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SDE0915 – DESENVOLVIMENTO INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Aula 14: PSICOMOTRICIDADE: Definições conceituais


Desenvolvimento da infância e adolescência
Conteúdo desta Aula

1. Definições;
2. Principais conceitos.

AULA 14: PSICOMOTRICIDADE: Definições conceituais


Desenvolvimento da infância e adolescência

Área do conhecimento que visa destacar a


relação existente entre a motricidade, a mente
e a afetividade e facilitar a abordagem global da
criança por meio de uma técnica.
(De Meur e Staes)

Concepção psicopedagógica do movimento


humano. (Vitor Fonseca)

É a educação do movimento com atuação sobre


o intelecto, em uma relação entre pensamento e
ação, englobando funções neurofisiológicas e
psíquicas. (José Coelho)

Prática que tem como eixo central o movimento


e o corpo de um sujeito desejante.
(Levin e Steban)

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Estudos psicológicos do desenvolvimento


humano demonstraram a importância do uso do
corpo no desenvolvimento cognitivo da criança.

A partir de então a relação entre corpo e mente


vem sendo alvo de inúmeros estudos e
indagações.

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Desenvolvimento da infância e adolescência

No século XX, a Psicomotricidade se estabelece


como ciência independente.

Vários estudiosos contribuíram para a visão


atual da Psicomotricidade. Os trabalhos de
Wallon, Gesel, Ajuriaguerra e Piaget, são citados
nos estudos da educação psicomotora:

Wallon ressaltou a relação entre o afeto e a


emoção no desenvolvimento psicomotor.

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Piaget destacou a relação evolutiva da


motricidade com a formação do pensamento
cognitivo.

Ajuriaguerra vem contemplar a questão corporal


em sua relação com o meio ambiente, mais
especialmente no que diz respeito à
conscientização da criança em relação ao seu
próprio corpo.

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Práticas fundamentadas nas concepções


psicomotoras existentes tendem a considerar
que os determinantes biológicos e culturais da
criança contribuem dialeticamente na
construção do corpo (motor), da mente
(pensamento e inteligência) e da afetividade
(emoção) .

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Aspectos a serem evidenciados na educação


psicomotora:

1. A formação do EU – desenvolvimento
do esquema corporal e dominância lateral;
2. Despertar a si próprio;
3. Acesso a noção de espaço;
4. Acesso a noção de tempo.

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ESQUEMA CORPORAL – É o conhecimento


intuitivo, imediato que a criança tem do seu
próprio corpo. É um elemento básico para a
formação da personalidade. É a representação
relativamente global, científica e diferenciada
que a criança tem de seu corpo e de gerar as
possibilidades de atuação sobre: as partes do
seu corpo, sobre o mundo exterior e sobre os
objetos que o cerca;

É a organização das sensações relativas ao seu


próprio corpo.

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O corpo é considerado a primeira forma de


linguagem, já que com ele, a criança introduz
sua comunicação com o meio. É a linguagem da
ação. (Le Boulch)

Desde os primeiros meses o bebê é


psicologicamente ativo e a maturação de suas
funções sensórios motoras dependem
amplamente dos estímulos oferecidos pelo
meio.

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A organização do Esquema Corporal se dá


através:

1. Da percepção e do controle do próprio


corpo, ou seja da interiorização das
sensações relativas a esta ou aquela parte
do corpo e a sensação do corpo como um
todo;

2. Um equilíbrio postural econômico;

3. Uma lateralidade bem definida.

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Coordenação óculo-motora

Tem como finalidade o domínio do campo


visual, associado a motricidade fina das mãos –
elementos básicos para o grafismo.

Em um gesto bem adaptado interferem os


seguintes fatores:

1. A independência ligada ao equilíbrio geral e a


independência muscular;

2. A possibilidade de repetir o mesmo gesto sem


perder a precisão;

3. A independência direita-esquerda.

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O bebê deve ser estimulado em todas as suas


capacidades sensoriais e motoras, respeitando-se
os limites que serão impostos pela própria
criança.

Fatores a serem estimulados na criança de 04 a


08 anos:

• Educação do esquema corporal;


• Consciência e controle do próprio corpo;
• Educação de uma atitude equilibrada e
econômica;
• Educação da respiração.

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Podemos considerar na Psicomotricidade os


seguintes transtornos:

1. Perturbações Motoras – Hipertividade;


2. Perturbações intelectuais;
3. Perturbações do esquema corporal;
4. Perturbações da lateralidade;
5. Perturbações Espaço-Temporal;
6. Perturbações do grafismo;
7. Perturbações Afetivas.

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A intervenção em Psicomotricidade pode-se


dividir em duas componentes:

1. Psicomotricidade Instrumental –
intervenção com maior fundamentação
de tipo cognitivo e neurológico, privilegia
a intervenção centrada nas situações
problemas. As situações devem ser
apresentadas em forma de jogo e de
forma a serem vividas como situações de
êxitos, estabelecendo uma relação de
confiança e motivação entre a criança e a
ação.

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Psicomotricidade Instrumental – O recurso à


demonstração deverá ser reduzido, evitando a
imitação, utilizando a mediação cognitiva, de
forma a favorecer os processos de análise,
integração e elaboração da informação,
promovendo as capacidades de reflexão,
invenção, expressão e transposição,
possibilitando a expressão criativa do indivíduo.

A verbalização deve ser explorada na antecipação


da experiência imediata à tomada de consciência.

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2. Psicomotricidade Relacional – Centra-se na


componente psicoafetiva e relacional, permite
como um “reviver regressivo da relação
primordial maternal num diálogo tônico-
emocional”.

Neste diálogo, por mediatização corporal a


comunicação é sobretudo não verbal, envolvendo
as “orientações corporais, as posturas, a distância
interpessoal, as mímicas, as gestualidade, a
respiração, a voz, a sincronia rítmica, o contato
corporal, o olhar, o odor,...”

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As sessões de reeducação são quase sempre


individuais por causa da importância do seu
aspecto relacional. Poderá entretanto ser
proposto uma reeducação em grupo quando se
atinge um nível satisfatório de estabilidade na
reeducação.

Os exercícios de concentração serão alternados


com exercícios menos absorventes, no decorrer
dos quais a linguagem e o movimento tornam-se
uma descontração.

O humor deve fazer parte de uma sessão, ajuda a


criança assumir suas dificuldades com otimismo.

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A entrevista de anamnese – É uma técnica de


investigação científica, um instrumento
fundamental do método clínico normalmente
utilizado quando se torna necessário enfocar a
história pregressa da criança (aluno), de uma
maneira sistemática e formal.

A anamnese constitui a própria história do


desenvolvimento, envolvendo a área familiar,
social, e cultural. Esta entrevista deve ser
realizada com a mãe da criança ou responsável
que conheça a história da criança.

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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?

Síndrome da adolescência Normal.

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