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AULA 13

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL


PROFESSOR CÉSAR FRADE

Olá pessoal!

Vamos começar a nossa aula, pessoal...

Prof. César Frade


MARÇO/2012

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77. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social


– BNDES

Instituído em 1952 como uma autarquia federal, o BNDES é o principal órgão


de execução da política de investimentos do governo federal. Atualmente, o
BNDES é uma empresa pública. Juntamente com as empresas a ele filiadas,
exerce a tarefa de apoio aos investimentos estratégicos necessários ao
desenvolvimento do país e, em especial, ao fortalecimento da empresa privada
nacional.

Para a execução de suas atividades de fomento, o BNDES conta com recursos


próprios e os decorrentes de empréstimos e doações de entidades nacionais e
organismos internacionais (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento
– BID). Sua maior fonte de recursos são o PIS, PASEP e FINSOCIAL.

Nos dias atuais é o agente financeiro federal provedor de fundos de longo


prazo, o BNDES procura atender aos programas e projetos de interesse
prioritário para a economia do país que não encontram condições favoráveis de
financiamento junto a outras instituições financeiras.

Desde 1990, é também atribuição do BNDES a condução do plano nacional de


desestatização no que concerne ao processo de privatização, via leilões livres
realizados em bolsas de valores, das empresas sob controle acionário do
estado.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES é


uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que tem como
objetivo financiar a longo prazo os empreendimentos que contribuam
para o desenvolvimento do país.

Essa ação financiadora resulta na melhoria da competitividade da economia


brasileira e na elevação da qualidade de vida da sua população.

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Objetiva, também, o fortalecimento da estrutura de capital das empresas
privadas e desenvolvimento do mercado de capitais, a comercialização de
máquinas e equipamentos e o financiamento à exportação.

Desde sua fundação, em 20 de junho de 1952, o BNDES vem financiando os


grandes empreendimentos industriais e de infra-estrutura, tendo marcante
posição no apoio aos investimentos na agricultura, no comércio e serviço e nas
micro, pequenas e médias empresas.

Destaca-se também o apoio aos investimentos sociais direcionados para a


educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e ambiental e
transporte coletivo de massa.

O BNDES considera ser de fundamental importância, na execução de sua


política de crédito, a observância de princípios ético-ambientais e assume o
compromisso com os princípios do desenvolvimento sustentável.

Os produtos e serviços do BNDES atendem às necessidades de investimentos


das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com
instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a
disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do
BNDES.

78. Financiamento à Exportação e Importação

O BNDES possui alguns programas de financiamento à negociação


internacional assim como existem procedimentos diferenciados de
financiamento que são estipulados pelo Conselho Monetário Nacional.

O BNDES realiza financiamento de longo prazo, subscrição de valores


mobiliários e prestação de garantia, atuando por meio de Produtos e Fundos,
conforme a modalidade e a característica da operação. Os três mecanismos de
apoio (financiamento, valores mobiliários e garantias) podem ser combinados
numa mesma operação financeira, a critério do BNDES.

Alguns Produtos do BNDES se dividem em Linhas de Financiamento, com


finalidades e condições financeiras específicas. A critério do Banco, um projeto
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de investimento pode se beneficiar de uma combinação de Linhas de
Financiamento, de um mesmo ou de diferentes Produtos, de acordo com o
segmento, a finalidade do empreendimento e os itens a serem apoiados.

BNDES EXIM – Financiamento à produção de bens e de serviços brasileiros


destinados à exportação e à comercialização destes itens no exterior.

BNDES FINEM – Financiamento, de valor superior a R$ 10 milhões, a projetos


de implantação, expansão e modernização de empreendimentos.

BNDES Automático - Financiamento, de até R$ 10 milhões, a projetos de


implantação, expansão e modernização de empreendimentos.

Além desses, ainda existem programas específicos para determinados setores


exportadores, como a aeronáutica.

O Conselho Monetário Nacional também aprovou algumas modalidade de


financiamento para as empresas que trabalham com comércio internacional
com o objetivo de facilitar as negociações e torná-las mais competitivas no
mercado internacional.

O ACC - Adiantamento sobre Contrato de Câmbio é uma antecipação em


moeda nacional a que o exportador tem acesso no ato da contratação do
câmbio, sempre que esse contrato precede o embarque. O que diferencia o
ACC do ACE - Adiantamento sobre Cambiais Entregues é que no primeiro o
exportador recebe a moeda nacional antes de embarcar a mercadoria, servindo
esta como apoio financeiro à produção da mercadoria, e, no segundo, a moeda
nacional é entregue após o embarque da mercadoria, representando, na
prática, a antecipação do pagamento da exportação.

Podemos entender o ACC como sendo um desconto de uma “duplicata” em


moeda estrangeira, chamada cambial.

Câmbio simplificado de exportação é um contrato de câmbio com número


reduzido de informações a serem prestadas pelo cliente, referindo-se a vendas
ao exterior no valor equivalente a até US$ 20 mil. O registro das informações
exigido pelo Banco Central é bem mais simples - em vez de 26 dados
informados em uma operação de exportação tradicional, são apenas 5 nesta
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sistemática: a indicação de o comerciante ser pessoa física ou jurídica; CNPJ
ou CPF do exportador, conforme o caso; o valor em moeda nacional; o valor
em moeda estrangeira e a forma da entrega da moeda estrangeira. O objetivo
é facilitar a realização de operações de pequeno valor, diminuindo o seu custo
para o exportador. Também existe câmbio simplificado para importação. O
pagamento de importações brasileiras, cujo ingresso da mercadoria no Brasil
tenha ocorrido por meio de Declaração Simplificada de Importação - DSI,
registrada no Siscomex, pode ser efetuado pela sistemática do câmbio
simplificado. Como na exportação, as operações de câmbio dentro dessa
sistemática estão limitadas ao equivalente a US$ 10 mil

79. Crédito Rural

Muitas pessoas acreditam que o Banco do Brasil é o agente que concede


crédito rural no Brasil. Entretanto, esse raciocínio está equivocado, apesar de o
BB ser o principal agente no mercado de crédito rural, mas NÃO é o ÚNICO.
Todos os Bancos Comerciais devem direcionar uma parcela de seus recursos
captados por depósitos à vista para o crédito rural a uma taxa tabelada e,
atualmente, mais baixa que as taxas praticadas no mercado.

Por isso, temos uma divisão no crédito rural entre recursos obrigatórios, nos
quais os Bancos são obrigados a efetuar o seu direcionamento e recursos
livres, em que os Bancos optam por efetuar os empréstimos.

79.1. Recursos Obrigatórios

Conceitua-se como recursos obrigatórios os decorrentes da exigibilidade de


aplicações em crédito rural pelas instituições financeiras, de conformidade com
as descrições abaixo.

As instituições financeiras são obrigadas a manter 25% (vinte e cinco por


cento) do saldo médio diário das rubricas contábeis de recursos à vista sujeitos
ao recolhimento compulsório em aplicações de crédito rural.

Até 5% (cinco por cento) dos recursos obrigatórios, respeitado o limite de


R$10.000.000,00 (dez milhões de reais), podem ser aplicados em operações

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de desconto e em créditos de custeio agrícola, independentemente dos valores
por tomador/produto, vedada a aplicação dos referidos recursos em créditos
de custeio de beneficiamento ou de industrialização.

Não estão sujeitos à exigibilidade os bancos de investimento, os bancos de


desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal (CEF), o Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as cooperativas de crédito e as
sociedades de crédito, financiamento e investimento.

79.2. Recursos Livres

Admite-se a concessão de crédito rural com recursos livres das instituições


financeiras, às taxas de operações bancárias comuns.

Consideram-se amparadas por recursos livres as operações que não se


enquadrarem em outras fontes.

Os bancos de investimento e as sociedades de crédito, financiamento e


investimento podem realizar operações de crédito rural, a taxas de mercado,
observadas as disposições e suas regulamentações específicas quanto às
finalidades dos recursos.

80. Sociedades Seguradoras

As Sociedades Seguradoras não poderão explorar qualquer outro ramo de


comércio ou indústria.

A autorização para funcionamento será concedida através de Portaria do


Ministro da Indústria e do Comércio, mediante requerimento firmado pelos
incorporadores, dirigido ao CNSP e apresentado por intermédio da SUSEP.

Concedida a autorização para funcionamento, a Sociedade terá o prazo de


noventa dias para comprovar perante a SUSEP, o cumprimento de todas as
formalidades legais ou exigências feitas no ato da autorização.

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As Sociedades Seguradoras só poderão operar em seguros para os quais
tenham a necessária autorização, segundo os planos, tarifas e normas
aprovadas pelo CNSP.

