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CURSO DE LIBRAS

ATENDIMENTO AO PÚBLICO
Módulo I (Parte 1)

ACELIBRAS
2022
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO
Solimar Alencar

DIRETORA PEDAGÓGICA
Neide Alexandre

Porto Velho - Rondônia/2022


Prefácio

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE, 2010)


demonstram que há 9,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva no Brasil,
sendo que a grande maioria desta população de surdos se comunica por meio da
língua de sinais. Neste contexto, a acessibilidade linguística dos surdos é uma forma
de produção de ações afirmativas no sentido de poder contribuir para assegurar a
garantia de direitos em conformidade com princípios constitucionais de igualdade, de
liberdade, de dignidade e de justiça social, envolvendo como sujeitos uma enorme
fatia populacional do nosso País. A falta de políticas públicas voltadas para o povo
surdo, antes da legislação garantista que passou a ser implementada efetivamente a
partir deste século XXI, alcançando hoje milhares de pessoas matriculadas na
educação escolar, tem levado cada vez mais ao questionamento pela comunidade
surda, que reivindica e também cria alternativas de comunicação e de expressão
comunitárias, para assim assegurar os seus processos próprios de ensino e de
aprendizagem aos surdos, no ensino regular, o que, também, se trata de uma
exigência constitucional. Nesta perspectiva, é possível reconhecermos que a
educação de surdos passa necessariamente pelo respeito às diferenças e pelo
reconhecimento da paridade de direitos.
A iniciativa de criar e ofertar um curso que pondere as necessidades
existentes no cotidiano de quem trabalha com atendimento ao público, surgiu
juntamente com a parceria entre a Instituição Acelibras e o Ministério do Turismo.
Prontamente a proposta foi aceita e vista como mais um marco da Libras que é tão
essencial em todos os campos que envolvem atividades profissionais. Cada dia mais
a especialização/capacitação dos profissionais se faz necessária para suprir as
dificuldades encontradas mediante o atendimento à pessoa surda.
A Acelibras está sempre em busca da inovação e parcerias são bem-vindas a
todo momento, ainda mais no âmbito considerado seu “carro chefe” - Língua
Brasileira de Sinais, embora possua um leque de cursos que podem ser ofertados
nas modalidades presencial e EaD. A Instituição possui como lema: “Sempre é
tempo de Novas Conquistas”.
Apresentação
A Acelibras Cursos Profissionalizantes e Acessibilidade em Libras, é uma empresa
genuinamente rondoniense, atua na área de Formação e Desenvolvimento
Profissionalizante.

Criada em 10 de janeiro de 2017, atuando há cinco anos na qualificação de


profissionais para o mercado de trabalho, a instituição oferta cursos de formação inicial e
continuada, pós-graduação, preparatórios para Concursos Públicos e acessibilidade à
pessoa com deficiência. Toda a tradição de uma instituição comprometida com a formação
e desenvolvimento pessoal e profissional, aliada a qualidade dos serviços com a marca
ACELIBRAS.

É uma instituição inovadora, dinâmica e interdisciplinar, conectada às metodologias


ativas e as novas tendências para o mercado de trabalho, a Acelibras vem reinventando-se
para acompanhar as mudanças comportamentais e de aprendizado dos alunos. A empresa
disponibiliza mais de duzentos e cinquenta cursos em sua plataforma digital de
aprendizagem, acessível em todo o Brasil e conta com uma equipe de profissionais
altamente qualificados e visa oferecer uma nova forma de ensino.

Com a MISSÃO de Melhorar a vida das pessoas por meio de incentivos para o
desenvolvimento do conhecimento, das habilidades, dos talentos e das atitudes de seus
estudantes, para que atinjam a realização pessoal, profissional, e social, além da sua
preparação para o exercício pleno da cidadania.

Através da ampliação da oferta e acesso à formação profissional gratuita em todo o


Brasil, a ACELIBRAS tem como Responsabilidade Social a execução de programas e
projetos sociais em parcerias com Instituições Públicas e Privadas, já formou mais 14 mil
alunos em todo Brasil, fazendo com que ninguém deixe de estudar em virtude de carências
econômicas, assim disponibiliza de Projetos e Programas sociais, tais como: Acelibras
Qualifica, Projeto Café com Libras e Bioacessa.

VISÃO - Ser referência de qualidade de ensino, inclusão e atuação


acadêmico-científico-ambiental-cultural e regional.

VALORES - A ética como base das relações entre a IE e seus Docentes, Estudantes,
Colaboradores, Fornecedores e a Comunidade;

A justiça como instrumento balizador das decisões;

O comprometimento como dever na formação de profissionais capacitados que


venham a contribuir para o crescimento da nossa Região e do País;

O companheirismo como impulso para a construção de um ambiente fraterno e de


mútua cooperação;

A fé como princípio básico em suas ações.


