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P R Á T I C A C L Í N I C A D O P RO C E S S O D E C U I DA R N A S A Ú D E Prof Maria Paula Pires

DA M U L H E R , DA C R I A N Ç A E D O A D O L E S C E N T E Prof Marianna Sobral


PCPCSMCA Prof Carolina Cardili
Não é permitido disponibilizar este
Prof. Larissa Pardo
conteúdo na internet - UNIP Prof. Priscilla Onofre
P R O C E S S O D E E N F E R M AG E M Prof. Thaís Cristina
Conjunto de etapas
interacionadas para a
Sistematização da
Assistência de
Enfermagem (SAE)

REVISÃO - PROCESSO
DE ENFERMAGEM
ETAPAS
❖Investigação
❖Diagnóstico de enfermagem
❖Planejamento
❖Implementação ou intervenções de enfermagem
❖Avaliação
LIGAÇÕES NNN
Nic - Classificação Das Intervenções de Enfermagem -
6ª Ed. 2016. Bulechek,Gloria M.; Butcher,Howard
K.; Dochterman,Joanne; Wagner,Cheryl M. - Elsevier

Diagnósticos De
Enfermagem da Nanda-I -
11ª Ed. 2018. Inc,Nanda
International - Artmed

Noc - Classificação Dos Resultados de


Enfermagem - 5ª Ed. 2016. Johnson,Marion;
Moorhead,Sue; Maas,Meridean L.;
Swanson,Elizabeth - Elsevier
Investigaç a ̃ o Histórico de Enfermagem
Coleta de Dados
O QUE SIGNIFICA INVESTIGAÇÃO/ COLETA DE DADOS?

•Envolve a coleta de dados subjetivos e objetivos (Ex: entrevista, exame


físico) e análise de informações históricas, sistematizada, contínua e
organizada.

•Coleta de elementos positivos do paciente/família (para a identificação


de oportunidades de promoção da saúde) e os riscos (para a prevenção ou
o adiamento de problemas potenciais)

• Processo de angariar informações do estado de saúde do paciente

É a etapa vital para o processo de Enfermagem, pois as


outras etapas dependem dessa
COLETA DE DADOS

Tipos de investigações (subjetivas e objetivas)

Subjetivas – sintomas referidos que somente o paciente pode dizer


(dor, fraqueza...)

Objetivas – podem ser mensuradas e vistas. Ex. pressão arterial


elevada, febre, frequência cardíaca, ...
FONTES DE DADOS

•Cliente (principal)
•Família e pessoas significativas
•Membros da equipe de saúde
•Registros clínicos
•Experiência do enfermeiro
MÉTODOS
Entrevista

Exame físico

Dados diagnósticos e
laboratoriais

Dados do prontuário
COLETA DE
DADOS
Identificação: Nome, idade, endereço, sexo, estado civil,
ocupação, religião, número de filhos, escolaridade entre
outros
Queixas: início, duração, fatores precipitantes,
intensidade entre outros
Antecedente Pessoal/ Estilo de vida: Comorbidades,
hábitos de vida (tabaco, bebidas alcoólicas, drogas,
café), sedentarismo, atividade física, sono, hábitos
alimentares, cirurgias e internações prévias...
Antecedente Familiar: comorbidades, grau de
parentesco, causa de óbito entre outros

As perguntas devem ser abertas: “O que


trouxe o senhor à esse hospital?”
COLETA DE DADOS
Investigar todas as queixas do paciente e os fatores
relacionadas a ela

DOR
Exemplo
Histórico da dor : Localização, Radiação, Frequência,
Intensidade, Tempo de duração, Fatores que agravam e
melhoram, associação de sintomas
EXAME FÍSICO

Completo

Focado nas queixas e


comorbidades apresentadas
DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM
✓Análise e interpretação dos dados coletados.

✓Identifica os problemas de enfermagem.

✓Identifica os diagnósticos de enfermagem.

Classificação de diagnósticos da NANDA.


NANDA
Fundada em 1982 (EUA)

NORTH AMERICAN NURSING


DIAGNOSIS ASSOCIATION.

Associação Norte Americana de


Diagnósticos de Enfermagem.

Padronização da terminologia da enfermagem


Taxonomia mais utilizada no Brasil.
NANDA I

Taxonomia II

Estrutura:

Domínios (13)

Classes (47)
Diagnósticos (244)
NANDA I
Os enfermeiros lidam com respostas a problemas de saúde/processos
da vida entre indivíduos, famílias, grupos e comunidades.