É vedado às Sociedades Seguradoras reter responsabilidades cujo valor


ultrapasse os limites técnicos, fixados pela SUSEP de acordo com as normas
aprovadas pelo CNSP, e que levarão em conta:
a) a situação econômico-financeira das Sociedades Seguradoras;
b) as condições técnicas das respectivas carteiras;
c) o resultado de suas operações com o IRB.

As Sociedades Seguradoras são obrigadas a ressegurar as responsabilidades


excedentes de seu limite técnico em cada ramo de operações e, em caso de
cosseguro, a cota que for fixada pelo CNSP. Não haverá cobertura de
resseguro para as responsabilidades assumidas pelas Sociedades Seguradoras
em desacordo com as normas e instruções em vigor.

As operações de cosseguro obedecerão a critérios fixados pelo CNSP, quanto à


obrigatoriedade e normas técnicas.

A colocação de seguro e resseguro no estrangeiro era feita exclusivamente por


intermédio do IRB. Atualmente, qualquer resseguradora instalada no País está
apta a prestar tal serviço. As reservas de garantia correspondentes aos
seguros e resseguros efetuados no exterior ficarão integralmente retidas no
País.

As apólices, certificados e bilhetes de seguro mencionarão a responsabilidade


máxima da Sociedade Seguradora, expressa em moeda nacional, para
cobertura dos riscos neles descritos e caracterizados. Para garantia de todas as
suas obrigações, as Sociedades Seguradoras constituirão reservas técnicas,
fundos especiais e provisões.

As Sociedades Seguradoras obedecerão às normas e instruções da SUSEP


sobre operações de seguro, cosseguro, resseguro e retrocessão, bem como
lhes fornecerão dados e informações atinentes a quaisquer aspectos de suas
atividades. Os inspetores e funcionários credenciados da SUSEP terão livre
acesso às Sociedades Seguradoras, delas podendo requisitar e apreender

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livros, notas técnicas e documentos, caracterizando-se como embaraço à
fiscalização, sujeito às penas da lei, qualquer dificuldade oposta a estes.

81. Resseguro

O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de


preservar a estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidação
do sinistro ao segurado.

Muitas vezes, os valores envolvidos nos contratos de seguro são tão altos que
mesmo o resseguro necessita de cobertura. Nesse caso, a pulverização de
risco é feita entre resseguradoras internacionais recebendo o nome de
retrocessão. Quanto maior o valor do contrato, maior a necessidade de
envolvimento de um grupo maior de empresas. Por isso, podemos dizer que o
resseguro é uma das atividades econômicas que há mais tempo pratica a
globalização.

Além de pulverizado entre as resseguradoras, o valor do bem segurado


também pode ser dividido entre duas ou mais seguradoras. Essa operação é
chamada de cosseguro, onde são emitidas tantas apólices quantas forem as
empresas envolvidas, ou apenas uma apólice para uma das companhias,
denominada líder.

Dicionário de Seguros da SUSEP dispõe que:

“COSSEGURO - É a operação que consiste na repartição de um


mesmo risco, de um mesmo segurado, entre duas ou mais
seguradoras, podendo ser emitidas tantas apólices quantas forem as
seguradoras ou uma única apólice, por uma das seguradoras
denominada, neste caso, Seguradora Líder, não se verificando, ainda
assim, quebra do vínculo do segurado com cada uma das
seguradoras que respondem, isoladamente, perante ele, pela parcela
de responsabilidade que assumiram.

RESSEGURO - Operação pela qual o segurador, com o fito de


diminuir sua responsabilidade na aceitação de um risco considerado
excessivo ou perigoso, cede a outro segurador uma parte da
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responsabilidade e do prêmio recebido. O resseguro é um tipo de
pulverização em que o segurador transfere a outrem, total ou
parcialmente, o risco assumido, sendo, em resumo, um seguro do
seguro. No Brasil essa operação só pode ser feita com o IRB. O
ressegurador tanto pode conceder comissões à seguradora cedente,
ou retrocedente, acompanhando o padrão tarifário original, como
utilizar tarifas próprias, geralmente inferiores àquelas, nos casos de
resseguros proporcionais. No que concerne aos resseguros não
proporcionais, em que se desconsidera o exposto ao risco de forma
isolada, computando-se carteiras ou sinistralidade global, as bases
tarifárias são ajustadas por processos diferentes dos utilizados no
resseguro proporcional. A principal função do ressegurador é, por
conseguinte, a de promover a estabilidade das carteiras das cedentes
ou retrocedentes.

RETROCESSÃO - Operação feita pelo ressegurador e que consiste na


cessão de parte das responsabilidades por ele aceitas a outro, ou
outros resseguradores. Em outro enfoque: é o resseguro de um
resseguro. Os planos de retrocessão são, basicamente, da mesma
natureza dos utilizados em operações de resseguro, deles diferindo
apenas na condição dos participantes, pois enquanto o segurador
direto faz cessões em resseguro, o ressegurador faz retrocessões a
outros resseguradores. Em qualquer caso, tanto nas operações de
resseguro quanto nas de retrocessão, o ressegurador e o
retrocessionário obrigam-se apenas com as entidades que lhes
fizeram cessões ou retrocessões, nunca com os segurados.”

82. Entidades Abertas e Fechadas de Previdência


Complementar

Quando tratamos de previdência complementar devemos fazer a diferenciação


entre as empresas de previdência privada aberta e as empresas de previdência
privada fechada. Vamos à essa distinção inicial.

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O regime de previdência complementar é operado por entidades de previdência
complementar que têm por objetivo principal instituir e executar planos de
benefícios de caráter previdenciário. Estas entidades são classificadas em
fechadas e abertas.

Dizemos que uma entidade é de Previdência Privada Fechada quando ela está
restrita a determinadas pessoas que possuem certas características. Ou seja,
quando as pessoas que podem ingressar e participar desses planos são
funcionários de uma determinada empresa que nesse caso chamamos de
patrocinadora ou filiados a uma determinada instituição que chamamos de
instituidora. Por exemplo, a VALIA é o fundo de pensão da Vale (antiga Cia
Vale do Rio Doce S.A.) e apenas pessoas ligadas à VALE tem o direito (elas
possuem direito e não obrigação) de participar desse fundo de previdência
privada fechado1. Nesse caso, chamamos a Vale S.A. de patrocinadora, uma
vez que seu funcionário efetuará o pagamento de uma parcela mensal e a
empresa complementará os recursos com vistas à aposentadoria.

Por outro lado, se a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil instituir um plano
para seus associados, a OAB não irá ajudar os participantes nas contribuições
mas a participação estará restrita a seus sócios. Nesse caso, dizemos que a
OAB é a instituidora do plano de previdência. A todos os seus sócios serão
oferecidas as vantagens de participar desse plano de previdência. Já sei que
uma pergunta que vocês devem estar se fazendo é porque alguém iria
ingressar em um plano como esse se a empresa não irá contribuir com
nenhum tipo de recurso. Na verdade, a OAB por ser uma instituição com
inúmeros associados conseguiria negociar taxas de administração bem mais
atrativas do que os seus associados individualmente e assim, a instituidora
poderia contribuir com os associados ao criar um plano dessa envergadura.

Por outro lado, quando estamos falando de uma Entidade de Previdência


Complementar Aberta estamos nos referindo aos planos de previdência que,
em geral, são vendidos por seguradoras e oferecidos nas agências dos
Bancos Comerciais e que qualquer pessoa possui o direito de participar desde
que efetue os devidos depósitos para constituir o plano de previdência.

1
Fundo de Previdência Privado Fechado é o mesmo que Fundo de Pensão. A atual legislação fala em Entidade Fechada
de Previdência Complementar e no passado ela se referia como Fundo de Pensão.
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As entidades de previdência complementar somente poderão instituir e operar
planos de benefícios para os quais tenham autorização específica, segundo as
normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscalizador. Os planos de benefícios
atenderão a padrões mínimos fixados pelo órgão regulador e fiscalizador, com
o objetivo de assegurar transparência, solvência, liquidez e equilíbrio
econômico-financeiro e atuarial.

A todo pretendente será disponibilizado e a todo participante entregue, quando


de sua inscrição no plano de benefícios:

I - certificado onde estarão indicados os requisitos que regulam a admissão e a


manutenção da qualidade de participante, bem como os requisitos de
elegibilidade e forma de cálculo dos benefícios;

II - cópia do regulamento atualizado do plano de benefícios e material


explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, as características
do plano;

III - cópia do contrato, no caso de plano coletivo;

IV - outros documentos que vierem a ser especificados pelo órgão regulador e


fiscalizador.