Bons estudos!
SUMÁRIO

1. CONCEITOS: LIBRAS, SURDOS, SURDEZ E LEGISLAÇÃO 5


1.2 CONGRESSO DE MILÃO 10
1.3 MITOS EM TORNO DA LIBRAS E DOS SURDOS 11
1.3.1 Língua de Sinais é Língua ou Linguagem? 11
1.3.2 A Língua de Sinais é universal? 11
1.3.3 Há variação linguística na Língua de Sinais? 12
1.3.4 A Língua de Sinais é o Alfabeto Manual? 12
1.3.5 A língua dos surdos é mímica? 12
1.4 SURDEZ: VISÃO CULTURAL X VISÃO CLÍNICA 13
1.5 LEGISLAÇÃO 15
1.5.1 Lei de Libras 15
1.5.2 Decreto que Regulamenta a Lei de Libras 17
1.5.3 Lei de Acessibilidade 19
1.5.4 Lei Do Tradutor E Intérprete De Libras 20
1.5.5 Lei Brasileira de Inclusão. 21
1.5.6 Lei Ed. Bilíngue na LDB 22
1.5.7 Lei Dia do Surdo 23

2. ALFABETO MANUAL, NUMERAIS: CARDINAIS ou QUANTITATIVOS 24

3. CUMPRIMENTOS, SAUDAÇÕES E SINAL – NOME 27

4. FAMÍLIA, GÊNERO E CONDIÇÃO CIVIL / VERBOS SIMPLES 32

5. CORES E VESTIMENTAS 36

6. ADVÉRBIO DE TEMPO E CALENDÁRIO 40

7. NATUREZA E ANIMAIS 44

REFERÊNCIAS 52
1. CONCEITOS: LIBRAS, SURDOS, SURDEZ E LEGISLAÇÃO

Fonte: https://i.pinimg.com/originals/67/5d/9f/675d9fb84c863df2730d0391bf47eccf.jpg

Se buscarmos mais profundamente a trajetória dos surdos no mundo é


facilmente perceptível as dificuldades e preconceitos enfrentados por eles, na
antiguidade considerados aberrações pelo simples fato de serem considerados
diferentes dos tidos como “normais” (ouvintes), chegando a ocorrer comparações
com animais irracionais, pois na época o pensamento, a capacidade de raciocínio
estava ligado diretamente à fala. Já no Egito, os surdos eram considerados como
deuses e tinham o importante papel de intermediar a comunicação entre faraós e
deuses, sendo temidos e respeitados pela população.
Aproximadamente no fim da Idade Média, foi que as coisas começaram a
melhorar, surgindo pesquisas com o tema surdez. Os nobres passaram a se
interessar, pois em algumas dessas famílias haviam herdeiros surdos, portanto,
tornava-se cada vez mais importante entendê-los e integrá-los à sociedade, afinal,
não queriam que suas riquezas se perdessem. Além do interesse por parte das
igrejas, que desejavam prestar ‘caridade’, viabilizando a comunicação do surdo com
Deus.
Foi a partir do século XVI que surgiram as primeiras tentativas de educação
das pessoas surdas por intermédio de preceptores que trabalhavam com filhos da
nobreza e ricos comerciantes burgueses. Cardano (1501-1578), médico-filósofo,
derrubou o conceito de que o surdo não podia ser ensinado e
contradisse Aristóteles afirmando que surdez e inteligência são
distintas; que a surdez é mais uma barreira à aprendizagem do
que uma condição mental; que é possível compreender as
ideias sem falar ou ouvir; e que a leitura e escrita seriam as
verdadeiras formas de educar os surdos A partir do século XVI,
vários estudiosos começaram a desenvolver pesquisas em prol
da comunidade surda, um deles foi Cardano (1501-1576). Seu interesse surgiu, pois
seu filho era surdo. As pesquisas partiam da ideia de que a escrita representava
ideias e pensamentos, e não somente ideias faladas. Cardano era médico e filósofo,
acreditava que a surdez não era impedimento para a aprendizagem e que a escrita
era o melhor método de instrução aos surdos.
Outro que podemos citar foi o monge espanhol beneditino Pedro Ponce de
Leon (1510-1584), que ensinava surdos filhos de
famílias nobres a ler os lábios, a falar, a rezar e a
conhecer as doutrinas do Cristianismo. Ensinava os
surdos primogênitos das famílias nobres a falar para
que assim tivessem direito às suas heranças. Anos
depois ainda criou uma escola para professores
surdos, apesar disso não chegou a publicar nada em
vida e após a sua morte, sua metodologia caiu no
esquecimento, dado que, naquela época era tradição conservar os segredos quanto
às estratégias de educação de surdos.
Dando continuidade aos trabalhos de Ponce de Leon, logo que se descobriu
que a escrita não estava diretamente ligada ao fato de se ouvir
as palavras, o padre Espanhol Juan Pablo Bonet (1579-1633)
elaborou um alfabeto manual, este foi
criado com a ideia de que cada palavra
fosse substituído por um símbolo visual.
Seus métodos obtiveram tanto reconhecimento que o rei Henrique IV o concedeu o
título de “Marquês de Frenzo”. Juan Pablo Bonet publicou o primeiro livro sobre a
educação de surdos em que expunha o seu método oral, “Reducción de las letras y
arte para ensinar a hablar a los mudos” no ano de 1620 em Madrid, Espanha. Bonet
defendia também o ensino precoce de alfabeto manual aos surdos.

