido, aqui cabe uma
consideração feita pelo professor Guilherme Magalhães Martins: "Observe-se
que a informação em si não tem valor significativo, mas sim o que se pode
fazer com ela, viabilizando uma série de condutas, como o marketing direto, ou
a determinação de um perfil do usuário sem que esse saiba, de modo que a
obtenção de lucro é inevitável diante da utilização das informações"
(MARTINS, Guilherme Magalhães. a Lei Geral de Proteção De Dados
Pessoais (Lei 13.709/2018) e a sua principiologia. Revista dos Tribunais, São
Paulo, v. 1027, maio 2021, p. 203-243).

[11] BIONI, Bruno Ricardo. Proteção de Dados Pessoais: a função e os limites


do consentimento. Rio de Janeiro: Forense, 2021.

00:00/00:00 conjur

Topo da página Imprimir Enviar

Guilherme Mucelin é doutorando, mestre em Direito e especialista em Direito do Consumidor


e Direitos Fundamentais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
especialista em Direito do Consumidor pela Universidade de Coimbra e em Direito
Comparado e Europeu dos Contratos e do Consumo pela Université de Savoie Mont
Blanc/UFRGS.

Revista Consultor Jurídico, 24 de novembro de 2021, 8h00

https://www.conjur.com.br/2021-nov-24/garantias-consumo-consideracoes-metaverso-vulnerabilidade-digital 6/8
10/05/2022 17:42 ConJur - Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade digital

Esteja sempre bem informado. Assine o Boletim Jurídico ConJur.

COMENTÁRIOS DE LEITORES
2 comentários

TEXTO INTERESSANTÍSSIMO
Flávio Ramos (Advogado Sócio de Escritório - Empresarial)

26 de novembro de 2021, 18h03

Cumprimento o autor pelo texto fluido, interessante e fundamentado.

Percebo que o objetivo maior foi o de expor o quadro geral, mas os parágrafos
finais, sobre preservação dos vulneráveis, deixaram-me na dúvida se o texto
sugeriria também algum tipo de responsabilização por dano presumido. Em
princípio, os hegemônicos do mundo virtual têm seus limites nas normas legais,
como a LGPD, não é mesmo? Suas atividades dentro deles não podem ser
contestadas a partir de alegações de instrumentalização por parte dos usuários
pessoas física.

APLAUSOS PARA O DR. GUILHERME MUCELIN !!!


Rejane G. Amarante (Advogado Autônomo - Criminal)

24 de novembro de 2021, 9h07

Artigo magnífico.

Há poucos dias, vi um vídeo de uma sessão no Parlamento Europeu, na qual um


deputado, indignado com a falta de transparência do Parlamento e da própria União
Europeia, disse a seguinte frase : quando o governo [atualmente, políticos e
corporações transnacionais que os dominam] sabe tudo sobre você, isso é tirania;
quando você sabe tudo sobre o governo, isso é democracia. Foi um deputado
romeno que disse isso e frisou que sabe muito bem o que é viver sob uma tirania.

Comentários encerrados em 02/12/2021.

A seção de comentários de cada texto é encerrada 7 dias após a data da sua publicação.

RECOMENDADO PARA VOCÊ Links patrocinados por taboola

Como esvaziar seu intestino todas as manhãs?


Doutor Nature

Só este mês: câmera Wi-Fi e sem fio com 40% de desconto


Verisure

Queima de estoque: Tênis Lacoste com desconto imperdível


Achei Oferta

Como você enfrentaria um cenário de Terceira Guerra Mundial? Esse jogo


simula conflitos geopolíticos
Conflict of Nations

https://www.conjur.com.br/2021-nov-24/garantias-consumo-consideracoes-metaverso-vulnerabilidade-digital 7/8
10/05/2022 17:42 ConJur - Considerações sobre metaverso e vulnerabilidade digital

MBA USP em IA e BigData


MBA Em IA E BigData Do ICMC - USP Abrir
MBA IA e BigData USP

ÁREAS DO DIREITO
Administrativo
Ambiental
Comercial
Consumidor
Criminal
Eleitoral
Empresarial
Família
Financeiro
Imprensa
Internacional
Leis
Previdência
Propriedade Intelectual
Responsabilidade Civil
Tecnologia
Trabalhista
Tributário

COMUNIDADES
Advocacia
Escritórios
Judiciário
Ministério Público
Polícia
Política

CONJUR SEÇÕES ESPECIAIS REDES SOCIAIS


Quem somos Notícias Eleições 2020 Facebook
Equipe Artigos Especial 20 anos Twitter
Fale conosco Colunas Linkedin
PRODUTOS
Entrevistas RSS
PUBLICIDADE Livraria
Blogs
Anuncie no site Anuários
Estúdio ConJur
Anuncie nos Anuários Boletim Jurídico

Consultor Jurídico
ISSN 1809-2829
www.conjur.com.br
Política de uso
Reprodução de notícias

https://www.conjur.com.br/2021-nov-24/garantias-consumo-consideracoes-metaverso-vulnerabilidade-digital 8/8

Você também pode gostar