Para assegurar compromissos assumidos junto aos participantes e assistidos


de planos de benefícios, as entidades de previdência complementar poderão
contratar operações de resseguro, por iniciativa própria ou por determinação
do órgão regulador e fiscalizador, observados o regulamento do respectivo
plano.

82.1. Entidades Fechadas de Previdência Complementar

As entidades fechadas são aquelas acessíveis aos empregados de uma


empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores e aos
associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista
ou setorial, denominadas instituidores. Elas organizar-se-ão sob a forma de
fundação ou sociedade civil sem fins lucrativos.
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Antes de tudo, é importante definirmos que participante é a pessoa física que


aderir aos planos de benefícios e assistido é o participante ou seu beneficiário
em gozo de benefício de prestação continuada.

Essas entidades dependerão de prévia e expressa autorização do órgão


regulador e fiscalizador para a constituição e o funcionamento da entidade
fechada, bem como a aplicação dos respectivos estatutos, dos regulamentos
dos planos de benefícios e suas alterações; para as operações de fusão, cisão,
incorporação ou qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às
entidades fechadas; para as retiradas de patrocinadores e para as
transferências de patrocínio, de grupo de participantes, de planos e de
reservas entre entidades fechadas.

Os planos de benefícios das entidades fechadas deverão prever os seguintes


institutos, observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e
fiscalizador:

I - benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo


empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor antes da
aquisição do direito ao benefício pleno;

II - portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro plano,


cabendo ao órgão regulador e fiscalizador estabelecer o período de carência
para tal fim;

III - resgate da totalidade das contribuições feitas ao plano pelo participante,


descontadas as parcelas do custeio administrativo, na forma regulamentada; e

IV - faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do


patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remuneração recebida, para
assegurar a percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela
remuneração ou em outros definidos em normas regulamentares.

É importante ressaltar que não será admitida a portabilidade na inexistência de


cessação do vínculo empregatício do participante com o patrocinador.

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A portabilidade de recursos de uma entidade fechada quando efetuado para
entidade aberta, somente será admitido quando a integralidade dos recursos
financeiros correspondentes ao direito acumulado do participante for utilizada
para a contratação de renda mensal vitalícia ou por prazo determinado, cujo
prazo mínimo não poderá ser inferior ao período em que a respectiva reserva
foi constituída, limitado ao mínimo de quinze anos.

É fundamental destacarmos que a portabilidade não caracteriza resgate e que


também é vedado que os recursos financeiros correspondentes transitem pelos
participantes dos planos de benefícios, sob qualquer forma. Caso os recursos
venham a transitar na conta dos participantes, é considerada a existência de
saque.

O resultado superavitário dos planos de benefícios das entidades fechadas, ao


final do exercício, satisfeitas as exigências regulamentares relativas aos
mencionados planos, será destinado à constituição de reserva de contingência,
para garantia de benefícios, até o limite de vinte e cinco por cento do valor das
reservas matemáticas.O resultado deficitário nos planos ou nas entidades
fechadas será equacionado por patrocinadores, participantes e assistidos, na
proporção existente entre as suas contribuições, sem prejuízo de ação
regressiva contra dirigentes ou terceiros que deram causa a dano ou prejuízo à
entidade de previdência complementar.

82.2. Entidades Abertas de Previdência Complementar

As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma de sociedades


anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter
previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único,
acessíveis a quaisquer pessoas físicas. É importante ressaltar que as
sociedades seguradoras autorizadas a operar exclusivamente no ramo vida
poderão ser autorizadas a operar nos planos de benefícios citados acima.

Compete ao órgão regulador, entre outras atribuições que lhe forem conferidas
por lei, estabelecer:

I - os critérios para a investidura e posse em cargos e funções de órgãos


estatutários de entidades abertas, observado que o pretendente não poderá
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ter sofrido condenação criminal transitada em julgado, penalidade
administrativa por infração da legislação da seguridade social ou como servidor
público;

II - as normas gerais de contabilidade, auditoria, atuária e estatística a serem


observadas pelas entidades abertas, inclusive quanto à padronização dos
planos de contas, balanços gerais, balancetes e outras demonstrações
financeiras, critérios sobre sua periodicidade, sobre a publicação desses
documentos e sua remessa ao órgão fiscalizador;

III - os índices de solvência e liquidez, bem como as relações patrimoniais a


serem atendidas pelas entidades abertas, observado que seu patrimônio
líquido não poderá ser inferior ao respectivo passivo não operacional; e

IV - as condições que assegurem acesso a informações e fornecimento de


dados relativos a quaisquer aspectos das atividades das entidades abertas.

Dependerão de prévia e expressa aprovação do órgão fiscalizador a


constituição e o funcionamento das entidades abertas, bem como as
disposições de seus estatutos e as respectivas alterações; a comercialização
dos planos de benefícios; os atos relativos à eleição e conseqüente posse de
administradores e membros de conselhos estatutários; e as operações
relativas à transferência do controle acionário, fusão, cisão, incorporação ou
qualquer outra forma de reorganização societária.

Para resguardar os direitos dos participantes e assistidos poderá ser decretada


a intervenção na entidade de previdência complementar, desde que se
verifique, isolada ou cumulativamente:

I - irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas técnicas,


provisões e fundos, ou na sua cobertura por ativos garantidores;

II - aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fundos de forma


inadequada ou em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos
competentes;

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III - descumprimento de disposições estatutárias ou de obrigações previstas
nos regulamentos dos planos de benefícios, convênios de adesão ou contratos
dos planos coletivos;

IV - situação econômico-financeira insuficiente à preservação da liquidez e


solvência de cada um dos planos de benefícios e da entidade no conjunto de
suas atividades;

V - situação atuarial desequilibrada;

VI - outras anormalidades definidas em regulamento.

Os planos de benefícios instituídos por entidades abertas poderão ser:

I - individuais, quando acessíveis a quaisquer pessoas físicas; ou

II - coletivos, quando tenham por objetivo garantir benefícios previdenciários a


pessoas físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica
contratante.

O plano coletivo poderá ser contratado por uma ou várias pessoas jurídicas. O
vínculo indireto dos planos coletivos refere-se aos casos em que uma entidade
representativa de pessoas jurídicas contrate plano previdenciário coletivo para
grupos de pessoas físicas vinculadas a suas filiadas. Esses grupos de pessoas
poderão ser constituídos por uma ou mais categorias específicas de
empregados de um mesmo empregador, podendo abranger empresas
coligadas, controladas ou subsidiárias, e por membros de associações
legalmente constituídas, de caráter profissional ou classista, e seus cônjuges
ou companheiros e dependentes econômicos. A implantação de um plano
coletivo será celebrada mediante contrato, na forma, nos critérios, nas
condições e nos requisitos mínimos a serem estabelecidos pelo órgão
regulador.

Observados os conceitos, a forma, as condições e os critérios fixados pelo


órgão regulador, é assegurado aos participantes o direito à portabilidade,
inclusive para plano de benefício de entidade fechada, e ao resgate de recursos
das reservas técnicas, provisões e fundos, total ou parcialmente, sendo

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vedado, no caso de portabilidade, que os recursos financeiros transitem pelos
participantes e a transferência de recursos entre os participantes.

83. Planos de Aposentadoria e Pensão Privados

A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para evitar


que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de sua renda

Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fases. Na


primeira, o poupador acumula um capital. Durante todo esse processo, este
capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que coincide com a
aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessariamente -, é o
momento de receber os benefícios.

Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, embora
continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumulado.
Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção com o
capital acumulado. Quanto maior o capital, maior será o benefício.

A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma forma


simples, é fácil entender que os saques mensais, aqui chamados de benefícios,
devem ter uma relação com o capital acumulado. Não é possível fazer saques
expressivos sobre o capital sem correr o risco de o dinheiro poupado acabar
muito rápido.

Há tipos básicos de produtos de previdência privada no Brasil: PGBL e VGBL,


para quem for comprar agora um produto com o objetivo de obter renda futura
- vitalícia, por prazo determinado ou na forma de um capital recebido uma
única vez.

83.1. PBGL – Plano Gerador de Benefício Livre

A legislação não exige depósitos periódicos no caso dos PGBLs, tipo


contribuições mensais. Os depósitos podem ser feitos à medida que haja
recursos disponíveis, dentro do que for contratado com o administrador. O

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participante deve verificar se tem renda para garantir o fluxo de pagamentos
acertado no contrato.