Fonte:
https://s3.amazonaws.com/s3.timetoast.com/public/uploads/photo/13720155/image/original-d5587e86
cc825ca644086a031cc605c2.png

Outro grande nome de peso na educação de surdos, trata-se do clérigo


francês Charles Michel de l’Épée (1712- 1789), que em 1755 com
recursos próprios criou a primeira escola pública, o Instituto
Nacional de Jovens Surdos-Mudos em Paris. Vindo de família de
posses, l’Épée se formou aos 17 anos em Teologia e mais viria a
estudar direito, tornando-se advogado aos 21 anos. Desenvolveu
um método próprio para ensinar as pessoas com deficiência
auditiva, utilizando um alfabeto manual que veio a chamar de
Língua de Sinais Francesa, desde pequeno já praticava o
alfabeto manual francês que teve influência em sua
predisposição futura. Sonhava em ser padre, porém devido algumas ideias
contrárias, seu desejo foi-lhe negado, conseguindo apenas o título de abade que o
concedia o direito apenas de exercer algumas atividades religiosas, como ser
conselheiro espiritual de famílias abastadas ou tutor de crianças, e assim voltou sua
vocação religiosa à caridade.
O método de L’Epée originou a palavra gestualismo, pois tal abordagem
usava a língua de sinais. Conforme citação de Lacerda (1998, p. 7), para L’Epée:

[...] a linguagem de sinais é concebida como a língua natural dos surdos e


como veículo adequado para desenvolver o pensamento e sua
comunicação. Para ele, o domínio de uma língua, oral ou gestual, é
concebido como um instrumento para o sucesso de seus objetivos e não
como um fim em si mesmo. Ele tinha clara a diferença entre linguagem e
fala e a necessidade de um desenvolvimento pleno de linguagem para o
desenvolvimento normal dos sujeitos.

Em Paris, a comunidade de pessoas surdas usava uma linguagem manual


comum, e De l’Épée começou a ensinar utilizando sinais manuais que substituíam
os sons do alfabeto. Abade Charles Michel de L’Epée fundou a primeira escola
pública para os surdos “Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris” e treinou
inúmeros professores para Surdos. O abade Charles Michel de L’Epée publicou
sobre o ensino dos surdos e mudos por meio de sinais metódicos: “A verdadeira
maneira de instruir os surdos-mudos”, o abade colocou as regras sintáticas e
também o alfabeto manual inventado pelo Pablo Bonnet e esta obra foi mais tarde
completada com a teoria pelo abade Roch-Ambroise Sicard.
1.2 CONGRESSO DE MILÃO

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/sGBMqmtZxV0/hqdefault.jpg

Ocorrido em 1880, este evento trouxe fortes consequências para a vida e


para a educação dos surdos, pois a partir daí a utilização de qualquer língua de
sinais foi proibida, sendo adotado o método oral de ensino e comunicação (o
Oralismo). Tido como encontro arranjado e marcado para atingir os objetivos
previamente estabelecidos. Nesta época já era comprovado que os surdos não
tinham problemas fisiológicos em seu aparelho fonador, portanto, poderiam sim
emitir sons por meio da fala. Partindo dessa asserção, resolveram então banir as
línguas de sinais, ou linguagem gestual como chamavam, devendo todos os surdos
adotar o oralismo. Foram sete dias de discussões e votações, os Estados Unidos
foram contra essa decisão, sendo oito resoluções aprovadas por educadores, em
sua maioria ouvintes que tinham com base que a fala é a superioridade do processo
de conhecimento e que não deveria haver qualquer interferência gestual neste
procedimento, o Congresso de Milão fora realizado para legitimar o oralismo como
algo oficial.