Um diagnóstico de enfermagem pode ser:

1. focado em um problema;
2. um estado de promoção da saúde
3. um risco potencial
NANDA I
Diagnóstico com foco no problema – um julgamento clínico a respeito de uma
resposta humana indesejável a uma condição de saúde/processo da vida que
existe em um indivíduo, família, grupo ou comunidade.

Diagnóstico de risco – um julgamento clínico a respeito da suscetibilidade de


um indivíduo, família, grupo ou comunidade para o desenvolvimento de uma
resposta humana indesejável a uma condição de saúde/processo da vida.

Diagnóstico de promoção da saúde – um julgamento clínico a respeito da


motivação e do desejo de aumentar o bem-estar e alcançar o potencial
humano de saúde. Essas respostas são expressas por uma disposição para
melhorar comportamentos de saúde específicos, podendo ser usadas em
qualquer estado de saúde.
ATENÇÃO
NANDA I

Quando não há um diagnóstico de enfermagem da NANDA-I que se


ajuste a um padrão identificado no paciente, o mais seguro é
descrever a condição em detalhes em vez de inventar um termo
que terá sentidos diferentes para enfermeiros diferentes.
COMPOSIÇÃO DO DIAGNÓSTICO
Definição
Título
Característica
definidora

Condições Diagnóstico
de
associadas Enfermage
m

Fator
relacionado
População em
risco Fator de risco*
NANDA I

Populações de risco: Ex: pessoas com extremos de idade pertencem a uma população em risco que
compartilha maior suscetibilidade a volume de líquidos deficiente.
Condiçõesassociadas:Ex: infarto do miocárdio, agentes farmacêuticos ou procedimento cirúrgico.
EXEMPLO
DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM
• Débito cardíaco diminuído
• Risco de débito cardíaco diminuído
• Padrão respiratório ineficaz
• Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída
• Risco de perfusão tissular cerebral ineficaz
• Perfusão tissular periférica ineficaz
• Risco de perfusão tissular periférica ineficaz
• Risco de pressão arterial instável
• Resposta disfuncional ao desmame ventilatório
• Intolerância à atividade
• Risco de Intolerância à atividade
• Ventilação espontânea prejudicada
› Domínio
› Atividade e repouso
› Classe
› Respostas cardiovasculares/pulmonares
› Diagnóstico
› Perfusão tissular periférica ineficaz
DIAGNÓSTICO REAL

Características
definidoras

Fatores
relacionado
s
DIAGNÓSTICO REAL

As características definidoras são indicadores/inferências observáveis


que se agrupam como manifestações de um diagnóstico (p. ex., sinais ou
sintomas)

Os fatores relacionados são um componente que integra todos os


diagnósticos de enfermagem com foco no problema. Incluem etiologias,
circunstâncias, fatos ou influências que têm certo tipo de relação com o
diagnóstico de enfermagem (p. ex., causa, fator contribuinte).
COMO DESCREVER O DIAGNÓSTICO DE
ENFERMAGEM

Um formato comumente usado quando se aprende o diagnóstico de


enfermagem inclui [diagnóstico de enfermagem]
relacionado a [causa/fatores relacionados]
evidenciado por [sintomas/características definidoras].
DIAGNÓSTICO REAL
Título + Sinais e sintomas + Causas

Exemplos:
Paciente com artrite reumatoide:

Mobilidade física comprometida relacionada à dor e a rigidez com


movimento articular evidenciado por dificuldades de deambulação.

Déficits de autocuidado (alimentação, banho, vestir, uso de toalete),


relacionados à fadiga e rigidez articular, evidenciado por hemiparesia
direita.
DIAGNÓSTICO RISCO

Fator de risco
Causas potenciais

Os fatores de risco são influências que aumentam a vulnerabilidade de


indivíduos, famílias, grupos ou comunidades a um evento não saudável
(p. ex., ambiental, psicológico, genético).
DIAGNÓSTICO RISCO
Título + Causas potenciais

Exemplos:

Risco de função hepática prejudicada relacionado a abuso de substâncias

Risco de glicemia instável relacionado à controle insuficiente do diabetes.