O período de contribuição para os planos depende do prazo existente entre a


decisão de poupar e a idade que o contribuinte deseja receber o benefício.
Quanto mais rápido começar um plano de previdência privada, mais fácil fica
de se formar uma poupança. Isso não é tão complicado de entender. Primeiro,
porque o volume de dinheiro que será poupado será distribuído por um número
maior de meses. Segundo, porque o efeito da parte dos juros no capital final é
maior quanto maior o tempo de contribuição. A poupança que vai garantir o
pagamento dos benefícios é formada por dois valores básicos. O primeiro
advém da soma das contribuições feitas, retirando daí todos os custos. O outro
é o rendimento obtido ao longo dos anos. Quanto maior o número de anos,
maior a contribuição do rendimento na formação do capital.

O participante do PGBL tem dois custos básicos: a taxa de carregamento sobre


as contribuições mensais e aportes e a taxa de administração. Importante
ressaltar que a taxa de carregamento é um valor que a instituição “carrega” do
seu capital e é cobrada apenas no aporte. Enquanto que a taxa de
administração é cobrada de forma anual e incidirá sobre a totalidade do
capital, ou seja, capital e rendimentos.

83.2. VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre

O VGBL - Vida Gerador de Benefícios Livres dá ao cliente o direito de resgatar


em vida, após o período de carência, uma parte ou a totalidade do montante
aplicado, acrescido do rendimento durante esse período.

O VGBL é bastante parecido com o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres).


Isso porque o investidor também tem seus recursos aplicados em um FIF
exclusivo, sendo cobrada taxa de carregamento, e ainda pode optar pelo perfil
do fundo em que aportará suas reservas.

Conforme exposto, o PGBL e o VGBL são produtos com características bastante


semelhantes. A grande diferença está no tratamento fiscal. No PGBL, o
investidor conta com o incentivo fiscal concedido aos planos de previdência,
que permite ao poupador deduzir de sua base de cálculo do Imposto de Renda
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contribuições feitas a estes planos, até o limite de 12% de sua renda bruta
anual. A utilização desse produto dá ao participante o direito de optar pela
tabela regressiva de tributação que poderá ir de 35% até o limite mínimo de
10%.

Já o VGBL não conta com esse incentivo, mas, em compensação, o investidor


não é tributado com base na tabela progressiva no momento do resgate ou do
recebimento do benefício, como ocorre no PGBL. Sua tributação acontece
apenas em relação ao ganho de capital - ou seja, o lucro.

Sendo assim, o VGBL torna-se um produto ideal para as pessoas que atuam na
economia informal, que estão isentas do Imposto de Renda ou que efetuam a
Declaração de Ajuste Anual de forma simplificada pois elas não podem contar
com a vantagem fiscal do PGBL e dos planos de previdência em geral.

Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou


coletiva (averbados ou instituídos); e podem oferecer, juntos ou
separadamente, os seguintes tipos básicos de benefício:

* RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: renda a ser paga ao participante do plano


que sobreviver ao prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de
aposentadoria.

* RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao participante, em decorrência


de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e
após cumprido o período de carência estabelecido no Plano.

* PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na


proposta de inscrição, em decorrência da morte do Participante ocorrida
durante o período de cobertura e após cumprido o período de carência
estabelecido no Plano.

* PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, pagável de uma só vez


ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da
morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e após cumprido
o período de carência estabelecido no Plano.

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* PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em dinheiro, pagável de uma só
vez ao próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e
permanente ocorrida durante o período de cobertura e após cumprido o
período de carência estabelecido no Plano.

Os planos PGBL aprovados pela SUSEP antes de 26/08/2002 são: renda


mensal vitalícia, renda mensal temporária, renda mensal vitalícia com prazo
mínimo garantido e renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado.

A renda mensal vitalícia consiste em uma renda paga vitaliciamente ao


Participante a partir da data de concessão do benefício.

A renda mensal temporária consiste na renda paga temporária e


exclusivamente ao participante. O benefício cessa com o seu falecimento ou o
fim da temporariedade contratada, o que ocorrer primeiro.

A renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido consiste em uma renda
paga vitaliciamente ao Participante a partir da data da concessão do benefício.
Existe ainda uma garantia que é dada aos beneficiários. No momento da
inscrição, o Participante escolherá um prazo mínimo de garantia que será
indicado na Proposta de Inscrição. O prazo mínimo da garantia é contado a
partir da data do início do recebimento do benefício pelo Participante. Se
durante o período de percepção do benefício ocorrer o falecimento do
participante, antes de ter completado o prazo mínimo de garantia escolhido, o
benefício será pago aos beneficiários conforme os percentuais indicados na
Proposta de Inscrição, pelo período restante do prazo mínimo de garantia. No
caso de falecimento do participante, após o prazo mínimo garantido escolhido,
o Benefício ficará automaticamente cancelado sem que seja devida qualquer
devolução, indenização ou compensação de qualquer espécie ou natureza aos
beneficiários. No caso de um dos Beneficiários falecer antes de ter sido
completado o prazo mínimo de garantia, o valor da renda será rateado entre
os beneficiários remanescentes até o vencimento do prazo mínimo garantido.
Não havendo qualquer beneficiário remanescente, a renda será paga aos
sucessores legítimos do Participante, pelo prazo restante da garantia.

A renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado consiste em uma


renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do
benefício escolhida. - Ocorrendo o falecimento do participante, durante a
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percepção desta renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de
inscrição será revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado. Na hipótese de
falecimento do beneficiário, antes do participante e durante o período de
percepção da renda, a reversibilidade do benefício estará extinta sem direito a
compensações ou devoluções dos valores pagos. No caso do beneficiário
falecer, após já ter iniciado o recebimento da renda, o benefício estará extinto.

Para os planos PGBL aprovados após 26/08/2002, além das modalidades acima
mencionadas foi acrescida mais uma opção, a renda mensal vitalícia reversível
ao cônjuge com continuidade aos menores que consiste em uma renda paga
vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefício
escolhida. Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta
renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será
revertido vitaliciamente ao cônjuge e na falta deste, reversível
temporariamente ao(s) menor(es) até que completem uma idade para
maioridade estabelecida no Regulamento e conforme o percentual de reversão
estabelecido.

84. Corretora de Seguros

A Corretora de Seguros é a pessoa autorizada a realizar a corretagem, isto é,


analisar o risco, determinar as coberturas e as importâncias seguradas,
elaborar a proposta de seguros e de protocolar a proposta em uma
seguradora. No Brasil, nenhuma operação de seguro pode ser contratada sem
que haja um Corretor de Seguro. A Corretora de Seguros pode ser uma pessoa
física ou jurídica.

Para que uma pessoa seja um corretor é necessário que tenha prestado o
Exame Nacional de Corretor de Seguros. Após a aprovação no exame ou no
curso específico e o recebimento do certificado, o interessado deverá entregar
determinados documentos em seu estado que, após analisados pela Federação
Nacional dos Corretores – FENACOR – será submetido à aprovação da SUSEP.
Posteriormente a SUSEP efetuará a checagem dos processos remetidos pela
FENACOR e, no caso de não haver pendências, a SUSEP emitirá a Carteira de
Habilitação do Corretor.

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O registro do Corretor de Seguros de Vida e Capitalização se fará por indicação
das Sociedades Seguradoras e de Capitalização dentre os candidatos
aprovados em:

I - Exame Nacional de Habilitação Técnica - Profissional para corretores de


seguro vida e capitalização, promovido pela Funenseg, ou,

II - Provas específicas de Avaliação, por disciplina, aplicadas a participantes do


Curso de Habilitação Técnico Profissional para corretores de seguros de vida e
capitalização, realizado pela Funenseg.

Aos Corretores de Previdência aplicam-se as normas de registro e habilitação


previstas para os corretores de seguros de vida e capitalização e seu registro
se fará por indicação da Seguradora ou Entidade Aberta de Previdência
Complementar.

85. Sociedades de Capitalização

Objetivando proporcionar auxílio financeiro aos sócios através de suas próprias


poupanças, Paul Viget, diretor de uma cooperativa de minérios da França,
idealizou, em 1850, a Capitalização. O sistema era baseado em contribuições
mensais, visando à constituição de um capital garantido, pago no final de
prazo previamente estipulado ou, antecipadamente, através de sorteio. No
início do século XX, a Capitalização tomou um grande impulso na França e de
lá se difundiu através dos países de origem latina.

As atividades no setor de Capitalização surgiram no Brasil em 1929, tomando


grande impulso na década de 30. Em 1947, o número de companhias de
Capitalização operando no país já ascendia a dezesseis, sediadas no Rio de
Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Salvador. Na década de 50, entretanto, o
processo inflacionário acelerou-se de tal forma, que o sistema de Capitalização
se tornou desinteressante para a clientela, pois o Capital inicialmente
contratado era corroído pela incessante desvalorização da moeda. Com a
instituição da correção monetária em 1964, criaram-se as premissas básicas
para o ressurgimento da Capitalização, embora esse processo só tenha
deslanchado mesmo dez anos depois, quando surgiram no Brasil muitas novas
empresas.
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Consideram-se sociedades de capitalização as empresas que tiverem por


objetivo fornecer ao público, de acordo com planos aprovados pelo Governo
Federal, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em
cada plano, e pago em moeda corrente em um prazo máximo indicado no
mesmo plano, à pessoa que possuir um título segundo cláusulas e regras
aprovadas e mencionadas no próprio título.