1.3 MITOS EM TORNO DA LIBRAS E DOS SURDOS

Fonte: https://destaque-regional.com/wp-content/uploads/2019/08/05.png

1.3.1 Língua de Sinais é Língua ou Linguagem?

O termo utilizado corretamente é "língua" de sinais e não "linguagem" de


sinais. E isso porque, de acordo com Oviedo (1996), "língua" designa um específico
sistema de signos que é utilizado por
uma comunidade para se comunicarem.
Língua é um conjunto de palavras,
sinais e expressões organizados a
partir de regras, sendo utilizado por um
povo para sua interação. Já
"linguagem" está relacionada à
capacidade da espécie humana para se
comunicar através de um sistema de
signos; é a capacidade humana de criar e usar as línguas e que, conforme Vygotsky
tem papel essencial na organização das funções psicológicas superiores. Daí que
resulta ser inapropriado utilizar o termo "linguagem" para designar a língua de uma
comunidade; no caso a da comunidade surda, a Língua de Sinais.
1.3.2 A Língua de Sinais é universal?
É comum que se pense que a língua de sinais é universal, ela não é
universal. Muitas pessoas pensam que estas línguas são códigos que os surdos
utilizam para se comunicar e, muitas vezes transmitir fatos da língua portuguesa,
podendo até comunicar-se em qualquer lugar do mundo, mas isso é mito, cada país
tem sua própria língua de sinais, do mesmo modo que as pessoas falam diferentes
línguas orais no mundo, também às pessoas surdas em qualquer parte do mundo
falam diferentes línguas de sinais.

1.3.3 Há variação linguística na Língua de Sinais?


Da mesma forma que acontece nas línguas faladas oralmente, existem
variações linguísticas dentro da própria Língua de Sinais, que podem ser
consideradas regionalismos ou dialetos. Essas variações ocorrem devido à
existência de culturas diferentes e influências diversas no sistema de ensino do
país.

1.3.4 A Língua de Sinais é o Alfabeto Manual?


De forma alguma. O alfabeto manual, utilizado para soletrar manualmente as
palavras (também referido como soletramento digital ou datilologia), é apenas um
recurso utilizado por falantes da língua de sinais. Não é uma língua, e sim um código
de representação das letras alfabéticas, lança-se mão desse recurso para soletrar
nomes próprios de pessoas ou lugares, siglas, e algum vocábulo não existente na
língua de sinais que ainda não tenha um sinal. Do mesmo modo que algumas
línguas orais possuem alfabetos diferentes, nas línguas de sinais, as formas de
mãos para a formação do alfabeto manual também variam de país para país.

1.3.5 A Língua dos Surdos é Mímica?

Falso. Muitos pensam que as línguas de sinais são mímicas, o que não é verdade.
Mímica é a expressão do pensamento por meio de gestos, expressões faciais e
corporais, representando objetos e situações através de imitações. A mímica teve
origem no teatro grego e é muito utilizada no meio artístico. Alguns sinais da Libras
realmente representam a forma de um objeto (sinais icônicos), mas isto não se
aplica a todos, e nem sempre são iguais aos utilizados na mímica. Libras é uma
língua, com estrutura gramatical própria, natural e complexa, assim como as línguas
orais.
1.4 SURDEZ: VISÃO CULTURAL X VISÃO CLÍNICA

Fonte: http://blog.handtalk.me/wp-content/uploads/2017/05/blog-surdez-invisivel.png

Por volta do século XVII os médicos passaram a se aprofundar nos estudos


referentes à surdez. Naquela época, acreditava-se que os
surdos poderiam ser curados de tal patologia, por isso os
submetiam a experiências. Uma das experiências realizadas
que ficou conhecida, foi a realizada por Itard, na qual colocou
sanguessugas nos tímpanos dos surdos, sua intenção era
“desobstruir” o canal auditivo, tal façanha causou a morte de
alguns de seus alunos, causadas por infecção.
Partindo para a análise e definição clínica, a surdez é classificada de acordo
com o grau da perda auditiva, vamos ver as seguintes categorias definidas:

pessoas com audição normal ouvem em torno de 20 decibéis.


Para facilitar a compreensão deste volume, citamos um
Audição murmúrio, um cochicho, o roçar das folhas, o canto dos
normal: pássaros, o tic-tac de um relógio, uma torneira, um ventilador
ligado. Se a pessoa conseguir ouvir somente sons acima de 20
decibéis, possui perda auditiva.

