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INTEGRAÇÃO SENSORIAL

Pela motricidade a criança exprime suas necessidades neurovegetativas de bem-estar ou


de mal-estar que contém em si uma dimensão afetiva e interativa que se traduz em uma
comunicação somática, não-verba muito complexa.
Com base em uma integração sensorial interoceptiva centrada na ação de centros da vida
vegetativa, que subentendem mecanismos filogenéticos de sobrevivência (circulação, respiração,
sono, conforto, segurança, entre outros e que prefiguram a memória da espécie humana o bebê
mantem-se durante os primeiros meses com um motricidade visceral extremamente
aperfeiçoada.
A integração sensorial exteroceptiva, diferentemente das anteriores, porque agora se
projeta na exploração da descoberta e no conhecimento do mundo exterior e não do mundo
interior do eu corporal, centra-se nos telerreceptores visuais e auditivos, embora ainda de
forma incipiente, permitindo que os deslocamentos locomotores, do corpo no espaço, e os
deslocamentos preensores da mão com os objetos proporcionem à criança uma nova concepção
de si mesma e da realidade.
Dessa maneira, é perceptível que com a integração sensorial o individuo com autismo
permite o reconhecimento espacial dos objetos, proporcionando-lhe o desenvolvimento de uma
inteligência prática e uma inteligência das situações, uma verdadeira inteligência cenestésica e
corporal.
A identificação e imitação produzidas com o corpo e a motricidade da criança, iniciam o
processo projetivo da socialização por meio de instrumentos psicomotores e não meramente
motores, a criança integra os modelos sociais que se exibem no seu envolvimento
contextualizado. Ao imitar os modelos sociais a criança incubando-os corporalmente e
construindo imagens mentais contextualizadas, recria-os, modifica-os através de
interiorizações, de elaborações e exteriorizações sensório-motoras.
Inúmeros são os benefícios da integração sensorial ao universo do individuo com
autismo, embora não esteja acessível a todos os indivíduos diagnosticados com autismo, o que
consideramos um erro gravíssimo. Acreditamos que todos o indivíduos com autismo deveriam
ter acesso a todas as terapias que lhes proporcionassem uma melhor qualidade de vida, bem
como o seu desenvolvimento pleno.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FONSECA. Vitor da. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Porto Alegre, Artmed, 2008

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