O Sistema Nacional de Capitalização é composto pelo Conselho Nacional de


Seguros Privados, pela Superintendência de Seguros Privados e pelas
sociedades autorizadas a operar capitalização. Compete privativamente ao
CNSP fixar as diretrizes e normas da política de capitalização e regulamentar
as operações das sociedades do ramo, relativamente às quais exercerá
atribuições idênticas às estabelecidas para as sociedades de seguros. A SUSEP
é o órgão executor da política de capitalização traçada pelo CNSP, cabendo-lhe
fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operações das
sociedades do ramo, relativamente às quais exercerá atribuições idênticas às
estabelecidas para as sociedades de seguros.

85.1. Títulos de Capitalização

Do ponto de vista das finanças, CAPITALIZAÇÃO é o processo de aplicação de


uma importância a uma determinada taxa de juros e de seu crescimento por
força da incorporação desses mesmos juros à quantia inicialmente aplicada. No
sentido particular do termo, CAPITALIZAÇÃO é uma combinação de economia
programada e sorteio, sendo que o conceito financeiro acima exposto aplica-se
apenas ao componente "economia programada", cabendo ao componente
lotérico o papel de poder antecipar, a qualquer tempo, o recebimento da
quantia que se pretende economizar ou de um múltiplo dela de conformidade
com o plano. Para a venda de um título de Capitalização é necessário uma
série de formalidades que visam a garantia do consumidor. A Sociedade de
Capitalização deve submeter o seu plano ao órgão fiscalizador do Sistema
Nacional de Capitalização – SUSEP.

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Plano de Capitalização – é o conjunto de elementos que dão forma ao título,
são as Condições que caracterizam um produto e os diferenciam entre si. Os
planos são representados pelas Condições Gerais, Nota Técnica Atuarial e
Material de Comercialização.

O título de capitalização é um papel do mercado mobiliário, nominativo, que


pode ser adquirido a prazo ou à vista.

A SUSEP define título de capitalização como sendo uma aplicação pela qual o
Subscritor constitui um capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e
mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago em
moeda corrente num prazo máximo estabelecido. O título de capitalização só
pode ser comercializado pelas Sociedades de Capitalização devidamente
autorizadas a funcionar. Eles são considerados, para todos os fins legais,
títulos de crédito.

A contratação de um título é realizada através do preenchimento e da


assinatura da proposta.

O envio (a entrega) da proposta devidamente assinada representa a


concretização da subscrição do Título, sendo proibida a cobrança de qualquer
taxa a título de inscrição.

Importante destacar que as Condições Gerais do título devem estar disponíveis


ao subscritor no ato da contratação. A disponibilização das Condições Gerais
em momento posterior ao da contratação constitui violação às normas, sendo
a Sociedade, portanto, passível de multa.

As Condições Gerais, além de determinarem os direitos e as obrigações do


Subscritor/Titular e da Sociedade de Capitalização, estabelecem também todas
as normas referentes ao título de capitalização. Os itens que deverão constar
nas Condições Gerais são : Glossário, objetivo, natureza do título, início de
vigência, pagamentos, cancelamentos, sorteios, dentre outros.

O título de capitalização pode ser adquirido para outra pessoa. O subscritor,


que é a pessoa que adquire o título e assume o dever de efetuar os
pagamentos, pode, desde que comunique por escrito à Sociedade, a qualquer
momento, e não somente no ato da contratação, definir quem será o titular,
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isto é, quem assumirá os direitos relativos ao título, tais como o resgate e o
sorteio. É claro que subscritor e titular podem ser a mesma pessoa, isto é, a
pessoa que paga o título é a que detém os direito atinentes a ele.

86. Sociedades Administradoras de Seguro-Saúde

Existe a exigência de que as seguradoras que atuem no segmento do seguro


saúde sejam seguradoras especializadas, a uma nova estrutura de regulação e
fiscalização vinculada ao Ministério da Saúde, juntamente com outras
modalidades de operadoras de planos de saúde privados.

Está subordinada às normas e à fiscalização da Agência Nacional de Saúde


Suplementar - ANS qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que
apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência
médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de
atividade exclusivamente financeira, tais como:
a) custeio de despesas;
b) oferecimento de rede credenciada ou referenciada;
c) reembolso de despesas;
d) mecanismos de regulação;
e) qualquer restrição contratual, técnica ou operacional para a cobertura de
procedimentos solicitados por prestador escolhido pelo consumidor; e
f) vinculação de cobertura financeira à aplicação de conceitos ou critérios
médico-assistenciais.

Para obter a autorização de funcionamento, as operadoras de planos privados


de assistência à saúde devem satisfazer os seguintes requisitos,
independentemente de outros que venham a ser determinados pela ANS. A
autorização de funcionamento será cancelada caso a operadora não
comercialize os produtos, no prazo máximo de cento e oitenta dias a contar do
seu registro na ANS.

As operadoras privadas de assistência à saúde poderão voluntariamente


requerer autorização para encerramento de suas atividades, observando os
seguintes requisitos, independentemente de outros que venham a ser
determinados pela ANS:

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a) comprovação da transferência da carteira sem prejuízo para o consumidor,
ou a inexistência de beneficiários sob sua responsabilidade;
b) garantia da continuidade da prestação de serviços dos beneficiários
internados ou em tratamento;
c) comprovação da quitação de suas obrigações com os prestadores de serviço
no âmbito da operação de planos privados de assistência à saúde;
d) informação prévia à ANS, aos beneficiários e aos prestadores de serviço
contratados, credenciados ou referenciados, na forma e nos prazos a serem
definidos pela ANS.

É vedada a exclusão de cobertura às doenças e lesões preexistentes à data de


contratação dos produtos após vinte e quatro meses de vigência do aludido
instrumento contratual, cabendo à respectiva operadora o ônus da prova e da
demonstração do conhecimento prévio do consumidor ou beneficiário.

87. Sociedades Administradoras de Cartão de Crédito

O cartão de crédito é um serviço de intermediação que permite ao consumidor


adquirir bens e serviços em estabelecimentos comerciais previamente
credenciados mediante a comprovação de sua condição de usuário. Essa
comprovação é geralmente realizada, no ato da aquisição, com a apresentação
de cartão ao estabelecimento comercial. O cartão é emitido pelo prestador do
serviço de intermediação, chamado genericamente de administradora de
cartão de crédito.

Juridicamente, o cartão de crédito é um contrato de adesão entre consumidor


e administradora de cartões de crédito, que tem por objeto a prestação dos
seguintes serviços:
I – serviços de intermediação de pagamentos à vista entre consumidor e
fornecedor pertencente a uma rede credenciada;
II – serviço de intermediação financeira (crédito) para cobertura de obrigações
assumidas através do cartão de crédito junto a fornecedor pertencente a uma
rede credenciada;
III – serviço de intermediação financeira (crédito) para cobertura de
inadimplemento por parte do consumidor de obrigações assumidas junto a
fornecedor pertencente a uma rede credenciada;

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IV – serviço de intermediação financeira (crédito) para empréstimos em
dinheiro direto ao consumidor, disponibilizado através de operação de saque.
O contrato de intermediação de pagamentos à vista é o contrato realizado
entre o consumidor e uma administradora de cartões de crédito, que tem por
objeto a prestação do serviço de intermediação de pagamentos à vista das
obrigações assumidas por meio de cartão, até um limite estabelecido entre o
consumidor e um fornecedor de bens ou serviços pertencente a uma rede
credenciada, desde que o consumidor pague suas obrigações integralmente até
o dia do vencimento da fatura e não opte pelo parcelamento do valor das
compras.

As empresas detentoras de uma determinada marca (popularmente chamadas


de bandeiras) autorizam outras empresas (chamadas emissoras) a gerar
cartões ostentando a respectiva marca. Os portadores desses cartões têm a
sua disposição uma rede de lojas credenciadas para a aquisição de bens e
serviços.

O estabelecimento comercial registra a transação com o uso de máquinas


mecânicas ou informatizadas, fornecidas pela administradora do cartão de
crédito, gerando um débito do usuário-consumidor a favor da administradora e
um crédito do fornecedor do bem ou serviço contra a administradora, de
acordo com os contratos firmados entre essas partes. Periodicamente, a
administradora do cartão de crédito emite e apresenta a fatura ao usuário-
consumidor, com a relação e o valor das compras efetuadas.