Pessoas com perda auditiva leve escutam bem os sons das


vogais, mas o som de algumas consoantes — como F, K, P, S e
Perda auditiva T — podem estar inaudíveis. Possuem certa dificuldade de
leve: manter um diálogo. Em média, o som mais suave
experimentado está entre 25 a 40 dB (decibéis), por exemplo: o
motor de uma geladeira, um ar-condicionado.

Pessoas com perda auditiva moderada têm muita dificuldade


de manter um diálogo, não ouvem bem quase nenhum som em
Perda auditiva nível de voz natural, sendo preciso falar alto para que ouçam.
moderada: Em média, o som mais suave experimentado está entre 40 a 70
dB (decibéis), por exemplo: um aspirador de pó, o latido de um
cachorro, um bebê chorando.

pessoas com perda auditiva severa não ouve nenhum som de


Perda auditiva fala, poucos sons são percebidos. Em média o som mais suave
severa: experimentado está entre 70 a 95 dB (decibéis), por exemplo:
um cortador de grama, um aspirador de pó, um liquidificador,
um despertador.

pessoas com perda auditiva profunda ouvem pouquíssimos


sons. Em média, o som mais suave experimentado é de 95 dB
Perda auditiva (decibéis) ou mais, por exemplo: um helicóptero, avião a jato,
profunda: uma moto sem escapamento, uma serra elétrica, uma
furadeira, uma britadeira, motosserra, tiro de arma de fogo,
estrondo do rojão, vuvuzela, bateria de escola de samba, show
de rock.
Fonte: http://www.libras.com.br/o-que-e-surdez

Surdo, surdo-mudo ou deficiente auditivo?


● Surdo: na visão clínica, o termo surdo significa: quem não escuta nada, nem com uso de
aparelho auditivo,, perda total da audição. Na visão cultural a palavra “Surdo” com a letra
maiúscula é para se referir a integrantes da Comunidade Surda, que têm Libras como a
língua-mãe.
● Surdo Oralizado: pessoas com perda auditiva que usam a fala para se comunicar. No geral,
fazem leitura labial para compreender a conversa. É mais comum em quem nasce ouvindo e
perde a audição durante a vida ou tem uma audição parcial.
● Surdo Sinalizante: indivíduo com perda auditiva e que usa Libras para se comunicar.
● Deficiente Auditivo ou Pessoa com Deficiência Auditiva: pode ser relacionado a quem
tiver perda auditiva, seja moderada ou total. Geralmente é comum para pessoas que não
escutam bem, mas ainda escutam algo.
● Surdo-mudo - Nomenclatura incorreta para chamar os surdos, os termos surdos-mudos ou
mudo, são termos elaborados em cima de ideias totalmente preconceituosas, negativas, com
propósito de menosprezar indivíduo surdo.

Agora, quando se trata de uma visão cultural sobre a surdez, considera-se


o surdo um cidadão comum que dispõe de seus deveres e direitos, devemos
esclarecer que a surdez é apenas uma diferença e que os surdos não precisam
ser testados periodicamente com intuito de tentar curar sua surdez. Culturalmente
falando, o surdo possui uma língua de sinais própria e apoiam-se nessa
diferença para se sentirem seres singulares, protagonistas de sua própria
história.

1.5 LEGISLAÇÃO

Fonte:
https://fortalimob.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/09/legisla%C3%A7%C3%A3o-2z3ix4e1eyjhyrj
r1jgagw.jpg

Como sabemos a língua de sinais não é universal e no Brasil não é diferente,


temos a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que teve como base para sua criação
a Língua de Sinais Francesa. A Libras no Brasil foi legitimada e reconhecida em
2002 por meio da Lei 10.436/2002. A Libras concede o diálogo entre pessoas surdas
e ouvintes, fazendo com que o surdo alcance referências de mundo no qual convive,
atribuindo-lhe papel de cidadão com direitos, deveres e responsabilidades.

1.5.1 Lei de Libras

LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002

Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua


Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a
forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico
de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do
Brasil.
Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e
difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e
de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art. 3º As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços
públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado
aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais,
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação
de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e
superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante
dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a
modalidade escrita da língua portuguesa.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de abril de 2002.
1.5.2 Decreto que Regulamenta a Lei de Libras

Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/wp-content/uploads/2019/10/decreto3.jpg

DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.

Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a


Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro
de 2000.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de
24 de abril de 2002, e no art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000,

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e o
art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Art. 2º Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por
ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências
visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de
Sinais - Libras.

Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou


total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas
frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

CAPÍTULO II

DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR

Art. 3º A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos
cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e
superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e
privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.

§ 1º Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o


curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o
curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e
profissionais da educação para o exercício do magistério.