COMO ELABORAR UM
DIAGNÓSTICO DE
ENFERMAGEM SEGUINDO A
CLASSIFICAÇÃO DA NANDA?
COMO IDENTIFICAR UM DIAGNÓSTICO DE
ENFERMAGEM??
Caso clínico

Sr. MF, 55 anos, divorciado, mecânico. Foi admitido no pronto socorro apresentando
palpitação e sudorese intensa após ser demitido. Durante a coleta de dados, observou-se
que o paciente apresentava ansiedade elevada, tendo a sensação de morte. Ao exame
físico, apresentava dispneia com ausculta pulmonar normal, pressão arterial sistêmica de
160x100 mmHg e frequência cardíaca de 115 bpm. Apresenta como antecedentes
pessoais: hipertensão arterial, tabagismo (dois maços de cigarros por dia há 35 anos),
obesidade e infarto agudo do miocárdio prévio. Refere que pouco sabe sobre as
doenças pré-existentes. Ao realizar os exames diagnósticos, observou-se ausência de
alterações no eletrocardiograma e dos marcadores de necrose cardíaca (CKMB e
troponina).
1º PASSO: IDENTIFICAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS

Sr. MF, 55 anos, divorciado, mecânico. Foi Evidências:


admitido no pronto socorro apresentando
palpitação e sudorese intensa após ser
demitido. Durante a coleta de dados, • Palpitação;
observou-se que o paciente apresentava • sudorese intensa;
ansiedade elevada, tendo a sensação de • ansiedade elevada e sensação de
morte. Ao exame físico, apresentava dispneia morte;
com ausculta pulmonar normal, pressão • dispneia;
arterial sistêmica de 160x100 mmHg e • PAS de 160x100 mmHg;
frequência cardíaca de 115 bpm. Apresenta
como antecedentes pessoais: hipertensão • FC de 115 bpm;
arterial, tabagismo (dois pacotes de cigarros • Ausência de alterações nos exames
por dia há 35 anos), obesidade e infarto diagnósticos;
agudo do miocárdio prévio. Refere que • Pouco conhecimento das doenças
pouco sabe sobre as doenças pré-existentes. • Antecedentes pessoais:
Ao realizar os exames diagnósticos, • hipertensão arterial,
observou-se ausência de alterações no • tabagismo,
eletrocardiograma e dos marcadores de • obesidade,
necrose cardíaca (CKMB e troponina).
• infarto agudo do miocárdio prévio.
2º PASSO: AGRUPAMENTO DAS EVIDÊNCIAS
Grupo 1 Grupo 2

•Palpitação; Antecedentes pessoais:


•Sudorese intensa; • hipertensão arterial,
• tabagismo,
•Ansiedade elevada e sensação de
morte; • Obesidade,
• infarto agudo do miocárdio prévio.
•Dispneia;
•PA de 160x100 mmHg;
•FC de115 bpm;
•Ausência de alterações nos exames
diagnósticos;
2º PASSO: AGRUPAMENTO POR SISTEMAS

▪Avaliação neurológica/psicológica/cabeça e pescoço


▪Sistema Tegumentar/ dieta - nutricional
▪Sistema Cardiovascular
▪Sistema Respiratório/ tórax
▪Abdome
▪Gastrointestinal e genitourinário
▪Membros
▪Dispositivos
▪Intercorrências
▪Outros
3º PASSO: IDENTIFICAÇÃO DAS HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS

Grupo 1
Título + Sinais e sintomas + Causas

Diagnósticos possíveis:
Ansiedade
Medo
Padrão respiratório ineficaz
Ansiedade

Ansiedade relacionada a estressores evidenciado por palpitação, transpiração aumentada,


angústia, dificuldades respiratórias, aumento da pressão arterial e pulso aumentado;
3º PASSO: IDENTIFICAÇÃO DAS HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS

Grupo 2 Título + Causas potenciais

Diagnósticos possíveis:

• Manutenção ineficaz da saúde Risco de perfusão


• Risco de perfusão tissular cardíaca tissular cardíaca
diminuída diminuída
• Falta de adesão

Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída relacionado a conhecimento insuficiente sobre


os fatores modificáveis (DM, HAS)
EXEMPLO
ESTUDO DE CASO (MULHER)
HBG, 82 anos, viúva, aposentada, analfabeta, reside com 2 filhos e 3
netos, natural de Pernambuco e procedente de uma comunidade de
São Paulo. Apresenta cegueira por diabetes melitos, em uso irregular
de hipoglicemiante oral. Acompanhado pela equipe do Programa de
Saúde da Família. Durante visita domiciliar, a enfermeira observa
idosa acamada, desnutrida, com má higiene pessoal e presença de
ferida em calcâneo direito. Conversa com a família, porém não
observa motivação de mudança por parte da família e do paciente.
ESTUDO DE CASO
Diagnóstico de Enfermagem Relacionada a Característica definidora/
evidenciado por
Déficit no autocuidado para banho Fraqueza, prejuízo Incapacidade de acessar o banheiro
musculoesquelético
Integridade da pele prejudicada Extremo de idade, imobilização Destruição de camadas da pele
física, , nutrição desequilibrada