Um contrato de cartão de crédito tem por objeto apenas prestações de


serviços, não conferindo poderes para operações de retirada unilateral dos
recursos do consumidor depositados em instituições financeiras, sendo nula
qualquer condição que assim o estabelecer. Esta modalidade de pagamento só
é lícita desde que haja autorização expressa, por parte do consumidor, para
que o banco depositário de seus recursos realize o serviço de débito
programado na conta do valor da fatura.

É de fundamental importância ressaltarmos que a relação entre o consumidor e


o fornecedor não se altera pela forma de pagamento, sendo mantida a
característica de um contrato, escrito ou não, de compra e venda ou de
prestação de serviços.

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O Banco Central não dá autorização e muito menos fiscaliza o funcionamento
destas empresas.

Existe uma relação entre a administradora do cartão de crédito e a instituição


financeira. Quando o usuário do cartão de crédito opta por não pagar total ou
parcialmente a fatura mensal, as instituições financeiras são as únicas que
podem conceder financiamento para quitação desse débito junto a empresa
administradora. É importante esclarecer que as operações realizadas pelas
instituições financeiras, inclusive o financiamento referido aos usuários para o
pagamento da fatura mensal, estão sujeitas à legislação própria e às normas
editadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central.

88. Autorregulação Bancária

É bastante comum nos mais diversos ramos do Sistema Financeiro o fato de


seus integrantes constituírem uma espécie de “Código de Conduta” que obriga
a todos os integrantes do mercado a segui-lo.

Ou seja, os próprios integrantes do mercado, mesmo antes de uma regulação


do Conselho Monetário Nacional e Banco Central fazem a sua própria e até
mesmo punem aqueles agentes que não cumprirem.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Questão 123

(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – O Banco Nacional de


Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que oferece apoio por meio de
financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de equipamentos e
exportação de bens e serviços, é
a) banco múltiplo.
b) empresa pública federal.
c) companhia de capital aberto.
d) entidade de direito privado.
e) subsidiária do Banco do Brasil.

Questão 124

(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – Os planos de previdência


da modalidade Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) são regulamentados
a) pela Comissão de Valores Mobiliários.
b) pelo Banco Central do Brasil.
c) pelo Conselho Monetário Nacional.
d) pela Superintendência de Seguros Privados.
e) pela Caixa Econômica Federal.

Questão 125

(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – As entidades fechadas


de previdência complementar, também conhecidas como fundos de pensão,
são organizadas sob a forma de
a) fundos PGBL − Plano Gerador de Benefício Livre.
b) fundos VGBL − Vida Gerador de Benefício Livre.
c) empresas vinculadas ao Ministério da Fazenda e fiscalizadas pela SUSEP –
Superintendência de Seguros Privados.

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d) planos que devem ser oferecidos a todos os colaboradores e que também
podem ser adquiridos por pessoas que não tenham vínculo empregatício com a
empresa patrocinadora.
e) fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e acessíveis,
exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas.

Questão 126

(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – Sobre o mercado de


seguros no Brasil, considere:
I. O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) tem seu capital
controlado integralmente pela União.
II. A Lei Complementar no 126/2007 abriu o mercado brasileiro de resseguros
e possibilitou a instalação e funcionamento de outras companhias no setor.
III. A Superintendência de Seguros Privados − SUSEP é responsável pelo
controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta,
capitalização e resseguro.
IV. As seguradoras são organizadas sob a forma de sociedades anônimas, não
estando sujeitas a falência nem podendo impetrar concordata, embora possam
ser liquidadas, voluntária ou compulsoriamente.
V. O seguro garantia é destinado exclusivamente aos órgãos públicos da
administração direta e indireta federais, estaduais e municipais.

São características do mercado de seguros no Brasil o que se afirma APENAS


em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III, IV e V.
d) II, III e IV.
e) II, IV e V.

Questão 127

(Cespe - Banco do Brasil - 2003–3) – O contrato de seguro é aleatório,


multilateral, oneroso, solene e da mais estrita boa-fé, sendo essencial, para a
sua formação, a existência de segurado, segurador, ressegurador, risco, objeto
do seguro, prêmio (prestação do segurado) e indenização (prestação do
segurador).
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Questão 128

(CEF – 2004 – Fundação Carlos Chagas) A previdência privada é uma


alternativa de aposentadoria complementar à previdência social. É classificada
como um seguro de renda, oferecendo diversos planos de benefícios de
aposentadoria, morte e invalidez, todos lastreados no pecúlio formado por seus
participantes. Em relação à previdência privada pode-se afirmar que
a) a sociedade de previdência privada fechada é a aposentadoria oficial paga
ao Instituto Nacional de Seguridade Social.
b) pode constituir-se como uma sociedade fechada ou aberta. A sociedade de
previdência privada aberta, ou fundo de pensão, é formada geralmente dentro
do ambiente de uma empresa.
c) os benefícios podem ser contratados para serem vitalícios, por tempo
determinado ou de uma só vez.
d) a sua principal característica é que sua adesão não é operacional, mas
apresenta um caráter público e obrigatório.
e) as parcelas mensais que devem ser pagas são calculadas com base na
renda de seu primeiro emprego corrigida pela TR.

Questão 129

(CESPE – Banco de Brasília – 2001) – O adiantamento sobre os contratos de


câmbio (ACC) é modalidade contratual de largo uso no mercado de câmbio.
Acerca das características desse contrato, assinale a opção correta.

a) Os ACCs consistem, sempre, na antecipação total dos reais, equivalentes à


quantia em moeda estrangeira comprada a termo de exportadores pelo banco.
b) A primeira fase dos ACCs ocorre quando a mercadoria já está pronta e
embarcada, aproveitando o máximo possível a variação cambial.
c) O valor adiantado poderá ser averbado no próprio contrato de câmbio, ou
por meio de instrumento em separado que se integrará ao contrato.
d) O objetivo dos ACCs é proporcionar recursos antecipados ao importador, de
modo a incrementar o comércio internacional.
e) O ACC pode ser utilizado como um instrumento de ganho financeiro pelo
importador.

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Questão 130

(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2006) – Dentre as modalidades


de investimento abaixo, aquela que permite a dedução dos valores investidos
na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda, até o limite de 12% da
renda bruta do contribuinte, é

a) o CDB.
b) o VGBL.
c) o Fundo de Investimento Referenciado DI.
d) a Caderneta de Poupança.
e) o PGBL.

Questão 131

(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2006) – Uma pessoa gosta de


participar de sorteios, mas ao mesmo tempo sente a necessidade de começar
a economizar um pouco de dinheiro, uma vez que dentro de alguns anos
pretende aposentar-se. Dentre as opções abaixo, o produto que melhor atende
às necessidades e expectativas dessa pessoa é

a) o CDB.
b) a Caderneta de Poupança.
c) o Fundo de Renda Fixa.
d) o Título de Capitalização.
e) a Letra Hipotecária.

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Questão 123

(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – O Banco Nacional de


Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que oferece apoio por meio de
financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de equipamentos e
exportação de bens e serviços, é
a) banco múltiplo.
b) empresa pública federal.
c) companhia de capital aberto.
d) entidade de direito privado.
e) subsidiária do Banco do Brasil.

Resolução:

O site do BNDES (www.bndes.gov.br) descreve que:

“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),


empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de
financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em
todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as
dimensões social, regional e ambiental.”

Portanto, o BNDES é uma empresa pública, ou seja, tem 100% de suas ações
pertencentes ao Governo Federal. Importante destacar também que o BNDES
é um Banco mas não é um Banco de Desenvolvimento, pois é federal e os
Bancos de Desenvolvimento são privativos de Estados. Em geral, classificamos
o BNDES como Agente Especial.

Ele está vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio –


MDIC.

Sendo assim, o gabarito é a letra B.

Gabarito: B
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Questão 124

(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – Os planos de previdência


da modalidade Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) são regulamentados
a) pela Comissão de Valores Mobiliários.
b) pelo Banco Central do Brasil.
c) pelo Conselho Monetário Nacional.
d) pela Superintendência de Seguros Privados.
e) pela Caixa Econômica Federal.

Resolução:

Essa é uma questão interessante e recorrente. É necessário saber quais


instituições cada uma dessas autarquias fiscaliza regulamenta. Vou fazer um
resumo e chamar a atenção para um item.

O Banco Central do Brasil é o responsável por fiscalizar as instituições


financeiras e outros agentes que fazem parte do sistema financeiro. Em geral,
aquelas empresas que concedem crédito ficam a cargo do Banco Central.