§ 2º A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos


de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação
deste Decreto.
1.5.3 Lei de Acessibilidade

Fonte: https://www.sucel.com.br/wp-content/uploads/2018/05/Sucel-RH-PCD.jpg

LEI Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.

Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da


acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e
dá outras providências.

CAPÍTULO VII
DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO

Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na


comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem
acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de
deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito
de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à
cultura, ao esporte e ao lazer.
Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais intérpretes
de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar
qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de deficiência sensorial e
com dificuldade de comunicação.
Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão
plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais
ou outra subtitulação, para garantir o direito de acesso à informação às pessoas
portadoras de deficiência auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento.

1.5.4 Lei do Tradutor/ Intérprete de Libras

Fonte: https://www.librasol.com.br/wp-content/uploads/2018/04/interprete-de-libras.jpg

LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010.

Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais -


LIBRAS.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete
da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.
Art. 2º O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação das
2 (duas) línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e
interpretação da Libras e da Língua Portuguesa.
1.5.5 Lei Brasileira de Inclusão

Fonte: http://www5.tjba.jus.br/portal/wp-content/uploads/2018/05/lei-brasileira-de-inclusao-1.jpg

LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.


Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa
com Deficiência).
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:
LIVRO I
PARTE GERAL
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em
condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso
Nacional por meio do Decreto Legislativo n o 186, de 9 de julho de 2008, em
conformidade com o procedimento previsto no
§ 3º do art. 5 o da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor para o
Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo
Decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano
interno.
Art. 2º Considera-­se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada
por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:
I ­- os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - a limitação no desempenho de atividades; e IV ­a restrição de participação.
§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.

1.5.6 Lei 14.191, de 2021


Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional), para dispor sobre a modalidade de educação bilíngue de
surdos.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.191, de 2021, que insere a
Educação Bilíngue de Surdos na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB - Lei 9.394, de 1996) como uma modalidade de ensino independente
— antes incluída como parte da educação especial. Entende-se como educação
bilíngue aquela que tem a língua brasileira de sinais (Libras) como primeira língua e
o português escrito como segunda, (fonte: Senado Federal).
Informativo Feneis: Ed. Bilíngue de Surdos na LDB
1.5.7 Lei: Dia do Surdo

Fonte:
http://blog.handtalk.me/wp-content/uploads/2016/09/900x600xBLOG-dia-nacional-do-surdo.png.pages
peed.ic.MOYuyo44-F.png

Lei nº 11.796, de 29 de Outubro de 2008


Institui o Dia Nacional dos Surdos.

O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o dia 26 de setembro de cada ano como o Dia Nacional
dos Surdos.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de outubro de 2008; 187º da Independência e 120º da República.


● Qualquer dúvida ou para mais detalhes, acesse: http://www.libras.com.br/lei-de-libras

2. ALFABETO MANUAL, NUMERAIS: CARDINAIS ou QUANTITATIVOS

➔ ALFABETO MANUAL
O alfabeto manual também chamado de datilologia, trata-se de um sistema de
representação tanto icônica como simbólica, das letras contidas nos alfabetos das
línguas orais escritas, por intermédio das mãos.
É essencial para se compreender melhor a comunidade surda, faz parte da
sua cultura e surge da necessidade de contato com os cidadãos ouvintes. Em geral,
é um erro comparar o alfabeto manual com a língua gestual (no Brasil, LIBRAS),
pois este é a anotação, por meio das mãos, das letras das línguas orais e dos seus
principais caracteres. A dactilologia é usada em muitas línguas gestuais, com vários
propósitos: representar palavras (especialmente nomes de pessoas ou de
localidades) que não têm gesto (sinal) equivalente, ou para ênfase ou clarificação,
ou para se ensinar ou aprender uma determinada língua gestual.

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confira um pouco mais
sobre o Alfabeto Manual
Três equívocos são comuns entre pessoas que nunca tiveram contato com a
comunidade surda:

a) achar que o alfabeto manual é a própria língua de sinais: o alfabeto manual


permite soletrar palavras específicas e complementa a utilização da língua de sinais.
Esta, por sua vez, possui uma estrutura tão complexa quanto qualquer língua oral
(Língua Portuguesa, Língua Inglesa, etc.).
b) achar que utilizando o alfabeto manual não será necessário aprender a
língua de sinais: a língua de sinais possibilita aos surdos uma forma de comunicação
viva, rica, aberta, como qualquer língua. Assim, para um surdo que cresceu tendo
como sua primeira língua a língua de sinais, a língua oral do país onde ele vive (do
grupo ouvinte majoritário) será para ele como uma segunda língua: ele a conhece –
uns a conhecem mais do que outros, ele é capaz de ler com fluência (novamente,
uns mais fluentes do que outros), mas não é a sua forma preferencial de
comunicação. Por isso, um intérprete de língua de sinais traduzirá da língua oral em
questão – Português, por exemplo, para Libras, e somente utilizará o alfabeto
manual nos casos mencionados anteriormente.
c) achar que a leitura labial será suficiente para que o surdo entenda o que
diz um ouvinte: é verdade que a leitura labial pode ser um recurso utilizado pelos
surdos no contato com ouvintes, principalmente com ouvintes que não conhecem a
língua de sinais. Porém é importante saber que existem dificuldades relacionadas,
entre outras questões, à identificação de palavras, à visibilidade dos sons nos lábios,
homofonias, manutenção constante do foco no rosto do interlocutor, compreensão
do contexto e integração de elementos verbais e não verbais. Portanto, a leitura
labial auxilia, mas não garante por si só que haja compreensão.

Conclusão: o alfabeto manual é um recurso importante para a comunicação


com uma pessoa surda, mas sozinho ele é insuficiente.

➔ NUMERAIS

As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando


utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou
mês, horas e valores monetários. Isso também acontece na Libras. É incorreto o uso
de uma determinada configuração de mão para o numeral cardinal sendo utilizada
em um contexto onde o numeral é ordinal ou quantidade, por exemplo: o numeral
cardinal 1 é diferente da quantidade 1, que é diferente do ordinal PRIMEIR@, que é
diferente de PRIMEIRO-ANDAR, que é diferente de PRIMEIRO-GRAU, que é
diferente de MÊS-1.

NÚMEROS CARDINAIS

QUANTIDADE

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mais sobre os Numerais
Cardinais.
3. CUMPRIMENTOS, SAUDAÇÕES E SINAL – NOME

Fonte: https://atendimentoexpert.com.br/wp-content/uploads/1-tipos-de-clientes.jpg

Para entendermos de maneira mais clara como pode ocorrer a apresentação


pessoal, iremos utilizar uma situação como exemplo: Surdos se encontram na rua e
uns apresentam aos outros aqueles que não se conhecem.
Quando uma pessoa aprende uma língua, aprende também os hábitos
culturais e os contextos aos quais certas expressões estão vinculadas. Diante de
situações como apresentações de pessoas, cumprimentos, saudações, cerimônias
religiosas, casamentos, velórios, entre outros eventos, as pessoas assumem
comportamentos distintos e se comunicam de acordo com estas situações.
Para todas as situações há formas de expressões diferenciadas mais formais
e informais. Por exemplo, o cumprimento e saudações de duas pessoas que são
amigas são diferentes do de pessoas que são apenas conhecidas e diferente ainda
de pessoas que estão sendo apresentadas pela primeira vez.
Nesta unidade serão trabalhados contextos formais e informais, onde poderão
ser vistas expressões relacionadas a estes contextos. Geralmente, aqui no Brasil,
quando as pessoas são apresentadas umas às outras, elas dizem seus primeiros
nomes após os cumprimentos (aperto de mãos - contexto formal, e/ou beijo(s) no
rosto, contexto informal) . No mundo dos Surdos, a pessoa, além de dizer o nome
em datilologia, ela, primeiro, se apresenta pelo seu sinal, que lhe foi dado pela
comunidade a qual faz parte.
O sinal pessoal é o nome próprio, o "nome de batismo" de uma pessoa que é
membro de uma comunidade Surda. Este sinal geralmente pode:
O sinal pessoal pode ser, portanto, uma representação visual de uma pessoa
ou um atributo.

➔ CUMPRIMENTOS

Quando conhecemos alguém ou nos encontramos com pessoas conhecidas,


a primeira coisa que fazemos é nos cumprimentar. Com os surdos isso não muda,
eles fazem a mesma coisa com sorrisos e aperto de mão. Hoje em dia é de suma
importância o conhecimento em línguas de sinais, se torna um diferencial e de muita
ajuda.
Abaixo veremos alguns cumprimentos em libras:
❖ Sinais de Cumprimentos:
❖ Saudações / Cumprimentos / Identificação
❖ Bom dia / Boa tarde / Boa noite

Quer ver um pouco mais sobre os cumprimentos?