Deambulação Prejudicada Força muscular insuficiente, visão Capacidade prejudicada de andar


prejudicada

Nutrição desequilibrada: menos do Fatores econômicos Tônus muscular insatisfatório, peso


que as necessidades corporais corporal 20% ou mais abaixo do
ideal

Risco de infecção Fatores de risco: desnutrição, defesas


primárias inadequadas
RESULTADOS DE ENFERMAGEM
RESULTADO Classificação
NOC -
ESPERADO resultados

Classificação
Intervenções de NIC -
Enfermagem intervenções
NANDA NOC NIC

Para cada diagnóstico de enfermagem deve haver um


resultado esperado.

Para cada resultado esperado deve haver a prescrição


de enfermagem.
PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA

❖Priorizar os diagnósticos de enfermagem para determinar as prioridades


de cuidados

❖ Estabelecer um RESULTADO ESPERADO/METAS.


❖ Prazos (períodos):
❖ Imediato

❖ Médio

❖ Longo

Os resultados precisam ser identificados antes da


determinação das intervenções e suas metas declaradas.
RESULTADO ESPERADO
Exemplo:
Diagnóstico de Enfermagem:
Déficit no autocuidado para o banho relacionado à dor e fraqueza
evidenciado por capacidade prejudicada de lavar e secar o corpo.

Resultado Esperado:
O paciente deverá adquirir capacidade de cuidar de si mesmo e de sua
higiene corporal em até 10 dias.
OU
O paciente terá a higienização corporal realizada adequadamente pela
equipe de enfermagem em até 6 horas.
RESULTADO ESPERADO

Exemplo:

Diagnóstico de Enfermagem:
Dor crônica relacionada a compressão de nervo evidenciada por
comportamento de dor nas atividades

Resultado Esperado:
O paciente deverá apresentar melhora da dor em duas semanas.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DE
ENFERMAGEM - NOC
Classificação dos resultados de enfermagem – NOC
1997 – publicada 1ª edição

Foco: paciente, família e comunidade

Objetivo:
Elucidar o conhecimento da enfermagem
Avançar no desenvolvimento de teorias
(5ª edição)
Determinar a efetividade dos cuidados de enfermagem
Demonstrar as contribuições de enfermagem aos pacientes, às famílias e às comunidades
Estrutura:

• Domínios (7)
• Classes (32)

• Resultados (490)
RESULTADOS DE ENFERMAGEM
Quadro 2. Domínios e classes da classificação de resultados de enfermagem NOC (4ª edição).
CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
DE ENFERMAGEM - NOC
Resultado

Definição Escala de mensuração Indicadores associados

Escala do tipo Likert de 5 pontos

5 - sempre a pontuação melhor possível


1 – a pontuação pior possível

NA – não aplicável
CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DE
ENFERMAGEM - NOC

Cada resultado da NOC tem uma


lista de indicadores para avaliar a
condição do paciente em relação Estabelecer metas a serem alcançadas
ao resultado e uma escala tipo no cuidado de cada paciente.

Likert de cinco pontos para


mensurar seu estado. Antes de identificar as intervenções:

Resultados são convertidos em metas


por meio da determinação do ponto a
Quanto menor o número mais grave é ser alcançado na escala de mensuração
este indicador: dos indicadores dos resultados.
(1= grave; 2=substancial; 3=moderado;
4=leve; 5=nenhum).
CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DE
ENFERMAGEM - NOC

Metas voltadas ao cliente e servem como critério para a



mensuração da eficiência da prescrição de enfermagem.