A Comissão de Valores Mobiliários é a responsável pela fiscalização dos


agentes envolvidos no mercado financeiro, ou seja, investidores, empresas,
bolsas e corretoras e distribuidoras.

A Superintendência de Seguros Privados é a responsável pela fiscalização das


empresas do ramo de seguros privados, capitalização, resseguro e previdência
complementar aberta. Como o PGBL é um tipo de previdência privada aberta,
a resposta correta é a SUSEP.

Por fim, a Superintendência de Previdência Complementar é a responsável pela


fiscalização das empresas de previdência complementar fechada.

No entanto, é importante destacar que os Conselhos também podem servir de


resposta a essa questão, pois eles fazem a regulamentação do setor.
Entretanto, essas autarquias citadas também editam normas e, portanto,
também regulamentar. É como se fizessem uma regulamentação residual.
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Outro item importante e que cabe ressaltar é que a aplicação de recursos


arrecadados pelas empresas de previdência complementar fechada,
previdência complementar aberta, seguradoras e capitalização é definida pelo
Conselho Monetário Nacional. Ou seja, é o CMN que define onde as empresas
que vendem seus PGBLs podem aplicar esses recursos e como eles podem ser
distribuídos.

Sendo assim, o gabarito é a letra D.

Gabarito: D

Questão 125

(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – As entidades fechadas


de previdência complementar, também conhecidas como fundos de pensão,
são organizadas sob a forma de
a) fundos PGBL − Plano Gerador de Benefício Livre.
b) fundos VGBL − Vida Gerador de Benefício Livre.
c) empresas vinculadas ao Ministério da Fazenda e fiscalizadas pela SUSEP –
Superintendência de Seguros Privados.
d) planos que devem ser oferecidos a todos os colaboradores e que também
podem ser adquiridos por pessoas que não tenham vínculo empregatício com a
empresa patrocinadora.
e) fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e acessíveis,
exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas.

Resolução:

As entidades fechadas de previdência complementar são instituições


fiscalizadas pela PREVIC e que tem como norma básica a Lei Complementar
109/01. Essa Lei Complementar informa que:

“Art. 31. As entidades fechadas são aquelas acessíveis, na


forma regulamentada pelo órgão regulador e fiscalizador,
exclusivamente: (grifo meu)

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I - aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e
aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, entes denominados patrocinadores; e (grifo meu)

II - aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter


profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores.

§ 1o As entidades fechadas organizar-se-ão sob a forma de


fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos. (grifo meu)

§ 2o As entidades fechadas constituídas por instituidores referidos no


inciso II do caput deste artigo deverão, cumulativamente:

I - terceirizar a gestão dos recursos garantidores das reservas


técnicas e provisões mediante a contratação de instituição
especializada autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou
outro órgão competente;

II - ofertar exclusivamente planos de benefícios na modalidade


contribuição definida, na forma do parágrafo único do art. 7o desta
Lei Complementar.

§ 3o Os responsáveis pela gestão dos recursos de que trata o inciso I


do parágrafo anterior deverão manter segregados e totalmente
isolados o seu patrimônio dos patrimônios do instituidor e da
entidade fechada.

§ 4o Na regulamentação de que trata o caput, o órgão regulador e


fiscalizador estabelecerá o tempo mínimo de existência do instituidor
e o seu número mínimo de associados.

Art. 32. As entidades fechadas têm como objeto a administração e


execução de planos de benefícios de natureza previdenciária.

Parágrafo único. É vedada às entidades fechadas a prestação de


quaisquer serviços que não estejam no âmbito de seu objeto,
observado o disposto no art. 76.

Art. 33. Dependerão de prévia e expressa autorização do órgão


regulador e fiscalizador:
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I - a constituição e o funcionamento da entidade fechada, bem como


a aplicação dos respectivos estatutos, dos regulamentos dos planos
de benefícios e suas alterações;

II - as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra


forma de reorganização societária, relativas às entidades fechadas;

III - as retiradas de patrocinadores; e

IV - as transferências de patrocínio, de grupo de participantes, de


planos e de reservas entre entidades fechadas.

§ 1o Excetuado o disposto no inciso III deste artigo, é vedada a


transferência para terceiros de participantes, de assistidos e de
reservas constituídas para garantia de benefícios de risco atuarial
programado, de acordo com normas estabelecidas pelo órgão
regulador e fiscalizador.

§ 2o Para os assistidos de planos de benefícios na modalidade


contribuição definida que mantiveram esta característica durante a
fase de percepção de renda programada, o órgão regulador e
fiscalizador poderá, em caráter excepcional, autorizar a transferência
dos recursos garantidores dos benefícios para entidade de
previdência complementar ou companhia seguradora autorizada a
operar planos de previdência complementar, com o objetivo
específico de contratar plano de renda vitalícia, observadas as
normas aplicáveis.

Art. 34. As entidades fechadas podem ser qualificadas da seguinte


forma, além de outras que possam ser definidas pelo órgão regulador
e fiscalizador:

I - de acordo com os planos que administram:


a) de plano comum, quando administram plano ou conjunto de planos
acessíveis ao universo de participantes; e
b) com multiplano, quando administram plano ou conjunto de planos
de benefícios para diversos grupos de participantes, com
independência patrimonial;
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II - de acordo com seus patrocinadores ou instituidores:


a) singulares, quando estiverem vinculadas a apenas um patrocinador
ou instituidor; e
b) multipatrocinadas, quando congregarem mais de um patrocinador
ou instituidor.”

Sendo assim, o gabarito é a letra E.

Gabarito: E

Questão 126

(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – Sobre o mercado de


seguros no Brasil, considere:
I. O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) tem seu capital
controlado integralmente pela União.
II. A Lei Complementar no 126/2007 abriu o mercado brasileiro de resseguros
e possibilitou a instalação e funcionamento de outras companhias no setor.
III. A Superintendência de Seguros Privados − SUSEP é responsável pelo
controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta,
capitalização e resseguro.
IV. As seguradoras são organizadas sob a forma de sociedades anônimas, não
estando sujeitas a falência nem podendo impetrar concordata, embora possam
ser liquidadas, voluntária ou compulsoriamente.
V. O seguro garantia é destinado exclusivamente aos órgãos públicos da
administração direta e indireta federais, estaduais e municipais.

São características do mercado de seguros no Brasil o que se afirma APENAS


em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III, IV e V.
d) II, III e IV.
e) II, IV e V.

Resolução:

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O IRB-Re é uma sociedade anônima de economia mista em que o Governo
possui participação mas não detém a totalidade de seu capital. Sendo assim, o
item I está errado.

A Lei Complementar 126/07 tornou possível a instalação de outras


Resseguradoras no País e criou alguns tipos de resseguradores. Algumas
regulamentações posteriores tornaram-se necessárias para que houvesse a
exeqüibilidade da Lei. Abaixo segue trecho da Lei Complementar em questão:

“Art. 4o As operações de resseguro e retrocessão podem ser


realizadas com os seguintes tipos de resseguradores:

I - ressegurador local: ressegurador sediado no País constituído sob a


forma de sociedade anônima, tendo por objeto exclusivo a realização
de operações de resseguro e retrocessão;

II - ressegurador admitido: ressegurador sediado no exterior, com


escritório de representação no País, que, atendendo às exigências
previstas nesta Lei Complementar e nas normas aplicáveis à
atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido cadastrado como tal
no órgão fiscalizador de seguros para realizar operações de resseguro
e retrocessão; e

III - ressegurador eventual: empresa resseguradora estrangeira


sediada no exterior sem escritório de representação no País que,
atendendo às exigências previstas nesta Lei Complementar e nas
normas aplicáveis à atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido
cadastrada como tal no órgão fiscalizador de seguros para realizar
operações de resseguro e retrocessão.

§ 1o É vedado o cadastro a que se refere o inciso III do caput deste


artigo de empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais, assim
considerados países ou dependências que não tributam a renda ou
que a tributam a alíquota inferior a 20% (vinte por cento) ou, ainda,
cuja legislação interna oponha sigilo relativo à composição societária
de pessoas jurídicas ou à sua titularidade.

§ 2o Equipara-se ao ressegurador local, para fins de contratação de


operações de resseguro e de retrocessão, o fundo que tenha por

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único objetivo a cobertura suplementar dos riscos do seguro rural nas
modalidades agrícola, pecuária, aquícola e florestal, observadas as
disposições de lei própria.”

O item II é verdadeiro.

A SUSEP é a responsável pela fiscalização das operações de seguros,


previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Sendo assim, está
correta a afirmativa III.

Está correto o item IV. Fato semelhante ocorre com os Bancos que também
não podem ter sua falência decretada, podendo ser liquidados após
intervenção do Banco Central.