Então faça a leitura do QR CODE (Partes 1 e 2) e


acesse nosso Canal no Youtube.
4. FAMÍLIA, GÊNERO E CONDIÇÃO CIVIL / VERBOS SIMPLES
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confira um pouco mais sobre os
Sinais referentes à Família.
Quer aprender mais? Acesse agora a
playlist: Sinalário Verbos em Libras

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5. CORES E VESTIMENTAS

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pouco mais sobre as cores em Libras.
❖ VESTUÁRIO
6. ADVÉRBIO DE TEMPO E CALENDÁRIO

Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um


adjetivo ou um outro advérbio, raramente modificam um substantivo. É a palavra
invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
❖ DIAS DA SEMANA

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playlist Advérbio de Tempo e Calendário
em Libras.
❖ MESES DO ANO
7. NATUREZA E ANIMAIS
Quer aprender mais?
Acesse agora a playlist:
sinalário em Libras
referente à Natureza

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TEMA: ANIMAIS

ANIMAIS

GATO (1)

GATO (2)
GATO (3)

URSO

BOI
VACA

ONÇA

GORILA
COBRA

DINOSSAURO

MOSQUITO
BARATA

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Quer aprender mais? Veja os Parâmetros da


Libras em cada sinal do tema Animais:
Configuração de mão,Ponto de Articulação,

Movimento, Orientação e Expressão facial e


corporal de cada sinal. Acesse agora a playlist:
sinalário em Libras referente aos Animais.
REFERÊNCIAS

ALVES, A. C. KARNOPP, L. O surdo como contador de histórias. In: LODI, A. et


al. Letramento e Minorias. Porto Alegre: Mediação: 2002.

BRASIL. Presidência da República, Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe


sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Brasília, 2002.

FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. São Paulo: Ed Paz e Terra,
2008.
GESSER, Audrei. Libras? Que Língua é essa? Crenças e Preconceitos em torno
da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
GOODMAN, Y. (org). Como as Crianças Constroem a Leitura e a Escrita, Porto
Alegre, Artes Médicas, 1998.

HALL, Stuart. The Work of Representation. In: HALL, Stuart (Org.) Representation
Cultural Representation and Signifyng Practices.Sage/Open
University:London/Thousand Oaks/New Delhi, 1997..

KARNOPP, Lodenir. Literatura Surda. Curso de Licenciatura e Bacharelado em


Letras-Libras na Modalidade a Distância. Universidade Federal de Santa Catarina,
2010.

KARNOPP, L. Literatura Surda. In: Literatura, Letramento e práticas


educacionais - Grupo de estudos surdos e Educação. Campinas: ETD –
Educação Temática Digital, v.7, n.2, p.98-109, jun. 2006.

SKLIAR, Carlos. Um olhar sobre o nosso olhar acerca da surdez e das


diferenças. In: A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Editora
Mediação, 1998.

PEREIRA, Maria Cristina da Cunha. Leitura, escrita e surdez / Secretaria da


Educação, CENP/CAPE; 2. ed. - São Paulo: FDE, 2009.
QUADROS, R. M. Alfabetização e ensino da língua de sinais. Canoas: Textura,
2000.

QUADROS, R. M; Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Artes


Médicas. Porto Alegre. 1997.

QUADROS, Ronice Müller de Schmiedt, L. P. M. Ideias para ensinar português


para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.

QUADROS, Ronice Müller de; CRUZ, Carina Rebello. Língua de Sinais:


Instrumentos de avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2011.

ROSA, Fabiano Souto. Literatura, Letramento e Práticas Educacionais – Grupo


de Estudos Surdos e Educação –. Campinas – SP: Educação temática digital, 2006.

SANTOS, Antônio Raimundo dos. Metodologia científica: a construção do


conhecimento. 5.ed. revisada. RIO DE JANEIRO: DP & A, 2002.

São Paulo (SP), Orientações curriculares e proposição de expectativas de


aprendizagem para Educação Infantil e Ensino Fundamental: Língua
Portuguesa para pessoa surda / Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de
Orientação Técnica – São Paulo: SME / DOT, 2008.

São Paulo (SP), Orientações curriculares e proposição de expectativas de


aprendizagem para Educação Infantil e Ensino Fundamental: Língua Brasileira
de Sinais - Libras / Secretaria Municipal de Educação – São Paulo: SME / DOT,
2008.

SALLES, Heloisa Maria Moreira Lima, et. al. Ensino de Língua Portuguesa para
Surdos: caminhos para a prática pedagógica. Vol. 1. Brasília, 2004. Programa
Nacional de Apoio à Educação dos Surdos.

STROBEL, Karin. As imagens do Outro sobre a Cultura Surda. 2ª. Ed


Florianópolis: Editora da UFSC, 2009.

WILLIAMS, C.L.; MCLEAN, M.M. Young deaf childeren’s response to Picture


book reading in a preschool setting: research in the teaching of english.1997.

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