› Deverá:
› Ser de curto/ médio/ longo prazo
› Ter comportamento mensurável
› Ser específico
› Ser atingível
CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DE
ENFERMAGEM - NOC

Resultado Esperado (exemplo):

O paciente apresentará redução no nível


de ansiedade de 1 para 2 em até uma
hora.
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES
DE ENFERMAGEM - NIC

¡ Início – 1987 – na Universidade de


Iowa
¡ Foco: enfermeiro
¡ Conceito: É um sistema de categorização de
atividades de cuidado direto desempenhados
pelas enfermeiras (ou profissional de nível médio
sob supervisão na enfermeira), incluindo cuidado
direto ou indireto

¡ Definição da intervenção: qualquer tratamento,


baseado no julgamento e no conhecimento clínico,
que o enfermeiro realiza para melhorar os
resultados do paciente/cliente.
CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES
DE ENFERMAGEM - NIC

Linguagem padronizada.

Estrutura:
• Domínios (7)
• Classes (30)
• Intervenções (554)

6ª edição
QUADRO 3. DOMÍNIOS E CLASSES DA CLASSIFICAÇÃO DE INTERVENÇÕES
DE ENFERMAGEM NIC (5ª EDIÇÃO)
CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES
DE ENFERMAGEM -
NIC
Título (nome da intervenção)
+

Definição da intervenção
+

Atividades
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
▪Desenvolver o plano de cuidado de enfermagem por escrito.

▪Planejar as ações de enfermagem apropriadas para alcançar as


metas e os resultados esperados.

▪Identificar intervenções individualizadas.

▪Manter o plano atualizado e flexível.


COMO REDIGIR A PRESCRIÇÃO DE
ENFERMAGEM??
ELEMENTOS

•Verbo no infinitivo.

• Frase descritiva:
• O quê?
• Como?
• Quando?
• Onde?
• Com que frequência?

• Quem deve realizar a intervenção.


• Nome, número de inscrição no COREN e assinatura do enfermeiro.
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
Exemplos de prescrições ERRADAS:
1. Trocar os curativos hoje.
Erros: quais curativos? Qual região? Quantos curativos? O que usar?

2. Trocar curativo do acesso vascular central a cada 24 horas.


Erros: O que usar? Quem fará?
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
CORRETAS

•Realizar curativo do acesso vascular central em veia subclávia direita


com soro fisiológico (SF) a 0,9% e clorexidina alcoólica, ocluir com gaze
estéril e fita hipoalergênica a cada 24 horas, e sempre que estiver sujo,
úmido ou solto.

•Comunicar enfermeiro se presença de sangramento e/ou sinais


flogísticos (dor, calor, rubor, edema) em inserção de acesso vascular
central em veia subclávia direita.
Diagnóstico de Enfermagem
Integridade tissular prejudicada relacionada à imobilização física e circulação alterada,
evidenciada por ferida com área de 8 cm na região trocantérica D.

Resultado Esperado
O cliente apresentará melhora no aspecto da lesão da região trocantérica D e com
redução da área afetada em até 15 dias.
Prescrição de Enfermagem Horário
1. Realizar mudança de decúbito de 2/2 horas. 8 h, 10 h, 12 h,
14 h, 16 h,
Não posicionar o paciente em decúbito lateral direito. 18 h, 20 h, 22 h, 0
h, 2 h, 4 (Técnico de Enfermagem) h, 6 h
2. Instalar colchão piramidal hoje. 8h
3. Fazer curativo em lesão trocantérica D com SF 0,9% em 8 h 30
jato e curativo de alginato de cálcio, ocluindo-o com
gaze e fita hipoalergênica. Avaliar o curativo
diariamente e trocá-lo em 3 dias, ou antes, se estiver
sujo, úmido, solto ou saturado. Realizar registro sobre
o aspecto e as dimensões da lesão. (Enfermeiro)
(Tannure e Pinheiro, 2011).
IMPLEMENTAÇÃO

É a execução, pela equipe de enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar


de enfermagem), das atividades prescritas na etapa de Planejamento da
Assistência.

Cumprimento pela equipe de enfermagem da Prescrição de Enfermagem.


PÓS IMPLEMENTAÇÃO

O que fazer?
AVALIAÇÃO DE
ENFERMAGEM
5. AVALIAÇÃO

Processo sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas


respostas do indivíduo, da família ou da comunidade em um dado
momento.

Determina se as intervenções/atividades de enfermagem alcançaram


o resultado esperado, a necessidade de mudanças ou adaptações no
PE.
QUESTÕES:
1. Os diagnósticos de enfermagem e os problemas foram exatos?

2. O paciente alcançou os resultados esperados?

3. Os diagnósticos de enfermagem do paciente foram resolvidos?

4. Os problemas foram resolvidos?

5. As necessidades de enfermagem do paciente foram atendidas?


QUESTÕES:

6.As intervenções de enfermagem devem ser alteradas, continuadas ou


interrompidas?