O seguro garantia pode tanto garantir a entrega de um contrato efetuado e,


por isso, muito comum em órgãos públicos, sendo, muitas vezes, exigido nas
licitações. Mas quando uma construtora dá um seguro de final de obra esse
seguro garantia também. Logo, não é exclusivo de órgãos públicos. Sendo
assim, o item está errado.

Gabarito: D

Questão 127

(Cespe - Banco do Brasil - 2003–3) – O contrato de seguro é aleatório,


multilateral, oneroso, solene e da mais estrita boa-fé, sendo essencial, para a
sua formação, a existência de segurado, segurador, ressegurador, risco, objeto
do seguro, prêmio (prestação do segurado) e indenização (prestação do
segurador).

Resolução:

Em um dicionário especializado você pode encontrar que “O contrato de seguro


é aleatório, bilateral, oneroso, solene e da mais estrita boa-fé sendo
essencial, para a sua formação, a existência de segurado, segurador, risco,
objeto do seguro, prêmio (custo ao segurado) e a previsão de indenização ou
pagamento do capital segurado (reparação pelo segurador).” Dessa forma, é
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possível concluirmos que o item está errado, pois o contrato é bilateral e não
multilateral e não é essencial para a sua formação um ressegurador. Na
verdade, é essencial que existe um segurador.

Gabarito: E

Questão 128

(CEF – 2004 – Fundação Carlos Chagas) A previdência privada é uma


alternativa de aposentadoria complementar à previdência social. É classificada
como um seguro de renda, oferecendo diversos planos de benefícios de
aposentadoria, morte e invalidez, todos lastreados no pecúlio formado por seus
participantes. Em relação à previdência privada pode-se afirmar que
a) a sociedade de previdência privada fechada é a aposentadoria oficial paga
ao Instituto Nacional de Seguridade Social.
b) pode constituir-se como uma sociedade fechada ou aberta. A sociedade de
previdência privada aberta, ou fundo de pensão, é formada geralmente dentro
do ambiente de uma empresa.
c) os benefícios podem ser contratados para serem vitalícios, por tempo
determinado ou de uma só vez.
d) a sua principal característica é que sua adesão não é operacional, mas
apresenta um caráter público e obrigatório.
e) as parcelas mensais que devem ser pagas são calculadas com base na
renda de seu primeiro emprego corrigida pela TR.

Resolução:

A Previdência privada complementar se subdivide em aberta e fechada.

As abertas são aquelas nas quais as pessoas depositam os recursos nas


instituições captadoras por livre e espontânea vontade. Popularmente são os
planos PGBL e VGBL. Basicamente, a diferença entre esses dois tipos está na
tributação. No PGBL, os poupadores podem deduzir os recursos depositados na
base de cálculo do imposto de renda, limitado a 12% da renda bruta, devendo
pagar os impostos apenas na retirada conforme a tabela vigente. No VGBL, o
poupador não poderá efetuar a dedução do valor depositado da base de cálculo
do imposto de renda. No entanto, quando da retirada dos recursos haverá
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pagamento de imposto apenas sobre o rendimento e com base na tabela
vigente.

As fechadas são as fundações, geralmente, constituídas por grandes empresas.


Somente os funcionários daquelas instituições é que podem se associar ou
sócios de entidades representativas. Como exemplo, podemos citar a Petrus
(Petrobrás), Centrus (Banco Central), Previ (Banco do Brasil), entre outras.

No item b, caso substitua na frase a palavra aberta, pela fechada, o item se


tornaria verdadeiro, pois a sociedade de previdência privada fechada, ou
fundo de pensão, é formada geralmente dentro do ambiente de uma
empresa.

Existe uma fase que é a de aporte e outra na qual há o recebimento dos


recursos. Na fase de recebimento, o beneficiário pode escolher se receberá os
recursos de uma só vez, se receberá de forma vitalícia ou por tempo
determinado. Sendo assim, o item correto é o C.

A adesão à previdência privada complementar é facultativa, diferentemente da


oficial que é obrigatória.

Gabarito: C

Questão 129

(CESPE – Banco de Brasília – 2001) – O adiantamento sobre os contratos de


câmbio (ACC) é modalidade contratual de largo uso no mercado de câmbio.
Acerca das características desse contrato, assinale a opção correta.

a) Os ACCs consistem, sempre, na antecipação total dos reais, equivalentes à


quantia em moeda estrangeira comprada a termo de exportadores pelo banco.
b) A primeira fase dos ACCs ocorre quando a mercadoria já está pronta e
embarcada, aproveitando o máximo possível a variação cambial.
c) O valor adiantado poderá ser averbado no próprio contrato de câmbio, ou
por meio de instrumento em separado que se integrará ao contrato.
d) O objetivo dos ACCs é proporcionar recursos antecipados ao importador, de
modo a incrementar o comércio internacional.

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e) O ACC pode ser utilizado como um instrumento de ganho financeiro pelo
importador.

Resolução:

A antecipação de contrato de câmbio (ACC) é uma antecipação em moeda


nacional precedente ao embarque da mercadoria. No entanto, o ACE –
Antecipação sobre Cambiais Entregues – é a antecipação em moeda nacional,
ocorrida após o embarque da mercadoria. Basicamente, enquanto que o ACC é
um financiamento que auxilia a produção da mercadoria, o ACE é a
antecipação do pagamento da mercadoria já exportada. Não existe a
obrigatoriedade de que haja a antecipação do valor total, no entanto, no
contrato de câmbio deverá constar o valor adiantado, seja nele próprio ou em
documento anexo.

Gabarito: C

Questão 130

(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2006) – Dentre as modalidades


de investimento abaixo, aquela que permite a dedução dos valores investidos
na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda, até o limite de 12% da
renda bruta do contribuinte, é

a) o CDB.
b) o VGBL.
c) o Fundo de Investimento Referenciado DI.
d) a Caderneta de Poupança.
e) o PGBL.

Resolução:

A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para evitar


que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de sua renda.

Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fases. Na


primeira, o poupador acumula um capital. Durante todo esse processo, este

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capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que coincide com a
aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessariamente -, é o
momento de receber os benefícios.

Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, embora
continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumulado.
Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção com o
capital acumulado. Quanto maior o capital, maior o benefício

Há tipos básicos de produtos de previdência privada no Brasil: PGBL e VGBL,


para quem for comprar agora um produto com o objetivo de obter renda futura
- vitalícia, por prazo determinado ou na forma de um capital recebido uma
única vez.

A legislação não exige depósitos periódicos no caso dos PGBLs, tipo


contribuições mensais. Os depósitos podem ser feitos à medida que haja
recursos disponíveis, dentro do que for contratado com o administrador.

O período de contribuição para os planos depende do prazo existente entre a


decisão de poupar e a idade que o contribuinte deseja receber o benefício.
Quanto antes começa um plano de previdência privada, mais fácil é formar a
poupança. Isso é fácil de entender. Primeiro, porque o volume de dinheiro que
será poupado será distribuído por um número maior de meses. Segundo,
porque o efeito da parte dos juros no capital final é maior quanto maior o
tempo de contribuição. A poupança que vai garantir o pagamento dos
benefícios é formada por dois valores básicos. Um é a soma das contribuições
feitas, retirando daí todos os custos. O outro é o rendimento obtido ao longo
dos anos. Quanto maior o número de anos, maior a contribuição do
rendimento na formação do capital.

O participante do PGBL tem o direito de reduzir 12% sobre a sua renda


tributável quando da declaração de ajuste anual de Imposto de Renda Pessoa
Física.

Sendo assim, o gabarito é a letra E.

Gabarito: E

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Questão 131

(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2006) – Uma pessoa gosta de


participar de sorteios, mas ao mesmo tempo sente a necessidade de começar
a economizar um pouco de dinheiro, uma vez que dentro de alguns anos
pretende aposentar-se. Dentre as opções abaixo, o produto que melhor atende
às necessidades e expectativas dessa pessoa é

a) o CDB.
b) a Caderneta de Poupança.
c) o Fundo de Renda Fixa.
d) o Título de Capitalização.
e) a Letra Hipotecária.

Resolução:

A aplicação que distribui prêmios por meio de sorteios são os títulos de


capitalização. Importante ressaltar que esses sorteios serão custeados pelos
participantes dos títulos de capitalização. Ou seja, uma parte dos recursos
depositados será destinada para o pagamento dos prêmios.

Sendo assim, o gabarito é a letra D.

Gabarito: D

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GABARITO

123- B 124- D 125- E 126- D 127- E

128- C 129- C 130- E 131- D

Galera,

Vamos focar em exercícios, agora.

Grande abraço a todos.

César Frade

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