7. Surgiram novos problemas que não foram planejados?

8.Que fatores influenciaram o cumprimento e não cumprimento das


metas?

9. As prioridades precisam ser determinadas novamente?

10. Devem ser feitas mudanças nos resultados esperados?


ANOTAÇÃO DE Evolução de
ENFERMAGEM Enfermagem
Registro das informações sobre a Feito pelo enfermeiro.
assistência prestada
(intervenções).
Realizado após avaliação do
estado geral do paciente frente
Feita imediatamente após a aos cuidados prestados e
realização da intervenção. resultados alcançados.

Realizada por todos os membros Geralmente efetuada a cada 24h,


da equipe de enfermagem. ou quando ocorre modificação no
estado do paciente.

Somente o que foi registrado


pode ser considerado como
executado.
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
• Descreve o que foi realizado ou observado, de forma objetiva e clara.
• Não faz análise dos dados, interpretações ou julgamentos de valor.
• Todos os membros da equipe de enfermagem fazem anotações.
•O enfermeiro quando executa um procedimento faz a anotação e não a
evolução do paciente porque não faz uma avaliação geral, não analisa os
dados, apenas os descreve.
• Deve ser registrada no momento em que ocorreu o fato e é pontual.

Exemplos:
• 8:10h : Encaminhado paciente para o banho de aspersão em cadeira higiênica.
•15:20h: Realizada mudança de decúbito de lateral esquerdo para lateral direito
e colocado travesseiro entre as pernas.
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
❖Dados são analisados pelo enfermeiro:

❖ Entrevista e o exame físico.


❖Anotações feitas pela equipe de enfermagem e de saúde desde a última
avaliação realizada até aquele momento.
❖ Fatos relevantes que ocorreram no período.
❖Resultados de exames laboratoriais e outros dados, comparando o estado do
paciente e dados anteriores com os atuais.

❖Referentes a um período que inclui o momento atual,


consideram-se todas as fases do processo, o contexto, e é
executada de forma refletida.
LIGAÇÕES
NNN
Diagnóstico (NANDA) Resultados (NOC) Intervenções (NIC) Atividades

- Controle ineficaz da saúde Comportamento de Contrato com o paciente Acompanhar o paciente nas
relacionado a barreiras aceitação (Terapia Comportamental) atividades realizadas e
percebidas (descuido) (Conhecimento de Saúde) - Colocar as atividadesao verificar sua
evidenciado por verbalizar -Colocar os indicadores e a lado, relacionado a cada participação.
que não agiu para reduzir escala. título de intervenção – verbo
fatores de risco para -....... 3/5 (20/05/2019) no infinitivo. Orientar quanto a
progressão da doença e importância do cuidado com
seqüelas (fuma um maço por Modificação do a dieta e ingestão de
dia e é etilista). Conhecimento: Dieta comportamento bebidas alcoólicas.
(Conhecimento de (Terapia
Saúde) Comportamental) Orientar sobre sua doença,
-Colocar os indicadores e a medicamentos,
escala. Ensino: Dieta Prescrita complicações e tratamento.
-....... 3/5 (20/05/2019) (Educação do Paciente)

Ensino: Procedimento/
Conhecimento: Regime de Tratamento (Educação do
Tratamento (Conhecimento de Paciente)
Saúde)
-Colocar os indicadores e a
escala.
-....... 3/5 (20/05/2019)
Crescimento e
desenvolvimento

Profª Maria Paula Pires


OBRIGADA!!
“Acho que os sentimentos se perdem nas palavras. Todos deveriam ser
transformados em ações, em ações que tragam resultados”

Florence Nightingale
REFERÊNCIAS

Bousso RS, Poles K, Cruz DALM. Conceitos e Teorias na Enfermagem. Rev


Esc Enferm USP. 2014; 48(1):144-8 www.ee.usp.br/reeusp/
Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificações/
NANDA international. Porto Alegre. Artmed. 11ª Ed. 2018.
NOC - Classificação Dos Resultados de Enfermagem - 5ª Ed. 2016.
Johnson,Marion; Moorhead,Sue; Maas,Meridean L.; Swanson,Elizabeth -
Elsevier
NIC - Classificação Das Intervenções de Enfermagem - 6ª Ed. 2016.
Bulechek,Gloria M.; Butcher,Howard K.; Dochterman,Joanne;
Wagner,Cheryl M. - Elsevier

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